sábado, 25 de março de 2023

MEI - Vamos ter que usar a plataforma da NFS-e Nacional.


ATENÇÃO: PRAZO PRORROGADO ATÉ O DIA 31/08/2023. 
Mas quem emitir NFS-e no Sistema Nacional antes de 01/09/2023, não deverá mais usar o sistema de NFS-e do Município.

Olá pessoal.
Essa postagem hoje vai para todos que são MEI (Micro Empreendedor Individual).
Independente de você fazer parte ou não do ramo de shows e eventos.
Eu tenho CNPJ faz um bom tempo.
Já fui ME (Micro Empresa) para poder fazer trabalhos de edição de áudio para a GM (Chevrolet), mas com o fim do trabalho, não era vantagem eu continuar como ME.
Fechei a empresa e abri um MEI para mim em 2016.
Fácil e rápido.
Agora recebi um aviso do meu portal de NFS-e da Prefeitura do Recife, informando que à partir de 03 de abril de 2023, a emissão da Nota Fiscal de Serviço pelo MEI só poderá ser feita na plataforma da NFS-e Nacional.
Aviso que recebi na plataforma de NFS-e do Recife. Clique na imagem para ampliar.
Conheço muita gente do ramo de shows e eventos que é MEI.
Por isso resolvi deixar umas dicas aqui no Blog para ajudar nessa mudança.
Passei o dia todo hoje resolvendo isso, e a próxima NF que eu for emitir, já vai ser na plataforma nacional.
Como fui atrás de informações para algumas dúvidas que apareceram durante o cadastro e configuração da minha conta na plataforma nacional, achei dois vídeos no YouTube que esclarecem tudo sobre o assunto.
Esses vídeos fazem parte do canal "Tenha Renda - O Canal do MEI".
Fiz quase tudo antes, lendo um documento em PDF onde tem o "passo-a-passo", mas ainda fiquei com algumas dúvidas, que foram sanadas quando eu vi os dois vídeos.
Nos vídeos é mais fácil entender tudo.
Vou colocar os dois vídeos aqui, e acredito que eles vão ajudar muito nessa migração.
Achei que essa migração era obrigatória para todos que são MEI, mas já vi uma informação num grupo de áudio (que não sei se é correta) dizendo que isso seria só para os municípios que quiserem aderir.
Portanto, como não tenho certeza se é para todo mundo, confirme isso na sua cidade, antes de fazer a migração.
Para Recife eu sei que é obrigatório.
Mário Jorge, técnico de Elba Ramalho, já me avisou hoje que a produção da artista já falou com ele sobre isso.
Então para quem é do Rio de Janeiro também vai ter que migrar. 
Como disse, vejam aí na sua região se também é obrigatório essa mudança.
Qualquer dúvida, entrem em contato, para ver se eu posso ajudar.
Na foto abaixo, as opções que escolhi para meu caso, colocando como FAVORITO 1 (Operador de Áudio).
E atenção para a pergunta do SIM ou NÃO, que é muito importante, mas Marlon explica no vídeo!
Mesmo assim, vou deixar registrado também isso aqui, pela importância dessa marcação.
Vamos ter sempre que marcar SIM, e na janela que abre, escolher a opção NÃO INCIDÊNCIA.
Se liguem!
Com certeza, o sistema de NFS-e da Prefeitura do Recife é bemmmmm melhor!
Fazer o que, né? Temos que migrar na marra!
Clique na imagem para ampliar.
Já deixei um texto na Descrição do Serviço, onde só faço editar na hora da nova emissão de NF, trocando os detalhes do show ou evento.
Na foto abaixo, os 4 favoritos que eu salvei, para usar de acordo com o serviço prestado.

Clique na imagem para ampliar.
Logicamente que, em cada opção dessas dos favoritos, as duas opções mostradas na foto anterior em vermelho, mudam.
Ok?
Não tem muito a ver uma edição de áudio em estúdio com operar o som de um show ao vivo, e muito menos em produzir uma exposição ou feira.
Tentei até usar a mesma opção de "Atividade Principal" que tem na minha plataforma da NFS-e do Recife no "Código de Tributação Nacional" no favorito 1, mas achei estranho que no APP do celular pedia informações extras quando eu tentava emitir uma NF.
Infelizmente, também não tem a opção "Técnico de Sonorização ou Iluminação", como eu usava na outra plataforma.
Paciência...
Vou aguardar uma atualização das opções de profissões.
Abaixo, os dois vídeos com as explicações de Marlon Sérgio.

Vídeo 01 - Como Cadastrar e Configurar no Sistema Nacional de NFS-e.

Vídeo 02 - Como Emitir Nota Fiscal no Sistema Nacional de NFS-e.
Valeu Marlon.
Suas explicações, com certeza, vão ajudar muita gente.
Um abraço a todos.

PS: Fui fazer um teste no APP do celular, mesmo já achando que só usaria numa emergência grande, que até hoje nunca passei por essa situação.
Pois bem...
Tava simulando uma emissão, nem coloquei o CNPJ do Tomador, só coloquei o valor, esperando abrir outras janelas para colocar o CNPJ do Tomador, escrever a Descrição do Serviço etc...
Apertei o botão emitir...
O aplicativo emitiu na hora a NF! Só com o valor!!
Já cancelei essa NF no sistema usando a web. 
Ahhhh!
Desinstalei o APP no celular!!! Quero não.
Vou deixar como era antes mesmo, só usando o sistema pela WEB com meu laptop.

PS2: Pessoal, o rolo está grande com essa NF pelo sistema Nacional!!!
Por isso, resolvi colocar essa nova observação.
Hoje é 05/09/2023, e muita coisa que falei nessa postagem não se consegue fazer mais no Sistema Nacional, como marcar o SIM na pergunta abaixo do Código de Tributação.
Você até marca, mas na hora de escolher o motivo, o sistema pede para o usuário mudar o código de tributação.
Algumas funções simplesmente sumiram no sistema Nacional. Muitas dúvidas sobre esse SIM e NÃO...
Então aconselho à se informar com algum amigo contador, ou no SEBRAE, ou com alguém da NFS-e Nacional.
É isso.

