terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Lucas & Orquestra dos Prazeres no Teatro do Parque - O prazer foi todo meu.


Olá pessoal.
Ano acabando...
Muito tempo sem escrever...
Mas nesse caso tem um explicação.
Mais uma vez o "projeto" do Blog foi colocado para avaliação num edital da LAB (Lei Aldir Blanc).
Dessa vez foi por Recife, e o projeto anterior foi por Pernambuco.
Falo projeto, mas nem sei se posso usar esse termo. Não é mais um projeto, pois ele já existe desde março de 2008.
Não é uma coisa que eu estou pensando em criar, o que combinaria mais com a palavra projeto, mas...
Resumindo...
Mais uma vez o projeto foi aprovado, e nesse eu terei que escrever, se não me engano, 6 textos em  3 meses. Dois textos por mês. Um a cada quinze dias.
Muito mais tranquilo que o anterior, onde eu tive que escrever 4 textos por mês, durante 3 meses, dando um total de 12 textos. Um texto por semana!!!!!!
Foi tenso! E muito desgastante.
Por que?
Porque eu não costumo escrever por encomenda. O Blog é quase como um diário de bordo, onde comento situações que eu passei no trabalho, misturado com a vida pessoal.
Acredito que uma depende da outra.
Por causa dessa incerteza se o projeto iria ou não ser aprovado, e por eu não gostar muito de escrever por encomenda, segurei alguns textos que eu tinha certeza que iria escrever, como esse aqui do Teatro do Parque, na intenção de "guardar munição".
Mas não é muito legal segurar os textos, pois ficam defasados, já que a maioria deles são de fatos que realmente aconteceram comigo. Por isso resolvi falar desse trabalho, mesmo perdendo um texto para o projeto da LAB, que deve ser iniciado mais à frente. Se demorasse mais, era capaz de nem lembrar mais como foi!
Esse trabalho aconteceu no dia 12 de novembro, e fui salvar meu amigo Bruno Lins, que é o técnico contratado do Teatro do Parque.
Nem coloquei esse trabalho na minha agenda de shows e eventos, pois eu considerei uma ajuda.
Bruno só iria me pagar o Uber e o almoço.

 

Ele tinha uma coisa muito importante para resolver num cartório, e que não poderia ser adiado.
O combinado era eu ir logo cedo, participar com Bruno da montagem e soundcheck de todos que iriam se apresentar naquele dia. E no horário do almoço, ele daria uma escapada até o cartório e eu "segurava a onda" até ele retornar.
O teatro não tem backline. Só disponibiliza o sistema de som, que é fixo, formado por uma mesa TF5 da Yamaha, mais um line array da JBL (incluindo subgraves). Supre muito bem as necessidades do local. 
Fora isso, só tem alguns microfones sem fio tipo bastão, mais alguns microfones tipo headset.
De monitor, só duas caixas amplificadas, mais duas caixas idênticas ao line array, ficando com no máximo 4 vias de monitoração.
Nesse quesito o teatro fica totalmente dependente de um complemento, que tem que ser locado pelo artista que vai se apresentar lá.
Como nada foi alugado para fazer esse complemento na monitorização, tive que me virar com o que tinha.
Conheço Lucas dos Prazeres já faz um bom tempo...
Sabia desse projeto que ele tem, pois me encontrei em alguns palcos pela cidade, mas nunca tinha visto do começo ao fim. Na maioria das vezes, só via um pedacinho do soundchek, ou um pedacinho do início do show, pois tinha que ir para outro trabalho.
Sabia também que essa formação que ele trouxe para o teatro, era bem menor do que a normal.
Foi uma adaptação ao local (não sei se também ao cachê), e ainda bem que ele adaptou, pois com uma formação bem maior, e com o que estava disponível para a monitoração, não iria ficar legal. Muitos músicos não iriam se escutar.
Não tinha muito o que fazer. Uma caixa amplificada ficou para o baterista (Perna), onde eu avisei que não daria pra exigir muito dela, pois não aguentaria uma monitoração pesada, e a outra caixa ficou para Pepê, que iria tocar viola.
As outras duas caixas de monitor, como falei, eram as mesmas do PA, ficaram como uma única via no meio do palco.
Tirando a viola, todos os outros instrumentos eram percussivos.
Antes de começar o soundcheck, Bruno saiu.

À princípio, foi informado que iria ter um técnico de Lucas para operar o som, e eu apenas deveria checar os canais para ver se estava tudo ok.
Chequei tudo rapidamente, só levantando os faders para ver se não tinha ruídos.
E quando vi que esse técnico não iria chegar, solicitei fazer um novo soundcheck, para eu dar ajustes nos canais, pois não tinha feito nada anteriormente.
Deu para passar tudo, mesmo na correria. O som de uma das alfaias não ficou legal, e Lucas decidiu trazer outra na hora do show. 
Hora do almoço.
Bruno chegou depois do almoço, quando estávamos para começar o soundcheck das outras três atrações da noite, que basicamente eram formadas por um DJ e uma cantora.
Só uma dessas atrações tinha uma guitarra além do DJ.
Bruno pegou o iPad e foi para o palco levantar o som nos monitores. Só usamos a via da frente com as duas caixas.
Foi bem rápido essa parte. Mesmos 3 canais para todos (Base estéreo do DJ mais a voz da cantora).
Era só salvar a cena com outro nome e fazer ajustes finos para a outra artista.
Ficamos aguardando pelo começo do evento.
Eu até poderia ir embora pra casa, mas como eu tinha feito todo o soundcheck de Lucas & Orquestra dos Prazeres, achei melhor operar o som do evento todo.
E foi isso que eu fiz.
Faz tanto tempo, que nem lembro a ordem das apresentações.
Só sei que deu tudo certo.
Pequenos ajustes no começo do show de Lucas, incluindo o som da alfaia nova, e seguimos tranquilo com o evento, com Bruno ao meu lado com o iPad, para fazer ajustes nos monitores, casso fosse necessário.
Só tomei dois sustos. Mas sustos bons... Muito bons.
O primeiro foi com a apresentação da cantora/rapper Bione.
Não conhecia.
Encontrei um vídeo do início do show dela no Instagram (https://www.instagram.com/p/CWTs1VmDf7a/)
Corpinho franzino... Pequenininha... Quem não conhece não imagina o que vem.
Letras fortes, decididas, e textos muito bem construídos. 
Achei massa!!!
E o susto maior foi com Lucas & Orquestra dos Prazeres.
Mesmo com só um instrumento de harmonia (viola), o show é muito empolgante.
Quase me transformo em espectador, esquecendo do que eu estava fazendo ali.
Bem que eu poderia parar o texto lá em cima, quando falei que "deu tudo certo", mas aí entra meu lado pessoal, que não consigo separar, e acabo falando como espectador.
Como se eu estivesse numa poltrona no teatro, só vendo os shows.
Eu ainda tenho vários comentários como espectador que eu poderia deixar aqui, mas não é essa a intenção do Blog. Pelo menos, não é a intenção principal.
Nesse trabalho (ou seria ajuda?) fiquei bem satisfeito, tanto profissionalmente, como pessoalmente com a visão de espectador.
Bruno ainda me pagou duas garrafas de Casillero Del Diablo, fora as despesas com o almoço e os translados (pode ser traslados também, viu?).

E para finalizar...
Pensei numa coisa, que falei depois para alguns amigos.
Fiz os últimos shows de Naná Vasconcelos, incluindo as últimas aberturas do Carnaval do Recife.
E nos shows que tive a oportunidade de ver nesses anos, esse show de Lucas & Orquestra, logicamente com uma estrutura maior para o palco gigantesco do Marco Zero, para mim, foi o que mais chegou perto de um show para a abertura do Carnaval do Recife no lugar do saudoso Juvenal.
E para Lucas dos Prazeres e sua Orquestra, só posso dizer uma coisa:
--- O prazer foi todo meu.
Um abraço a todos.

sábado, 16 de outubro de 2021

Alceu Valença participando da Live de Safadão - Comigo, foi a primeira vez.


