segunda-feira, 21 de julho de 2014

Som de Madeira no FIG – Sugestão para futuras licitações.



Olá pessoal.
Não tem nenhuma foto deste trabalho que fiz ontem.
E meu comentário vai ser bem resumido.
Vou deixar uma sugestão para as futuras licitações de equipamentos de som e luz que são feitas por prefeituras e governos.
É simples a sugestão. São duas palavras somente que podem mudar o resultado de um show.
Quando colocarem as especificações dos equipamentos, é só no final inserir o texto:
(SEM DEFEITO).
Ex:
1 - Mesa de som digital 200 canais, com 120 auxiliares, 30 DCAs, etc (SEM DEFEITO).
2 – Trinta monitores com 2 falantes de 15” + drive (SEM DEFEITOS).
E por aí vai...
Por causa da falta desta observação nas licitações, quase que o show do Som de Madeira foi literalmente pelo ralo ontem no Palco Instrumental.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Mudança de Palco 084 - Netflix.


Olá pessoal.
Como gosto muito de ver filmes (em casa!), resolvi testar este tal de Netflix.
Alguns amigos já me falaram bem deste serviço, e eu assinei ontem para testar, pois eles dão um mês para você experimentar.
Mas quando você assina, já entra no seu cartão de crédito o valor, e se você desistir antes dos 30 dias este valor é estornado.
No site (foto acima) tem o valor a partir de R$ 17,90.
Fiquei impressionado com o serviço.
Prático, muitas opções de filmes, podemos dar notas aos filmes, podemos criar um perfil do gosto pessoal e com isso o sistema indica filmes para serem vistos.
Ao colocar o cursor em cima da "capa" do filme aparecem várias informações como: Duração, atores, ano em que foi feito, pontuação de acordo com as opiniões dos usuários, etc.
Muito bom o serviço.
E além de tudo isso, até 4 pessoas podem ver filmes diferentes ao mesmo tempo, em computadores diferentes e em lugares diferentes.
Logicamente, os preços mudam.
Atualmente é assim:
1 tela   = R$ 17,90
2 telas  = R$ 19,90
4 telas  = R$ 26,90
Não só tem filmes lá, tem documentários, shows...
Com sua assinatura, você pode ver filmes em qualquer lugar onde tenha internet (decente).
Não sei ainda se vou conseguir ver com minha internet móvel da Claro de 500 kbps.
E também não sei se a gente pode usar o serviço fora do Brasil.
Vou testar e depois coloco o resultado aqui nos comentários deste texto.
Mas que é muito bom o serviço, isso eu já posso adiantar.
Só precisei de um dia para notar isso e decidir que vou continuar como usuário.
Outra coisa, para cancelar, é só entrar na sua conta pela internet e cancelar. Como fazemos com o Skype.
Não precisa ligar pra ninguém.
Simples.
Um abraço a todos.

Mudança de Palco 083 - O Mordomo da Casa Branca.

Simplesmente...
Espetacular!
Nem todo manifestante é criminoso.
Na realidade, a grande maioria não é!
Não deixem de ver este filme.
Um abraço a todos.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Rapidinha 170 - Ferramenta de pesquisa funcionando!!!


Olá pessoal.
A ferramenta de pesquisa do Blog está funcionando novamente!!!
Ela é muito útil e rápida.
Basta colocar a(s) palavra(s) referente(s) ao assunto que você procura no Blog na janelinha "PESQUISAR NESTE BLOG" que fica abaixo do Arquivo do Blog e clicar em "Pesquisar".
O resultado da pesquisa aparece no topo da página, mostrando os títulos de todos os textos onde tem a(s) palavra(s).
Um abraço a todos.

domingo, 6 de julho de 2014

Naná Vasconcelos e Virgínia Rodrigues em Cachoeira – Foi vapt-vupt.



