domingo, 24 de abril de 2011

Rapidinha 124 - Trabalhos confirmados.

Dias 29 e 30/04/2011
Dia 01/05/2011
Show Silvério Pessoa (Portátil) 
Teatro da Caixa Econômica Federal
Curitiba - PR


Dia 07/05/2011
Show Silvério Pessoa (Portátil)
Casa de Seu Jorge
Recife - PE

Mudança de Palco 026 - LG GX200.

Para atualizar o Blog, só falta falar sobre o trabalho que fiz no APR 2011 (Abril Pro Rock).
Vou tentar fazer este texto no começo da semana. Já comecei até a escrever, mas parei no primeiro parágrafo.
Vou ter que retomar o texto porque no próximo final de semana já tem trabalho em Curitiba. Três shows de Silvério Pessoa.
Mas enquanto eu não coloco o texto do APR e o trabalho de Curitiba não chega, vou continuar a falar de amenidades aqui.


Há uns seis meses atrás tive que comprar um celular para dois chips.
E para economizar, comprei um genérico by China no Mercado Livre. Preço = R$ 150,00.
Dividi em dez vezes no cartão de crédito.
Resultado...
Nem acabei de pagar as dez prestações e o celular já pifou!
Aí resolvi comprar um celular "sem ser cópia". Um original.
E um amigo me indicou este GX200 da LG.
Preço = R$ 349,00.
Dividi (não recebi ainda o carnaval!) também em dez vezes no cartão de crédito.
Me arrependi de não ter feito isso na primeira compra. A diferença entre os dois celulares é absurda!
Este da LG é muito bom (para não dizer excelente), pelo menos para mim que não preciso que o celular tenha milhares de funções.
Este eu indico.



Muito fácil de operar.
Você pode programar até 5 alarmes para um só dia (uso muito alarme!).
Tem câmera 1.3 Mega Pixels (não uso). Tem rádio FM (não uso). Tem lanterna (esta função eu uso). Tem Bluetooth (não uso). Tem MP3 player (não uso).
E o melhor... Sua bateria dura duas semanas (segundo meu amigo)! Ainda não completei uma semana de uso, mas pelo que eu estou vendo pela marcação do nível da bateria, ela deve durar este tempo mesmo.
Sabe quanto tempo durava a bateria do meu celular ching-ling anterior?
Um dia! Era uma agonia!

Estou muito satisfeito com o LG GX200.

sábado, 23 de abril de 2011

Mudança de Palco 025 - Cibelly Bar.

Indicar um local em João Pessoa para se comer caranguejo e outros petiscos ao coco é meio complicado porque toda vez que vou lá acabam me levando para outro bar ou restaurante legal.
Na última vez que fui na terrinha de Chico César, me levaram para comer o caranguejo no Cibelly Bar, que fica em Cabedelo. Tive o prazer de degustar o ensopado de camarão. Espetacular também.
Além do tira-gosto muito gostoso, o ATENDIMENTO do bar se destacou mais em relação ao outros locais que indiquei para se comer caranguejo na cidade. Perfeito. Nem parecia que eu estava num barzinho na beira da praia.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mudança de Palco 024 - Tanajura.

Vinho Chileno Sunrise da Concha y Toro com...
TANAJURA!!!!!
A cada dia que passa na minha vida, vou tendo a certeza de uma coisa.
Tudo na vida é uma questão de adaptação!
Enquanto estou aqui no vinho Chileno também (só que mais simples) acompanhado do queijo parmesão, salaminho e azeitona, tem amigo meu comendo tanajura!
Com um detalhe... FELIZ DA VIDA!

Show No Grau de Silvério Pessoa – Usando bases pré-gravadas.


Olá pessoal.
Hoje é segunda-feira, dia 18.
Ainda com uma pequena dorzinha de cabeça depois de dois dias de som alto por causa do Abril Pro Rock, vou tentar começar este texto sobre o show No Grau de Silvério Pessoa, que aconteceu no começo deste mês no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu em Recife.
Fui ao teatro dias antes para ver a apresentação de Lenine com a Orquestra Sinfônica do Recife.
Não vou mentir, fui neste dia para ver a parte técnica do teatro e não para ver o show.
O teatro tem um line array fixo da Staner e uma mesa digital M7CL da Yamaha. E só!
Todo o resto (mesa de monitor, microfones, cabos, monitores, etc) tem que ser alugado.
Pensei com meus botões... Se é para ter um equipamento fixo, porque não ter tudo?
Não entendo esta filosofia. Mas isso não é problema meu, é da direção do teatro.
Liguei para um amigo meu agora aqui para me informar sobre isso que falei acima para evitar que eu fale besteira.
Falei só meia besteira. 


Ele me informou o seguinte:
O teatro vai ter microfones, monitores, cabos, pedestais (este eu sabia que tinha porque pegamos alguns emprestados no sound check).  Só que a quantidade não vai ser igual à de uma empresa de som.
Alguns destes equipamentos já tinham sido até comprados, mas não tinham chegado.
Mas a mesa de monitor não estava nem na lista de compras.
Resumindo... Mesmo com o equipamento que eles vão ter a disposição, não vai dar para fazer os shows musicais, vão ter que alugar mesmo boa parte do equipamento de palco.
Então tá... Continuando...

A parede do fundo do palco levanta e o espetáculo pode ser apresentado para a área externa do prédio.

O operador de Lenine não aceitou fazer o show usando o sistema da Staner. Ele deve ter as razões dele, e eu também tenho as minhas.
Posso escolher?
Então eu prefiro também outro sistema de caixas, como o da FZ da empresa Bizasom que foi colocado para Lenine.
E corri atrás para conseguir o mesmo sistema que foi disponibilizado para o cantor famoso.
Para mim foi mais constrangedor falar para o técnico do teatro desta preferência pelo sistema de som do que para o operador de Lenine. Por quê?
Porque o técnico do teatro é um colega meu das antigas. Tião do Vale.



