segunda-feira, 31 de maio de 2010

Rapidinha 56 - Minha maleta de ferramentas!

No detalhe.

Show de Alceu Valença em São José do Belmonte – Foi cansativo, mas a experiência foi gratificante.

Olá pessoal.
(risos)
Não tenho foto novamente deste trabalho!
Não preciso falar o motivo, não é?
Fui convidado mais uma vez para fazer o monitor de Alceu Valença. Sou um dos SUBs (substitutos) de Rogério quando ele não pode fazer o serviço. Neste caso aqui, como o operador de PA (Aurélio) não poderia fazer o show, Rogério foi para o PA e eu fui para o monitor.
O show foi em São José do Belmonte, sertão de Pernambuco, distante 450 km de Recife!
Estava acertado que seguiríamos um dia antes (sexta-feira) de avião até a cidade de Juazeiro do Norte e pegaríamos um ônibus até São José do Belmonte. Mas tudo foi mudado. Rogério me ligou e informou que a técnica seguiria no sábado logo cedo de van. Estava marcado para sair às 7h da manhã do sábado, mas quando pegamos a estrada, o relógio marcava 8h. Voltaríamos de avião. Levamos um pouco mais de 6h de viagem, chegando por volta das 14:00h lá. Mas até que não foi muito cansativa a viagem porque conversamos muito e ainda paramos para almoçar. O tempo passou sem eu sentir muito.
Lembro que me disseram uma vez que Marisa Monte comentou uma vez sobre viajar de avião: --- Não gosto de viajar de avião, pois é muito lento!
Ela se referia que tudo é muito parado numa viagem de avião. Ficamos sentados só vendo as cabeças dos outros passageiros, e não tem nada para ver pela janela. Parece que estamos parados!
Concordo plenamente com ela. Numa vigem de carro temos muito mais movimento, podemos parar para esticar as pernas, chupar um picolé, e ainda escolhemos o que vamos comer! Faz com que a viagem pareça mais rápida.
A banda viria do RJ para Recife também um dia antes e pegaria outro avião para esta cidade mais próxima ao local do show. Esta viagem de Recife para Juazeiro seria o roteiro que todos iriam fazer, mas...
Enquanto seguíamos no sábado de van até a cidade, ficamos sabendo por celular que a banda estava tendo problemas para embarcar no Rio de Janeiro. E se a banda não chegasse na hora a Recife, correria um sério risco de perder o vôo para Juazeiro do Norte.
O plano B era exatamente a técnica chegar um pouco mais cedo que a banda, arrumar o palco e aguardar a banda para fazer o sound check. Mas tudo foi por água abaixo quando tivemos a confirmação que realmente a banda não conseguiu embarcar a tempo no Rio de Janeiro e consequentemente perderam o vôo de Recife! Resumindo... Eles teriam que fazer agora o mesmo roteiro que nós da técnica fizemos, ou seja, seguir de carro de Recife até São José do Belmonte! Pelo que eu me recordo, Alceu já estava em Juazeiro do Norte aguardando a banda.
Quando já estávamos perto de chegar ao local do show tivemos outra notícia não tão boa. Com os problemas no aeroporto Santos Dumont (nunca mais vou ao Rio por este aeroporto, já tive os mesmos problemas), a banda só chegaria ao Recife por volta das 18:00h! O show estava marcado para meia-noite! Resumindo novamente... Os motoristas teriam que acelerar mais do que o normal para a banda conseguir chegar pelo menos na hora que o show estava marcado para começar! Não daria para fazer o sound check.
Então combinamos em montar a bateria e percussão nos praticáveis e ligar todos os nossos canais. Estes praticáveis sairiam do palco, mas com nossos equipamentos armados em cima.
Eu passei a cena do show anterior que aconteceu na cidade de Bonito para a mesa, e à partir dela fui fazer os ajustes nos monitores. Como teriam duas atrações antes do show de Alceu, não poderíamos deixar armadas nossas coisas no palco. Por causa disso, nem montamos os teclados de Tovinho, nem os pedais da guitarra de Paulo Rafael. Mas todos os nossos canais foram ligados, para eu poder fazer um line check. Estava dependendo completamente da minha cena antiga, pois não haveria sound check.
A banda iria chegar na hora do show, iriam ligar os instrumentos (guitarra, baixo e teclados) e o show teria que começar.
Com a cena do show anterior de Alceu na mesa, comecei a alinhar os monitores. Só tive uma certa dificuldade com as caixas do SIDE (caixas de som que ficam posicionadas nas laterais do palco), pois não estava gostando do timbre delas.
