segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Rapidinha 166 - QSC TouchMix

Quem me mostrou isso hoje foi meu Amigo iluminador Roberto Riegert, que já anda com sua mesa própria de luz.
Fui dar uma olhada no site e achei muito interessante.


Existem duas versões.
TouchMix 8 (que tem 8 entradas XLR + 2 entradas estéreo).
TouchMix 16 (que tem 16 entradas XLR + 2 entradas estéreo).
Fiquei muito empolgado com a versão 16 onde podemos fazer até 10 vias de monitor, fora o L/R.
Tou pensando em me dar este presente qualquer dia desses, vou dar mais uma pesquisada.
Mas fica aqui a dica.
Achei muito legal.

Para mais detalhes no site da QSC, clique AQUI.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Show de Naná Vasconcelos no SESC Bom Retiro (SP) – Haja paciência...



Olá pessoal. 
Recuperados das festas de fim de ano?
Estava nos meus planos ficar em casa vendo um filme e bebendo meu vinho até chegar a meia-noite, e depois seguiria para a casa de um amigo que fica perto daqui de casa, onde continuaria minha farrinha com outra garrafa de vinho.
Não teria problema com a Lei Seca, pois é (quase) impossível ter uma blitz neste caminho.
Mas o carro da minha Irmã quebrou quando ela estava indo com minha Tia para a praia de Boa Viagem, onde passariam a virada do ano na orla vendo a queima de fogos, tomando uma cervejinha e comendo uma carne de porco.
Como ela estava voltando para o apartamento dela que fica colado com o meu (porta com porta), resolvi não sair mais e abri a outra garrafa de vinho e ficamos na varando vendo a queima de fogos da zona norte, e logicamente comendo a carne de porco que voltou intacta!
Muito legal meu réveillon. 
Só faltou meu Filho, mas ele estava se divertindo em Olinda com a mãe e avós, e é o que importa pra mim.

Foto: João Rogério.


No dia 9 deste mês segui para São Paulo com o iluminador Roberto Riegert para trabalhar em 3 shows de Naná Vasconcelos no SESC Bom Retiro nos dias 10, 11 e 12.
Nestes shows, participaram os músicos Ari Colares (percussão e vocal) e Ricardo Herz (violino, rabeca e vocal).
Ari já tinha participado de shows de Naná, mas seria a primeira vez de Ricardo Herz.
Os dois músicos residem em São Paulo.
A ida um dia antes foi exatamente para participar do ensaio geral, que mais uma vez foi na casa-estúdio de Ari Colares.
Já sabíamos até onde seria o almoço, numa padaria que ficava a duas quadras da casa de Ari.
Queria também confirmar quais os instrumentos seriam usados nestes três shows.
Já tinha falado com Ricardo para saber o que ele iria usar, mas normalmente muda-se alguma coisa no último ensaio.
E neste aqui não foi diferente.
Mas mudou pouquíssima coisa, e o rider que eu tinha enviado antecipadamente para o pessoal do SESC serviu para encaixar tudo.
Na resposta que eu tive do SESC, fui informado que não forneceriam o técnico de monitor, pois na maioria dos shows de Naná que eu faço em teatros, só eu vou como técnico.
A “coisa” está mudando...
Não achei ruim não, acho até justo.
Mas foi a primeira vez que ouvi isso oficialmente.
Não sou muito fã de fazer os dois trabalhos (PA e monitor).
Primeiro que não acho justo, pois estou tirando um trabalho de outro técnico, e segundo porque eu acho que nem faço tão bem uma coisa (PA), imaginem duas (PA e monitor) ao mesmo tempo!
A produção de Naná ainda cogitou a contratação de outro técnico em São Paulo caso eu achasse que seria muito ruim para fazer os dois serviços ao mesmo tempo, mas nem deu tempo para pensar em chamar outro técnico. 
O teatro, para variar, era muito legal, coisa que já está virando rotina nestas minhas viagens pelos teatros do Brasil.
Cada dia fico mais desanimado com os teatros da minha cidade.
Mas não vou tocar neste assunto aqui neste texto, já falei bastante sobre os teatros de Recife em textos anteriores.
No teatro do SESC Bom Retiro, tudo era bem organizado e bem cuidado.
Duas mesas M7CL novinhas, line array fixo (suspenso!) e um front fill para ajudar na cobertura das primeiras fileiras.
Só uma observação aqui. Eu teria colocado duas mesas CL (3 ou 5) ao invés das M7CL.
As CLs dão uma surra na M7 (ambas da Yamaha).
O teatro tem um belo acervo de microfones, o que ajudou muito no trabalho. 
Levei meu setup wireless (roteador e iPad) porque sabia que eu iria usar neste trabalho.
Aqui apareceu o meu primeiro problema. 
Pra ser sincero, meu primeiro problema apareceu quando eu estava na van indo para o hotel e percebi que minha máquina fotográfica não estava no bolso lateral da minha mochila.
Liguei para minha Irmã e pedi pra ela olhar no meu quarto-escritório para ver se eu não tinha esquecido a máquina na arrumação das minhas coisas para a viagem.
Era a única chance que eu tinha.
Mas não deu certo. Não estava lá. Perdi mesmo no caminho.
Deve ter caído no bagageiro do avião, pois o bolso não fecha, tem apenas um elástico para fechar parcialmente a “boca”.
Por causa disso, logicamente, não tirei nenhuma foto deste trabalho.
As fotos que ilustram este texto foram tiradas pela minha colega de trabalho Luana, que junto com Wagner, me atenderam no SESC Bom Retiro e por João Rogério, fotógrafo amigo de Naná Vasconcelos. 
Foto: Luana Moreno.