Era um dos técnicos de gravação do Estúdio Estação do Som. Este estúdio era do meu irmão, e foi lá que dei meus primeiros passos na área de gravação. Fiquei só nos primeiros passos mesmo.
Acabei migrando para gravação de áudio para publicidade, e por isso perdi (infelizmente) o contato da gravação de instrumentos acústicos.
Até nos dias atuais, a maioria dos instrumentos de um áudio de uma peça publicitária são eletrônicos. Muitos músicos, principalmente os bateristas, deixaram de ganhar dinheiro por causa desta mudança no mercado em função da tecnologia. E outro músico começou a ganhar dinheiro por causa desta mudança. Quem?
O tecladista. Vou explicar.



Toda a base (ou uma grande parte dela) de um áudio publicitário (ou de uma música) pode ser programada por um tecladista.
Dentro do seu teclado existem vários sons de instrumentos musicais “sampleados”.
E com estes sons ele pode construir uma base musical completa.
Sampleados? O que é isso?
Na realidade, acredito que esta palavra nem existe no nosso dicionário. Mas está tão presente no meio musical, que já virou para nós uma palavra da língua Portuguesa.
Sampleados vem do inglês SAMPLE = Amostra.
Samples são amostras digitalizadas do som de um instrumento (ou de uma voz ou vocal).
Dentro de um teclado o músico pode ter o som de vários instrumentos musicais, como todas as peças de uma bateria (bumbo – caixa – pratos...), instrumentos de sopro (sax – trompete – trombone...), instrumentos de percussão (congas – bongô – pandeiro...), instrumentos de cordas (violão – viola - cavaco – guitarra...), e até vozes!
Com estes samples, o tecladista pode montar uma música completa sem usar nenhum músico!
Quem quiser mais detalhes sobre o assunto, encontrei este texto muito legal de Sérgio Izecksohn na internet.


Acredito que na época em que eu estava começando no Estúdio Estação do Som, se eu não tivesse migrado para a gravação de áudio para publicidade, eu seria um profissional muito melhor hoje em dia.
O som que eu pegava do instrumento já estava gravado, ou seja, perdi este contato com o som acústico original do instrumento. Eu não escutava o instrumento acusticamente.
Hoje eu tenho (acredito eu) mais dificuldades em equalizar o som de um instrumento (chamamos timbrar) num show em relação a outros operadores de áudio que tiveram este contato com o som acústico do instrumento.
Mesmo sabendo que os ambientes são outros!
Estúdio é uma coisa completamente diferente de um show ao vivo. Num estúdio, o ambiente é o mesmo sempre, as caixas de som são as mesmas sempre. Num show ao vivo tudo muda sempre!
Tião do Vale teve este contato com o som acústico dos instrumentos no Estúdio Estação do Som.
Sei que ele trabalhou com várias bandas em shows ao vivo, mas nunca consegui encontrar com ele na estrada.


Encontrei-me com ele no teatro do Parque Dona Lindu.
E falar para ele que eu preferia o line array FZ em relação ao Staner não foi nada legal.
Mas... Amigos, amigos, negócios à parte. Tinha que falar.
Consegui deixar o mesmo equipamento do show de Lenine para o show de Silvério Pessoa.
O teatro só tem cadeiras na parte de baixo. Em cima fica a sala de controle, ou seja, a mesa de som do teatro fica lá em cima! E o público fica lá embaixo!
Esteticamente para o teatro pode ser lindo, mas para um operador de áudio é um absurdo.
Com o equipamento locado da Bizasom, logicamente que a mesa ficou embaixo, no mesmo nível do público.
Sabia que a mesa de som do PA seria uma Venue (Avid) e tratei de fazer uma cena inicial do show em casa.
Tive só um pequeno problema com o sistema de AC do PA que deu “tilt” e Ítalo (Bizasom) teve que trocar.

Em um dos ensaios testando as bases no meu laptop.

Liguei meu laptop e minha placa de áudio.
Depois de algumas conversas que tivemos nas nossas reuniões no nosso escritório (?) no Bar Dobradinha do Gordo, que fica no bairro da Torre, ficou decidido que eu iria soltar as bases pré-gravadas. Nos reunimos muito neste escritório!
Neste show de lançamento, usamos bases pré-gravadas em sete músicas e ainda temos duas bases que não foram utilizadas neste show porque as músicas não entraram no repertório.
Nos ensaios eu já tinha me arrependido de ter dado a ideia de controlar estas bases.
Vi que seria mais uma coisa que eu teria que “me ligar”, e não poderia falhar.
Mas também sabia que para o show seria melhor.
Já usamos bases pré-gravadas no show CECA (Cabeça Elétrica Coração Acústico), mas era muito diferente.
Neste show No Grau são 19 canais de base (divididos entre as sete músicas), e quando as outras duas músicas entrarem no repertório, mais 10 canais serão acrescentados, totalizando 29 canais rodando no Nuendo dentro do meu laptop.
NO CECA eram apenas dois canais de MD (MiniDisc). 

Esboço do roteiro do show No Grau. Foi modificado durante os ensaios.
 
O MD ficava no palco e era o baterista que colocava para tocar as bases (apertava o play).
Um canal do MD (Left) era o click (metrônomo) que era enviado pelo operador de monitor para os ouvidos dos músicos. No outro canal (Right) estava toda a base mixada e era este canal que eu colocava no som do PA. Qualquer músico que quisesse ouvir esta base era só pedir que Normando também enviava para os fones.
Esta base pré-gravada ajudava a compor o som do show CECA.
O problema é que estava tudo mixado e tudo estava em um canal, ou seja, MONO.
Em muitos shows, por causa de vários fatores, eu precisei aumentar o som de um determinado instrumento da base, mas isso era impossível porque tudo já estava mixado.

Meu laptop rodando o software Nuendo com as bases pré-gravadas. O canal selecionado é o dos clicks das músicas.