PS3: Postei novamente sobre o assunto no dia 11/09/2023, onde a dúvida do SIM ou NÃO é sanada. 

sexta-feira, 24 de março de 2023

Mestre Ambrósio no Teresina Shopping - A única agonia foi voltar para casa!


Meu local de trabalho nesse show.
Olá pessoal.
No dia 13 desse mês, fui fazer o monitor da banda Mestre Ambrósio lá em Teresina, no Piauí!
O show aconteceu no Teresina Shopping, e fazia parte do Festival Artes de Março.
Fui, mais uma vez, como "sub" de meu amigo Adriano Duprat.
Já falei sobre o termo SUB aqui em postagens antigas, mas é bom relembrar.
Quando um técnico, por algum motivo, não pode fazer um trabalho que ele sempre faz, como foi esse caso do Mestre Ambrósio, ele indica alguém para SUBstituí-lo.
Esse termo SUB que usamos, vem de substituição.
Explicado?

Faço vários subs para Adriano.
Esse foi mais um.
Adriano fez toda a "produção técnica" desse show, entrando em contato com a produção do evento para resolver nossas necessidades.
Esse assunto Produção Técnica está em pauta nas conversas aqui em Recife.
Já venho pensando nisso faz um bom tempo.
É comum aqui na região, o técnico do artista assumir essa função, embutida no cachê de operador de áudio.
Além de operar o som, ele cuida de todos os trâmites em relação às necessidades técnicas para viabilizar o show.
Mas só recebe o cachê da operação do som.
Faço isso a décadas.
Converso muito sobre esses assuntos com Adriano, pois ele pensa bem parecido com o que eu penso.
E isso não é nenhuma revolução, viu?
Muitas bandas e artistas já tem esse Produtor Técnico, que pode ou não ser o técnico que opera o som.
Mas são funções diferentes, com cachês diferentes e separados.
Mas esse não é o assunto de hoje.
Talvez, um dia, escreva um texto sobre esse assunto, que é bem importante.
No detalhe, o microfone para eu me comunicar com os músicos.
Voltando ao show...
Cheguei em Teresina no começo da madrugada do dia do show.
Uma parte da equipe e da banda saiu de Recife, e outra parte saiu de São Paulo.
Deu tempo para dormir tranquilamente, porque o soundcheck estava marcado para depois do almoço.
Ainda acordei para tomar o café da manhã!!
Estávamos bem folgados de tempo.
O combinado era ir num restaurante com comidinhas típicas e depois seguir para o shopping, mas...
O restaurante estava fechado.
Não queríamos ficar procurando restaurantes, para não perder tempo, e decidimos almoçar no Teresina Shopping, local do evento.
Era eu, Otávio (técnico de PA), Luciana Raposo (luz), Delão (roadie) e Éder Rocha (músico).
Éder foi para dar uma força na montagem dos seus instrumentos de percussão.
Um detalhe...
Adriano não conseguiu alugar seis sistemas de in-ears sem fio em Teresina!
Tivemos que alugar esse equipamento em Recife, e levamos para Teresina.
Falando com os técnicos da empresa de som local, eles me falaram que realmente era muito pouco provável conseguir esses seis sistemas para alugar por lá.
Falaram que alguns artistas locais usavam sistemas sem fio, mas dificilmente alugariam.

Assim que acabamos de almoçar, seguimos para o local do show.
Até chegou uma notícia para nós que o show seria numa área externa.
Boa notícia.
Mas achei bem estranho essa informação, e descobrimos rapidamente que o local do evento era mesmo dentro do shopping.
Ou seja... Com aquela "acústica de shopping".
Se é que vocês me entendem...
Fui ligando meus equipamentos, enquanto o pessoal ia armando e ligando nossos instrumentos no palco.
Não teria outro show.
Muito boa notícia!
Mas acho que já saímos de Recife sabendo disso.
Minha mesa era uma M7CL da Yamaha.
Posicionei os seis sistemas de in-ears em cima de um case (caixa, baú) ao lado da mesa, fiz a ligação com a mesa de som, e liguei meu roteador e iPad.
Tudo OK.
Um tipo de CASE. Existem vários tipos e modelos!

A banda é formada por: Siba (vocal, rabeca e guitarra), Éder Rocha (percussão), Sérgio Cassiano (vocal e percussão), Maurício Badé (percussão e coro), Hélder Vasconcelos (fole 8 baixos, percussão e vocal) e Mazinho Lima (baixo e coro).
Fora os sistemas de in-ears, a banda usa três monitores de chão para complementar o som no palco.
Mas dois desses músicos (Mazinho e Cassiano) decidiram na hora da montagem que não usariam os in-ears.
A outra caixa de monitor fica com Siba.
O iPad ajudou na verificação dessas caixas de monitor.

