segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Rapidinha 38 - Ahh... Entendi. Panetones!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Rapidinha 37 - EMPETUR, EMPETUR... Pega ladrão!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Rapidinha 36 - Editando as vozes de Joelma.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Rapidinha 35 - Nunca ouvi tanto nome de emisssora de rádio!
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Show de Silvério Pessoa na ABRASCO – Ponto de vista me torna um profissional chato (para alguns).
Olá pessoal.
Tinha decidido falar de todos os eventos que fiz em novembro em um texto só, mas mudei de idéia, pois vi que em vários destes eventos tinham pontos ou curiosidades que eu poderia comentar. Fiz somente um trabalho em outubro e nem lembro o que foi. Tinha tudo anotado na minha agenda no laptop, mas mudei o sistema operacional e a agenda foi para o espaço!
Estava tudo certinho para este show no Centro de Convenções. A empresa de som contratada foi a PA Áudio dos meus amigos Normando (que faz o monitor de Silvério), Rogério e Mário Jorge.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a forma diferente de Normando falar comigo pelo telefone quando estávamos combinando sobre o equipamento do evento. Ele fala diferente comigo quando está falando como proprietário da empresa de som e eu como operador do artista, e eu acho muito legal esta diferenciação. Somos amigos, mas naquela hora somos dois profissionais. Tínhamos combinado que a mesa de PA seria uma M7CL, pois já me adiantaria o trabalho porque eu usaria uma cena de algum show anterior feito numa M7CL. O sistema seria um line array da DAS. Tudo perfeito. Depois de alguns dias, ele me ligou novamente e me perguntou no mesmo tom da conversa anterior “se eu me importaria” se ele ao invés de colocar a M7CL, colocasse a nova mesa digital da Digidesign, porque ele teve que enviar a M7CL para outro evento. O tom da conversa dele era de proprietário da empresa de som e não o tom do meu amigo de longas datas e parceiro de vinhos em Serrambi. Disse pra ele que não haveria problema, mesmo tendo um pouco mais de trabalho porque iria começar do zero nesta mesa da Digidesign. Aproveitei e fiz em casa uma cena do show no meu laptop para esta nova mesa. Não iria começar tanto do zero assim! Tudo combinado.Mais uma vez ele me liga, usando o mesmo tom de proprietário da empresa, para me avisar que estava tendo um problema. A produção do evento estava querendo colocar a mesa de PA na lateral do palco. E um dos produtores estava querendo falar comigo sobre o assunto. Falei que nem precisava falar com este produtor, pois só fazia este show de Silvério Pessoa com a mesa na frente. Não precisava ser no centro na frente, mas teria que ser na frente de pelo menos um dos lados do PA. Com a mesa na lateral, o artista teria que contratar outro operador. Já tenho esta posição firmada faz um tempinho. Acho uma total falta de respeito com o artista e principalmente com o profissional que está operando o som deste artista. Seria a mesma coisa de colocar o iluminador atrás do palco para fazer o trabalho sem ver o que está fazendo. Ele faz? Lógico que faz. Principalmente se for experiente. Mas não fica a mesma coisa, podem ter certeza.
Acima, o laptop do iluminador Roberto Riegert rodando o programa Arkaos para disparar as projeções.
Depois de uns dias, fiquei sabendo que o produtor que queria falar comigo era meu colega, mas isso não mudaria minha atitude. E Normando sabia disso. O produtor também.
Quer dizer que eu não opero mais o som do PA com a mesa na lateral do palco? Claro que opero. Mesmo não concordando muito com as explicações, eu opero o som de shows menos complexos, mais despojados, como o show da banda Sir Rossi, que o próprio Silvério Pessoa participa. Agora... Um show grande, complexo, com um nível de responsabilidade grande, não tem jeito. Não faço. Pode chamar outro profissional para fazer o serviço. Não sou tão experiente assim para mixar um show ouvindo pelo fone e ficar legal lá na frente.
Não acho justo também uma casa de shows, um bar ou qualquer outro lugar ou evento em que o carro chefe é o show (a música ao vivo) não investir em equipamentos ou usar métodos normais (como a mesa de PA na frente) para ajudar no resultado final da coisa. Não quer se preocupar com isso? Coloca então só som mecânico! Não precisa de microfones, caixas de retorno, mesa de som, instrumentos musicais, processadores de efeitos, amplificadores de guitarra e baixo, etc, etc... Não precisa de nada disso! Não precisa nem de profissionais capacitados para fazer a coisa. Pede para o gerente da casa dar um play quando ele chegar no programinha que toca música no laptop que tá tudo certo.