Para resolver este problema no show atual, peguei separadamente as peças da base (percussões, palmas, vocais, falas, etc) e coloquei cada peça num canal do Nuendo.
Com isso eu teria o controle individual de cada peça desta base e poderia aumentar ou diminuir o som deste instrumento, ou efeito, ou voz, quando eu achasse necessário.
A mixagem desta base dentro do Nuendo está estéreo. Minha placa de áudio da M-Audio tem quatro saídas analógicas.
Então ficou assim a configuração (vou tentar explicar):


 
Pelas saídas 1-2 da minha placa de áudio sai a base mixada estéreo e eu liguei estas saídas da placa diretamente na minha mesa de som. Como a mix é estéreo, eu posso colocar o triângulo de um lado e o caxixi do outro lado no som do PA.
Agora eu posso até mudar isso em cada show! Num show o triângulo está no lado esquerdo, em outro show está no direito. É só eu mexer no PAN (panorâmico) do canal dentro do Nuendo.
No CECA eu não podia fazer isso! Se eu colocasse o PAN do canal da base do MD para a esquerda, TODA A BASE iria para este lado.
Pelo programa Nuendo, usando um AUX (auxiliar) eu enviei o click (metrônomo) para a saída 3 da placa. E o áudio desta saída 3 eu enviei (usando o multicabo) para o palco e Normando ligou diretamente na mesa dele de monitor, podendo assim enviar o click para qualquer músico.
Ainda no Nuendo, usando outro AUX, eu enderecei todos os canais das bases para a saída 4.
Logicamente se todos os canais estavam saindo por apenas uma saída, a mixagem ficou MONO. Mas tudo bem, este áudio é apenas uma referência para os músicos não se perderem na música, não faz uma grande diferença ir estéreo ou mono.
O áudio desta saída 4 da placa eu enviei também para o palco e Normando ligou diretamente em outro canal da mesa de monitor. Deste modo, ele também poderia enviar o áudio desta base para qualquer músico. 
Ah... Quando eu aumentava ou baixava o volume de alguma peça da base pré-gravada no som do PA, não interferia no som que ia para o palco. Como uso um AUX no Nuendo para enviar esta base para o palco, eu tenho também um controle de volume independente de todas as peças da base para o palco.


Muitos artistas e bandas (muitos mesmos, vocês não imaginam a quantidade!) usam bases pré-gravadas em seus shows. E isso já vem de muitos anos atrás.
Eu gosto deste recurso. Sempre gostei, e sempre defendi o uso.
Só discordo num único ponto. E isso serve também para os SAMPLES.
Normalmente estas bases são feitas utilizando-se os instrumentos que foram gravados no estúdio para se fazer o CD do artista. O músico foi remunerado para tocar seu instrumento numa gravação para este CD e não para ser usado nos shows também. O certo (no meu ponto de vista) seria o músico receber também alguma coisa pelo uso de seu instrumento nas bases pré-gravadas.
Mas o mercado não funciona deste jeito.
Cada um que defenda sua bandeira. 
Eu só sei que adoro usar estas bases!


A vantagem destas bases num show, é que o som fica mais completo, mais cheio, porque permite acrescentar detalhes de percussão, ou efeitos, ou falas, ou vocais, que estão no som do CD e que por várias razões não dá para fazer ao vivo.
A grande desvantagem?
O artista (e banda) fica completamente “amarrado” ao formato da música. Não pode inventar, improvisar. Tem que tocar exatamente como foi ensaiado, porque a base não pára, não muda.  Por isso a maioria dos músicos tem que escutar o click (metrônomo) para não perder esta sincronia com a base. Se perder esta sincronia, os sons (músicos – base) vão atravessar e tudo vai ficar errado.
No show, eu misturo o som dos instrumentos dos músicos com o som da base pré-gravada.
Nas conversas no Bar (escritório) Dobradinha do Gordo, nos deparamos com o primeiro problema.
Como eu vou saber que está tudo certo no palco e que eu posso soltar a base?
Eu não podia de jeito nenhum soltar esta base sem que todos estivessem prontos no palco.
Antigamente, como era o baterista que apertava o play no equipamento, ele esperava que todos da banda dessem o OK e só assim disparava a base.
Como eu saberia disso lá na frente??
Discutimos várias formas de códigos, tipo:
Quando Silvério tocasse no microfone seria o sinal.
Mas se o palco estivesse sem luz eu não iria ver. Serve não.
Ricardinho poderia levantar o braço na bateria, mas eu iria correr o mesmo risco. Eu poderia não enxergar este sinal. Serve também não.
Silvério fala no microfone “vai Titio”. Eita... Não é barzinho não! Serve não.
E se Ricardinho batesse com a baqueta uma vez em alguma peça da bateria? Eu não iria precisar ver, iria ouvir. Era, mas ficaria muito feio. Várias batidas sem sentido para o público.
Muito feio, serve não também.
Depois de várias opções (algumas absurdas), chegamos num consenso.
Alguém no palco teria que ver se todos estavam prontos e esta pessoa era quem iria me avisar.




Como normalmente quem vê isso é o baterista, resolvi então colocar um microfone para ele, mesmo sem ele fazer vocal no show. Este microfone estaria sempre fechado. Mas mesmo fechado eu tenho como escutar este microfone no meu fone sem sair no som do PA. E foi assim que fizemos. Toda vez que acabava uma música, eu colocava meu fone e apertava o botão “solo” deste canal.
E ficava aguardando (sem precisar ver nada no palco) Ricardinho falar o “vai Titio”.
Funcionou perfeitamente, mas tenho que sempre me lembrar de colocar o fone depois que acaba uma música.
Meia-noite. Amanhã acordo de madrugada para deixar meu Filho no colégio. Depois continuo este texto. Acho que não falta muito para finalizar.
...
Quem disse que eu consegui deixar meu Filho no colégio? Tudo alagado por causa da chuva que caiu a noite toda e alagou tudo.
Voltei para casa e resolvi não dormir mais. Aprontei meu leite quente com Nescafé e fiz um misto.
E estou rindo (para não chorar) aqui vendo a TV enquanto escrevo.
O médico (estuprador) Roger Abdelmassih, condenado à 278 anos (?) de prisão por ter violentado 37 pacientes, deve está no Líbano!
Enquanto estas nossas leis não forem mudadas, estamos perdidos!!!!
O sound check foi um show completo!
Acho que deu o tempo de dois shows. (risos)
Passamos quase todas as músicas, se eu não me engano.
Foi cansativo e eu estava ainda no final da dengue. Não deu tempo de voltar para casa, ficamos no teatro esperando pela hora de começar, que não demorou muito.
A acústica do teatro é legal, mas ainda tem uma reverberação nos sub-graves/graves.
O bumbo da bateria não ficou sequinho como eu queria.