Olá pessoal.
Pois é...
Tem viaduto caindo no país.
Um amigo colocou no Facebook que isso já aconteceu antes aqui no Brasil e matou muito mais gente.
Em 1971 morreram 26 pessoas no Rio de Janeiro.
Neste de Belo Horizonte foram apenas (?) duas mortes.
Só acho que as causas foram diferentes nos dois casos.
Mas estou sem saco para falar sobre isso.
Este show de Naná com Virgínia Rodrigues estava marcado para o dia 4 de julho.
Mas quando viram que neste dia ia ser o jogo do Brasil com a Colômbia, mudaram a data para um dia antes.
Como foi muito em cima da hora, não conseguiram mudar nossas passagens que estavam marcadas para o dia 3.
Chegaríamos um dia antes do show, mas com esta mudança repentina, agora a gente ia chegar na hora do show!
Cachoeira é uma cidade que fica a 109 quilômetros de Salvador, na Bahia.
Em 1971, no mesmo ano em que o viaduto tombou no Rio, Cachoeira foi tombada pelo Instituto do Patrimônio e Histórico Artístico Nacional, e passou a ser considerada Monumento Nacional.
A pousada onde ficamos mostrava bem o que era isso.
Ficamos na Pousada do Convento do Carmo.
Uma verdadeira viagem no tempo.
Enormes corredores com piso de madeira que rangiam com as pisadas, enquanto a gente passava pelas portas dos quartos, que seguiam lado a lado.
Eu como sou muito religioso, achei aquele ambiente parecido com uma prisão.
Uma prisão sem grades.
Mas só cheguei no quarto no final de tudo, vamos voltar para o começo.
Quando chegamos à cidade, paramos na frente da pousada, mas nem desci.
Só Naná seguiu para o quarto, e a equipe técnica seguiu para o local do evento.
A produção do evento entrou em contato comigo para falar sobre o local.
A mesa seria uma LS9 para fazer o PA e monitor.
Até aí, nada demais.


Não tinham todos os microfones (marcas) que eu solicitava no rider técnico, mas também não tem muito problema isso.
Podemos substituir estes microfones por outros similares.
A coisa complicou um pouco quando eu perguntei qual era o sistema de caixas do local.
O técnico responsável chamava-se Ivo, e ele foi contratado para ligar o sistema do cine-teatro.
Exatamente. O local era um cinema!
Com sistema de som para cinema!
E este show de Naná com Virgínia seria a inauguração deste sistema!
Não fiquei muito animado com a notícia, e depois que ele me falou que não sabia qual era a marca das caixas que estavam no teatro foi que eu fiquei tenso.
Falei para ele que se fosse um show normal com banda eu provavelmente não iria aceitar o sistema, mas como este show é bem light, e Ivo me garantiu que as caixas falavam bem, aceitei o desafio.
A maioria das caixas estavam dispostas nas laterais da plateia.
Na parte de baixo, oito caixas, sendo quatro de cada lado.
E na parte do mezanino, quatro caixas, sendo duas de cada lado.
As caixas de baixo eram de uma marca, e as quatro caixas de cima eram de outra marca.
Não tive nem tempo, e nem vontade de ver as marcas.
O palco ficava na frente da grande tela branca.
E na mesma linha da tela ainda tinham 3 caixas, sendo que uma era para o sub-grave.
Ivo me passou por telefone como ele fez a ligação do sistema.
Auxiliares 1 e 2 eram as duas caixas na linha da tela, e o auxiliar 4 era para as caixas de sub-graves.
O auxiliar 3 ele usou para enviar o sinal para duas caixas fora do teatro.
Os auxiliares 5, 6, 7 e 8 estavam alimentando as caixas de baixo. Duas caixas para cada auxiliar.
Os auxiliares 9, 10 e 11 eram as mandadas para os monitores dos músicos (Naná, Virgínia e o violonista).
Os auxiliares 12, 13, 14 e 15 alimentavam as quatro caixas do mezanino.
E o auxiliar 16 era uma mandada para um efeito (reverb).
Quando ele me passou estas informações, pedi para ele preparar a mesa para o show da seguinte maneira:
Envie todos os canais da mesa para todos os auxiliares na mesma proporção, só que em “pos –fader”.
Ou seja, quando eu levantasse o fader do canal da mesa, este sinal iria para todas as caixas do ambiente com o mesmo volume.
Se eu achasse que estava alto em algum canto, eu diminuiria no auxiliar do canal ou até no máster do auxiliar.
Não falei para Ivo que isso não era pra ser feito nos auxiliares que enviariam os sinais para os monitores dos músicos por achar que não seria preciso falar, ele iria saber que os auxiliares dos monitores dos músicos deveriam ficar em “pre-fader”.
Mas me dei mal.
Quando cheguei lá e fui dar uma conferida na mesa, notei que ele deixou os auxiliares dos monitores em pos-fader também.
Tudo bem se não fosse por um detalhe.
A produção deste show tinha combinado comigo e com Ivo para ele adiantar o sound check com Virgínia e seu violonista que chegariam antes à cidade, pois vinham de Salvador.
E foi o que ele fez.
Eu não teria tempo para colocar os auxiliares dos dois músicos em pre-fader e passar de novo o som.
Resolvi deixar como estava, mas coloquei o auxiliar de Naná em pre-fader.
Cheguei ao cine-teatro na hora que começou a solenidade.
Fiquei observando como estava soando as caixas enquanto falava com Ivo sobre a mesa e outros detalhes.
Notei que ele não fez exatamente o que eu pedi.
Nem todos os canais estavam enviados na mesma proporção para os auxiliares.
A inteligibilidade estava bem legal, notei que daria para fazer tranquilo o trabalho.
As quatro caixas do mezanino eram do tipo “EON”, mas não deu para ver qual era a marca.
As que ficavam embaixo foi que não deu mesmo para saber por que eu não iria ficar na plateia olhando marca de caixa enquanto a solenidade acontecia.
Não sou doido a este ponto.
Como estava soando bem, relaxei.