Depois de alinhar tudo ao meu gosto, fiz o line check geral de todos os nossos canais. Aproveitei e passei rapidamente o som da bateria e notei que não seria preciso grandes mudanças na equalização dos canais. Se a bateria estava soando bem nos monitores do palco, provavelmente o resto seria assim também. Tudo já estava previamente endereçado no palco. Só teria que ter cuidado para ver se nenhum instrumento iria aparecer com um ganho mais alto em relação ao outro show. Como lembrei que as ligações do baixo, teclados e violões foram feitas utilizando DI (Direct Box) passiva, pedi ao pessoal do som para utilizar DIs passivas aqui também para não mudar em nada o ganho.
Depois de tudo checado, Rogério (que é baterista) ainda veio dar uma conferida na bateria. Só tive que aumentar os ganhos dos ton-tons, porque os microfones eram outros. Mas o resto estava perfeito para mim! Só me restava esperar pela hora do show agora.
Para quem acha ainda que “tudo são flores” nesta minha profissão, vai aqui o relato do que aconteceu depois.
Não tinha hotel para gente. Nosso hotel era justamente em Juazeiro do Norte (um pouco mais de uma hora de viagem). Existia uma casa onde estava alojada a produção do evento e foi para lá que fui depois da primeira parte do trabalho. Esta casa ficava bem perto do palco.
Fiquei vendo o Sport perder do Bahia pela TV. Pensei em ligar para Normando (operador de monitor de Silvério Pessoa) para “tirar onda”. Mas o time dele está perdendo tanto neste início de campeonato que vou esperar a outra derrota para entrar em contato.
O jogo acabou, o cansaço bateu e eu peguei uma rede e armei na varanda da casa de primeiro andar para dar um cochilo. Gosto muito de dormir em rede.
Acordei perto das 20:00h com o pessoal se arrumando para ir para o palco. Dormi umas duas horas.
Como estava nos meus planos ficar num hotel, não levei meu sabonete e nem minha toalha. Rogério chegou ao meu lado e estava de banho tomado. Ele trouxe o sabonete, mas esqueceu a tolha. Falou que tinha se enxugado com a camisa que estava usando anteriormente.
Vou fazer o mesmo, falei. Procurei primeiramente um saco plástico para guardar esta camisa que iria ficar molhada e não daria para levar na minha mochila do computador com as outras poucas peças de roupa que eu trouxe. Depois de arrumar este saco, fui tomar meu banho.
Escolhi um sabonete com menos pêlos grudados que estavam dentro do boxe do banheiro. Dei uma desgastada nele em água corrente esfregando-o nas mãos e tomei meu banho sem passar o sabonete (ainda com pêlos de outro) nas minhas partes íntimas. (risos)
Esfregava-o um palmo acima e com a outra mão livre levava a espuma até “meus reservados”.
Não ria não! Você faria o que?
Fiquei um tempinho dando uns pulinhos para a água escorrer e enxuguei levemente o corpo com minha camisa do FITO, que tenho umas dez atualmente. Nem enxuguei os (poucos) cabelos, seguindo orientação de Rogério.
Banho (quase) tomado, coloquei meu CK One e segui para o palco. Voltei a usar perfume só depois que me separei. Passei quase uns vinte anos sem usar perfume.
Tinha que conferir com o técnico da empresa se ele providenciou um adaptador para fazer uma ligação de fones para o baterista (Cássio). Ele trouxe o adaptador que combinamos e eu testei o sistema de fones. Tudo certo. Só me restava esperar agora pela hora do show.
Nossa hora chegou e nossas coisas foram posicionadas no palco novamente com a cortina do palco fechada. Chequei todos os nossos canais novamente.
A banda subiu ao palco e fizemos uma rápida checada com eles tocando. Uns 40 segundos.
Precisava conferir se os violões estavam bem no palco. Paulinho Rafael passou os dois violões e a guitarra dele e deu o OK.
Como disse anteriormente, tudo já estava distribuído no palco porque a cena era de outro show.
Com vocês, Alceu Valença!!! Gritou o locutor.
A banda entrou valendo e tudo soava bem, mas...
Tive a impressão de ouvir uns estalos graves no palco. Pode ter sido impressão... Mas não era!
Tovinho me confirmou que estavam havendo estalos nos monitores. Advinha de onde vinham os estalos?
Exatamente! Da voz de Alceu!!!!!
O microfone sem fio que passou toda a tarde comigo, e segundo o técnico da empresa, passou toda a semana com ele sem dar problemas algum, começou a farrapar (falhar). Peguei o outro sem fio que estava de standby (reserva) e pedi ao roadie Bigode para trocar. Ele esperou um momento e fez a troca. Este canal de reserva já estava com as mesmas regulagens do canal da voz principal. Ninguém no palco nota a mudança.
Alceu continuou cantando, mas... Os estalos continuaram no segundo microfone sem fio!!!
Puta merda!
Não tenho palavras mais amenas para descrever o momento. Foi isso mesmo que falei na hora.