Já teve outro show de Silvério Pessoa um tempo atrás em que tive problemas com este meu ponto de vista. Foi na Cachaçaria Carvalheira. Este foi mais complicado porque a banda Sir Rossi já tinha se apresentado neste local e era eu que estava operando. Quando contrataram o show de carnaval de Silvério Pessoa (com metais e tudo mais) para o mesmo local, falei que além de colocar a mesa na frente, teriam que mudar o sistema de som! Pense numa confusão. O proprietário do som do local era meu amigo.
Vê em que situação eu me meti!
Mas ele agiu como Normando. Como empresário e não como meu amigo. Mostrei pra ele que não seria legal fazer um show daquele tamanho com aquele equipamento e ele concordou. Que o show de Sir Rossi era completamente diferente do show principal de Silvério Pessoa. Meu maior problema não foi nem com este meu amigo. Resolvemos rápido. O grande problema foi com a gerência da casa que não admitia a mesa de som na frente em hipótese nenhuma! Então falei para Silvério Pessoa que para eu fazer aquele show ele teria que me fazer um pedido COMO AMIGO, porque pelo meu lado profissional eu não faria. Ele falou para eu ser o profissional e agir como tal, e eu falei que poderiam cancelar o show dele por causa disso. Ele falou que tudo bem, arcava com as conseqüências. Então comuniquei que só haveria show com estas condições. E o show aconteceu.Recentemente me deparei mais uma vez com este problema, e mais uma vez com um show de Silvério Pessoa. Show de réveillon no Country Club, um dos mais famosos daqui de Recife. E eu já sabia que lá eles não colocam a mesa de som na frente, principalmente porque são armadas muitas mesas para os convidados. Fui para a reunião com o presidente do clube certo que EU não iria trabalhar naquele evento porque eu não abriria mão também do posicionamento da minha mesa. Falo EU, porque Silvério Pessoa é uma coisa e eu sou outra.
Não respondo pelo show do artista, se ele vai fazer ou não o show. Respondo pela parte técnica que eu vou usar no show do artista. A minha parte é concordar ou não em trabalhar com aquele equipamento em determinado show. Sou um free-lancer. Sou um contratado, como um pintor que você chama para pintar sua casa. Ele aceita ou não fazer o serviço, dependendo de vários fatores. Pelo menos vejo assim a coisa.
Este meu ponto de vista está me transformando num profissional chato para algumas pessoas que estão do outro lado de um show, como os contratantes e donos de empresas de som. A grande maioria dos operadores não está muito preocupada com o equipamento ou com as condições no local de trabalho. Quanto é o cachê e quando recebo? Esta é a maior preocupação. Eles podem até estarem certos e eu não. Quem sabe? Gostaria até de pensar feito a maioria, pois tudo fica mais simples.
Na reunião, depois de tudo combinado, entrei no assunto do posicionamento da mesa de som na frente. Expliquei que era uma posição minha e não do artista. Que se não fosse possível colocar a mesa pelo menos na frente de um dos lados do PA, eu não seria o operador do show. Comunicaria ao artista que eu não faria o trabalho e indicaria algum colega meu para fazer o serviço. O presidente me pediu para explicar o porquê da minha atitude e eu expliquei. Ele compreendeu minha explicação e simpaticamente atendeu o meu pedido. Conseguimos um local na frente de um dos lados do PA porque no centro era quase impossível.
Eu já era considerado um cara chato normalmente por sempre dizer o que acho e nunca esconder minha insatisfação com alguma coisa ou alguma pessoa. Agora acabou o restinho de simpatia!
Este meu lado sincero aflorou no segundo show que fiz com A Trombonada no congresso no Centro de Convenções. Um operador colega meu que faria o primeiro show da noite, reclamou do posicionamento da mesa que não estava exatamente no centro, e eu não aguentei. Falei: --- Reclama agora não, que esta mesa só está aqui na frente porque eu reclamei ANTES! Era pra você está fazendo seu show com a mesa ali na lateral do palco! Tenho quase certeza absoluta que ele nem sabia qual era o som que estava lá!
Um abraço a todos.