Achei durante o sound check que o PA não conseguiu cobrir a contento as cadeiras laterais mais próximas ao palco. Duas caixas estavam posicionadas no centro do palco para enviar o som para as cadeiras centrais perto do palco.
Poderia ter colocado uma caixa de cada lado para mandar som para aquela área nas laterais, mas não tínhamos (acho) mais caixas para fazer isso. Deveria ter perguntado ao dono da empresa, não é?
Agora nem quero saber mais se tinha para não ter raiva.
Deram-me mais uma missão minutos antes de começar o show.
Eu tinha que colocar um áudio que estava num CD com a locução para a abertura do show.

 
Importei este áudio do CD para o projeto do show no Nuendo.
Solto a locução para começar o show, a banda vai entrando, eu dou stop na locução quando ela acaba e já coloco a primeira música no ponto, coloco o fone para escutar Ricardinho, ele solta o som de um loop do vocal (uuuu) que faz parte da música, este uuuu fica soando até que todos da banda estejam posicionados, ele fala no microfone “vai Titio”, e eu disparo a primeira base do show que começa com o mesmo uuuu do loop. Quando meu uuuu começa, Ricardinho desliga o uuuu dele e o show começa!
Por causa deste começo não muito simples, só me lembrei de dar REC no outro laptop para gravar o áudio do show no início da segunda música!
O show foi muito bom.
Fiquei 80% satisfeito com o resultado das bases pré-gravadas.
Acredito que no próximo show eu chegue aos 100% porque já sei o que fazer.
Mas não tem comparação com as bases do show antigo. O resultado foi muito superior, como eu havia previsto.


Soube de duas reclamações. Uma foi durante o show. Um conhecido veio me falar que estava na terceira (ou quarta) fila central e não estava entendendo direito a voz de Silvério Pessoa.
Aumentei o volume das 2 caixas que estavam no palco enviando o som para aquelas primeiras fileiras centrais de cadeiras.
A outra reclamação foi enviada por email para Silvério e falava sobre o mesmo problema.
A pessoa falou que não conhecia o trabalho dele e que por isso não entendeu a letra de algumas músicas.
Ouvindo a gravação do show, que ficou bem legal, achei que a voz realmente ficou bem dentro da base.
Poderia ter deixado ela mais acima mesmo, como normalmente faço.
Acredito que isso acontece porque estou mais familiarizado com as músicas, então a letra chega mais fácil aos meus ouvidos. (desculpa esfarrapada...)
Gravação é uma coisa, show é outra. Já falei isso em texto aqui no Blog. Já teve uns dois ou três shows que eu fui como espectador, e como eu não conhecia direito o trabalho do artista (como foi o caso da pessoa que enviou o email para Silvério), não consegui entender a letra de algumas músicas. Ouvindo as gravações destes shows, achei perfeito, dava para escutar claramente o que era cantado, mas no show por causa do ambiente, não estava tão claro assim.
É como áudio para publicidade... O cliente nunca reclama que a voz do locutor ou cantor ficou alta, reclama só quando acha que ficou baixa!
Sempre falei que sou adepto da tese: Se for música cantada, tem que primeiro entender a voz, depois a gente vê o resto. Normalmente nunca ouço reclamações neste sentido, pois tento seguir esta minha tese. Mas ouvi umas duas ou três reclamações sobre isso nestes últimos dois anos.
Vou prestar mais atenção nisso no próximo show.
Se alguém que está lendo este texto aqui foi ao show, por favor, deixem seus comentários sobre este assunto (se quiserem, logicamente).
O show transcorreu sem nenhum atropelo. 



Meu amigo Roberto Riegert foi que teve uns probleminhas com a luz, mas como sempre, ele resolve.
Lembrei-me de colocar o fone no final de cada música, e de "solar" o canal do microfone do baterista para escutar sua voz e soltei todas as bases sem nenhum erro. Eu estava preocupado com isso. Não podia errar. Gostaria de ter dado uma volta pelo teatro para escutar o som em vários pontos, mas minha nova função de “disparador de bases” não permitiu estas andadas pelo teatro.
Antes do término do show, o artista (e sua banda) foi aplaudido de pé por todo o público presente. O que me faz pensar que o som estava bom para a maioria.
Não acredito que um artista consiga envolver todo um público de um teatro com um som ruim.
A não ser que seja um show da Mulher Melancia!
Ela canta, viu?
Um abraço a todos.

sábado, 16 de abril de 2011

Rapidinha 123 - Não me canso de falar...

Laptop rodando o Nuendo e conectado na internet pela Claro
Já falei várias vezes em vários textos aqui no Blog, mas não me canso de falar...
Vou falar direcionado a minha profissão, mas isso pode se encaixar em qualquer profissão, só mudando algumas ferramentas. O laptop com a internet móvel serve para todas as profissões.
Laptop + Internet móvel + Placa de áudio + Programas de gravação e edição de áudio = Felicidade!
Estas ferramentas podem ajudar e muito no dia a dia de um profissional. E podem até render alguns reais sem sair de casa (bebendo um vinho Chileno) ou mesmo viajando, como é o meu caso.

Desta vez ganhei uns reaiszinhos para comprar meu vinho Chileno para a semana santa.
E isso eu fiz (desta vez) enquanto esperava uma das bandas para o sound check no Abril Pro Rock.
Estou operando mais uma vez o monitor de um dos palcos do festival.
Falei com a atendente da agência de propaganda pelo MSN (pode ser pelo Skype também). Ela me perguntou se existia a possibilidade de fazer uma edição numa locução porque o roteiro que me passaram no dia anterior estava errado e eu teria que acrescentar umas palavras numa frase e que existia esta frase num áudio de um VT antigo. Eu já tinha montado este áudio no dia anterior, e já tinha enviado este áudio para a produtora de vídeo para a montagem.
Tenho todos os projetos mais recentes deste cliente no meu laptop. Os projetos muito antigos estão em um DVD guardado em casa.
Abri o projeto anterior para ver se a locução antiga se parecia com a locução mais recente. Como as duas estavam muito parecidas, não foi difícil "cortar" a primeira parte da locução antiga que estava com a frase correta e "colar" na nova locução. Ficou perfeito. Só lembrando que é somente um locutor quem faz estas gravações para este cliente.
Editei este áudio e enviei para a produtora de vídeo para montagem do novo VT de televisão.
Não marquei o tempo, mas acho que não levei nem 30 minutos para fazer tudo, desde o primeiro contato com a atendente pelo MSN.
Invistam em ferramentas e tecnologias.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mudança de Palco 023 - Normalizando.

