quarta-feira, 2 de julho de 2025

Nove trabalhos em junho - O justo seria ganhar mais!

 
Olá pessoal.
Trabalhos marcados até agora para julho, só começando no dia 18, e todos no FIG, o Festival de Inverno de Garanhuns.
Se nada mudar, tenho duas semanas de férias, forçadas. (Risos)
Mas como já devo ter falado várias vezes aqui no Blog, o nosso trabalho começa bem antes do dia do show!
Acertamos vários detalhes antes do dia de um trabalho, seja ele num show ou evento.
Já penso, faz um bom tempo, em fazer uma postagem falando sobre esse assunto: A produção técnica.
Principalmente porque na maioria dos casos, essa função é incorporada pelos contratantes ao serviço de operador de áudio (ou técnico de som), sem nenhum custo adicional, o que está errado.
Mas não vou falar sobre isso agora.
Com certeza esse assunto vai virar título de uma postagem no Blog, pois é muito importante discutir o tema.
Já conheço colegas e amigos que já cobram por esse serviço "extra", mas é muito raro ainda esse reconhecimento por parte dos contratantes.
Mas já está nos meus planos falar sobre esse custo adicional pelo serviço de produção técnica, quando me chamarem para algum trabalho de operador de áudio.
Operador de áudio (PA ou Monitor) é uma coisa, produtor técnico é outra coisa... É outra função.
Vou falar hoje sobre os trabalhos de operador de áudio que eu fiz em junho, mesmo fazendo as duas funções em alguns desses trabalhos.
Já comecei o mês com um trabalho que não estava agendado.
Um amigo perguntou no nosso grupo de técnicos de Recife quem estaria disponível no dia 14 de junho.
Eu!!! Respondi no grupo.
Só tinha show marcado à partir do dia 20 em Caruaru.
Ele então passou meu contato para o produtor de Lucy Alves, e em menos de 20 minutos o trabalho foi acertado.

Lucy Alves.

Fui fazer o monitor da artista num show em Goiana, aqui pertinho de Recife.
Não vou falar dos detalhes dos shows, pois passaria o dia escrevendo, e não é isso que eu quero falar aqui.
Foi muito legal fazer o monitor de Lucy, mesmo sem ter ideia de como era o show.
Melhor ainda foi receber o convite depois desse trabalho para fazer os outros shows da artista em junho!
Muito bom saber que fiz um trabalho legal, mas infelizmente não pude aceitar fazer os outros shows dela porque já estava com vários trabalhos agendados.
Fiz nove trabalhos em junho.
E se não me engano, seriam mais oito shows de Lucy Alves, depois desse que teve em Goiana.
Os nove trabalhos que eu fiz foram todos de artistas diferentes, com estilos diferentes.
Lucy Alves, Banda Zé do Estado, Rogéria Dera, Almério, Academia da Berlinda, Lirinha, Siba e A Fuloresta, Forró na Caixa e Mestre Ambrósio.
Acho muito legal isso, participar de vários trabalhos diferentes!

Banda Zé do Estado.

Nos shows de Zé do Estado e Rogéria Dera, pude confirmar a importância do horário de início de um show, principalmente quando esse show é de um "artista local".
Ano passado fiz o mesmo show da Zé do Estado no mesmo palco em Caruaru, só que num horário bem cedo, onde a maioria das pessoas ainda está se arrumando em casa...
Muitos ainda estão jantando!
Esse ano foi num horário bom, e o resultado do mesmo show foi absurdamente diferente (pra melhor!).
Pode ser o melhor show do mundo, mas sem público, fica parecendo um ensaio.
Os organizadores desses eventos não ligam pra isso.
O show da Zé do Estado foi no Polo Camarão e os shows de Rogéria Dera e Almério aconteceram no outro dia (21/06) no Polo Azulão, todos em Caruaru.
Nos três shows, operei o som do PA, ou seja, o som que vai para o público.

Rogéria Dera.

Faço muitos trabalhos de monitor, ou seja, o som que vai para os músicos.
Os shows de Rogéria Dera e Almério foram muito legais!
Os dois artistas são de Caruaru.
Mesmo Almério nascendo em Altinho, ele se considera um Caruaruense.
Como eu iria operar o som do PA dos dois artistas, fiz só a cena da mesa Venue de Almério antecipadamente em casa.
Passei o som de Almério e depois copiei essa cena e ajustei-a para o show de Rogéria Dera, enquanto o pessoal desmontava uma banda para armar a outra.
Geralmente faço isso quando vou operar o som de PA para mais de uma banda no mesmo palco.
E até agora está dando certo.
Fiz a mesma coisa nos meus dois últimos trabalhos do mês, como vocês vão poder comprovar lá no final desse texto.