Vamos voltar então para o segundo problema.
A mesa de monitor ficava no palco (logicamente).
E pude notar quando cheguei ao local que eu não poderia ficar indo e vindo durante o show com o iPad na mão.
Não tinha como eu entrar e sair do palco, mesmo ele sendo bem baixinho, sem chamar a atenção do público.
Existia até outro acesso para o palco numa passagem lateral, mas era muito longe e o risco seria muito grande por causa da conexão wireless.
Se eu perdesse o sinal, levaria muito tempo para chegar ao lado da mesa, e nos shows onde trabalho sempre desligo os canais que não estão sendo usados, e só ligo na hora que vão ser usados.
Imaginou eu perdendo a conexão numa hora que tenho que abrir algum canal?
Fui então falar com Luana e Wagner sobre o problema, pensando em fazer o monitor da mesa de PA.
Para minha tristeza, Wagner me falou que o sistema só dispunha de duas mandadas da mesa de PA para o palco.
Como uso no mínimo três vias de monitor neste show, eliminando o side, a possibilidade de fazer o monitor da mesa de PA foi descartada.
Eu tinha que fazer o PA e monitor da mesa de monitor mesmo.
Na hora do show. (Foto: Edelvan)
Outra observação aqui. Se o teatro não fornece o técnico para fazer o monitor (o que eu acho justo) e o acesso à parte da frente é complicado, seria justo também que o sistema enviasse mais vias (no mínimo 6) para o palco.
Um problema grande estaria resolvido.
Como seria muito arriscado eu ir na frente e voltar para o palco durante os shows, decidi passar o som usando o iPad sentado na frente, e na hora do show eu usaria o fone para fazer os ajustes na mixagem do PA.
Acho que foi a primeira vez que fiz isso, sem ir na frente uma única vez!
Já teve vários casos parecidos, mas eu tinha sempre como ir lá na frente conferir como estavam as coisas.
Sempre tem a primeira vez, não é mesmo?
E foi isso que a gente fez.
Foto: João Rogério.


Meus colegas leitores leigos, pulem esta parte aqui, pois não vão entender nada.
Quando o texto voltar ao normal eu aviso mudando a cor do texto.
Na mesa de monitor, passei o side para dois auxiliares e usei meu L/R para enviar os sinais para a mesa de PA.
Como a mandada para os subs do PA era separada, pedi para colocar via matrix.
Eu tinha decidido também não usar nada no side, deixando as caixas ligadas no palco só para uma emergência.
Os monitores eram muito legais, da JBL.
Para ganhar tempo, não coloquei Lisa Stansfield para cantar enquanto escutava o som do PA, usei um microfone sem fio para ouvir o som do line array.
Não tinha nenhum EQ gráfico insertado no L/R da mesa de PA e nenhuma equalização nos dois canais que recebiam meu sinal do L/R da mesa de monitor.
Insertei um EQ gráfico no L/R da mesa de monitor e foi por ele que ajustei o som do PA.
Estava tudo indo bem... Até chegar na hora de passar o som do Duo (moringa de vidro de Naná).
Foi quando apareceu o terceiro problema.
Levei um bom tempo para deixar o som como ele queria, e que eu sei como é este som.
Só que não estava soando como nós sabíamos que era para soar.
E foi aí que a paciência dos meus colegas Wagner e Luana foi testada ao extremo!
Troquei mais de microfone do que mulher quando troca de roupa antes de escolher uma para sair à noite.
Testei um monte!
E nada...
Até o C414 eu testei!
E nada do som que a gente queria.
Como falei antes, o acervo de microfones do SESC Bom Retiro é muito bom.
Só não tinham o MD421, que Wagner falou que era o sonho de consumo dele para o teatro.
Tentei re-equalizar o PA... Nada!