Os seis integrantes da banda em ação!
Eu nunca tinha operado o som da banda, por isso conversei antes com Adriano para saber de detalhes, o que foi muito útil para o serviço.
Decidi trabalhar no modo "pós-fader", para agilizar no envio dos sinais dos instrumentos para todos os músicos ao mesmo tempo.
Nesse modo, quando eu levanto o fader de um canal da mesa, esse sinal vai para todas as vias de monitor ao mesmo tempo.
Ex: Vou enviar o sinal da rabeca para a banda. Quando eu levanto o fader desse canal, o sinal da rabeca vai para todos os fones dos músicos.
Logicamente, eu já montei a cena antecipadamente em casa, com essas preferências.
Para as caixas de monitor e para a via de in-ear de Siba, eu deixei tudo "pré fader".
Nesse modo, o movimento do fader não interfere no envio do sinal, e eu tenho que selecionar o canal da rabeca e enviar esse sinal usando os botões de envio para as caixas e para o fone de Siba.
Por que usar diferentes modos?
Porque quando se usa caixa de monitor, nem tudo vai para essa caixa, pois o músico já escuta o som dos instrumentos acusticamente, ou pelo amplificador, como é o caso do baixo e da guitarra.
Quando se usa in-ears, o músico praticamente não escuta nada além do que está no fone, e é necessário enviar quase todos os instrumentos e vozes para esse fone.
Como já fiz trabalhos para Siba, na carreira solo dele, eu já tinha ideia de como era seu monitor.
E tudo fluiu tranquilamente.
Na realidade, foi bem tranquilo com toda a banda.
Tive um probleminha num dos sistemas de in-ears no soundcheck, onde apareceu um ruído em um lado do sinal que estava chegando no transmissor.
Todos os in-ears estavam em estéreo.
Troquei o cabo que ia da mesa para o sistema, mas o ruído continuou.
Não era o cabo. Ou era a saída da mesa ou a entrada do in-ear.
Sem querer perder muito tempo para tentar achar o problema, pois o soundcheck estava para começar, mudei para MONO o sistema desse in-ear, principalmente porque era um dos sistemas que o músico decidiu usar a caixa.
Se fosse preciso, usaria ele em mono mesmo. 
Mas nem precisou.
Ahhhh...
Se eu tivesse tirado o cabo da saída 3 da mesa e colocado na saída 4, iria descobrir na hora que o problema estava na saída 4 da mesa e não na entrada R (right-direita) do sistema de in-ear, pois o ruído iria aparecer agora na entrada L (left-esquerda) do in-ear.
Mas na agonia de começar o soundcheck, pulei essa etapa de teste.
Falei no outro dia com Givanildo, técnico de som que me atendeu no show, para fazer o teste na mesa e ele me confirmou que realmente a saída 4 estava com problemas.
Eu tinha falado também com Charles, meu colega de Recife que alugou os sistemas de in-ear, para fazer o mesmo teste, mas já avisei que achava que era mais provável que o problema teria sido na mesa.
Quando Givanildo me confirmou que era lá, avisei para Charles que não precisava mais testar seu sistema.
A equipe técnica ficou direto no shopping, porque o show começaria bem cedo. Antes das 20h.
Problemas durante o show?
Nenhum!
Vídeo by Vivi (Produtora).

Poucos pedidos esporádicos, para aumentar ou baixar determinado instrumento em alguma via.
Coisa bem normal durante um show, pois a dinâmica dos músicos muda na hora, e tem ainda o ruído do público que não tinha no soundcheck.
Até arrisquei uns passinhos durante o show, de tão relax que estava o trabalho.
Ainda bem que ninguém filmou... (risos)
Só me resta agradecer pelo atendimento da empresa de som, principalmente a Givanildo, e pelo atendimento da produção do evento.
Tratamento de luxo!
Sempre querendo deixar tudo perfeito.
Não ouvi uma negação sequer, como um NÃO, NÃO PODE ou NÃO FAÇO.
Todo mundo se doando para que tudo saísse perfeito!
Acho até que exageraram no camarim... (risos)
Era comida e bebida para uma multidão!
Quase me acabo num bolo e num beirute!
Gostosos não... Se "amostravam"!
Era tanta guloseima, que nem dá para escrever tudo aqui.
Bebi depois do show, metade de uma latinha de Heineken para comemorar.
Não consigo mais beber cerveja. Felizmente.
Se fosse vinho, estaria lá até agora comemorando!!
Não sabia eu naquele momento, que o sofrimento ainda iria aparecer...
O relógio marca 22h dessa quinta-feira, dia 23.
Vou dar uma pausa aqui para comer uma pipoquinha vendo lutas de boxe na TV, depois como uma pinha pra refrescar.
Sou viciado em laranja, uva e pinha!
Pinha.
Parece que a pinha tem outros nomes pelo Brasil...
Vou deixar para falar de sofrimento amanhã.
Agora só prazer.

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Acordei!!!!
Vamos ao sofrimento e agonia...
O pessoal que voltou para São Paulo nem dormiu depois do show, porque a saída do hotel para o aeroporto era bem cedo.
Estava marcado para saírem na primeira hora do dia, e a turma que ia para Recife, a saída estava marcada para um pouco depois, 2h30 da madrugada.
Tentei ainda dormir, mas só consegui depois que Otávio pegou as coisas dele no quarto e seguiu para o aeroporto.
Resumindo... Cochilei por um pouco mais de uma hora.
Sem tomar café da manhã, seguimos para o aeroporto, chegando lá perto das 3h da madrugada.
Nosso voo estava marcado para 4h50.
Voo remarcado para 5h15. Mas já era 7h24 quando tirei essa foto.