Ainda deu tempo de procurar um acarajé para jantar.
Saí com Roberto e achamos uma morena na esquina preparando a iguaria.
Eu sou totalmente viciado em acarajé!
Procuro sempre por um acarajé nos trabalhos que faço em palcos na rua.
Este de Cachoeira não foi o melhor recheio que eu comi, mas a massa foi uma das melhores que já experimentei até hoje!
Quando a solenidade acabou, o público foi avisado que teria que sair do local para a gente montar o palco e passar o som rapidamente com os três músicos no palco.
Ainda teríamos que afinar a luz e testar as projeções.
Pedi para o roadie de Naná falar no microfone dele, ajustei o ganho e coloquei o sinal no monitor dele, e fiz a mesma coisa com o microfone do berimbau.
Naná só iria usar estes dois canais neste show.
Por causa disso, já sabia que eu não iria precisar das caixas de sub-graves por que só uso estas baixas frequência na moringa de vidro, que ele não usaria neste show.
Também não estava nos meus planos usar as caixas que ficavam na linha da tela do cinema porque o som iria atravessar o palco, e isso poderia causar realimentações.
Quando eu soube que elas estavam bem acima do nível dos músicos, estavam no alto, deixei como uma opção caso eu achasse que deveria usar, mas realmente não precisei destas caixas. Ficaram paradas durante todo o show.
Era mais fácil o som destas caixas atrapalhar os músicos, pois eles iam escutar primeiro o som dos monitores para depois ouvir o som destas caixas que chegaria atrasado.
Aí eu teria que atrasar o som dos monitores deles, passar o som de novo, aí...
NÃO TENHO TEMPO PRA ISSO!
Elimina-se o que vai levar tempo.