Vinho Travessia, queijo parmesão, salaminho, azeitona, esfirra e kibe.
A normalidade está chegando.
O apartamento está ficando com cara de casa.
As farrinhas com os amigos estão voltando.
Falta colocar o ar-condicionado, a cordinha do varal para estender roupas, um bocal e a lâmpada da área de serviço...
Devagarzinho eu chego lá.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Carnaval 2011 – Sound Check – Fazer ou não fazer?

Casa Amarela
Olá pessoal.


Acordei de madrugada hoje novamente para levar meu Filho ao colégio. É semana de provas.
Aproveitei, tomei um café com leite, fiz um sanduíche frio de presunto e queijo num pão francês e resolvi escrever para o Blog.
Adoro levar meu Filho ao colégio, mesmo acordando antes das seis! E mesmo ele não falando muito durante a ida.
Só em estar em contato visual com ele já me faz um bem danado.
Hoje foi tranquilo para deixá-lo no colégio. Não estava chovendo.
Mas ontem... Ontem foi uma novela!

Casa Amarela
Muita chuva, água em todo canto, ruas alagadas.
Para chegar foi até mais fácil do que eu esperava, não encontrei muitos alagamentos, pois a chuva começou a ficar forte na hora que eu estava indo. Mas a volta...
Quando o deixei no colégio o relógio marcava 7:15h.
Decidi (erradamente) voltar pelo mesmo caminho que tinha ido porque não vi nada engarrafado na pista contrária quando estava indo deixar ele.
Lasquei-me!!!!!

Casa Amarela
Engarrafamento monstruoso. Saí desta principal para pegar outra via, e me lasquei novamente. No caminho me deparei com uma rua completamente alagada!
Estacionei o carro antes do alagamento e peguei o jornal para ler. Esperei uns vinte minutos e quando notei que todos os carros estavam voltando pela contramão, fiz a volta e retornei também no sentido proibido. Não tinha outra saída, tinha que voltar para a via principal para voltar pra casa.
Engarrafamento!

Casa Amarela
 
Parei novamente numa rua fora da principal, peguei novamente o jornal, dei uma lida mais uma vez.
Tentei até cochilar, mas não consegui. Esperei uns trinta minutos e resolvi sair para ver se já estava melhor de se locomover. Consegui finalmente sair desta principal e pegar uma outra via que daria em casa. Não demorou nem 10 minutos de locomoção. Engarrafamento novamente.
Aí apelei. Parei novamente numa rua fora da avenida, deitei o banco e dormi!
Dormi por quase uma hora. Tentei novamente me locomover e agora consegui chegar em casa. Era perto das dez horas da manhã quando cheguei em casa!

Casa Amarela
Seguindo com o resumo para tentar atualizar o Blog, cheguei no carnaval.
Fiz apenas três trabalhos no carnaval. Foi tranquilo, tranquilo até demais.
Todos os três trabalhos foram com Silvério Pessoa.
Ainda tive uma proposta para fazer o monitor da Orquestra Contemporânea de Olinda, mas o dia coincidiu com um dos dias de Silvério Pessoa, e eu não acerto dois shows no mesmo dia.
Por quê?
Porque com Silvério sempre tem sound check no dia do show, e isso já toma um bom tempo. Se a outra banda que me chamou for fazer sound check no dia também (o que não é difícil), a coisa fica muito complicada e eu posso falhar com um dos dois na hora do sound check ou na hora do show.
Se esta possibilidade existe, eu não faço.

Praça do Arsenal

Este ano, a produção de Silvério Pessoa veio conversar comigo à respeito de sound check.
Eu sou fã do sound check, não vou mentir.  
É muito mais difícil alguma coisa dar errada na hora do show quando se faz o sound check antecipadamente do que quando não se faz.
Já passei até por situações contrárias. Já fiz sound check e não gostei do resultado final do som na hora do show, e já teve show que fiz na hora sem passar o som e adorei o resultado!
Mas normalmente quando se faz sound check, o resultado é melhor.
Pois bem...

Praça do Arsenal

A produção veio me perguntar se poderia fechar shows sem sound check, pois com o sound check é mais difícil conseguir fechar os shows por causa do horário. É quase impossível marcar dois ou três shows num dia com sound check para todos!
Mesmo sem gostar muito da ideia, falei que poderíamos tentar, pois equipe a gente tinha para isso. Vamos testar.

Praça do Arsenal

Disse que o maior problema não era nem comigo lá na frente, e sim no monitor, pois tudo lá é mais complicado. Inclusive falei que se fosse para fazer show sem passar o som, não usaríamos nossos fones no palco e as nossas ligações dos instrumentos iriam ser em cima das ligações da banda anterior ao nosso show. Usaríamos os monitores de chão que já estariam posicionados, e o máximo que a gente poderia fazer era ligar o in-ear sem fio de Silvério. Fora isso, todos na banda teriam que fazer o show usando os monitores de chão da empresa de som.

Praça do Arsenal
 
Todos concordaram.
Mas infelizmente não foram fechados mais shows. Caiu até um que estava fechado e seria em Aracaju.
Não deu para fazer o teste.
Fui ver quais seriam as empresas de som dos três pólos que iríamos fazer. Tudo certinho. Vi que o equipamento seria muito bom na maioria dos lugares.

Praça do Arsenal
  
Em Olinda (não tirei fotos deste dia e não lembro porque não tirei) foi uma empresa de João Pessoa chamada Top Som. Eu recomendo. Já conheço o serviço desta empresa e mais uma vez comprovaram o que eu já sabia. Melhoraram até o equipamento. O sistema de som em Olinda era um line array da NORTON muito legal, e a mesa de PA era uma Venue (Avid). No monitor tinha uma M7CL da Yamaha. Foi tudo certinho, mesmo eu achando que demoramos muito para fazer o sound check. O show foi muito legal. Só achei que eu poderia ter conseguido um resultado melhor com o equipamento que era de primeira. Eu com minhas autocríticas...
Obrigado ao pessoal da Top Som pelo atendimento e paciência.