Tínhamos várias bagagens para despachar, incluindo as caixas com os sistemas de in-ear.
Tomei o meu café da manhã de rico, rachando uma porção com 10 unidades de pão de queijo com a produtora Vivi, e pedi um chocolate quente, que era feito com leite em pó mal dissolvido e um pouco de chocolate. Só aqui paguei 40 reais, mas Vivi me deu os 50% do pão de queijo.
Despachamos tudo, e...
No painel eletrônico, a gente viu que nosso voo já estava atrasado, passando de 4h50 para depois das 6h a partida, mas sem confirmação ainda.
Aguardar, né? Fazer o que?
E o tempo foi passando...
E nada (como sempre) da empresa aérea dar uma previsão.
Nesse caso, a empresa foi a AZUL.
E as horas passando.
Elas ficam enrolando, como um político tentando explicar as besteiras que fez.
Ainda tentei dormir no saguão, usando minha mochila como travesseiro, mas o chão estava gelado, e o travesseiro não era nada confortável!
Esperamos tanto, que tive que comer novamente alguma coisa, pois já tinha se passado mais de cinco horas de espera.
Mais 28 reais por um café com leite e um pão de queijo recheado e amassado, que eles chamam de Panini, que na foto ilustrativa é bem maior, e quando chega a pessoa se assusta.
O famoso Panini. Parece grande, né?
Resumindo...
Já estava passando das 9h da manhã quando a empresa Azul resolveu nos mandar para um hotel.
Voo cancelado, e o próximo estava marcado para às 14h50.
Pegamos nossas bagagens (incluindo as caixas dos sistema de in-ear!!!!) e seguimos para o hotel de táxi.
Retiramos novamente toda nossa bagagem dos carros e guardamos numa sala do hotel.
Tempo para tomar banho, fazer as necessidades e dormir?
Uma hora e meia, no máximo!!!!
Acho que cochilei só uma horinha...
Carregamos novamente nossas bagagens para os carros e seguimos de volta ao aeroporto.
Despachamos tudo novamente, e solicitamos nossos "vouches" para pagar o almoço ali mesmo no aeroporto.
Pelo que pude notar, se a gente não pede o crédito para o almoço, teríamos que pagar tudo do bolso novamente, como foi no café da manhã extra pela manhã.
Seguimos para o restaurante no piso superior, e...
Voo atrasado novamente!!!

VOO ATRASADO!!!!!!!!!
De novo!!!
O que era 14h50 passou para 16h27!!!
Era o que estava no painel eletrônico.
Vixe!!! Será que não vamos sair de Teresina hoje? Perguntei para mim mesmo.
Mas nesse a gente conseguiu embarcar!!!
Todo mundo aguardando para embarcar.

Completamente "amassado", cheguei (chegamos) a Recife.
Era para chegar às 6h00, mas o avião, depois de vários atrasos e cancelamentos, pousou às 17h30!
Viram que a única agonia desse trabalho foi só voltar para casa?
Nunca coloquei pessoas ou empresas na justiça.
Mas acho que a Azul vai ser a primeira, pelo descaso.
E se desse resultado, colocaria também as empresas que vendem alimentos nos aeroportos.
Os preços cobrados são absurdos!
Nesse aeroporto em Teresina, tinha garrafa de 500ml de água mineral sendo vendida por até 9 reais!!!!
Me lembrou Fernando de Noronha!!!!! (sem risos)
Um abraço a todos.

sábado, 18 de março de 2023

Over Point - Minha intuição estava certa!

 

Olá pessoal.
No final dos anos 80, já entrando para 90, dificilmente tinha-se para onde ir à noite numa segunda ou terça-feira.
Principalmente quando a intenção era ir até bem tarde.
Era impossível isso. Não tinha bares ou boites com programação nesses dias.
Eu trabalhava na Over de quarta à sábado.
Mas os outros dias eram reservados para locação de festas particulares, como aniversário ou festa de 15 anos! Trabalhei em muitos!!!!!!!!!!!!!!!!
Pois bem...
Quando não aconteciam essas festas particulares, eu usava esses dias para me divertir.
Ver outras pessoas, conhecer outros lugares, beber minha vodka sem se preocupar com horário...
O problema era para onde ir!!!!
No domingo ainda tinha o Bar Depois do Escuro, que eu sempre passava por lá, mas o bar fechada cedo, pelo meu ponto de vista, que não tinha trabalho no outro dia!
Meu parceiro dessas farras era Érico Jr., outro DJ que passava pelos mesmos problemas que eu.
Na época, acho que ele era DJ da boite do Bar Macunaíma, que ficava bem pertinho da Rua das Graças, onde era a Over Point.
(Érico me ligou explicando. Ele trabalhava na Boite Rainbow, que ficava dentro do Bar Cravo e Canela. O Bar Macunaíma era outro bar, que ficava ao lado.)
Sempre íamos juntos para essas farras entre domingo e terça-feira.
Algumas outras vezes fazia essas farras com George Aragão, tecladista da banda de André Rio chamada Banda Modelo do Meu Terno.
Mas a grande maioria das vezes meu parceiro era Érico.
Muita gente naquela época deve ter achado que a gente era um casal! (risos)
Algumas tinham até certeza! Sabe por que?
Porque as únicas casas noturnas que ficavam até de madrugada nesses três dias (domingo, segunda e terça) eram as boites gays.
Como a gente conhecia quase todos os DJs da cidade, sempre entrávamos sem pagar.
Sempre tinha um conhecido nosso pilotando a cabine de som dessas boites.
(Pra não ficar estranho para os leitores, vou escrever agora BOATE, mas era comum naquela época escrever Boite, que vem do Francês, mas se escreve Boîte, com acento no i.)
Boite, boîte ou boate?
Conhecemos váaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarias boates gays!!!
A gente ia para a Misty quando era 100% gay.
Quer dizer... 99,99 nos dias que a gente estava lá, né?
Numa dessas nossas farras, chegamos na Boate Araras (não lembro se escrevia Arara's).
No meio da noite/madrugada tinha uma apresentação teatral.
O som parava e começava essa apresentação.
Fiquei impressionado com a apresentação do pessoal, onde dei muitas gargalhadas.
Eles eram muito bons!!!
Eu achei.
Os temas eram bem pesados, com muita referência ao sexo, mas para mim não fazia muita diferença, pois os textos eram muito bem feitos, e muitas vezes nem tinha texto.
Eles faziam muita coisa no improviso.
Não sei se todos os atores eram gays.
Também não fazia diferença isso para mim.
Nunca fez, diga-se de passagem.
Chorei de rir nesse dia.
No outro dia fui falar com Rogério Amorim, proprietário da Over Point.
Sentei lá no escritório dele, e comecei a contar o que tinha visto, pedindo para ele trazer essa turma para se apresentar na Over Point.
Ele ficou assustado com os temas "pesados" que relatei, e mesmo eu insistindo muito, ele não concordou em trazer o pessoal para se apresentar lá.
Ele achou que o púbico da boate não iria gostar desses temas "escrachados/explícitos".
Perdi essa.
Mas tentei, né?
Ahhhhhh...!!!!
Quem era esse pessoal que vi na Boate Araras?
A Trupe do Barulho, capitaneada por Jeison Wallace, a nossa Cinderela!!!!!