Almério.

No dia 22 fui fazer o som do PA da banda Academia da Berlinda em Correntes (PE), bem pertinho de Garanhuns.
Só que eu tive que voltar para Recife na van de Almério logo após o show, para pegar o micro-ônibus da Academia que seguiria para Correntes.
Não consegui dormir na van, e quando subi no ônibus para o outro show na Fazenda Macuca, o relógio já passava de 6h da madrugada.
E o pior... O micro-ônibus passou por Caruaru na ida para Correntes, o que não foi o combinado, pois estava acertado ir por outra BR, por causa de informações de congestionamentos na BR 232, o que não aconteceu.
Por causa dessa ida que seria pela BR101, tive que voltar para Recife logo após o show de Almério.
Dancei.
Eu ia dormir em Caruaru para esperar a turma da Academia na rodoviária, que fica bem pertinho da casa onde eu estava hospedado, dos meus Amigos André e Fabiana.
Fiquei mais amassado do que roupa de cama de motel.
Seguimos direto para o palco, pra fazer o soundcheck.
Mas consegui dormir no ônibus.
Depois do soundcheck, fui almoçar perto do hotel em Garanhuns e deu tempo para dormir bem, e com as pernas esticadas!
Recarreguei as baterias.

Academia da Berlinda.

Pelo que recordo, acho que só nesse show na Macuca eu sofri operando o PA.
O som estava bem diferente do soundcheck, tinha muita gente na minha frente, e como a mesa de som era no chão e o pequeno palco fixo de alvenaria era bem baixinho, eu não via absolutamente nada do que estava acontecendo no palco, só as cabeças dos músicos que tocavam em pé.
Os que estavam sentados, como bateria e percussão, nem a sombra deles eu enxergava.
Logicamente a quantidade de pessoas no salão na hora do show influenciou nessa mudança sonora.
No soundcheck o salão estava vazio, acentuando as reflexões do som, e ainda tem a questão da temperatura, que influencia na velocidade do som.
Não sabiam? Pois é...
Quanto maior a temperatura, maior é a velocidade do som.
Como tinha menos reflexões no ambiente na hora do show, por causa dos corpos das pessoas que lotavam o salão, tudo ficou meio abafado, fechado, ou como nós costumamos falar, ficou "velado".
Tive que puxar muito as médias altas e altas para deixar as coisas inteligíveis, principalmente as vozes.
Realmente acho que foi o único trabalho de junho em que eu me senti desconfortável durante uma boa parte do tempo de show.
Mas é isso. Nem sempre a gente consegue deixar como quer.
Pelo menos comigo, nem sempre eu acho que foi 100% o resultado.
Ainda bem que consegui recarregar as baterias (do corpo) depois do soundcheck, porque no outro dia segui cedinho para Arcoverde, pegando uma carona no carro de um dos vocalistas da Academia da Berlinda, que ia visitar a família dele.
Cem quilômetros separa Garanhuns de Arcoverde.
Como o show da Academia no São João da Macuca foi muito tarde, acho que não deu pra dormir mais que 3 horinhas.
Dei um pequeno cochilo no carro durante a pequena viagem, mas só deu para fechar os olhos algumas vezes.
Bruno, que fez o monitor da Academia, também iria fazer o monitor de Lirinha em Arcoverde.
Tiné já deixou a gente no palco para esperar a trupe de Lirinha, que passaria o som perto do meio-dia.
Nunca fiz tantos trabalhos de PA, principalmente num curto espaço de tempo!

Lirinha. Soundcheck.

O palco em Arcoverde era minúsculo, mas nesse show de Lirinha é apenas bateria, baixo e guitarra.
A turma que foi tocar nesse palco e que tinha uma formação maior, deve ter sofrido um pouco com a pequena estrutura...
Não sofremos, e o show foi espetacular!
Olha aí como tem casos onde eu acho que foi 100%.
Tá vendo?
Só tinha uma caixa de monitor no palco para o guitarrista Dizin, e o restante usou fones com fio.
Ahhh... Bruno ainda colocou uma caixa para o baterista Chapa, mas decidiram não usar, e ele ficou só no fone mesmo, como o baixista Rogê.
Lirinha sempre usa in-ear sem fio.
Isso deixa o palco bem mais silencioso, evitando vazamentos para o som do PA.
Lindo!