Olinda (Tirada pelo dono da empresa de som)
 
Em Casa Amarela o equipamento também era muito bom. A empresa de som que estava no local era a Selva Nua. Um line array da DAS e uma mesa Venue. Logicamente que aproveitei minha cena de Olinda para começar aqui o serviço.
No palco era a mesa Si2 da Soundcraft. Trabalhei com ela uma única vez e sabia que não era tão prática como as que normalmente a gente encontra no monitor.
Avisei ao meu amigo Kiko Klaus (foi contratado para fazer o monitor no carnaval) para ele baixar o editor offline da mesa e dar uma olhada para não chegar na hora sem saber por onde começar.
Ele fez isso e conseguiu fazer o serviço sem atropelos.
Tivemos uns atropelos só com o horário do sound check. Chegamos ao local e estava marcado para outra banda passar o som. Voltamos para casa e retornamos ao local mais tarde para o nosso sound check, que achei que demoramos muito também. Mas que ajudou no resultado final.
O show foi muito bom, melhor do que em Olinda, pois o público que estava em Casa Amarela estava mais disposto a ver um show que não tivesse muita música de carnaval, que era o caso de Silvério Pessoa. Perfeito. Gostei muito do som neste dia.
Obrigado ao pessoal da Selva Nua pelo atendimento e paciência.

Praça do Arsenal
 
Vamos para o terceiro show que era na Praça do Arsenal.
Dos três equipamentos, o do Arsenal era o mais simples. Um line array nacional da Staner.
A empresa de som era a de Gogóia (não sei se tem nome fantasia, só conheço pelo nome do dono).
A mesa tanto na frente quanto no monitor era a M7CL da Yamaha. Já tinha preparado uma cena deste show em casa para esta mesa.
Kiko levou a cena do show de Olinda num pendrive, mas a cena não foi lida nem na mesa de monitor e nem na mesa do PA. Tentamos de todas as formas colocar esta cena para dentro da mesa de monitor, usei até meu laptop para ler a cena do pendrive e tentar sincronizar com a mesa via laptop, mas não teve acordo.
Não conseguimos passar esta cena para dentro e não sei qual foi o motivo porque não podíamos perder muito tempo para ver isso na hora.
Pensei até que seria um problema de incompatibilidade de versões de mesas, mas a versão das duas mesas da empresa de som estavam atualizadas (Versão 3), por isso era para ler qualquer cena de versões anteriores.

Praça do Arsenal
 
Tentando explicar para os leigos, nesta mesa da Yamaha, uma cena salva de uma mesa com versão do software 2 não vai ser lida pela mesa com software na versão anterior (no caso aqui 1), e nem a cena salva de uma mesa com versão 3 vai ser entendida pela mesa com versão anterior (2 ou 1). Ao contrário pode. A mesa com o software na versão 3 entende qualquer cena salva de mesas com versões anteriores.
Kiko teve que começar a cena do zero na Praça do Arsenal.
Mais uma vez o sound check foi longo. O fato de Kiko ter que começar do zero ajudou neste tempo longo. Eu tive que dar uma mexida no equalizador para chegar onde eu queria no som das caixas, pois a diferença sonora deste line array nacional em relação aos dois anteriores importados é ainda muito grande. Mas o som chegou onde eu queria e na hora do show todos foram recompensados. O som do show ficou muito legal.
Obrigado ao pessoal de Gogóia pelo atendimento e paciência.

Casa Amarela
 
O show (como sempre é na Praça do Arsenal) foi espetacular. Já sabemos que o público que frequenta aquele pólo combina perfeitamente com o som que Silvério Pessoa faz, independente da época.
No São João que já fizemos vários anos no Arsenal, temos a mesma resposta do público.
Depois que o show acabou o público vaiou!
Como vaiou se eu disse que o show foi espetacular?
Vaiou porque a produção do pólo não deixou que houvesse o BIS por causa de horário!

Casa Amarela
Conclusão:
Melhor equipamento = Melhor show?
Esta igualdade acima para mim não existe!
Temos muito mais fatores que influenciam no resultado final da equação de um show!
Um abraço a todos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Monitoração pessoal.

Olá pessoal.
Recebi um email hoje de um colega que mora em Portugal chamado Custódio.
Ele me conhece através do Blog e no email dele me pergunta sobre fones para monitoração em shows.
Vou colar aqui o email dele e colocar minha resposta com mais uma opção de fones que nem falei pra ele, pois ele estava querendo um fone com um preço baixo e esta segunda opção é quase dez vezes mais cara.

Segue o email de Custódio:

Olá,
Antes de mais, quero lhe agradecer os seus testemunhos relacionados com a area do som ao vivo que vai publicando no seu Blog.
Estou em Portugal, onde  também trabalho  em aluguer de som em pequenos e médios eventos.
Quero como você, me livrar ao máximo dos monitores de chão, e aproveitando sua experiência na area do monitor, queria pedir sua ajuda para me recomendar uns phones económicos mas que os musicos não reclamem muito quando os utilizarem :-)
Trabalho em pequenos eventos e não disponho de mesa de palco. Utilizo uma Yamaha IM-8 com 6 vias de monição controladas e equalizadas através da regie.
Tenho várias bandas para fazer em breve, se me puder dar algumas dicas úteis, lhe agradeço muito.

Cumprimentos,
Custódio Pereira


Segue minha resposta:

Olá Custódio.
Tenho boas lembranças de Portugal, pois fui com Silvério Pessoa para o Festival Músicas do Mundo em Sines.
Foi um dos melhores shows que fiz na Europa. Acho que a língua (Português) ajudou para um melhor entendimento do som de Silvério Pessoa. Estou te mandando a matéria que saiu num jornal de Portugal sobre este show.
Com relação aos fones, posso te indicar este da AKG que coloquei em toda uma banda e não tive reclamações.
A referência dele é K414P.
Uso ele com um amplificador de fones da Power Click, uma empresa Brasileira.

O modelo do Power Click é o PCR. Saio direto da mesa de monitor (XLR) e entro no amplificador.
O resultado desta combinação entre o fone e o amplificador é excelente.
Espero ter ajudado.