Pedi para ligar um microfone com fio na hora e copiei as regulagens do microfone sem fio para este microfone com fio. Só que esta cópia não funciona para o ganho do canal (era para copiar na minha opinião!). Dei um ganho no “olho” e tinha que esperar Alceu cantar as primeiras frases para ajustar o ganho deste microfone para que ficasse igual ao do sem fio. Ajustando este ganho, me daria a certeza que todos estariam ouvindo do mesmo jeito este microfone (inclusive o cantor).
Enquanto arrumávamos este microfone com fio, os estalos continuavam.
Alceu levou uns dois sustos grandes com estes estalos, mas ele não parou de cantar.
Na segunda música, trocamos o sem fio por este com fio!
Ufa! Conseguimos!
Eheheheheheheh
Errei de novo!
No meio da música, Rogério me avisa pelo intercomunicador que estava com ruídos naquele canal do microfone com fio.
Puta merda! De novo!
Escutei este canal no meu fone e não ouvi o ruído, mas ele tinha lá na frente. Não adianta eu não ter o problema no palco e meu amigo lá na frente ter. Tenho que mudar.
Puta merda!
Já sei! O microfone sem fio do locutor!
Copiei novamente as regulagens de um dos sem fio para este outro sem fio do locutor e quando a segunda música acabou, fizemos mais uma troca de microfone! A terceira!
Rogério me pediu para desligar os receptores dos outros microfones sem fio que eu não estava usando. E pedimos ao pessoal da produção do evento que evitassem usar os rádios comunicadores.
Alceu continuou cantando como se nada houvesse acontecido.
Eu, já com minha voz rouca de tanto falar alto (gritar) no palco, pedi para ligar outro microfone com fio em outro canal e deixei este microfone preparado para outra troca caso fosse preciso.
Como muitos dos meus amigos falam, graças a deus não foi preciso!
O microfone sem fio que estava com o locutor não deu problemas. E seguimos com o show até o final!
Conclusão?
Tirando este pequeno contratempo (pequeno??!!), a cena do show anterior se encaixou perfeitamente também neste show! É a tecnologia ajudando a fazer o serviço.
Trabalho cumprido, fui para o camarim me aproveitar da fartura de guloseimas, sanduíches, salgados, tortas, frutas, refrigerantes, bebidas energéticas e outras bebidas não tão energéticas. (risos)
Ficamos conversando sobre o show e sobre os atropelos acontecidos. Como não bebo mais cerveja (na Bélgica eu ainda bebo!), acabei tomando umas Smirnoff Ice no camarim enquanto decidia com Rogério se a gente voltava com a banda de avião, se voltava com a van que nos trouxe ou se usava os carros luxuosos que trouxeram a banda de Recife que voltariam vazios agora. Para voltar de avião, teríamos que voltar com a banda numa van para Juazeiro do Norte e tinha um vôo que iria para Fortaleza para depois seguir para o Recife. Pelos cálculos, íamos chegar ao Recife no final da tarde!
A van que nos trouxe e os carros seguiriam logo ao amanhecer para o Recife. Decidimos voltar nos carros. Ficamos (eu e Rogério) no camarim até perto das 4h da manhã conversando e molhando as palavras. Toda vez que bebo algo agora me lembro da minha amiga Cacau! (risos)
Voltamos para nossa casa e me arrumei na rede novamente. Combinamos que a saída seria às 7h.
Mas...
Eram cinco e meia da madrugada, quando todos os fogos de artifício do mundo ecoaram no céu. Parecia uma guerra! E às cinco e meia da madrugada!!
Nem no reveillon a gente solta fogos de artifício nesta hora!
Que danado era aquilo?
Era uma festa deles. Uma cavalgada que ia em direção de não sei onde. Devia ser alguma festa religiosa.
Como todos acordaram, nos arrumamos, tomamos um café no restaurante improvisado para a produção e seguimos para o Recife.
Rogério ainda foi deitado no banco de trás do carro. Eu me lasquei no banco da frente do passageiro e não consegui dormir direito porque não podia baixar muito o banco. Fiquei com dor no pescoço. Cheguei em casa só o bagaço, todo amassado.
Ainda almocei com meu filho, mas não aguentava fazer mais nada. Fui para casa, tomei um banho valendo, me enxuguei na toalha dando mais valor por esta simples atitude e fui deitar. Nem o jogo na TV eu vi. Acordei perto das 20h, fiz alguma coisa ainda vendo a internet e vendo alguns programas na TV. Mas antes da meia-noite fui dormir novamente. Estava realmente com saudades da minha cama.
Acordei hoje antes das nove da manhã e comecei a escrever isso aqui.
Vou almoçar o resto do almoço que sobrou do meu almoço com meu filho e vou começar o dia como sempre acontece.
Show marcado só no dia 19/05/2010.
Espero que apareça mais alguma coisa até lá. Quem sabe outro de Alceu Valença.
Quem sabe, não é?
Um abraço a todos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Show de Silvério Pessoa no SESC Santo André – Que falta faz um operador de monitor.