Olá pessoal.
Faz tanto tempo que isso aconteceu, que nem ia escrever mais. Mas...
Achei por bem deixar aqui registrado, pois foi uma coisa inusitada, pelo menos nos meus trabalhos operando o monitor de Alceu Valença (AV).
Vou ser até breve no texto. Ou tentar, pelo menos.
Esse trabalho aconteceu no dia... Deixa eu olhar na agenda, que nem lembro mais.
19 de junho!!!! Um dia antes do aniversário do meu Filho Raian.
Aconteceu em Campina Grande, na Paraíba.
Seguimos um dia antes para lá, o que não é muito comum nos shows de AV.
Normalmente vamos no mesmo dia, bem cedinho.
Seguimos de Recife até Campina Grande de van, e nesse caminho falei com Paulinho Rafael por mensagem de voz no WhatsApp.
Como na maioria das vezes que nos falamos, essa vez também foi para tirar "sarro" de alguma situação ou caso.
Ele me respondeu, brincando também. Mas como envolve terceiros, infelizmente não posso contar a piada.
Eu já imaginava que dificilmente iria vê-lo no palco novamente tocando, pois sabia da gravidade do problema, mas não achei também que esse contato via WhatsApp seria o último. Mas foi.
Não consegui mais falar com ele, e muito menos vê-lo, pois moro em Recife e ele morava no Rio.
Ficaram as memórias...
Em muitos casos do cotidiano me lembro dele. Principalmente quando estou comendo alguma coisa pesada, como sarapatel, dobradinha, buchada, rabada...
"Gordurame"... 
Já vai comer gordurame, né Titio? Ele sempre falava.
Ele tinha uma aversão grande a esse tipo de comida, mesmo sendo de Caruaru.
Boas lembranças... Pauuuuuuuuuuuuuuuulo Rafaeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeel!!!!
Vamos voltar ao evento, né?
Ajustando com o iPad a monitoração no palco.

Eu já sabia que seria um show de AV, com um tempo menor, dentro da Live de Wesley Safadão (WS).
Não era um show normal, pois nem público tinha, pelo menos na frente do palco. Era uma live, não esqueçam.
Ao lado das mesas de monitores, onde eu estava, tinha um espaço reservado para alguns convidados, que iriam ver as apresentações musicais.
Essas mesas de monitores estavam numa distância de uns 20 metros (!) do palco. 
Ou seja... Eu não via quase nada do que estava acontecendo no palco.
Para amenizar esse problema, colocaram um monitor de TV perto das mesas de monitores, para que pudéssemos ver o que estava acontecendo no palco.
Uma mesa (CL5 da Yamaha) era para a monitoração de WS, e eu tinha uma M7CL, da Yamaha também, para fazer o monitor de AV.
As duas bandas não iriam tocar ao mesmo tempo.
Só WS e Juliette iriam participar do show de Alceu.
Por causa disso, combinei com o técnico de monitor de WS, que na hora de Alceu, ele iria fechar o máster do side e o máster da única via com monitores de chão, que estavam no palco.
O que era pra ser o side, virou um PA montado na frente do palco e virado para o palco!
Alceu não usa in-ear, por isso esses monitores de chão no palco.
Mas que foram usados também pelo técnico de WS.
Ele tinha uma mixagem, um volume, e uma equalização específica dos monitores e do side para o show de WS, e que não iria combinar de jeito nenhum com o show de AV.
Na minha hora, tudo seria diferente. Eu que controlaria esses monitores e side.
Como AV e sua banda teriam que escutar as vozes de WS e Juliette, eu tinha essas duas vozes na minha mesa também.
No detalhe, a CL5 de WS, e lá no fundo, o palco.

E WS e Juliette teriam que ouvir AV e banda.
Para isso, mandei uma mix geral estéreo de Alceu com a banda para a mesa de monitor de WS.
E o técnico enviava esse sinal para os in-ears de WS e Juliette.
Qualquer coisa que o técnico quisesse fazer na mix, podia.
Aumentar, baixar ou cortar qualquer canal. Era totalmente independente.
E assim foi feito.
Não deu muito tempo da gente ensaiar isso não, mas deu tudo certo na hora.
Exceto Alceu, todos os outros estavam usando in-ears. Cantores, apresentadores e músicos.
E a parte inusitada desse trabalho, se refere aos músicos.
Só alguns deles poderiam ficar no palco. Tanto os da banda de WS, quanto os da banda de AV.
Fomos avisados disso, e logicamente, combinamos com a nossa produção para que Alceu fosse avisado também, pois não era muito comum (?) isso nos shows dele.
Nessa outra área armada uns 20 metros de distância do palco, onde estavam as mesas de monitores, colocaram os músicos também.
Bateria, baixo, metais e percussão de WS, e bateria e baixo de AV.
As mesas que normalmente ficam na frente do palco para fazer o som do PA, estavam em outro ambiente, e seriam usadas para fazer a mixagem que iria para a internet.
Mais uma vez, o iPad me ajudou muito no trabalho, principalmente no primeiro dia, onde pude ficar um bom tempo no palco ajustando os monitores, principalmente os de AV.
No dia da live, tive muitos problemas com o sincronismo entre a mesa e o iPad, que caía muito, e acabei deixando-o de lado.
Mesmo indo um dia antes, não foi nada folgado para ajustar as coisas.
Ou então estou muito lento e não percebo.
Minha mesa de monitor. Banda de WS passando o som. A bateria e o baixo de AV ficaram na minha frente.
Como nessa live, AV não iria escutar o som acústico da bateria, como também o som do amplificador do baixo, e o side estava muito longe do palco, e não era mais side, pois estava virado para a boca de cena do palco, fiz uma monitoração bem diferente do que normalmente faço.
Usei muito os monitores de chão, e complementei com o som do fake-side.
No detalhe, as caixas do side viradas para a frente do palco.

Acho que ficou legal, pois o soundcheck foi tranquilo, e depois, já em Recife, fiquei sabendo pelo meu irmão que é o tecladista da banda, que ele tinha achado tudo legal.
Meu Amigo Rogério, que faz o PA, falou até que ele curtiu também não ter a bateria e o baixo no palco!
Falei até lá em cima que não era muito comum isso, seguido por uma interrogação entre parênteses, pois, pelo que me lembro, não fiz nenhum trabalho com AV em que parte da banda não estivesse dentro do palco!
Para muitos artistas, isso deve ser bem comum, pois em muitos vídeos que vejo de shows, não tem músico no palco.
Mas no caso de Alceu Valença, acredito que foi a primeira vez.
Se vai ter outro show assim, eu não sei.
O importante é que deu tudo certo e ele gostou.
E eu consegui fazer um texto breve!!!!!!!
Ahhh! E o mais importante de tudo... Os shows estão voltando!!!!!!
Alceu Valença já fez vários depois desse aqui, inclusive com público.
E eu já fiz outro trabalho com a Maraca Band, num casamento.
Mas aí já é uma outra história...
Um abraço a todos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Paaaaaaaauuuuuulo Raaaaaafaeeeeeeellllll.

