segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FITO em Recife (mais um) – Desta vez foi Hermeto Pascoal.



Olá pessoal.
Resolvi não sair para canto nenhum neste dia 31.
Vou ficar em casa sem camisa, de bermuda (sem cueca por baixo) e de chinelos.
Logicamente vou beber meu vinho e o acompanhamento vai ser um lombinho de porco assado.
Vou abrir um vinho chamado Rapariga da Quinta, de Portugal.
Não é o meu favorito daquele país, prefiro o Porca de Murça, mas tá valendo.
Não vou abrir o vinho Francês que ganhei do meu ex-sogro no Natal, vou aguardar uma oportunidade para beber com quem me presenteou.
Já que não saio de casa hoje, resolvi dar uma adiantada nas coisas aqui do Blog, pois tem muita coisa atrasada.
Como na maioria dos trabalhos que eu fiz desde o show de Alceu no Arruda não deve ter muita novidade para falar, vou tentar ser breve. Vou ser breve!!!!!
Fui ver na agenda aqui o que eu fiz depois do show de Alceu no campo do Santa Cruz aqui em Recife.



Fiz o FITO pela empresa Bizasom nos dias 14, 15 e 16/09, também no Recife.
O FITO em Recife se diferenciou mais uma vez das versões que acontecem em outras capitais.
O palco principal fica num área externa. Nas outras capitais, tudo (palco principal mais as salas onde acontecem as peças de teatro de objetos) fica dentro de uma área coberta.
Eu até gosto do palco principal ficar numa área externa, mas acho muito arriscado por causa da chuva.



Acabei de abrir a garrafa de vinho.
Vou cortar “umas lascas” de porco assado... Talvez acrescente algumas azeitonas sem caroço.
Não sinto muita coisa por ficar em casa neste dia.
Segunda-feira quase normal para mim.
Só sinto falta do meu Filho. Mas isso eu sinto todo dia quando não estou com Ele. Normal.
Nada de anormal aconteceu neste FITO.
Mesmo sistema de line array (FZ), mesma mesa de som (Venue), quase o mesmo roteiro dos outros anos...
O show principal foi diferente dos outros.
Hermeto Pascoal.



Foi o primeiro show dele no evento.
E ele não trouxe técnico de áudio.
Eu tive que fazer o som do show. Nunca tinha feito nenhum trabalho onde tinha Hermeto.
Mas deu tudo certo, pelo menos eu achei.
Se tiver alguém aqui lendo e que estava na plateia neste dia do show, pode dar sua opinião, seja lá qual for.
Mais um “nome de peso" na minha lista de trabalhos, mas vocês não vão ver o nome de Hermeto ou de Chucho Valdés na minha lista de artistas com os quais trabalhei, pois só entra o nome quando sou contratado pela produção do artista.



Neste caso de Hermeto, ou no caso de Tom Zé, como no MIMO onde operei o som do Cubando Chucho Valdés, eu não fui contratado pelos artistas, eu estava trabalhando para uma empresa de som.
Operei o som para Tom Zé, Chucho Valdés e Hermeto Pascoal, mas só comento estes nomes “em off” para os amigos.
Achei o “gosto” dos músicos de Hermeto Pascoal muito parecido com o “gosto” da galera de Tom Zé.
Não gostam de um som com muito peso (sub-graves/graves) na frente.
Jazz.




Isso já fiquei sabendo na primeira batida do bumbo da bateria no sound check.
Depois de ajustar o som ao gosto deles, tudo foi rápido.
É... Meus caros... Geralmente vai alguém da turma deles verificar como está o som na frente!
Tom Zé faz a mesma coisa, só que é a esposa do cantor que dá o ok da frente do palco!
Gostei do resultado do som no show, mesmo não tendo capacidade técnica para entender aquele som produzido pelas harmonias nada convencionais.




Nada convencional também foi a dança de um casal que aconteceu no meio da rua.
O que era fora do comum?
A bailarina era uma retroescavadeira!
Isso mesmo!
O gringo (não lembro de que país era) dançou balé com uma máquina enorme de escavação!
Impressionante.
Tão bom quanto o bailarino, era o operador da máquina!
Várias cenas me chamaram a atenção, mas uma foi foda!


Numa certa hora, o bailarino que estava correndo para e fica imóvel.
A pá da escavadeira que girava no ar perseguindo o bailarino também para. A pá está bem no alto. Quando ela para, ela desce de uma vez só ao lado do bailarino.
Fiquei esperando o danado do bailarino dar um passo para o lado para evitar que a pá enorme esmagasse a cabeça dele, mas ele não se mexeu e nem olhou pra cima.
A pá desce há menos de um metro ao seu lado!
Muito bom! 

Acharam o bailarino na foto? Cliquem nela para ampliar.
O público ficou impressionado também.
Liguei para os amigos (as) para avisar sobre esta dança.
Este foi o FITO em Recife.
Fui breve?
Claro que fui!
Nem cheguei na metade da garrafa!

Naná Vascocelos no seu show onde um dos instrumentos era um guarda-roupa.


Ah...
Ainda teve pequenos shows de Naná Vasconcelos durante todos os dias do evento, mas mais uma vez não fui eu quem operou o som do show dele.
Desta vez meu colega Carlinhos Borges fez o serviço.
Um abraço a todos.