A Trupe do Barulho.
Essa galera conseguiu sair do "gueto", e levou muita gente pro teatro para ver a peça "Cinderela, a história que sua mãe não contou" que começava à meia-noite!!!!
Isso mesmo!!! 
Até nisso eles foram precursores!
Meia-noite começava a peça!!!!!!
Sempre com casa lotada!!!!!
Usavam os mesmo textos picantes que eu vi na Araras.
Um estrondoso sucesso, que atingiu TODAS as classes sociais!!!!
Isso inclui o  pessoal que era frequentador da Over, logicamente!
No dia (noite) que fui, tinha um dos artistas já caracterizado na entrada, distribuindo papel higiênico, falando:
--- A gente fala muita merda lá dentro. Pega logo esse papel higiênico!
Atualmente, Jeison tem um programa na TV local, onde interpreta vários personagens.
Inclusive Cinderela, logicamente!!!!
Grande artista que nós temos.
Jeison / Ciderela.
Os outros da Trupe também não ficam de fora desse meu ponto de vista.
Parabéns a todos.
Vocês marcaram uma época!!!
E provaram que minha intuição estava absolutamente certa naquele dia!!!!!!
Um (Over) abraço a todos.

PS: "Oxe, mainha!"

segunda-feira, 6 de março de 2023

Carnaval 2023 - Acho que nunca fiz "corre-corre" parecido.

 