 

Paaaaaaaauuuuuulo Raaaaaafaeeeeeeellllll.
Era assim, com essa chamada de narrador de futebol, que eu o cumprimentava no palco, quando ele chegava pra passar o som.
Me dava um abraço, sempre cheiroso, eu dava dois tapinhas nas costas dele, e falava: Vamos pra mais uma.
Foram muitas, viu?
Várias vezes eu ficava sem entender porque eu ainda me arrepiava ouvindo o solo dele na introdução de Anunciação. Como pode? Era o mesmo solo, na mesma música, o mesmo músico!!!
Em vários shows senti isso.
Com certeza Ele era especial.
Muita honra em ter convivido com ele, de dividir garrafas de vinho na estrada,  de dividir "conversas moles".
Honra. Foi uma honra, Paaaaaaaauuuuuulo Raaaaaafaeeeeeeellllll.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Python, a tecnologia à serviço do trabalho - Medo? Eu não.

 

Olá pessoal.
Conversando hoje com João Menelau, que criou a ferramenta que está me ajudando no trabalho de digitalização na Fundaj, ele me confidenciou que ficou com um certo receio de eu ficar chateado, porque eu poderia achar que a ferramenta estava "tirando meu trabalho".
Essa ferramenta vai ser o tema do texto de hoje.
Lembram do Automator, que falei dele aqui em março desse ano, que me ajudava na nomeação dos tracks (faixas)?
Essa ferramenta que João criou, vai muito além disso!


Entrei em contato com ele ontem, para pedir alguns esclarecimentos básicos sobre como a ferramenta foi criada. Não vou entrar em detalhes mais técnicos sobre ela, pois estou bem distante do entendimento desse assunto.
Meu intuito maior aqui é mostrar como a gente pode ser ajudado pela tecnologia.
Só para lembrar o que fazia o Automator...
Eu criava os 4 arquivos de uma faixa de CD digitalizado, e ele simplesmente nomeava esses arquivos. Era muito arquivo para nomear, viu???!!!
Essa ajuda do Automator já foi indicação de Kiko (Estúdio Carranca).
Depois de um tempo fazendo isso, Kiko me falou que iria ver com um amigo dele, que no caso era o João, que é também o cunhado dele, se não poderia ser criado uma ferramenta de automação que fizesse todo o trabalho anterior ao de nomeação.
Eu duvidei, logicamente, mas... Para minha surpresa, depois de alguns dias ele me manda a ferramenta (que não tem nome) para eu testar.
Antes eu importava as faixas dos CDs para o Pro Tools, que já estavam em WAV (44.1 kHz/16 Bit). Lá dentro eu normalizava, e exportava essas faixas normalizadas, normalizadas em MP3, e normalizadas em MP3 mas editadas com apenas os 30s iniciais, já com as nomenclaturas corretas.
Com o Automator, eu deixei de fazer somente a última parte do processo, que era colocar os nomes corretos em cada faixa (track).
Já ajudou muito o aparecimento do Automator.
Mas como falei acima, essa nova ferramenta foi além!!!!
Para limpar as fitas K7. Conceito criado por Carlinhos "Prof. Pardal" Borges.

Orientado por mim e por Kiko, pois passamos para João como era feito todo o processo, ele criou um programa para automatizar esse processo anterior ao de nomeação, mas fazendo ainda essa nomeação no final.
E tudo fora do Pro Tools!
Ou seja... Eu não iria fazer mais nada (ou quase nada).
As faixas dos CDs já estavam prontas, com começo e fim, pois foram importadas digitalmente. Chamamos esse processo de copiar o CD digitalmente de "Ripar". As faixas foram ripadas.
Eu só tinha que nomear a pasta que continha as faixas do CD já em ordem (01, 02, 03, 04...) com o nome que seria impresso nas "audio files".

Colocava essas pastas dentro de uma pasta na minha área de trabalho chamada ENTRADA, e clicava no comando Iniciar Processamento.
Pronto. Agora era só ir fazer outra coisa.

Ao término desse processo, eu ia numa pasta chamada SAÍDA, e lá estavam todas as pastas processadas, com todas as faixas editadas, convertidas e nomeadas!
Para não dizer que eu não fazia nada, eu dava uma conferida nessas faixas no Pro Tools, antes de processar, para ver se encontrava faixas com defeito de ripagem, ou seja, com falhas.
Esse programa de automação foi criado no Python, usando a "linguagem de máquina", ou também chamada de linguagem de programação.
Esse Python pode ser usado em qualquer plataforma, como Windows, Linux, etc.
Nesse caso aqui, estou usando Mac OS, da Apple.
Outra coisa... O Python é usado em conjunto com o programa Terminal, que é uma ferramenta do MAC, que possui funcionalidade semelhante ao "Prompt de Comando" do Windows.
Mas eu não faço nada além do que clicar no comando "IniciarProcessamento.sh".
Sabendo que a plataforma que eu estava usando era MAC, João foi atrás de bibliotecas de áudio desse Sistema Operacional, para ver como é que funcionava o gerenciamento do áudio no MAC, e à partir dessas bibliotecas, ele montou a lógica do processo. Como normalizar, como transformar em MP3, como editar os primeiros 30 segundos da faixa e dar o fade out... E por fim, como colocar o nome correto em cada faixa processada.
Massa, né? Para não dizer: MUITO BOMMMMMMMMM!
Estação 1 de digitalização.

Para informações mais esclarecedoras sobre essa ferramenta que estou usando, deixe a pergunta ou dúvida nos comentários que ficam no final da postagem, que eu peço para João responder.
Qualquer um pode deixar comentários (ou críticas) nas minhas postagens. Não apago nada.
Como tá muito em moda a palavra atualmente, estou quase chamando o programa que João criou de Titio Fake, ou Fake Edit. (risos)
Mas como diz o ditado... Alegria de (operador de áudio) pobre dura pouco...
Acabamos com o processo de digitalização dos CDs, e agora seriam digitalizados Vinis 78RPM e fitas K7.
Aí mudou tudo, pois eu teria que editar começo e final, e também colocar quem era lado A e B.
Mas não demorou muito pra gente achar uma solução para continuar usando o Edit Fake (EF) sem precisar modificar muito as linhas de comando criadas por João.
Eu já fazia todo o processo bem rápido no Pro Tools, pois normalmente eu tinha que editar apenas 2 faixas, o lado A e o lado B. Diferente de um CD, que em vários casos passava de 20 faixas!
Combinei com Kiko que eu editaria as duas faixas e já deixava com o nome correto. E à partir disso o EF entraria em ação.
A nomenclatura das fitas era completamente diferente da nomenclatura usada nos CDs.
Existe agora lotes de fitas, ou seja... O lote da fita ABC_0001 poderia ser formado por 9 fitas, ou mais.
Nas fotos abaixo mostro o exemplo do lote PSN_0023, onde são apenas 2 fitas. 
Antes do Python processar.






















Depois do processamento do Python.






Então eu editava essas duas fitas no Pro Tools e exportava, colocando já quem era fita 01 e 02, e quem era lado A e B.
Depois disso, é só colocar a pasta dentro da pasta ENTRADA e clicar para iniciar o processamento.
Nesse caso agora das fitas, o título da pasta que eu colocar lá dentro de ENTRADA não vai interferir nas nomenclaturas finais. O programa agora repete a nomenclatura que está na audio file, só colocando o termo no final, depois de processar.
MP3 para o áudio convertido, N para o áudio normalizado e CLIP para o áudio de 30 segundos.
Para facilitar o reconhecimento visual, já coloco o nome na pasta de acordo com o lote em questão.
(Obs: Quando eu uso o termo em inglês "audio file", não tem acento no áudio, viu?
Antes que meu Amigo Carlinhos Borges venha me corrigir, como fez com "apostilha").
O Python trabalhando.
Bem...
O uso do EF está à todo vapor lá na Fundaj. E vai ser assim até o final.
Eliminou o movimento repetitivo, que é comum nessas edições.
Obrigado mais uma vez Kiko pelo interesse em tornar mais leve o meu trabalho de edição, e pela intermediação com João.
Espero que eu tenha explicado direito esse caso, pois não é muito fácil fazer isso usando palavras, mas eu não vou migrar para o vídeo, pois não tenho paciência para filmar e editar.
E numa das últimas vezes que usei uma câmera pra filmar um trabalho, levei um "esporro" do guitarrista e amigo Paulo Rafael. E com toda a razão! (risos)
Vou colocar abaixo dois vídeos que estão no meu canal do YouTube. 
O primeiro mostrando o processo de higienização das fitas K7, e o segundo mostrando o Python em ação.