Lirinha.

Para quem estava esperando zabumba, triângulo e sanfona, se assustou!
O show é bem pesado, com muita guitarra distorcida.
Mas quase todos que estavam na plateia já sabiam qual era o som que iriam escutar.
E o resultado foi perfeito.
Já falei várias vezes desse palco em Arcoverde, e nas vezes anteriores que eu passei por lá, foi um caos!
Esse ano, mesmo o palco diminuindo, foi muito tranquilo.
Mesas legais de PA e monitor (sem problemas graves), palco sem dar choque, todos os canais chegaram certinhos...
Foi bem diferente dos anos anteriores, mesmo o pessoal piorando a estrutura do palco, tornando-o minúsculo.
Mas é melhor um palco pequeno com tudo funcionando, do que um espaço enorme dando choque, com cabos emaranhados espalhados pelo chão, com a turma "batendo cabeça" para ligar as coisas.
Só tinha uma pessoa para fazer isso no palco, mas viram que seria um problema, e a empresa colocou outro para ajudar nas mudanças no palco.
Decisão mais do que acertada!!!!
O show não foi tarde, mesmo assim o espaço ficou lotado, e antes das 23h já estávamos no hotel, comemorando.
E já sabíamos que tinha um hambúrguer colado à recepção.
Só não imaginávamos que o hambúrguer era muito bom!!!!!!
Gatão Burgers.

Ainda tentei beber o resto da garrafa de vinho que abrimos no camarim, mas não aguentei usar o hambúrguer como tira-gosto, e deixei o resto do líquido alcoólico para degustar a especiaria com pão e carne artesanal.
Pedi um com abacaxi e molho "barbecue", e ainda veio um pequeno recipiente com molho tipo tártaro (acho que tinha alho no meio).
Show de bola!
Fui dormir feliz, pelo belo trabalho no show, pelo vinho e pelo excelente hambúrguer!
Dormimos no hotel.
No outro dia a van seguiu para Recife, mas eu desci num posto de gasolina em Caruaru, pois minha mala com o resto das roupas estava lá na casa dos meus Amigos, e eu iria ainda fazer uma farrinha antes de voltar para Recife no outro dia.
Só que esqueci de pegar minha mochila ao descer da van, que ficou nos últimos bancos.
Lembrei de pegar minhas coisas no maleiro da van, mas esqueci da mochila.
Como eu não tinha trabalhos marcados nesses dois dias que iria ficar por lá, relaxei.
Mas só relaxei ao constatar que minha carteira com documento e cartão de crédito estava no bolso lateral da minha bermuda!
Comprei a passagem de ônibus de volta para Recife no dia em que cheguei em Caruaru (19/06) para fazer o segundo show do mês que aconteceu no outro dia.
Depois da farrinha em Caruaru, voltei tranquilamente para Recife no dia 25 de junho, e Bruno já tinha deixado a mochila na recepção do meu prédio.
Nem precisei ir na casa dele para reaver minhas coisinhas...
Os próximos 3 trabalhos seriam em Recife.
Siba e A Fuloresta no dia 27 no Poço da Panela, e mais dois trabalhos no dia 28 no Sítio da Trindade, com Forró na Caixa e Mestre Ambrósio.

Siba e A Fuloresta. Soundcheck.