Olá pessoal.
Desde que acabou na madrugada do dia 22 de fevereiro, que estou pensando em como resumir esse meu carnaval em apenas um texto.
Não vai ser fácil, mas vou tentar.
Antes dos quatro Dias de Momo, fiz dois shows, mas um deles eu já considerei como Carnaval.
O primeiro, mesmo sendo bem antes do carnaval (dia 10/02), foi um baile de carnaval, chamado Enquanto Isso na Sala da Justiça, onde operei o monitor da Banda Eddie.
Esse foi tranquilo.
Hora certinha para passar som, sem muitos atropelos.
E o mais legal... Até incomum de acontecer... Recebi o cachê dias antes do show!!!!!
Para ser sincero, nem gosto muito, pois no dia do evento parece que estou trabalhando de graça! (Risos)
Só me arrependi de ter ficado no local até a hora do show, que aconteceu perto das 3h da madrugada, e o soundcheck foi até o meio-dia.
Aí eu me arrependi.
Fui fazer as contas de gastos com Uber (99 ou InDrive), e decidi ficar por lá.
Tenho quase certeza que não faço mais isso, com um intervalo muito grande entre o soundcheck e a hora do show.
Não vale a economia.
Me arrependi "com força".
Não imaginava que iria sofrer mais ainda com os horários no carnaval...
Esse meu carnaval começou no dia 17, quando fui fazer o PA de Martins em Natal (RN).
Nada de anormal com esse trabalho também.
Deu tempo de passar o som, o sistema era bem legal, mesa Venue MixRack, que deu uma congelada no soundcheck, mas se recuperou e não deu mais problemas.
Show de Martins em Natal (RN).
Depois desse show, foi que começou a correria, mas para a banda, não para mim (ainda).
Os músicos da banda de Martins são os mesmos da banda de Almério, mudando só um músico do trombone por um de trompete. Bateria, baixo e guitarra são os mesmos.
E no outro dia, sábado de carnaval, Almério iria participar do Galo da Madrugada, e todos da banda deveriam estar bem cedo na concentração do evento.
Por causa disso, os músicos saíram do palco direto para o aeroporto, para pegar um voo para o Recife.
Recebi o convite antecipadamente para fazer também esse trabalho no Galo, mas falei para o produtor que tinha feito um pacto comigo mesmo (já que não faço promessas), onde decidi não trabalhar mais no Galo da Madrugada.
Pelo sofrimento do longo trajeto (acima de 5h) no sol escaldante, pela dificuldade de pegar um trio elétrico com um sistema legal etc, etc, etc...
Já tinha decidido isso década atrás, não foi recente essa opção de não fazer.
Por causa disso, eu fiquei em Natal para fazer o show de Almério no sábado à noite, em outro palco.
Era a mesma empresa de som, mas era outro sistema.
Isso mesmo... A banda de Martins voltaria para Natal logo após o Galo, agora para fazer o show de Almério!!!! O pessoal chegou "amassado" e bronzeado no hotel.
Resolvi marcar uma hora para passar no palco, para dar uma olhada no sistema, e combinar alguns detalhes com os colegas da empresa de som.
Logicamente, Almério e banda não iriam passar o som, e eu fui ver qual seria a melhor maneira para agilizarmos esse começo de show.
A mesa de PA era uma X32 da Behringer, e a do monitor era uma PM5D.
Combinei com os técnicos da empresa de som, que usaríamos os mesmo canais de alguma banda anterior na hora do show de Almério, evitando religar os canais, e o técnico de monitor já aproveitaria uma cena dele dessa banda que tocou antes, para iniciar o show de Almério.
Eu ainda consegui falar no microfone que seria usado na voz de Almério, e o resto eu levantaria na hora.
Combinei também com o técnico de monitor que o cantor usaria um in-ear sem fio, e deixamos já reservado esse equipamento.
Deu certo.
Não demoramos para começar depois de tudo no lugar.
A demora maior foi reposicionar os equipamentos no palco, de acordo com nosso Mapa de Palco.
Mas à medida que iam ligando os instrumentos no palco, eu ia levantando na frente fazendo os ajustes.
Só tivemos uns problemas com os sinais do in-ear e do microfone sem fio que falharam quando Almério foi muito na frente da passarela, que avançava para frente do palco.
Pelas circunstâncias de como aconteceu o show, achei dentro da normalidade.
O problema maior viria depois, e em especial, para mim.
Eu tinha soundcheck no outro dia às 9h da manhã no palco principal de Olinda com a Banda Eddie, onde eu iria fazer o monitor.
Fora esse com a Eddie, também fechei antecipadamente para fazer o monitor de Otto e do Cordel do Fogo Encantado, e para fazer o PA de Almério, que também iria se apresentar nesse dia, mas sem passar o som.
Foi quando a palavra "dormir" saiu do meu vocabulário.
Só deu tempo de dormir 2h em Natal depois do show, e saímos para o aeroporto.
Já estava nos meus planos seguir direto do aeroporto de Recife para o palco em Olinda, pois não daria tempo de ir em casa.
E foi isso que eu fiz. 
Assim que cheguei em Recife, por volta das 7h da manhã, peguei um táxi direto para Olinda, pois os táxis estavam autorizados a entrarem até o palco principal.
Uber ficava no primeiro bloqueio, muito longe desse palco.
Acabei chegando no palco um pouco antes das 8h, não tinha trânsito, foi bem rápido.
Não tinha chegado quase ninguém, e eu ainda tentei dar um cochilo num camarim, mas não consegui.
Depois de meia hora tentando, resolvi ir para o palco, querendo me organizar.
Eu fiz em casa uma cena inicial da PM5D para a Banda Eddie.
Já tinha feito isso antes de viajar para Natal.
Era em cima dessa cena que eu iria fazer os outros shows, mas de maneiras diferentes.
Passei o som da Banda Eddie, onde eu ajustei os monitores e o side, equalizando-os.
Salvei esses ajustes na biblioteca da mesa.
Marquei as vias e as caixas de monitores.
Ahhh.
Tivemos muitos problemas de quantidade/qualidade de equipamentos em vários palcos no Carnaval de Recife e Olinda. Interior deve ter sido pior ainda.
Não vou falar sobre isso hoje aqui, pois o assunto é longo. 
Pode ser que fale mais na frente em outra postagem.
Esses problemas não são recentes, mas esse ano foi "punk".
Só para terem uma ideia... Eu tinha disponível apenas 9 monitores de chão nesse palco em Olinda, onde 3 estavam com o drive das altas queimado.
Resumindo... Fiz todas as bandas com apenas 6 monitores de chão.
Um número bem aquém do necessário para um palco daquele, e para as bandas que iriam se apresentar lá!!!
Outro dia falo sobre isso.
Onde eu estava mesmo...?
Ahh, depois de finalizar o soundcheck da Eddie, salvei as equalizações que eu fiz dos monitores e do side na biblioteca da mesa.
Vamos montar Otto agora.
Passei uma cena de um show de Otto que eu já tinha comigo. Não lembro se foi uma cena que eu converti de outra mesa, ou era original da PM5D.
O mais importante era que já estava tudo direcionado para as vias de monitor.
O que eu fiz?
Só peguei a equalização das vias que salvei na biblioteca da mesa, e colei nas vias de Otto.
Não iria passar via por via novamente, né?
E quando sou chamado para fazer o monitor de alguma banda, coloco sempre as mesmas vias que eu estou acostumado a usar.
Via 1 (centro), 2 (baixo), 3 (guitarra), 4 (teclado ou guitarra 2), 5 (Percussão), 6 (bateria)...
E já aviso ao técnico do evento para posicionar sempre os monitores nessa ordem.
Passei o som de Otto.
Agora vem Cordel.
O diretor técnico da banda, Duda Lopes, tinha uma cena de PM5D de um show anterior.
Fiz a mesma coisa... Colei os ajustes dos monitores nas vias do Cordel.
Mas não usei as vias na minha ordem.
Cordel do Fogo Encantado - Showtime - Olinda (PE). *Foto by Duda Lopes*
Ia no palco olhar qual era a caixa destinada à via, e colava a equalização para a via.
Fizemos um "mini-soundcheck", onde checamos todos os canais e vias, ajustamos as peças das percussões nos monitores dos percussionistas... Não esqueçam que já estava tudo direcionado para as vias, ok? Era uma cena de um show anterior.
Checamos as duas vozes sem fio nos in-ears, e os violões...
O resto seria durante o show.
Pronto. Agora só esperar pelos shows.