E só para finalizar, ratificando...
Não. Eu não tenho medo que a tecnologia me substitua. Pode substituir um dia? Pode.
Mas até lá, vou usá-la sem receio para ajudar nos meus trabalhos. Sempre!
Um abraço a todos.

sábado, 10 de julho de 2021

Mudança de Palco 119 - Clive Davis.


Olá pessoal.
Ontem aqui em casa, mais uma vez teve sessão de filmes na Netflix. Vi dois documentários.
Um que eu já tinha visto, e é muito legal, mas vim aqui falar do segundo que vi logo após, que foi dica do meu Amigo Rogério (PA de Alceu Valença).
Ele já tinha me falado desse documentário na semana passada, mas tá difícil eu ver algo durante a semana, pois estou acordando muito cedo.
Ontem aproveitei o vinho e fui na Netflix.
Esse documentário mostra a trajetória de Clive Davis, um produtor/diretor (ou seria diretor/produtor?) que começou sua carreira na música dos EUA no final dos anos 60.
Mesmo sendo chamado de "tirano" pelo Ed Motta, num comentário que ele fez na internet, falando que não conseguiu ver até o final, achei muito legal o documentário, e resolvi indicar aqui.
Não sou artista, e realmente o ponto de vista entre eu e Ed deve ser completamente diferente, né?
O título original é: The Soundtrack of Our Lives (A trilha sonora de nossas vidas).
Muito melhor que o título colocado na nossa língua, não acham?





Deixando de lado essas traduções, vim aqui deixar essa dica de um bom "filme" para ver, principalmente para quem trabalha com shows e eventos.
Falei bom filme porque o documentário é tão bem montado, que parece um filme normal.
A Netflix tá craque nisso.
Com certeza, você vai notar que muita música e/ou artista que você gosta, apareceu por causa do Clive Davis. Ele ajudou na trilha sonora da sua vida, você vai ver.
Por isso que o título original tem muito mais a ver com o documentário, do que o fraquinho "Nosso Ritmo".
Já indiquei outro documentário sobre (quase) o mesmo assunto numa postagem bem anterior, que foi o de Quincy Jones.
O Quincy está mais para produtor musical (genial, para ser mais justo), e o Clive está mais para diretor de gravadora.
Mas ele interferia na criação dos artistas, por isso a "revolta" do Ed Motta.

Os dois estão vivos ainda, viu?
E se você não viu ainda o de Quincy Jones (Netflix), veja, pois é espetacular.

Na minha opinião, não dá para comparar Quincy com Clive, pois o primeiro é um Gênio, mas fico com a frase que um concorrente dele de outra gravadora falou no documentário: "Certamente, qualquer um que fosse capaz de vender milhões de álbuns de um guitarrista de rock de 50 anos que não cantava nada, ganharia minha eterna admiração".
Não é uma verdade?
Esse guitarrista em questão era Santana.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Estou vivo, viu??!!

 


Olá pessoal.
Eu estou vivo ainda, viu???
Como podem ver na foto, meio desgastado, mas vivo!
E ainda recebi a primeira dose da vacina.
Minha irmã foi comigo, pois ela sabia que corria o risco de eu correr da injeção.
Mas eu arrasei.
A fobia não me venceu dessa vez.
Me ajudaram, não vou mentir... Pois colocaram uma mini-seringa com uma mini-agulha!!!
O frio na barriga foi quase zero.
Esperar agora os 85 dias pra agendar a segunda dose.
Espero que a quantidade de vinho que bebi no outro dia à noite depois da vacina não tenha anulado essa primeira dose...
Deixa a "poeira baixar", que volto a escrever aqui.
Até separei umas coisas para falar do trabalho lá na FUNDAJ, digitalizando o acervo, mas depois eu conto.

Não estou muito disposto para escrever ultimamente.
Esse fim de semana faço um trabalho com Alceu Valença, que depois eu devo falar algo aqui.
Por enquanto, vou aguardar as coisas acalmarem.
Vamos em frente, como diz um amigo meu cantor.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 31 de março de 2021

Parece mentira... Mas foi verdade! - Caso 28.


Olá pessoal.
Esse caso foi contado no grupo de áudio Graxa BR, pela própria pessoa que passou pela situação.
Ricardo Tenente, ou simplesmente Tenente.
Produtor que está no ramo faz muiiiiiiito tempo.
Só com Chico Buarque, ele já tem 32 anos de produção.
Fora Chico, já trabalhou para Maria Bethânia, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, O Rappa, Jota Quest, Maria Rita... E por aí vai.
Já deu para notar que ele tem uma "bagagem" muito boa, né? Para não dizer excelente!
Como ele mesmo me falou, quando Chico dá uma parada, ele faz a produção desses outros artistas.
Nesse dia do "causo", que foi em fevereiro de 2010, ele estava na produção de Falcão, ex-vocalista d'O Rappa, num projeto chamado Falcão e os Loucomotivos.
Pois bem...
Foram dois shows no Circo Voador (Rio de Janeiro), sendo um na sexta e outro no sábado.
Na sexta, ele recebe uma ligação em inglês:
--- Hi. I wanna talk with Tenente.
Tenente responde: --- Hi. Tenente speaking.
O cara do outro lado continua em inglês (traduzindo): --- Eu sou o segurança da Madonna. Ela vai amanhã aí ver o show.
Tenente achou que era algum amigo sacaneando, e perguntou em português: --- Quem tá falando, porra??!!
E o cara responde: --- Sorry??

Aí Tenente começou a notar que era mesmo o segurança dela.
O rapaz queria combinar uma hora para dar uma olhada no local, para ver por onde ela iria entrar, onde ela iria ficar e por onde ela iria sair, etc, etc.
Tudo bem, pode vir hoje mesmo. Falou Tenente.
Na hora marcada, foi esperar pelo gringo na área externa do Circo Voador.
Segundo ainda o produtor, o cara era Israelense, desceu do carro preto, viu tudo, marcou a hora da chegada no outro dia, disse que estava tudo certo, que ligaria, etc...
No outro dia (sábado), o segurança liga para Tenente, e ele vai para o local marcado na parte externa da casa de shows, para receber o Israelense com Madonna.
Enquanto aguardava pela Pop Star, passa por ele Uirá Fortuna, filho de Perfeito Fortuna, grande nome da cultura carioca, e criador da Fundição Progresso, outra casa de shows e eventos, que fica bem próxima do Circo Voador.
Uirá é o produtor e diretor artístico da Fundição Progresso.
Ao passar, Uirá olha para Tenente e pergunta: --- Tás fazendo o que aí?
Tenente responde: --- Tou esperando a Madonna.
Ainda passando, Uirá dá um sorriso sem acreditar, e vai embora, falando: --- Ahh, tá...
No mínimo ele deve ter pensado em falar: --- "Se não quer dizer, não diz. Mas não inventa onda, né?".
Em momento algum ele imaginou que era verídica aquela resposta de Tenente.
Mas errou feio.
Como combinado, Madonna chegou com seu segurança de Israel, entrou, viu o show, e foi embora depois.
Tenente mandou até o link de um vídeo no YouTube, para ninguém chamar ele de mentiroso.