Olá pessoal.

Eita... Hoje eu acordei triste. Hoje é terça-feira, dia 25.

Passei o dia quase todo triste. Só alguns minutos com meu filho ao levá-lo ao colégio e alguns minutos na casa dos avós maternos dele para não sentir esta coisa chata.

De vez em quando me sinto assim.

Nem o convite para fazer mais um trabalho de monitor num show de Alceu Valença (coisa inimaginável pra mim anos atrás) me fez sair deste atoleiro.

Mas melhora, sempre melhora.

Nunca mais falei sobre o meu lado pessoal, não é mesmo?

Deu vontade de falar só um pouquinho porque meu irmão Tovinho me lembrou ontem disso. Ele falou que não gosta de ler sobre o meu lado pessoal no Blog. Foi só pra ser do contra mesmo que escrevi este começo! (risos)

Meu amigo André (sanfoneiro) está na sala pegando as introduções de duzentas músicas! Ele vai fazer shows com cinco artistas diferentes (ou mais) neste São João!

O São João está para o sanfoneiro assim como o Carnaval está para o pessoal dos metais (sax, trompete e trombone).

O espaço do SESC em Santo André era muito legal. Um teatro aconchegante, tudo novinho. Só achei que o sistema de som merecia ser um pouquinho melhor. Não precisava ser muito não, viu?