Foto: Luana Moreno.


Nada de vinho esta semana, pelo menos até amanhã.
Comemorei meu aniversário no domingo, dia 19.
Sempre faço a comemoração no dia!
E este ano não foi diferente.
Só que pela primeira vez fiz isso num bar.
Não gosto, nunca gostei, acho que aniversário é pra ser comemorado em casa com os amigos mais chegados.
Mas como meu atual apartamento é bem pequenininho, resolvi fazer no bar que eu adotei aqui perto de casa, onde tem uns petiscos maravilhosos.
O caranguejo ao coco é muito bommmmm!
No bar.
Pelo menos o pontapé inicial foi no bar, que fechava cedo no domingo.
E começamos cedo também.
Eu cheguei às 11:20h e saímos todos quando o bar encerrou às 17h.
Quase todo mundo veio pra casa, onde eu já deixei esfriando na geladeira 24 latões de cerveja, e ainda tinha uma garrafa de vodka e quase duas garrafas de whisky.
Estes tem muita paciência comigo também.
Ou seja... Acabei (e vários outros também) mortinho... Mas antes da meia-noite já estava na cama dormindo!
Foi muito bom e animado!
Só foi desanimador quando acordei e vi que a senhora que faz a faxina na segunda-feira tinha faltado! 
Eu já estava desanimado no teatro, quando numa das várias conversas com Wagner, decidimos baixar a mandada para o SUB do PA.
Foi aí que o som apareceu!
Naná Vasconcelos já estava perdendo as esperanças...
Foi no “apagar das luzes”!
Mas apareceu, é o que importa.
Vamos ver se aprendi alguma coisa com isso, não é?
Os músicos já tinham passado algumas músicas antes de eu tentar ajustar o som do Duo de Naná, e eu já tinha ajustado a mixagem lá na frente.
Depois de acertar o som da moringa de vidro, ficamos esperando nos camarins pela hora do primeiro show.
E tudo correu bem nos três dias de espetáculo.
Perguntei a várias pessoas, incluindo a produtora de Naná e meu Amigo iluminador Roberto Riegert o que acharam do som, e a resposta foi animadora.
Foto: João Rogério.

Então eu estava no caminho certo com o fone. Faria do mesmo jeito nos outros dois shows.
Neste primeiro dia, apareceu uma realimentaçãozinha no grave, mas vi que foi numa hora que Ricardo Herz estava sentado no chão perto do monitor dele (não sabia que ele iria sentar no chão durante o show), e eu resolvi apenas baixando o geral da via, para depois tirar a frequência que estava sobrando.
Wagner no final veio me comunicar que na hora da realimentação insertou um EQ gráfico na mesa do PA e baixou a frequência que estava sobrando, mas falei pra ele que o problema não tinha sido no PA e sim no monitor.
No segundo dia tirei o insert que Wagner havia colocado na mesa de PA e eu passei o som com Ricardo sentado no chão para confirmar que não haveria mais realimentação.
Nos outros dias eu só checava os canais, os músicos faziam alguns ajustes finos nas músicas e ficávamos aguardando pela hora do show tomando café expresso e comendo bolo.
Comi muita uva sem caroço também.
Segundo Roberto Riegert, uva transgênica!
Sou viciado nestas uvas.

Foto: Luana Moreno.
No terceiro dia de show tivemos que armar e ligar todo nosso equipamento novamente porque teve uma peça infantil na parte da manhã.
Mas deu tudo certo.
Para não dizer que não tive mais nenhum problema, inventei na última música (o bis) do último show, subir o violino de Ricardo Herz no side, e subi mais do que devia.
Realimentou nos graves, mas eu fui rápido no gatilho e baixei na mesma hora, pois tinha certeza que a merda foi minha.
E para quem estava aqui sentindo falta dos meus comentários sobre vinhos...
Ok, assumo que bebi vinho com Roberto nos quatro dias em São Paulo.
Naná Vasconcelos e sua esposa (e produtora) Patrícia participaram de um destes dias.
Uma das farrinhas em São Paulo.
Um abraço a todos.
PS: Mais uma vez, obrigado Wagner e Luana pela paciência. Haja paciência!