E por esse vídeo, vão notar que a cantora realmente foi para o show, mas acho que mais para namorar o Jesus dela, do que para ver qualquer show!
Na época, ela estava namorando o Jesus (Brasileiro), lembram?

Obrigado Tenente pelo relato.
E a turma do Grupo Graxa BR tem razão, viu?
Você poderia escrever um livro, contando suas aventuras pelas estradas do mundo.
Assunto deve ter, e muito!!!!
Um abraço a todos.


terça-feira, 23 de março de 2021

Singing Voice Synthesis da Supertone - Um caminho sem volta?

 


 

Olá pessoal.
Estava eu nesse final de domingo, comendo cocadas de leite condensado feitas pela minha Irmã, vendo o Fantástico, quando apareceu uma matéria sobre IA (Inteligência Artificial).
Até aí nada de mais...
Sempre achei interessante esse assunto.
Tem até um filme que vi faz muito tempo, onde o tema principal era a IA, que passa uma mensagem bem legal.


O nome do filme é A.I. (Artificial Intelligence). Fui pesquisar, e o filme é de 2001, e tem a mão do competente Steven Spielberg.
Quem não viu, aconselho ver.
Pois bem...


A matéria no Fantástico começou perguntando a quem estava vendo o programa: --- Você seria capaz de adivinhar se uma música é cantada por uma pessoa ou por um computador?
Um programa de TV com auditório da Coreia do Sul fez esse desafio, como se fosse um show de calouros, onde a audiência teria que adivinhar se quem estava fazendo melhor era a pessoa real ou a "máquina"?
Passaram por algumas áreas, como golfe, retrato falado, e até a criação da imagem do rosto da pessoa de acordo com a análise de sua voz.
A voz...
Foi aí que entrou o assunto que chamou ainda mais a minha atenção (lógico, né?).
O programa de TV lançou um desafio, colocando a voz de um cantor muito conhecido no país.
Só que esse cantor famoso tinha morrido muitos anos atrás, e a música era recente!
Não tinha como ele cantar essa música!
A turma se assustou.
E não tinha como não se assustar, pois a voz era igual a do cantor falecido.
Aí foram explicar.



Na matéria, diz que o software que conseguiu recriar a voz do cantor famoso foi criado por "um time de engenheiros de som de uma universidade Sul-Coreana".
Fui pesquisar aqui em casa na internet para escrever esse texto, e apareceu para mim a empresa Supertone, da Coreia do Sul.
Já que a Globo não quis colocar os créditos da empresa, estou fazendo aqui. Nada mais justo, né?
Quem quiser ir ao site da empresa, clique AQUI.
Usei o Chrome como navegador, traduzindo a página.
Não é muito boa a tradução, mas é bem melhor do que não entender nada olhando para as letrinhas de figurinha!


Encontrei uma boa matéria sobre esse assunto, agora na nossa língua, no site da Techtudo.
O título?
Inteligência artificial traz cantor de volta dos mortos.
Bem chamativa, não é?
Foi lá que descobri que o pai da criança é a Supertone.
Quer ler essa matéria? Clique AQUI.
Não é de hoje que a IA está no áudio.
O famoso Auto-Tune reinou durante muito tempo no mundo do áudio afinando vozes, e agora quem já está reinando a um bom tempo é o Melodyne, principalmente quando ele assustou a todos da área, mostrando que poderia afinar uma nota de guitarra dentro de um acorde, ou afinar uma voz dentro de um coro mixado.
Eu mesmo me assustei.
Em setembro do ano passado, falei sobre o simulador de voz Mr. Falante, onde a pessoa colocava um texto na voz de uma pessoa que nunca leu esse texto.
Mesmo ainda não sendo 100% o resultado sonoro final, pelo que eu conferi no site do fabricante naquele dia, já era bem interessante o software.
Tanto o Mr. Falante quanto esse software da Supertone, baseiam-se na técnica usada para criar vídeos falsos chamada "Deepfake".
Fazendo um resumo bem chulo dessa técnica, o software, depois de receber várias informações sobre o original (imagens e/ou  vozes), ele vai estudando o assunto, para depois recriar algo bem parecido com o original. Um clone!
Esse da Supertone, segundo a matéria no Techtudo, usa uma técnica de aprendizado de máquina chamada "Singing Voice Synthesis", que meu tradutor chamou de Síntese de Voz Cantante, ou segundo a tradução livre no Techtudo, Síntese de Voz de Canto.
Mesma coisa, né?
O que importa é o que essa técnica é capaz de fazer!

Dando um giro pela internet hoje sobre o assunto, fui direcionado para o Vocaloid5, onde você já pode ter a sua disposição, em Inglês e Japonês, 4 bancos de vozes, com mais de 1000 frases vocais e mais de 1000 amostras de áudio.
Mesmo sendo limitado, já dá pra montar uns vocais bem legais, mas só nas duas línguas que citei acima.


Mais detalhes sobre o Vocaloid5, clique AQUI.
No caso do software da Supertone, o "bicho pega", pois vai ser possível colocar qualquer cantor (vivo ou morto) para cantar qualquer música, em qualquer idioma!!!!!!!
Basta o software estudar as amostras de áudio.
Imaginaram?
Na matéria do Fantástico, tem até o grande Freddie Mercury cantando em Sul-coreano!!!
E não tem quem diga que não é ele cantando!!!
Impressionante.
Segundo o site Techtudo, nesse caso do cantor Sul-coreano, "A IA aprendeu 700 canções diferentes de vários artistas para compreender técnicas de entonação e ritmo. Depois desse processo, a tecnologia foi treinada com 20 músicas de Kim Kwang-seok, de modo que pudesse ajustar a síntese e recriar a voz do artista".
Ainda na matéria exibida na Globo, um dos responsáveis pelo software afirma: --- E não é só na música, vamos poder dublar os filmes em qualquer idioma simulando as vozes dos atores originais, mesmo eles não sabendo uma palavra do idioma!
Duvidam? Eu não!
Só questão de tempo, pelo que estou vendo.


Já no final da matéria, o mesmo rapaz fala uma coisa que comprova o quanto a ferramenta que eles criaram é absurdamente potente! Mas como sabemos, essa potência pode ajudar ou prejudicar alguém, né?
O termo já não soa bem. Deepfake, SingFake. Fake = Falso. Não esqueçam.
Para garantir, eles já estão desenvolvendo uma outra tecnologia (ferramenta) capaz de identificar onde a IA foi usada, mesmo tendo sido feita por outra empresa!
Já falei em setembro de 2020 que achava quase impossível frear esse avanço dos softwares.
Caminho sem volta?
Continuo achando a mesma coisa. Caminho sem volta.
Um abraço a todos.

PS: Quem quiser ver a reportagem exibida no Fantástico, clique AQUI.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Um ano de Covid - Nem sinal do túnel!!!!

 



 

 

Olá pessoal.
Esse texto não tem direito a fotos!
Colocar o que? Não tem o que mostrar.
Em março de 2020 o pessoal de shows e eventos parou de trabalhar.
Um ano sem poder trabalhar. Não é fácil, viu?
Ahhh. Pensei em colocar duas imagens nesse texto. Uma eu coloco agora no início, e a outra coloco no final.