Vou ver as fotos aqui para ver se refresca a memória.

Tenho que ligar meu HD externo ao laptop, pois todas as minhas fotos e meus áudios ficam neste HD de 320 Giga. Comprei outro HD de 1 Tera (1000 Giga) para ter sempre um backup deste meu de 320 Giga. Como a tecnologia avança a passos largos, este meu novo HD é metade do tamanho do antigo, mas consegue armazenar quase quatro vezes mais!

Vou dar uma olhada nas fotos...

Minhas pernas começaram a doer. Estou na cama escrevendo com as pernas cruzadas. Posição nada confortável. Não dá para ir pra sala porque André continua nos seus estudos musicais. Nem sei mais se precisava melhorar um pouco o sistema de som. Sou muito exigente. Meu problema foi mais de acústica do que deficiência no sistema de som. Os sub-graves eram um pouco embolados no ambiente. Logo que cheguei, notei que a caixa de sub-grave (era uma de cada lado) estava quase um metro à frente em relação a outra caixa (uma de cada lado também) responsável pelo restante do espectro sonoro (grave, médio-grave, médio e agudo). Solicitei que a caixa de sub ficasse na mesma linha da outra caixa e o pessoal do som providenciou isso. Com esta caixa de sub na frente, implicaria que as frequências sub-graves chegariam primeiro aos ouvintes em relação às outras frequências que viriam da caixa de cima. Para resolver isso, ou eu colocava a caixa de sub-grave logo abaixo da outra caixa, ficando assim as duas caixas na mesma linha, ou poderia também atrasar o tempo da caixa de sub-grave, fazendo com que o sub-grave chegasse ao ouvinte ao mesmo tempo com as outras frequências. Como não tinha como atrasar este tempo da caixa de sub-grave (não quero me alongar mais neste assunto), a solução foi posicioná-la logo abaixo da outra caixa que estava pendurada. No detalhe na foto acima, a caixa de sub avançada em relação a outra caixa pendurada.

A mesa de som ficava lá no fundo do teatro, numa cabine onde estava o restante dos controles de som, luz e vídeo do teatro. A mesa era uma O2R96 da Yamaha, em perfeito estado de conservação.

No palco tinha uma mesa analógica que não recordo o modelo, mas tanto a de PA como a de monitor supriam as nossas necessidades de canais e vias de monitor.

Tivemos (infelizmente) que colocar monitores de chão para os metais e para o nosso guitarrista que não possuem monitores próprios como o resto da banda. Solicitei até pelo rider (documento que enviamos antecipadamente para o contratante indicando as nossas necessidades técnicas) este fones extras para o pessoal, mas a empresa não dispunha de tal equipamento.

Demorei um pouquinho a mais do que esperava para alinhar o som das caixas do PA, principalmente por causa dos sub-graves que teimavam em embolar. Não tem como você resolver com equalização um problema de acústica. Você pode até dá uma amenizadazinha, mas não resolve! Ninguém inventou ainda (e se inventar, vai ficar milionário!) um equipamento eletrônico que retire, por exemplo, a reverberação de um ambiente. Isso só se consegue com o tratamento acústico do ambiente!

Por isso, quando cheguei num resultado que achei “menos ruim”, seguimos com o sound check.

Foi aí que apareceu nosso único problema. Por questões de custos, não deu para levar nosso operador de monitor. Está muito caro viajar com toda nossa equipe e equipamentos. Tivemos até que pedir que providenciassem uma bateria completa para o nosso baterista. Se ele fosse levar a dele, implicaria num excesso de peso e não é baratinho este excesso.

Por coincidência, conversando ontem com Tovinho, além de ele falar que não gostava quando eu falava da minha vida pessoal no Blog, ele comentou que numa viagem com Alceu para a Europa, pagaram somente 800 euros de excesso de peso por causa dos teclados! O teclado que ele usava antigamente era muiiiiito pesado, tinha teclas de piano, e quando juntava o peso dele com o peso do seu case (caixa feita sob medida onde são transportados os equipamentos), a coisa complicava. Era muito peso!