Cordel do Fogo Encantado - Showtime - Olinda (PE). *Vídeo by Duda Lopes*

E Almério?
Conversei na correria com Vini, técnico oficial do artista.
Ele não iria poder fazer o som do PA, por causa dos atrasos ocorridos...
Jorge Aragão, que não passou o som,  levou mais de 1h para ajustar as coisas antes de começar o show dele. Fiquei angustiado vendo a angústia da equipe dele tentando organizar as coisas.
Vini queria que eu fosse fazer o PA, e deixasse o monitor para o pessoal da empresa de som.
Disse que o risco seria grande, e por eu estar ciente de como estavam as coisas no palco, dei a sugestão de eu ficar no monitor, e ele chamar Buguinha, nosso amigo que estava fazendo o PA de Otto.
E ligaríamos os instrumentos de Almério nos mesmos canais de Otto.
Tanto eu no monitor, como Buguinha no PA, já começaríamos com uma cena que a gente já tinha passado o som!!!
E Vini concordou com a sugestão.
Na hora do show de Almério, chamamos a cena de Otto, ligamos os instrumentos nos mesmos canais, e começamos o show. 
Só fiz ajustar na hora o in-ear do cantor, e uns detalhes nas vias dos músicos, principalmente na bateria, onde o baterista de Otto usou fone, mas em Almério seria caixa.
Mas deu certo.
Lá na frente deve ter sido mais relax ainda para Buguinha levantar os canais.
Sem problemas.
Só não almocei.
Comi um hambúrguer com um refrigerante no início da noite, que o diretor técnico do Cordel comprou pra mim.
Achei bastante positivo o saldo dos quatro trabalhos.
O método que eu usei com as cenas deu muito certo!!!
Como o primeiro show começou com um grande atraso, o último show que seria Otto, começou e acabou bem fora do horário estabelecido!!!
Eu já estava com a roupa colada no corpo de sujeira e suor, quando acabou o show de Otto.
Começava então meu novo sofrimento...
Eu tinha um voo marcado logo cedo para Fortaleza, onde eu iria fazer o PA de Almério.
Como sair de Olinda naquela hora, onde era impossível pegar um Uber ou táxi?
Sair na van de Otto era uma solução, mas não vi essa vontade da turma sair dali rapidamente.
Estavam comemorando o show massa que fizeram.
Quem tinha hora marcada era eu, não é verdade? Eles não. (Risos sem graça)
Quem me salvou foi o diretor do palco, Neno, que me deu uma carona, me deixando em casa!!!!
E só assim consegui dormir antes de ir para o aeroporto.
Mas só deu para dormir as mesmas 2h quando saí de Natal!!!!!
Deu vontade de chorar quando eu acordei depois das poucas horas de cochilo.
Poderia ter sido pior, pensei... Se Neno não me dá a carona, eu corria o risco de ir direto do palco para o aeroporto, completamente sujo!!!
Levantei com cara de choro, mas me arrumei e tomei minha vitamina de banana para forrar o estômago.
Em tempo de shows, é de lei a vitamina de banana com aveia e Toddy.
Rápido, prático, e funciona!!!
Ainda tentei dormir no avião, mas é quase impossível dormir naquela lata de sardinha!
E quando o voo é curto, e como levo tempo para arrumar uma posição, não consegui.
Mas aqui já é 1h28 do dia 03 de fevereiro. Vou dormir (sem agonia). Amanhã tento finalizar esse texto!
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Hoje já é dia 06 de fevereiro, vou tentar acabar o texto, mas nem sei se consigo, porque hoje é feriado em Pernambuco, e é capaz de aparecer algum amigo querendo fazer farra hoje!
Enquanto não aparece convite, vou escrevendo.
Cheguei em Fortaleza, completamente amassado!
E nem deu tempo para fazer muita coisa.
Deixamos as coisas no hotel e seguimos para passar o som na Praia de Iracema.

Almério - Soundcheck - Praia de Iracema - Fortaleza (CE).

Que diferença para o palco de Olinda... Pensei na hora que cheguei!
Tudo muito bem cuidado, organizado e limpo.
Sistema impecável, tanto no palco como no PA.
Show!!!
Na frente uma S6L da Venue, e no monitor uma PM5D (sem racionamento de monitores!!!).
Equipe do palco muito prestativa, onde era difícil escutar um "não".
Já tinha conversado antecipadamente com Jones, diretor de palco, onde combinamos que o técnico de monitor do evento iria fazer o monitor do show.
Sem problema, disse Jones.
E realmente, foi problema ZERO no soundcheck e no show!!!!
Eu tinha uma certa aversão pela S6L, por causa de um trabalho anterior com uma versão mais simples da mesa, mas essa antipatia diminuiu bastante depois desse show em Fortaleza.
Encerramos o soundcheck.
Quer dizer... Eu encerrei na frente, estava perfeito.
Almério ainda passou algumas músicas lá no palco, mas sem o som do PA aberto.
Fomos para o hotel almoçar.
E depois do almoço, dei uma recuperada no sono atrasado, onde dormi quase 5 horas direto, antes de voltar para o palco.
Almério - Showtime 01 - Praia de Iracema - Fortaleza (CE).

O show foi espetacular, como o som.
Deu até tempo de filmar algumas partes desse show, o que não aconteceu nos trabalhos anteriores, por causa do "corre-corre".
Almério - Showtime 02 - Praia de Iracema - Fortaleza (CE).

Falando em correr...
Mais uma vez só deu tempo de dormir 2h antes de ir para o aeroporto.
Parece até que foi combinado essas 2h, oxe!!! 
Eu teria que estar mais uma vez cedinho em um palco, agora em Recife, na Praça do Arsenal.
E mais uma vez, segui direto do aeroporto para o palco, mas usando o Uber, pois não tinha bloqueio nessa hora pela manhã para os palcos no centro da cidade.
Iria fazer mais um show de Otto, e por causa desse show, fechei mais três trabalhos nesse palco, como fiz em Olinda.
E diferentemente do palco de Olinda, esse do Arsenal estava com os equipamentos em ordem.
Não precisei fazer contas para arruar os monitores... Fora outras coisinhas...
Fiz o monitor de Otto, Martins, Almério e Ave Sangria.
Usei o mesmo método que apliquei no palco de Olinda, mas...
Acho que não ficou tão "redondo" como os trabalhos do outro palco.
Acho não, tenho certeza.
Otto - Souncheck - Praça do Arsenal - Recife (PE).