Eu sei que o número de mortes é (faz um bom tempo) absurdo, mas tem algumas coisas que eu não concordo nas determinações.
Aqui em Pernambuco foi decretado nessa semana uma quarentena (lockdown, fechamento, paralisação, bloqueio...) do dia 18 ao 28 de março. Imaginei que isso iria acontecer, pois batemos o triste recorde de mortes nessa pandemia  Mais de duas mil mortes num dia, é o equivalente a quase 10 aviões de grande porte caindo num mesmo dia.
Imaginou? Com uma queda a gente já fica desanimado... Ou pelo menos ficava.
Nem sei se vão se assustar mais com avião caindo depois dessa pandemia...
Nem sei também se vai fazer alguma diferença esse novo lockdown em Pernambuco para nós que trabalhamos com shows e eventos, pois como falei acima, o bloqueio para nossa classe está funcionando desde março do ano passado, ininterruptamente(!).
Estamos, literalmente, anestesiados.
O que mudou para minha "turma"? E eu estou incluído.
Acho que quase tudo!
Não tinha como não ser assim.
Alguns (poucos) colegas e amigos que tinham estúdios de gravação e mixagem de áudio, ainda estão conseguindo fazer trabalhos sem se afastar da profissão.
Mas quem nunca teve essa estrutura, teve realmente que se virar com outros trabalhos.
Para quem tinha carro, o serviço de motorista de aplicativo foi a primeira opção.
Lembro de um colega da profissão me falando que estava pensando em fazer um curso para ser vigilante. E se não me engano, foi antes da pandemia.
É... Antes da pandemia já não estava muito fácil pra gente.
Cachês defasados, demora pra receber, sem férias, sem décimo terceiro, sem segurança no emprego...
Fazendo uma comparação, a gente é bem parecido com um funcionário público.
Só que inversamente!!!!!!!!!
Dependendo do artista, perdemos o emprego com um simples comentário de um amigo desse artista que estava vendo o show e não gostou do som, e falou para ele no camarim que não entendeu muito o que ele estava cantando.
Pronto. Motivo grande para ser demitido, que no nosso caso usam o termo "não preciso mais do seu serviço".
Inclusive, sou totalmente contra colocar artistas na justiça. Nunca nem pensei em fazer isso, e estou na profissão desde 1992, quando comecei a trabalhar em shows.
No áudio, comecei em 1988 como DJ.
Sabemos que é assim que funciona, desde a Arca de Noé. Mas pode mudar? Lógico que pode.
E não tem só pontos negativos, tem os positivos também.
Minha irmã, por exemplo, fica horrorizada quando falo que ganhei num show, o que ela ganha num mês. Mas isso é só com alguns trabalhos, viu?
Mas o texto aqui não é para falar sobre isso. Um dia faço um texto só com este assunto, ok?
Vamos voltar pra pandemia.
Na realidade, a gente gostaria mesmo era de sair dessa porra de pandemia e não voltar, né? (Riso amarelo)
Mas a gente nem começou a sair direito...
Já falei tanto, que esqueci do caminho que estava seguindo. Vou lá em cima ler para me situar. (Risos)
Ahhhh! O que mudou pra minha turma... Quase tudo.
Quem acompanha meus textos aqui, sabe que passei mais de três meses numa lanchonete, ajudando um amigo.
Lógico que eu recebi por esses meses lá, mas era mais uma ajuda de custo do que um salário.
Fui mais para ajudá-lo e para sair de casa! Respirar! Fazer algo!
E foi muito bom!
Mesmo tímido, achei que me saí bem.
Tratar com pessoas, não é uma tarefa fácil, principalmente para mim, que não sou muito de fazer "arrudeio" pra falar alguma coisa.
Mas acho que me saí bem como gerente de lanchonete.
Já falei sobre esse assunto aqui, é só procurar.
Vixe... Saí de novo do caminho do texto...
(Vocês não tem ideia de quantas vezes eu volto lá pra cima, pra ver o que escrevi...)
Resumindo...
Com essa pandemia, mudou pra mim, e para muitos amigos e colegas do ramo.
Reinventar? Não acho um termo correto.
Muitos mudaram de profissão.
Reinventar pra mim, é inventar algo em cima de alguma invenção (profissão).
No nosso caso, tivemos que mudar de profissão!!!!!
Nos meus grupos de áudio, notei várias "reinvenções"(?).
Motorista de aplicativo, entregador de espetinhos, vendedor de sacolé, vendedor de crustáceos, filmagens com drones, montador de móveis, professor de surf, balconista de farmácia, motoboy para entrega de comida... E por aí vai.
Ou seja... Para mim, eles não se reinventaram. Eles foram forçados a mudar de profissão!!!
E é assim que minha turma está se virando.
As lives só conseguem absorver um número muito pequeno dos profissionais.
Nem no começo esse número foi grande, quando todo artista resolveu fazer essas transmissões, e agora é que não chegam nem perto mais desse número inicial, pois o formato cansou, e para mim não foi surpresa. Já falei também várias vezes o que eu acho de lives.
E é assim que estamos nos virando.
Eu ainda consegui o trabalho de digitalização de acervo sonoro, como também já falei aqui em texto anterior. E foi isso que me salvou!
Mas no caminho até agora, estourei minha conta no banco que abri em 1990, e estourei um cartão de crédito. Mais na frente tento sanar essas dívidas.
Fora isso, tive ajuda da minha Irmã, que pagou algumas contas de água e luz, e de uma Tia que enviou dinheiro para eu pagar os condomínios atrasados.
Não consegui os auxílios do Governo e da Lei Aldir Blanc como PF (Pessoa Física), o que achei um absurdo.
Consegui um auxílio dos EUA(!!!) como operador de áudio, e a aprovação desse projeto aqui do Blog pela Lei Aldir Blanc como PJ (Pessoa Jurídica).
Ahhh. Dois artistas me ajudaram, adiantando cachês para eu pagar depois com serviço em shows ou trabalhos com edição de podcast.
Foi assim que cheguei até aqui, sem cortarem minha luz ou água, e sem problemas para me alimentar. Mas já estava fazendo as contas no começo do ano, e só iria conseguir chegar em abril com essa grana.
Tenho uma grande vantagem. Sou eu e Tom no apartamento.
Tom é o gato que meu Filho pegou para criar, mas quem tá fazendo isso sou eu e a mãe dele (mãe de Raian, não do gato).
Guarda compartilhada de um gato! Acreditam? (Risos).
Meu Filho, que já tem 25 anos, está em São Paulo nesse momento, e já se vira (quase) sozinho.
Está sendo menos difícil para mim do que para a grande maioria dos meus colegas e amigos da profissão.
Não é nada fácil passar um ano sem poder trabalhar, forçando a procura por uma nova fonte de renda, que em muitos casos só foi conseguido com a mudança de profissão.
E "vamos" ter que passar mais um ano sem poder trabalhar na nossa profissão, pelo que vejo nos noticiários!
Quando falo VAMOS acima, é com relação a minha área, viu? Profissionais de shows e eventos.
A maioria das outras áreas, vão continuar como foi no ano anterior, no abre e fecha.
Ou vocês acham que fecham tudo durante um ano completo, como foi no caso do entretenimento?
Não conseguem, né? Mesmo com os números absurdos de mortes.
Não estou querendo dizer também que os grandes shows e eventos devem voltar.
Mas também um lockdown sem prazo de validade apenas para uma determinada classe não é muito justo.
Proibir um trio de músicos tocar num restaurante ou num bar, onde os estabelecimentos estão seguindo as normas exigidas?
Um dia desses teve um decreto aqui em Recife, onde não poderiam fazer lives com mais de dez pessoas. Oxe.
Se esse número fosse exigido para todos os estabelecimentos, eu até aceitaria. Mas só para as lives?
Concordo não.
Ou seja... Em muitas outras áreas acontece um certo "relaxamento" nas normas, ou uma certa tolerância.
Na minha área é tolerância zero!!!!
E desde março de 2020!!!!
Mais uma vez afirmo: Não sou à favor do relaxamento total pra todos.
Só não concordo com o lockdown total e irrestrito somente para pouquíssimas áreas.
A única coisa boa nessa história (se é que posso chamar de boa), é que ninguém pode dizer que o número assustador de mortes nessa pandemia é por causa dos shows que estão acontecendo. Né?
Por que é mais difícil o povo ficar em isolamento aqui no Brasil?
Na minha opinião, dois pontos principais: 1- Brasileiro nunca foi fã de seguir normas. 2- Diferente de muitos países, o auxílio financeiro aqui está sendo pouco, foi complicado solicitar e não chegou para todos.
E para fechar com chave de ouro esse assunto, na quarentena que vai começar amanhã aqui em Pernambuco, foi anunciado que "concessionárias de veículos" vão poder abrir.
Não acreditam?
Vejam a explicação no vídeo abaixo, onde o sorriso amarelo de pedro eurico (letra minúscula mesmo) só não apareceu por causa da máscara! Ele é secretário de alguma coisa. Para vocês terem ideia do nível aqui.

