quinta-feira, 29 de julho de 2010

Show de Jair Oliveira no FIG – Alergia grande. Alegria grande!

Olá pessoal.

Estou em casa esperando meu amigo iluminador Roberto “Chaplin” Riegert para tomar um vinho mais tarde vendo um jogo. Na realidade, o jogo é mera figuração.

Ia começar a tomar o remédio hoje para alergia que minha Irmã (com letra maiúscula mesmo) indicou. Voltei de Garanhuns com uma alergia absurda! O quarto onde eu estava dormindo estava com muita umidade e mofo.

Mas como temos esta noitada de vinho marcada, deixei para começar amanhã com o remédio.

Acabei de colocar o áudio deste show de Jair Oliveira no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) para tocar aqui no meu laptop. Gravei o show.

Não tinha feito nenhum trabalho com Jair. Indicaram-me lá em SP para o trabalho e eu aceitei com muito prazer. É sempre um prazer receber um convite para um trabalho novo. E vindo de outro estado, este prazer parece ser maior!

Como não conhecia o trabalho dele, pedi para a produção me enviar umas músicas que tivessem relação com o show que ele iria fazer em Garanhuns.

Fui atendido rapidamente.

Já comentei em texto anterior que fiquei ouvindo este CD, mas não custa nada falar novamente aqui.

Agora foi que decidi qual seria o título deste texto. Mudei umas três vezes enquanto escrevia aqui. Gosto de brincar com as palavras.

Quem leu os textos anteriores já sabe que cheguei a Garanhuns uma semana antes do show. Dois dias antes do show, peguei a cena principal da mesa de som para aquele evento e passei para o meu pendrive. Nesta cena estavam todas as regulagens feitas pela empresa de som para o local, como o tempo de atraso nas saídas que iam para as torres de delay, equalização nos canais dos locutores, etc. Estes são só alguns itens. Tem muito mais. Não quis citar todos.

Se eu fizesse uma cena em casa normalmente e passasse para a mesa na hora, o técnico da empresa de som teria que refazer todos os ajustes novamente. Nada prático. Outra solução seria eu chegar com minha cena mais cedo, e enquanto uma banda faz o sound check, eu passo minha cena para o laptop da empresa de som (ou uso meu laptop mesmo), e o técnico da empresa faz os ajustes necessários (ele tem tudo anotado). Depois de tudo ajustado na minha cena, é só passar para o pendrive e depois para a mesa quando chegar minha vez de fazer o sound check!

Prefiro a primeira opção. Mesmo que eu não chegue dias antes no local, posso pedir para a empresa de som me enviar a cena da mesa do evento pela internet! Viva a tecnologia!!!

Com a cena principal do evento no meu pendrive, passei para meu laptop em casa. Aí foi só colocar meus canais para o show de Jair Oliveira e fazer meus ajustes, enquanto tomava uma das dez garrafas de vinho tinto Chileno que levei para passar a semana na cidade! Para acompanhar meu vinho, o velho queijo parmesão. Desta vez não consegui levar o meu preferido, o Faixa Azul. Foi o suplente dele, o Jong.

Para baixar o editor da mesa Venue da Digidesign (vai passar a ser chamada Avid), o endereço é:

http://secure.digidesign.com/services/avid/kb/downloads.cfm?digiArticleId=41992&localeCode=en

Lembrando que é para Windows, pois é o sistema que uso no meu laptop Sony Vaio.

Não deixem de aproveitar esta facilidade!

Passei minha cena prontinha para a mesa um dia antes do show de Jair.

Paulinho da Viola ainda estava fazendo seu sound check quando cheguei no dia do meu trabalho.

Ele seria o último show da noite. Jair Oliveira era o penúltimo.

Assim que o sound check de Paulinho acabou, chamei (load) minha cena e aguardei pela montagem de nossos equipamentos. A banda era “enxuta”. Apenas bateria, baixo, guitarra e teclados. Fora isso, tinha o violão de Jair e a voz dele.

Amanhã eu acabo este texto...

Já comi meu doce de goiaba com biscoito Maizena para finalizar a noite, depois de degustar 3 garrafas de vinho com meus amigos Roberto & Aninha.