OBS: Quando quiser perguntar algo, pergunte pelo Blog.
Pois todos ficam sabendo das perguntas e respostas.
Estou até pensando em colocar esta minha indicação num texto. (Coloquei)

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A outra indicação de fone é bem mais cara, mas quem tiver mais dinheiro sobrando, eu recomendo.
Testei recentemente aqui em Recife um fone (in-ear) da empresa Brasileira Xtreme Ears.
O que eu testei aqui foi o XE2/Pro, com 2 drivers... Fico imaginando o de 4!
O cantor Silvério Pessoa testou e o baterista da banda Ricardinho também testou.
Os dois usaram o fone em ensaios e em shows valendo.
Silvério usou o fone com o sistema sem fio PSM600 da Shure, e Ricardinho usou o fone com o amplificador da Power Click (se eu não me engano, o modelo que ele usa é o DB 05).
Conclusão: Todos os dois adoraram o fone.
Obervações: 
Silvério reclamou que o fone escorregou do ouvido durante o show por causa do suor.
Conversando com o colega da empresa, ele falou que isso poderia ser resolvido com a troca da borrachinha ou fazendo um molde pessoal para o ouvido dele.
Com Ricardinho não apareceu este problema do fone sair do ouvido, e ele elogiou muito o som, principalmente sem graves distorcendo.
O que os dois concordaram também foi com o preço!
Alto para a nossa realidade de cachês aqui da região.
Mas fica aqui registrado o teste e as opiniões.
Um abraço a todos.

sábado, 9 de abril de 2011

Som Na Rural – Uma gravação que virou show!


Olá pessoal.
Muita chuva aqui em Recife. Não dá vontade de sair da cama. O tempo está cinza.
Só assim este apartamento fica fresquinho.
Minha cabeça ainda dói de tanto choro pelas crianças assassinadas no Rio de Janeiro.
Ontem à noite bebi o restinho da garrafa de Travessia, acompanhado de um salaminho tipo Italiano da Sadia, com azeitonas Vale Fértil.
Falo sempre as marcas porque a qualidade é realmente diferenciada.
Enquanto me deliciava com as iguarias e degustava meu vinho, ouvi a gravação do show de lançamento do CD No Grau de Silvério Pessoa, que aconteceu no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu aqui em Recife. Depois comento sobre este show que foi muito bom!
Por enquanto vou atualizar as coisas aqui.



Fui operar o som de Silvério Pessoa na gravação do Programa Som Na Rural. A gravação foi feita numa das pontes do centro do Recife.
O local era muito sugestivo. Acredito que as imagens ficaram muito legais.
Cheguei cedo ao local, o sol estava muito forte. Neste dia eu só iria operar o som de Silvério Pessoa. 


Participei ainda de duas gravações deste programa como contratado do Estúdio Carranca. Pelo estúdio, eu era o responsável tanto pelo som do PA como pela gravação.
Neste aqui eu só me preocupei com o som do PA, e como só tinha uma mesa de som, eu fiz o monitor para a banda também.
Acho que trabalhei mais que num show normal. (risos)


Muito a contragosto tive que usar três vias com monitores de chão neste dia, mas os monitores não interferiram no resultado do som. Pelo menos eu não notei.
Liguei normalmente o sistema in-ear sem fio de Silvério. Quanto menos monitores de chão no palco, melhor.


Usei meu laptop via wireless para alinhar os monitores de chão que usei para os dois guitarristas e para os metais.
A mesa LS9 da Yamaha que pertence ao Estúdio Carranca já tem um roteador conectado sempre.  Só peguei a senha e me conectei normalmente.


Por causa de um problema no acordeom, demoramos mais do que o previsto para começar. Mas só começamos quando estava tudo certo para mim e para a banda.
E nem chegou a ficar tudo certo, tivemos que colocar um microfone para captar o som do acordeom que não teve jeito de funcionar.


Comecei o show pensando mais na gravação do que no som do PA. E o mais importante é mesmo a gravação. Mas a cada música, a gravação ficava com mais cara de show, e eu fui dando mais um gás na frente. O som estava muito legal. Acertei a mão.
Eu só não podia me empolgar para não aparecer realimentações (microfonias) no som.
O equipamento de som disponibilizado tem como finalidade maior só dar uma amplificada “de leve” para o público. Como já falei, o som para a gravação é o ponto mais importante.
O resultado final foi muito bom. A gravação virou um show!


Todos ficaram empolgados, inclusive Roger, o apresentador.
Ele até comentou em certa hora na gravação pelo microfone: --- Não foi o maior público nestas gravações que já fiz do programa, mas com certeza foi a gravação com mais aplausos!
Um abraço a todos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Resumindo...

Olá pessoal.
Tomei coragem para escrever aqui enquanto espero por mais uma locução de GM para editar um áudio para TV.
Estou me sentindo muito só aqui neste forno que chamo de apartamento. O calor me enerva o juízo. Mas eu tinha que sair do outro apartamento, isso eu não tenho dúvidas.
Vou aproveitar que ainda tenho uma garrafa de Travessia aqui e vou fazer uma farrinha solitária mais uma vez. Com vodka eu não consigo fazer isso, mas com vinho... Tem algo mágico nesta bebida.
Meus dentes continuam a quebrar. E pelo “andar da carruagem”, o final não vai ser muito interessante. Ou eu junto dinheiro para fazer implantes, ou vou ficar sem dentes na boca.
Impressionante é que bebo muito leite! Mas não está surtindo efeito.
Vou dar uma olhada nas fotos e fazer um resumo do que fiz por estes dias.


Vamos começar pelo evento Janeiros de Grandes Espetáculos. Operei o som do PA em apenas um dia do evento. Era uma DM2000 controlando o som do PA. Não tenho muita coisa para falar deste dia. Mudaram a posição da mesa no Teatro de Santa Isabel. Mas ainda não ficou bom. Colocaram a mesa dentro do recinto, mas acima do nível do público. Antes a mesa ficava no nível do público, mas fora do recinto, precisamente no corredor. 