O violonista ainda dedilhou algumas notas no violão, mas foi só isso que eu tive.
Estava soando legal.
Eram dois canais, um canal linha e outro canal microfone.
O canal linha foi usado para enviar o sinal para o monitor dele, e os dois canais foram enviados para o som da casa.
Virgínia não quis passar novamente o som do seu microfone por que tinha muita gente já dentro do teatro.
E Naná bateu o recorde de sound check!
Falou três palavras no seu microfone, tocou umas quatro vezes com a vareta no berimbau, e saiu do palco.
Isso deve ter levado entre 5 e 10 segundos pelos meus cálculos!
Só deu tempo de ajustar os ganhos para a voz dele e para o berimbau.
Mas eu não ia começar “às cegas”.
Tinha uma pequena noção de como todos os canais estavam soando.
Exceto a voz de Virgínia.
Por causa da observação que eu fiz do som durante a solenidade, fiz uma equalização que coloquei em todas as vias das caixas do ambiente.
Para isso usei o equalizador de 4 bandas.
Nas vias de monitor, insertei equalizadores gráficos, onde mexi muito pouco, pois não cheguei a ouvir os monitores.
Tirei somente algumas poucas frequências que normalmente eu tiro na maioria dos monitores.
Chamo isso de uma equalização “de olho”.
Enquanto eu ia verificando o som, Roberto Riegert ia vendo luz e projeção.
Ele teve muito mais trabalho do que eu, pois tiveram que subir em escada para ajustar os refletores.
Mas quando ele conseguiu um mínimo para fazer o show, deu o OK e o show foi anunciado.
Não tive grandes problemas com o som. Para ser mais exato, não tive problemas durante todo o show.
Como Ivo tinha deixado os auxiliares dos canais do violão e da voz de Virgínia em pos-fader, foi só um pouquinho mais chato fazer a mixagem para o ambiente, porque se eu aumentasse o fader do canal da voz dela ou do violão para o ambiente, este sinal aumentava nos monitores dos músicos.
Para resolver isso, não mexi mais nos faders destes canais, e aumentei o volume deles para a plateia usando os auxiliares que alimentavam as caixas dos ambientes.
Com os dois canais de Naná eu não tive este problema porque quando eu mexia nos seus faders não interferia no monitor dele.
Não demorou muito para eu achar que estava legal.
Este texto foi bem mais longo do que foi realmente o trabalho em Cachoeira.
Tentei explicar com mais detalhes para que meus colegas de profissão pudessem visualizar a situação.
Desculpem-me os leigos, não tive como fugir do assunto.


Para vocês terem ideia de como foi rápido este trabalho, saí de Recife na quinta-feira às 16:30h, desci em Salvador, peguei a van, segui para Cachoeira, cheguei ao teatro, fiz tudo que falei acima, depois do show tomei três doses de vodka com laranjada na frente do teatro, comendo macaxeira com carne de sol.
Quando deitei na minha cama na pousada-convento-prisão, o relógio marcava 2 horas da manhã da sexta-feira.
Acordei às 7h. A van seguiu para Salvador às 8h.
Chegamos antes das dez ao aeroporto, deu tempo ainda de conectar na internet e resolver alguns probleminhas com meus trabalhos de edição de áudio com a agência de propaganda.
O avião decolou ao meio-dia, e aterrissou às 13h no Recife.
Cheguei em casa antes das 14h.
Coloquei uma bermuda e um chinelo, nem troquei a camisa, peguei duas garrafas de vinho e fui para a casa de um Amigo que fica a 400 metros de casa para ver o jogo do Brasil com a Colômbia que seria às 17h.
Fizemos um churrasco, tomei as duas garrafas de vinho e comi pizza no final. Ri bastante com os Amigos.
O problema maior nisso tudo que relatei aqui foi voltar pra casa andando os 400 metros depois de tomar as duas garrafas de vinho sozinho.
Parecia que o trajeto era de 4000 metros e não 400!
Fingi que eu estava bem para as pessoas na rua, mesmo sem conseguir andar numa linha reta perfeita.
Cheguei em casa, tomei um banho, coloquei uma bermuda sem cueca, tomei um sorvete, escovei os dentes e fui dormir.
Isso foi perto das 23h.
Logicamente, a camisa eu coloquei no cesto para lavar.
Dormi feito um nenê.
Como podem notar pelo relato... Da quinta para a sexta...
Foi vapt-vupt!
Usei direitinho o tempo, não foi?
Um abraço a todos.