Ele não leva mais este teclado nas viagens. Trocou por um teclado controlador levinho e um teclado analógico também levinho. Fora isso, ele só leva o laptop que é usado com o controlador.

Falando em levinho... Ontem comi com André um fígado acebolado (tinha tomate também) espetacular no bar Dobradinha do Gordo que fica aqui perto de casa... Cacau vai me dá outro baile (sermão, esporro, regulagem) porque tomei duas doses de vodka... Já estou imaginando os comentários dela!

O telefone toca aqui em casa neste momento. André atende. Augusto? Quem? O que? Onde? Na casa de Renatinho? Tá todo mundo aí? Lascou?

Só escutei estas palavras do meu quarto. Chega André agora na porta do meu quarto e fala: --- Titio, tá a galera toda na casa de Renatinho. Aquele velho esquema de vídeo-game, futebol de botão, muita conversa mole, e... Lascou! Cerveja, vodka, vinho e tira-gostos variados.

Perdão Cacau... Esta minha vida de solteiro vai me matar! Tchau.

Continuo o texto de lá!

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Tentei até escrever daqui do Clube de Campo Renato Bandeira, mas a coisa é complicada. Não tive tempo para escrever.

O relógio marca 4h da madrugada...

Vou acabar este texto em casa mesmo!

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Por causa desta questão de custos, infelizmente não levamos nosso operador de monitor, meu amigo Normando.

E senti uma falta danada deste rubro-negro!

As coisas começaram a não dar certo no palco. Algumas vias não estavam funcionando. Não tinha como continuar o sound check. Fui lá no palco dar uma ajuda. Devo ter emagrecido meio quilo de tanto subir e descer as escadarias do teatro.

Não tem como eu exigir muito dos operadores de monitores “da casa” quando não levamos o nosso. É torcer mesmo para que tudo dê certo. O pessoal lá me perguntou o que eram aqueles dois canais de ambiência que tinha no input list. Expliquei que usamos estes dois microfones (um de cada lado apontado para a platéia) para captar o som do público e estes sinais são enviados somente para o fone de Silvério, e somente entre uma música e outra, para ele poder escutar a reação do público. Como ele usa fones dentro do ouvido, não consegue escutar o público, fica meio que ilhado. E este som do público é importante para ele saber como o pessoal está reagindo na platéia.

Não podia exigir que o técnico da empresas de som ficasse abrindo e fechando estes microfones para Silvério. Deixei o pessoal da empresa de som à vontade para decidir se colocariam ou não tais microfones e se iriam passar todo o show abrindo e fechando estes microfones entre as músicas.

Colocaram os microfones?

Não.

O cantor ficou sem escutar o público mesmo.

Depois de ver que o som do palco estava estabilizado, voltei para minha cabine no topo do teatro e continuei com o sound check.

Não tive mais nenhum contratempo. O sound check acabou e ficamos no camarim do teatro esperando pela hora do show.

No show também foi tudo tranquilo. O show foi muito bom, redondinho. Merecia mais público, mas não era uma Maria Gadú que estava lá, e sem a mídia para ajudar, a coisa é muito mais complicada.

Já estava pensando na farrinha na casa dos meus amigos Jorge & Cláudia no outro dia lá em São Paulo!

Os dois estavam na platéia, animadíssimos como sempre!

E ainda estavam acompanhados de mais um amigo nosso, Nelson. Que na minha lista de futuros sogros, ele está entre os cinco primeiros nomes!

Quem manda ter filha bonita, não é?

Um abraço a todos.

Só para ilustrar: Jorge no primeiro plano com a camisa vermelha do Náutico. Nelson (se dependesse de mim, seria meu sogro) ao centro com a camisa branca do Náutico. E ao fundo, Cláudia com a camisa do Sport. Na rede, o cantor muito preocupado com a vida!