Teve asinha à milanesa e muita conversa mole!

Vou dormir.

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O remédio para alergia é até gostosinho.

Acabei de prová-lo agora pela manhã.

Ainda continuo com uma pequena tosse, mas já melhorei bastante.

Não tive muita dificuldade no sound check. Fiz uma coisa que normalmente não faço.

Enquanto o pessoal no palco ia ligando as coisas e os músicos iam checando seus instrumentos, fui levantando os canais na frente e fazendo uns ajustes rápidos.

Quando começamos pra valer o sound check, já estava quase tudo certinho. No PA acho tudo mais simples. Normando, que trabalha comigo nos shows de Silvério Pessoa, foi ajustando os monitores. Indiquei-o para fazer o trabalho.

Todos usaram caixas normais na monitoração. Jair usou um in-ear sem fio além das caixas normais.

Mesmo começando o nosso sound check um pouco atrasado, terminamos ainda antes do nosso tempo limite. Tudo tranquilo. O som estava muito bom lá na frente. Eu estava satisfeito.

Dei um “overwrite” (gravar por cima) na minha cena para salvar os ajustes feitos no sound check e fui para casa esperar pela hora do show. Para garantir, salvei esta nova cena no meu pendrive também. Não custa nada fazer isso e acho muito importante.

A “alegria grande” que coloquei no título deste texto refere-se a minha surpresa com o show. Não esperava uma reação tão boa do público. Mas teve um motivo para isso.

Vou explicar, sem me estender muito, pois não aguento mais falar sobre o assunto.

Isso eu aprendi com meus anos de estrada participando de muitos festivais. Não adianta, aqui no Brasil, colocar artistas que não tem músicas tocando constantemente nas rádios ou novelas para encerrar um festival aberto (de graça). O povo está pré-disposto a sair de casa para ver um show pra cima, dançante, com músicas conhecidas, com bailarinas gostosas, efeitos especiais, etc. Quer conhecer todas as letras para cantar junto, ou quer ver se o(a) cantor(a) trouxe a(o) namorada(o) também famosa(o).

Mais uma vez, o público refletiu este meu pensamento, pois deu somente metade do público que normalmente dá num show quando quem está no palco é Skank, Ivete Sangalo, Jota Quest, Cláudia Leitte, O Rappa, Calypso, “a banda do rebolation”, Calcinha Preta, Capital Inicial, Chiclete com Banana, etc.

Espero que um dia isso mude. Mas enquanto os novos artistas (principalmente os que não fazem músicas para o povo dançar e rebolar) não tocarem mais nas rádios e TVs, isso vai durar ainda um bom tempo. Já ouvi da boca de um artista conhecido nacionalmente a seguinte frase: --- Para que eu vou gravar coisas novas, se não me tocam nas rádios hoje em dia?

As rádios tocaram muito as músicas deste artista décadas atrás.

Pelo que chegou aos meus ouvidos, Lulu Santos era quem ia encerrar o FIG. Pode ter certeza que aquela praça iria ficar superlotada. Não quero entrar no assunto programação. Não trabalho com isso. Deixe-me com meus problemas.

Independente se deu mais gente ou menos gente, o que importa (para mim) é que o som estava bom, o trabalho ficou legal. O método que usei deu certo. E ainda para fechar com chave de ouro, Jair Oliveira passou seu recado com muita competência! E este foi o motivo para a reação tão boa do público!

O show não é linear, muda o tempo todo. Tem até música instrumental. Ele se expressa muito bem no palco (mesmo passando todo show no mesmo lugar com seu violão) e tem carisma.

A voz dele chega tranquilamente na frente. Não precisei fazer esforço nenhum. Tem certos cantores que simplesmente “falam” na hora de cantar. Aí a coisa complica.

Grata surpresa eu tive neste trabalho.

Quem quiser baixar o áudio deste show, é só ir neste link:

http://www.4shared.com/audio/yYlAEIQI/Jair_Oliveira__FIG_2010_.html

Não adianta um bom som com um show “meia-boca”.

Ah! E vice-versa!

Um abraço a todos.

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