Como o primeiro soundcheck seria de Otto, passei a cena do show anterior em Olinda para a mesa, e fiz todas os outros trabalhos em cima dessa cena.
Fazendo a mesma coisa, salvando os ajustes dos monitores e side, colando nas cenas das outras bandas.
Mas acho que não comecei bem o alinhamento dos monitores, tinha algo estranho.
Trocamos a cápsula do microfone sem fio, pois o resultado sonoro da minha voz nos monitores estava absurdamente ruim, e aqueles monitores não "falavam" daquele jeito.
Perdi um tempo que não estava nos meus planos para entender o que estava acontecendo, mas nem tinha muito tempo para isso, e comecei o soundcheck de Otto mesmo sem achar que estava tudo certinho.
Mas o resultado em Otto foi bom, e terminamos com todos da banda satisfeitos.
O cantor não passa o som. Quem faz isso é o técnico de monitor com a ajuda de Boca, um dos guitarristas da banda, que inclusive gerencia o soundcheck.
Tudo ok.
Dupliquei essa cena, e coloquei os instrumentos da banda do outro show, que seria Martins.
Foi aí que começou a aparecer probleminhas que seguiriam pelos 3 soundchecks restantes.
Três não, dois.
Ave Sangria não passaria o som, seria na hora, mas deixamos organizado as coisas no palco, com um rápido linecheck num horário destinado para a banda no período que estávamos fazendo o soundcheck das outras bandas que se apresentariam no palco.
Mas os probleminhas que eu falei, iriam interferir também no Ave Sangria.
O problema maior foi em Martins, onde não teve jeito de eu colocar a voz dele num volume que ele queria, sem realimentar.
Apelei para o in-ear, como solução do problema, pois não tínhamos mais tempo para começar do zero.
Passamos para o próximo soundcheck mesmo sem acharmos que estava tudo ok.
Seria Almério passando o som.
Ou seja... Mesma banda, mudando só o trombone por um trompete.
Como a emissão de voz de Almério é bem maior que a de Martins, o problema foi menor (o sofrimento foi menor!).
Como era a mesma banda, terminamos rápido o soundcheck, um pouco mais satisfeitos do que o anterior.
Mas longe ainda do que queríamos.
Era só aguardar a hora dos shows.
Mas não saiu da minha cabeça o resultado nada satisfatório da passada de som de Martins e Almério.
Como tentar melhorar, mesmo sem ter outro soundcheck?
Pensei em várias coisas, até em usar a equalização do meu colega da empresa de som, colando nas vias dos meus shows, mas achei que seria mais arriscado do que continuar do jeito que passamos.
Eduardo, técnico de monitor da empresa de som, me ajudou bastante na tentativa de melhorar o resultado.
Tentando entender de como nem mandar um efeito para o in-ear estava dando certo.
Nem achamos onde estava o erro.
Falando com ele, contei que tinha mudado a opção de saída do receptor do microfone sem fio, que estava em MIC e passei para LINE.
Acho que fiz isso por causa do primeiro microfone que peguei e tive que abrir muito o ganho para chegar num nível legal... Pode ter sido por causa da cápsula...
Só que deixei em LINE.
Combinei com Eduardo para testar o som do microfone em MIC na cena de Martins, para ver se ficaria melhor o resultado.
Isso se a gente conseguisse um tempo na programação para fazer isso.
Mas Eduardo conseguiu essa brecha na programação.
Chamei a cena de Martins, mudei a saída do receptor para MIC, e fui falar lá na frente dos monitores.
Não sei se foi pelo trauma que tive antes, mas achei o resultado bem melhor.
Agradeci a Eduardo pela ajuda, e decidi usar o microfone em MIC, não só em Martins, mas em todos que eu passei o som, inclusive em Otto, mesmo não tendo aparecido problemas no soundcheck dele.
Ahhh... Em Ave Sangria também usaria a opção MIC no receptor.
Em todo início de montagem do palco para o show, eu ia lá na frente com o microfone e falava nos monitores, com Eduardo ainda me ajudando com os ajustes, que ainda cheguei a solicitar.
Queria amenizar as "coisas", pois sempre achei que uma coisa que começa errada, dificilmente vai se transformar numa coisa boa.
Pode até chegar a ser menos ruim... Mas booooooa, acho pouco provável. (Risos amarelos)
E para mim, foi o que aconteceu. 
Acho que ficou menos ruim.
E os shows rolaram na raça dos músicos.
Só em Otto, que foi o último show da noite, falaram pra mim no camarim que estava perfeito o som no palco!
Realmente não tive nenhuma agonia no show dele, mesmo mudando a opção do microfone.
Vai entender...!!!
Nem tive tempo de perguntar para Martins, Almério e Ave Sangria se o monitor ficou "melhorzinho" durante o show.
Pelo menos encerrei os trabalhos no carnaval com um grande elogio! (Riso amarelo)
Mas achei o saldo geral do carnaval bastante positivo, mesmo perdendo alguns pontos nesse palco da Praça do Arsenal no último dia.
Fiquei tão satisfeito, que ao chegar em casa perto das 3h da manhã, bebi o resto da garrafa de vinho que eu tinha começado a beber um dia antes de viajar para Natal com Martins no dia 17.
Cortei uns pedaços de queijo coalho e palmito, juntei com azeitonas, e usei essa "tauba" de frios para acompanhar o vinho.
Comemorei.
Fui dormir às 4h da madrugada. Coloquei o despertador para meio-dia.
Dormi direto até às 14h, e pela primeira vez, não lembro de ter passado direto sem o despertador me acordar.
Não me lembro também de ter feito um corre-corre como esse antes.
Assim foi meu carnaval 2023.
Cordel do Fogo Encantado - Showtime - Olinda (PE). *Foto by Duda Lopes*

E mesmo com tantos trabalhos, peguei um empréstimo no banco no começo desse mês, para ajustar as contas atrasadas, enquanto aguardo pelos cachês.
Dos 12 trabalhos, só recebi aquele primeiro do dia 10 de fevereiro, que foi uma festa particular.
Quando tem prefeitura e/ou governo no meio do evento, a coisa complica bastante.
A grande maioria dos artistas não consegue(m) pagar a equipe (técnicos e músicos) antes de receber(em) do contratante.
E quase sempre (sem o quase) esses pagamentos da prefeitura e governo levam um tempo absurdo para serem feitos.
Problema antigo... (Sem risos)
Um dia isso deve mudar, né?
Todos que vivem de shows e eventos aguardam por esse dia!!!
Ansiosamente.
Um abraço a todos.