Como meu pessoal que está sem poder trabalhar desde março de 2020 vai reagir ao ver uma explicação dessas?????????
Me digam?


Como achar que a frase "estamos no mesmo barco" faz sentido?
Por essas e outras, quando me perguntam se eu estou vendo uma luz no final do túnel para a profissão, eu respondo: --- Que luz????? Não consigo nem ver o túnel!!!! Quanto mais ver uma luz no final dele, né?
Esse túnel, acho que minha turma só consegue ver em 2022.
E a luz?
Deixa eu ver o túnel primeiro, ok?
Um abraço a todos.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Automator - Problemas com dores causadas pela repetição da digitação ou do copy/paste? Seus problemas acabaram!!!!


 

Olá pessoal.
Nem consegui escrever o texto da semana que passou.
Como normalmente escrevo sobre meus trabalhos nos shows e eventos que participo, e esses shows e eventos estão proibidos desde março do ano passado, fico quase sem assunto para falar aqui, né?
Como podem ter notado, ultimamente estou escrevendo sobre assuntos um pouco fora do tema "Shows", mas sempre tendo a música ou o áudio como pano de fundo.
Tenho aqui no Blog a seção "Mudança de Palco" quando quero falar de coisas totalmente fora do contexto, como indicar filmes, lugares, bares, ou qualquer coisa que achei legal.
Já cheguei até a indicar aqui uma casa de prostituição, mesmo não sendo adepto dessa prática.
Mas que as meninas eram espetaculares, ahhhhh, isso eu não posso negar.
Nunca bebi uma dose de vodka tão cara na minha vida!!!!!!
Pelo que me recordo, foi 20 reais cada dose!!! Na quinta dose, parei. (Risos)
Quem quiser ler sobre o caso, procure no Blog pela palavra "Cuscuz".
Vamos voltar ao assunto de hoje...
Com poucos (ou nenhum!) trabalho em shows e eventos, os assuntos rarearam aqui.
Como sabem, se leram os textos anteriores, estou num trabalho de digitalização de um acervo sonoro, onde tudo é muito igual, como numa linha de montagem de automóveis.
As pessoas e os robôs fazendo sempre a mesma coisa, dia após dia...
Tudo muito repetitivo, automatizado...
Automatizado!


 


 

Por causa dessa palavra, apareceu um assunto legal para deixar registrado aqui no Blog!
E vai ter relação com o áudio, que é o assunto prioritário desse espaço.
O trabalho desse ano lá na FUNDAJ pelo Estúdio Onomatopeia, não difere muito do anterior, que eu fiz lá em 2017.
Até a sala é mesma!!!!! Acho que já falei isso em texto anterior.
A única diferença entre os dois trabalhos é que nesse atual não vamos só digitalizar discos de vinil. O resto é igualzinho!
Pois bem...
Estou na mesma função nesse segundo trabalho.
Fico na parte da edição e nomeação de todas as faixas (tracks) dos CDs, dos discos de vinil, das fitas K7 e das fitas de rolo.
É muita faixa, viu??
Como foi em 2017.
E por causa dessa quantidade enorme de faixas que eu tenho que editar, e principalmente pelo trabalho de nomear cada faixa com uma nomenclatura diferente, a repetição é absurda!
Eu já estava imaginando a dor que apareceu no meu cotovelo no final do trabalho de 2017 retornando aqui nesse novo trabalho.
É muita repetição de movimento para nomear as faixas.
Pelo menos, era!!!!!!!
Quando o estúdio notou que o tempo de digitalização do áudio dos CDs era muito menor que o tempo que eu levava para editar e nomear as faixas desses CDs, resolveram colocar mais gente para editar essa faixas.
Foi aí que tudo mudou. Pra melhor!
Kiko e Diego já trabalham no estúdio, no setor de áudio e trilha para comerciais e/ou cinema.
Mexem muito com Pro Tools e Cubase.
Passei para eles como eu estava fazendo o trabalho de edição e nomeação no Pro Tools, e falei que não conhecia um método mais rápido no Cubase, principalmente que uso pouco os dois softwares.
Foi quando meu amigo Kiko Santana (sósia do cantor Jorge de Altinho) me falou que poderia acelerar esse trabalho, principalmente na hora de colocar os nomes nas faixas, mas fora do Pro Tools.
Oxe! Falei que por mim, tudo ótimo!!!
Se ele conseguisse acelerar essa nomeação das faixas, já seria um avanço absurdo!
Falei para ele o passo-a-passo na criação das faixas, e ele ficou de tentar achar um meio de acelerar isso.
Qual é esse passo-a-passo?
São 4 arquivos de áudio para cada faixa digitalizada.
1- O áudio bruto, original, em WAV (44.1/16bit), do jeito que foi colocado no CD.
2- Esse mesmo áudio em WAV, mas com o nível de volume normalizado.
3- Esse mesmo áudio normalizado, mas em MP3 (320kbps).
4- Os primeiros 30 segundos desse áudio normalizado, também em MP3.
Ou seja... 2 arquivos em WAV, e dois arquivos em MP3.
Vou usar como exemplo para mostrar a nomenclatura, a faixa 1 do CD 133.
Ficaria assim os nomes das faixas:
1- CD000133_001
2- CD000133_001 N
3- CD000133_001 MP3
4- CD000133_001 CLIP
Imaginem agora fazer isso em 30 faixas de um CD, onde tudo é igual, mas o número da faixa tem que mudar para 002, 003, 004...
Já peguei CD Duplo, com mais de 50 faixas em cada um!
Aí já tem outra nomenclatura:
1- CD000133_v001_001 (Faixa 1, do disco 1, do CD 133).
Deu para notar que o trabalho maior é na colocação dos nomes nos arquivos, né?
Eu sei que tem outras ações antes da nomeação, mas essa última parte, realmente é a mais demorada.
Foi aí que Kiko me apresentou o Automator!!!!!