Em Siba operei o monitor, num palco bem parecido com o de Arcoverde!
Era bem pequeno, onde nem tinha espaço para montar o side, as caixas que ficam nas laterais do palco.
Mesa? Era só uma para fazer PA e monitor.
Uma CL5 da Yamaha.
Quando cheguei ao local, já estava acontecendo uns probleminhas no som, que apareceram também na minha hora de soundcheck.
Perdemos um bom tempo para ajustar as coisas no palco, aí todos ficaram com o tempo espremido.
Como é bem simples o monitor de Siba e A Fuloresta (pelo menos eu acho), deu tempo para todos ficarem satisfeitos, e não demorou muito para encerrarmos o soundcheck.
Demorou muito mais tempo para começar, mas para encerrar foi rápido.
Fiquei direto no local, porque o show era bem cedo.
Com 20 minutos de show, a mesa congelou, e eu não podia mexer em nada, pois ela não respondia.
O som não parou, mas os ajustes só poderiam ser feitos no iPad.
Só que... Meu iPad estava com meu colega Kêu, que estava lá na frente do palco fazendo o PA, e eu fiquei de mãos atadas no palco.
Como o monitor estava bem estabilizado, onde ninguém estava pedindo nada, eu relaxei, e fiquei só olhando para a cara da mesa com os LEDs congelados, e prestando atenção se algum músico estava querendo algo.
Se aparecesse algum pedido, eu tentaria achar Kêu lá na frente com o iPad, e tentaria passar a informação por mímica.
Se ele não entendesse, teria que vir no palco para eu fazer o ajuste usando o iPad.
Mas não precisou.
Ele só apareceu no palco porque perdeu o sinal de wifi.
Ainda bem que eu consegui refazer a conexão, porque alguns canais estavam fechados e não teria como abrir mais eles até o final do show.
Eu conseguia ainda navegar pela tela da mesa, mas não tenho certeza se conseguiria ligar os canais.
O resto eu já sabia que não funcionava, mas não testei o On/Off.
Sobrevivemos, e como disse minha amiga produtora (Paula) que estava na frente do palco vendo o show: --- Titio, ninguém na plateia imaginava o que estava passando no palco. Estava tudo certinho lá na frente.
Essa é a graça! (Risos)
Esse show no Poço da Panela foi bem cedo, mais cedo do que merecia, comprovando o que falei sobre a questão de horário lá no começo do texto...
Cheguei cedo em casa, e deu tempo de tomar meu vinho, acompanhado de pão de queijo.
Mas não me estendi, e acho que deitei antes da meia-noite.
No outro dia cedo, iria passar o som do Forró na Caixa e logo após teria o soundcheck de Mestre Ambrósio, no mesmo palco.
Nesses dois shows eu iria fazer o som do PA!!
Ou seja... Desses show de junho, só operei o som do monitor de dois shows: Lucy Alves e Siba e A Fuloresta.
Nos outros 7, fiquei na mesa de PA.

Forró na Caixa.

Cheguei no Sítio da Trindade antes das 9h da manhã.
Eu já sabia que seria uma Vi6 da Soundcraft no PA, e fiz uma cena inicial em casa apenas para Mestre Ambrósio, me lascando todo, porque não lembrava como funcionava o editor offline.
Só tive UM contato com essa mesa antes, e já fazia um bom tempo.
Demorei uns 20 minutos só para achar como colocava o nome nos DCAs.
Não quis ir na internet.
Levei um bom tempo para montar a cena, mas consegui.
O técnico da empresa de som só ajustou as mandadas do Matrix para o PA, Sub (nem lembro se o front estava pela mesa ou pelo processador).
O resto foi o que eu fiz em casa mesmo.
Ahhh... Confundi uma configuração nos nomes dos canais, mas ajustei tudo na mesa depois da breve explicação de Íkaro.
Acho muito legal a mesa, mesmo ela sendo bem antiga.
Eu tinha planejado passar o som de Mestre Ambrósio, e no final eu iria copiar essa cena para outra posição, com o nome de Forró na Caixa, onde eu ajustaria os nomes e equalizações dos canais de acordo com a nova relação de canais do Forró, enquanto a turma fazia as mudanças no palco.
E foi exatamente isso que eu fiz!
O soundcheck de Mestre Ambrósio não foi relax.
Apareceram ruídos em alguns canais, os monitores estavam falando diferentes, a montagem e ligação dos canais demoraram mais do que o previsto, e isso tudo foi afunilando o tempo reservado para a passagem de som.
E eu lá na frente, só esperando... Já com a cena de Mestre Ambrósio toda ajustada.
PA é PA... (Risos)
Lá na frente, basicamente, são duas vias!!! 
Left e Right!
No palco???
Varia de banda para banda.
Seis, sete, dez... doze, dezesseis vias... E por aí vai.
Ahhh... Fora que cada via pode ter uma mix diferente, pois cada músico tem uma preferência, e se for caixas nos monitores, até a distância entre os músicos interfere na mixagem, porque o músico já está escutando algumas coisas acusticamente, através do som do instrumento (bateria/percussões) ou através do som de outros monitores ou amplificadores espalhados pelo palco.
Tudo é mais complicado no monitor.
Monitores sem fio, os chamados in-ears, tem que ajustar o RF, para evitar as falhas de transmissão/recepção.
Tem que ajustar as configurações dos transmissores e receptores, posicionar antenas pelo palco, testar via por via de caixa... E por aí vai.
E esses dois últimos shows no Sítio da Trindade mostraram bem essa diferença entre estar no palco fazendo o monitor da banda e estar lá na frente operando o som do PA para o público.
Não tem estresse no PA?
Lógico que tem, mas acredito que não chega perto dos perrengues que acontecem no palco.
Muitas vezes, o técnico de monitor carrega até caixa de som para colocar no lugar certo.
E tem caixas bem pesadas ainda nos palcos, viu?
Pois bem...