Quando ela ficar no nível do público e dentro do recinto, não reclamo mais.
O problema é que o Teatro tem vários níveis de platéia. O ideal seria um Line Array suspenso para cobrir melhor o ambiente, mas neste dia o Line estava no chão invertido.
Não lembro se meu COMTAC já tinha chegado neste dia, pois seria uma boa oportunidade de testar meu roteador sem fio com a mesa USB da Yamaha.
Não tive nenhuma surpresa neste dia de evento. Vamos passar para o outro evento...
Tabalhei em dois dias (25 e 26/02) no Porto Musical. Gosto muito de fazer este evento, pois normalmente tem atrações internacionais. Neste ano não veio tanta atração de fora do Brasil, mas mesmo assim ainda tive gratas surpresas!
No primeiro dia operei o monitor do evento e como a maioria não trouxe operador de monitor, operei o som dos monitores para a maioria das bandas.
Mesmo não sendo muito mais fã de fazer monitor atualmente, não posso negar que é um exercício muito bom fazer o monitor num dia e passar a fazer o som do PA no outro.
Podem acreditar... Consegui zerar a mesa (apagar todas as cenas) de monitor. Tive que refazer o alinhamento rapidamente momentos antes de começar o sound check.
Excesso de confiança é o maior motivo para uma pessoa como eu conseguir apagar uma mesa hoje em dia. Tudo é tão simples, que relaxo no raciocínio. Nunca relaxem.
Acabei de editar o áudio de GM aqui, vou encher a taça de Travessia e continuar o texto.
Fui ao Porto Musical um dia antes para curtir os shows. Gostei muito neste dia de Lucas Santtana da Bahia. 
Já no dia que fiz monitor, poderia destacar a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana de São Paulo, e a cantora também de São Paulo, Luísa Maita. Bons shows. Só acho que era para ter colocado o show de Luísa no começo do evento e não no final depois de uma porrada sonora da Orquestra “Jamaicana”.
No outro dia quando fui operar o som do PA, tive a maior das surpresas, principalmente porque fui eu que operei o som do show da banda. O nome? LINDIGO.
Ilha Reunião, França.
O som tribal do grupo não saturou a noite, pois normalmente estes sons tribais são repetitivos.
Muito pelo contrário, o som foi tão contagiante que envolveu a platéia. Nada como um trabalho bem feito, independente do ritmo ou harmonia!


Se é bem feito, sempre vai ter gente para escutar e gostar. Sempre achei isso, e sempre gostei do Porto Musical por causa desta filosofia de mostrar outros ritmos e outras harmonias.

 
Fiquei muito feliz em participar da construção de um som que a maioria das pessoas ali daquela praça não estavam acostumados a ouvir. Senti-me na Europa, nos grandes festivais!
Mesmo nunca tendo feito nada para aquela banda, o som ficou muito bom, um dos melhores que fiz na vida. Tive a felicidade de encaixar o som dos instrumentos artesanais de um jeito que parecia que eu era o técnico do Grupo. Os elogios foram grandes naquela noite. Impagável!

 
Um amigo meu falou no final da noite: --- Me senti dentro do filme Rei Leão!
Parecia um filme mesmo!
Operei também nesta noite o som do show da Pernambucana Catarina Dee Jah.
Mais um som que foge dos padrões estipulados pela mídia e que é interessante de ver e ouvir.
Vida longa ao Porto Musical!



O que já chorei aqui hoje vendo a tragédia na escola no Rio de Janeiro!
Como somos vulneráveis!
Liguei para meu Filho várias vezes hoje.
Na realidade, ligo para O Maior Amor Da Minha Vida quase todos os dias! Só para saber onde ele está e o que está fazendo. A saudade que sinto dele é infinita.
Aconteceu uma coisa neste evento na Praça do Arsenal que eu nunca tinha passado. Comentei até num site de operadores de áudio. Vou colocar aqui também para quem não leu no Gigplace. Os leigos podem encerrar aqui a leitura.


O tópico no Gigpalce era:
O Som está "RUIM" o que devo fazer ? Posturas do Técnico da Locadora com o Técnico Visitante.
Segue o texto:
Olá pessoal.
Passei este fim de semana por um caso desses.
Estava responsável pelo som do PA de um evento aqui em Recife. Neste dia só uma banda trouxe seu técnico.
A mesa na frente era uma DM2000 e já no começo notei que o técnico não tinha muita afinidade com ela.
Falei que qualquer dúvida era só me perguntar. Ele fez poucas perguntas e o sound check foi acontecendo.
Notei que ele deixava de fazer coisas básicas, como colocar filtro (High Pass Filter) em canais
que não precisam de frequências baixas, como uma flauta.
Não deu outra... Já no início do sound check as baixas frequências começaram a rodar no som da frente.
Mostrei pra ele novamente como era que se colocava um HPF e ele foi seguindo com o sound check.
Entrei em contato com o proprietário da empresa de som que estava no palco, passei o que estava acontecendo e perguntei o que deveria fazer. Ele me pediu para continuar fazendo o que eu estava fazendo, ou seja, continuar ajudando no que ele pedisse, mas não era para pedir para assumir. E foi isso que eu fiz. Só que a realimentação continuava e eu resolvi ajudar sem ele me pedir e sem ele notar. Não sei se foi muito ético, mas pensei no resultado final que poderia não ser muito bom.
Eu estava lincado como meu laptop à mesa DM2000 e este link estava independente. O que eu selecionava no laptop não interferia na mesa e vice-versa. Com meu mouse sem fio, conseguia mexer no Studio Manager mesmo estando longe do laptop.
Também não mexi em muita coisa, só coloquei o HPF nos canais que achei necessário, e coloquei um gate no bumbo.
A realimentação parou e ele finalizou o sound check. Não interferi em mais nada.
Na hora do show, ainda apareceu um rapaz me chamando a atenção, falando que o baixo estava absurdamente alto em relação ao resto da banda.
Falei que eu não era o técnico do artista e que eu não poderia ajudá-lo. Que qualquer reclamação que ele quisesse fazer naquela hora teria que falar com o técnico do artista.
O proprietário da empresa de som, por saber da minha situação lá na frente, falou antecipadamente para a produção do evento que não era eu que iria operar o som daquele artista, pois ele tinha técnico próprio.
Foi assim que agimos.
Um abraço.

A discussão lá no Gigplace está acirrada!
Um abraço a todos.