Automator for MAC, infelizmente. Software para usuários da Apple. Não tem para Windows.  
Imaginem os fogos de artifício de uma virada de ano...
Foi o que eu senti ao conhecer o que ele era capaz de fazer, fiquei muito animado.
Não vou entrar muito nos detalhes do software, minha intenção hoje aqui vai ser apenas mostrar o quanto ele está me ajudando nesse segundo trabalho de digitalização de acervo sonoro, e o quanto ele pode ajudar outros técnicos em algum trabalho de nomeação de muitos arquivos de áudio, ou de qualquer outro tipo.
Vou tentar textualizar aqui, contando também com a ajuda de algumas fotos e vídeos, como eu estava fazendo antes e como estou fazendo agora, usando o Automator.
Não tenho nenhuma foto e vídeo do modo que eu estava fazendo antes, pois nem quero mais lembrar do sofrimento.
O que já posso adiantar é que antes eu levava uns 15 minutos para editar um CD com uma média de 15 faixas.
Agora levo uns 8, ou até menos para fazer o mesmo trabalho.
Lógico que esse tempo mudava de acordo com o número de faixas do CD, mas no Automator, tanto faz nomear uma ou duzentas faixas. O tempo é simplesmente o mesmo!!!!
Menos de 10s para chegar aos arquivos e selecioná-los, e menos de 2s para colocar os nomes nesses arquivos!!!
Como são 4 tipos de arquivos diferentes, é só fazer a conta. Para eu colocar o nome em 4 ou 400 arquivos, levo menos de 1 minuto!
Como eu fazia antes?
Dentro do Pro Tools (PT), importava os áudios do CD digitalizado que vinham apenas com a numeração da faixa: 01, 02, 03, 04...
Depois de copiados para a sessão do PT, colocava o nome na primeira faixa (CD000133_001), copiava este nome e colava (faixa por faixa) só mudando o número da faixa no final.
Imprimia esses nomes direto na "waveform" (forma de onda).
Por causa disso, ao final dessa nomeação, já tinha os primeiros arquivos brutos, com o nome correto.
Ia na pasta de áudio do PT, copiava os arquivos e jogava na pasta do CD FINALIZADO, criada com a identificação CD000133.
Segundo passo, normalizar todas as faixas.
Fazia isso no modo destrutivo (overwrite), para não perder os nomes que eu já havia colocado, pois na outra opção, onde ele cria uma nova forma de onda, o PT muda todos os nomes.
Depois de normalizar todos os áudios, acrescentava (faixa por faixa) a letra N no nome do arquivo usando o copy/paste, que ficava assim: CD000133_001 N.
Também imprimia esse nome diretamente na forma de onda.
Ia novamente na pasta de áudio e copiava os novos arquivos que foram normalizados e já estavam com o novo nome, e jogava esses arquivos na mesma pasta que coloquei os primeiros áudios.
No terceiro passo, eu mudava novamente o nome de cada faixa usando o copy/paste, trocando o N por MP3 no final (CD000133_001 MP3) e exportava todos os arquivos de uma vez só para a pasta dos finalizados, mas transformando em MP3 (320kbps), pois os mesmos ainda estavam em WAV.
Cansaram? Tem mais.
Vamos para o quarto passo.
Cortava todas as faixas ao mesmo tempo nos 30 segundos iniciais, dava o "fade out" em todas, e consolidava essa edição.
O nome de todas as faixas mudava com essa consolidação.
Por causa disso, eu colocava novamente o nome na primeira faixa com a nova nomenclatura (CD000133_001 CLIP), e colava em todas as faixas usando o danado do copy/paste, mudando apenas o número da faixa 002, 003, 004...).
Feito isso, exportava também essa novas faixas transformando em MP3 para a pasta do CD finalizado.
Feito. CD editado e nomeado.
Imaginaram quantos copy/paste eu dei nessa edição de 1 CD?
Nem contem, para não sofrerem.
Agora... Com o Automator... A coisa mudou de figura!!!!
Como vocês podem ver abaixo, o software tem várias funcionalidades. E entre elas está a opção "Renomear arquivos em massa".

Sabendo disso, Kiko criou 4 "macros" para o trabalho de nomeação.
O que são macros?
Falando bem resumidamente, uma macro permite ao usuário realizar várias tarefas com apenas um comando.

Macro criada para nomear as faixas MP3.

O usuário tem que criar essas macros, elas não vem prontas.
Lembram que cada faixa gera 4 arquivos, não é?
Faixa bruta, faixa normalizada, faixa normalizada em MP3 e faixa normalizada clip (30s).
Então meu querido Kiko (que eu chamo carinhosamente de Kiko de Altinho, só para arretar ele), criou uma macro para cada nomeação.


Clique na imagem para ampliar.

Com essas macros, não mexo em mais nada nos nomes dentro do PT.
E já começa pelo áudio bruto.
Não importo mais esses áudios para o PT, copio direto para a pasta do CD finalizado.
Com esses áudios já na pasta, abro a primeira macro, chamada "tracks".
Abrindo essa macro, apenas preciso colocar o número do CD. No caso aqui, coloco CD000133.
Na próxima vez que abrir, só preciso mudar o final (134, 135, 136...).
Dou um clique e vou até a pasta do CD finalizado onde estão os áudios com os nomes 01, 02, 03, 04...
Seleciono todas as faixas e dou apenas UM click. Pronto. Todas as faixas estão com os nomes CD000133_001, CD000133_002, CD000133_003, CD000133_004... E como já estão no formato WAV 44.1/16bit, já estão finalizadas e no lugar certo!
No vídeo abaixo, mostro a primeira colocação dos nomes no áudio bruto.

Como falei antes, depois das faixas selecionadas, e do comando para fazer o serviço, não chega a 2 segundos o tempo para a mudança dos nomes.
Uma pegadinha! Pra não falar que é perfeito. Tem que ter atenção num detalhe.
Quando você abre a pasta no MAC para selecionar as faixas, o normal é aparecer como na foto abaixo.

Visualização normal.
Esses com X no nome, são pastas que eu crio antecipadamente, para poder exportar as faixas separadamente do PT, e não misturar com as outras faixas brutas que já estão na pasta principal, inclusive porque as faixas exportadas N e MP3 ficam com os mesmos nomes.
Por isso faço as três exportações para pastas distintas.
Voltando para a pegadinha que falei antes... Tem um comando nas janelas do MAC (no Windows também tem) que você inverte a visualização.
Ou seja... Em vez de você ver na forma crescente, a visualização fica invertida, como mostra a foto abaixo.
Visualização invertida.

Aí é onde mora o perigo!!!!
Se a pessoa selecionar as faixas na visualização invertida, usando como exemplo um CD com 10 faixas, o Automator vai colocar o nome da faixa 10 como 001, a 09 como 002, a 08 como 003...
Ou seja... L A S C O U !!!!!!!
Ele nomeia pela posição de visualização e não pelo numeral!!!!
Fica a dica.
Dica de vida ou morte!!!!
Pois se usar a visualização invertida na seleção, você nunca mais vai ser chamado para um trabalho de digitalização e edição de áudio de acervo sonoro!!!
Todo o trabalho da equipe vai ficar absurdamente errado!!!
A dica da seleção invertida, foi de Kiko também. Acho que nem vou tirar mais onda com ele, chamando-o de Altinho... (Risos)
Valeu Kiko!!!!
Para garantir, pois seguro morreu de velho, depois de todo o trabalho de nomeação usando o Automator, e após apagar as pastas temporárias que ficam no final, e já sabendo qual é a primeira e a última música do CD, confiro ouvindo os 4 arquivos da faixa um, para ver se realmente é a faixa correta. Com isso tenho a certeza que não selecionei nada invertido na hora de colocar os nomes.
Fica a dica novamente. Agora a dica é minha, viu??
Viram que seus problemas com as dores causadas pela repetição da digitação ou do copy/paste acabaram???
Pois é...
E não foi a "Polishop" que resolveu, né?
Menos copy/paste para todos.
Para finalizar, vou colocar abaixo um vídeo da minha tela mostrando eu nomeando todas as faixas das três pastas (Normalizada, MP3 e CLIP) de um CD com 11 faixas.

Depois que eu clico no primeiro atalho "N" (Normalizado), foram 53 segundos para nomear 33 faixas, com 3 nomenclaturas diferentes.
E não usei o copy/paste uma única vez.
Não esqueçam que eu levaria os mesmos 53 segundos para nomear 900 faixas!
Muito bom, né??!!!
Um abraço a todos.