Mestre Ambrósio.

Mesmo com algumas tensões no soundcheck das duas bandas onde operei o som do PA no Sítio da Trindade, na hora dos shows tudo foi bem mais calmo.
Mas pelo que notei, foi mais calmo para mim no PA!
Ainda vi meus amigos técnicos lá no palco arrumando as coisinhas durante os shows...
Eu também fiquei arrumando minhas coisinhas na mesa de PA, mas podem ter certeza que nada era parecido com o que a turma estava tentando ajustar no palco para poucas pessoas, mesmo existindo uma multidão na plateia!
Basicamente o que o público estava escutando, eu também estava.
E nada estava falhando.
No show de Mestre Ambrósio, na última música, parou o canal da alfaia.
Não tinha comunicação entre PA e monitor, o que é uma falha grande para um evento daquele porte, mas eu sempre ando com meus rádios comprados na Shopee, que já me tiraram e ainda tiram, de várias roubadas onde não existe o sistema de comunicação entre as duas mesas de som.
Ainda mandei mensagem pelo WhatsApp para a produtora da banda, avisando que o canal da alfaia tinha "morrido".
Meu amigo Marcílio, que estava fazendo o monitor, resolveu o problema, e encerramos o show com a alfaia funcionando!


Ando sempre também com minha mini luminária, porque já peguei várias mesas de som que custam uma fortuna, mas não estão com suas respectivas luminárias.
Já no camarim, fiquei sabendo do ocorrido no palco das duas bandas, e não foi nada tranquilo.
Eu sabia que não tinha sido calmo no palco nos dois shows, com dois técnicos diferentes, com vários tipos de monitores (caixas, fones com e sem fio, side) mas foi além do que eu imaginei.
Meus amigos técnicos foram me falando dos acontecimentos nos shows, e eu fui sofrendo junto, imaginando eu no palco, como normalmente acontece na maioria dos meus trabalhos em shows.
Cada vez que faço trabalhos no PA, mais sinto vontade de não fazer mais monitor.
Conheço técnicos que adoram fazer o monitor, mas na grande maioria, eles levam todo o sistema de fones, com e sem fio.
Só eles usam.
Em alguns casos, levam até a mesa de monitor, onde eles tem certeza que nada está com defeito.
Já ajuda muito essa atitude.
Como não faço trabalhos de monitor com esses equipamentos próprios, estou ficando desanimado com o que encontro pelos palcos, principalmente os chamados palcos descentralizados.
Não está nada fácil trabalhar no monitor, principalmente na minha região...
O desgaste é grande.
Conheço técnico que não aceita fazer trabalhos no monitor, só trabalhos no PA.
Eu sou do tempo em que o técnico de PA ganhava o dobro do que o técnico de monitor.
Ainda bem que acabaram com essa injustiça!
Eu sempre achei que era pra ser o mesmo valor, mas esse pensamento já mudou!
Hoje em dia, o justo seria o técnico de monitor ganhar mais!!!!
Não tenho a menor dúvida sobre isso.
O justo seria ganhar mais!
E esses trabalhos que eu fiz operando o som do PA de vários estilos musicais no mês de junho só corroboram para esse meu novo pensamento e/ou posicionamento.
Não sofri nem 20% do que meus amigos sofreram nos palcos nesses trabalhos do mês de junho!
Mas na maioria dos trabalhos agendados de julho que vou fazer no FIG (Festival de Inverno de Garanhuns), estarei no monitor. (Nem vou rir)
Um abraço a todos.

PS: Mas que penso em não fazer mais monitor... Ah... Isso eu penso.