sábado, 30 de setembro de 2023

Dica dos Amigos 015 - O símbolo quer dizer Fase ou Polaridade?

Olá pessoal.
Não vou mentir...
Sempre chamei de FASE quando ia apertar o botão onde tem um círculo cortado por um traço.
Esse que está na foto acima.
Nesse vídeo abaixo, Diego Moreno dá uma breve (mas eficaz) explicação sobre essa função que existe na grande maioria dos equipamentos de áudio profissional, principalmente nas mesas de som.


Passei um bom tempo também chamando de FASE o botão que existe na maioria dos DIs (Direct Box), mas que não tem nada a ver com fase e sim com aterramento!
Não peça mais para inverter a fase do DI.
Fale para mudar ou inverter a chave do Terra (Ground).
Mais uma vez, obrigado Diego pela dica (explicação).
Muita gente agora vai deixar de pedir para inverter a fase do canal!
Um abraço a todos.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Show de Martins no Wehoo Festival - Foi massa!! But...

 
Olá pessoal.
Gostaram do meu inglês fluente que usei no título da postagem?
Nem sei como consegui fazer 7 turnês na Europa com esse meu inglês de aluno do ensino fundamental!
Foi na marra!
E com a ajuda dos amigos que me incentivaram, porque na primeira ida falei para o artista (Silvério Pessoa) que não iria.
Comentei sobre isso aqui no Blog em alguma postagem...
Não vou precisar usar meu "segundo idioma fluente" para me expressar aqui, quis só deixar uma brecha no título, usando o MAS em inglês, para falar de algumas coisinhas que me chamaram a atenção no Wehoo, fora o grande show de Martins.
Vixe... Já se passaram muitos dias desde o começo do texto acima, que acho que vou mudar o rumo da conversa.
Vou até deixar o mesmo título lá em cima, mas vou mudar o rumo da conversa à partir dessa frase.
O título novo vai ser: Show de Martins no Wehoo Festival - Como é legal ainda participar de shows da nova geração.
Não se esqueçam que cheguei nos 57 anos.
Gostando ainda de ouvir Beto Guedes e Belchior... Entre outros velhinhos.
E é muito prazeroso e gratificante como profissional, fazer parte ainda desses shows da turma mais nova, como Martins, Academia da Berlinda, Almério, Estesia, PC Silva, Flaira Ferro...
O novo sempre vem, né?
E isso não é diferente na minha profissão.
Pode espernear, gritar, chorar, dizer que não gosta, mas... O novo sempre vem!

Cada dia é mais complicado porque a nova geração de técnicos vem chegando com o gás total, incluindo o conhecimento tecnológico.
Isso aconteceu lá atrás também, quando eu estava perto dos 30 anos.
O surgimento da gravação digital no ADAT, da gravação digital em HD no computador, das mesas de som digitais, do surgimento do sistema Line Array na sonorização dos shows, etc.
E não foi diferente naquele tempo.
Alguns profissionais ficaram para trás por causa disso, por não se ajustarem a essas mudanças.
Decidi mudar o rumo dessa postagem enquanto pensava na vida tentando dormir, e já tinha começado esse texto.
Antes de cair no sono, resolvi mudar tudo!
O prazer em ter participado do show de Martins no Wehoo era bem mais importante para falar no Blog do que os detalhes que eu vi lá, olhando com a visão de um operador de áudio e não como plateia.
Vou falar rapidamente desses detalhes, mas deixou de ser o ponto central desse texto.
É só um ponto de vista.
Quais foram esses detalhes?
Eram três palcos.
E os shows aconteciam simultaneamente!
Muito legal o local, espaçoso, sem economia de banheiros químicos (o que é raro!!!!), facilidade para comprar e pegar a bebida e comida.
Muitos amigos me falaram dessas coisas legais do Wehoo Festival.
Inclusive estavam indo esse ano por que tinham ido no anterior e adoraram.
O que vou comentar agora não tem a menor relevância para a plateia, pois são observações técnicas.
E a turma estava lá para curtir! 
Pouco se importando (acho) com isso que vou comentar.
O palco 1 estava virado para o fundo do palco 2.
Mesmo com uma distância considerável, era pouca distância ainda para o som desse 1 não interferir no 2.
O palco 3 ficava depois da house mix do palco 2, numa posição lateral.
Fiz um pequeno desenho para entenderem (foto abaixo).
Clique na imagem para ampliar.
O som do palco 1 chegava ainda num volume considerável no palco 2.
Lembro quando Martins deu uma parada entre as músicas, dava pra escutar perfeitamente Marina Sena cantando, a melodia, a voz, tudo.
Acredito que até foi difícil para ele nas músicas mais calmas, só com violão, achar o tom da música ouvindo outra música completamente diferente.
Querem colocar shows simultâneos? Massa!
Mas caprichem na distância entre esses palcos.
O público pode até gostar dessa mistura de sons, mas para o operador de áudio, e para os músicos que estão no palco, não é muito interessante.
Esse som do palco 1 ainda chegava um pouco na house mix do palco 2.
Fui lá ver um show depois do meu trabalho com Martins.
Na hora, quando a banda parou de tocar entre as músicas, achei até que era uma vinheta que fazia parte do show, onde o volume era aquele mesmo, bem baixinho, ou o técnico esqueceu de aumentar.
Ainda para completar, o técnico do palco 2 ainda escutava o som do palco 3, com um volume um pouco maior em relação ao som do palco 1. Ou seja...
Ficou num fogo cruzado de sons!
Video by Tadeu Gondim.

Lembrei quando eu fazia o SESI Bonecos.
Era uma guerra sonora, pois os palcos secundários eram bem próximos do palco principal.
Não tenho a menor ideia como foi a interferência sonora no palco 3, pois nem cheguei perto dele.
A segunda observação, que tem ainda relação ao "BUT" (mas...) do primeiro título dessa postagem, é que eu acho que ainda existe atualmente um tratamento diferenciado na parte técnica com relação aos mesmos problemas com artistas diferentes.
Tudo bem...
Na maioria das vezes, conheço todos os técnicos e diretores de palco dos shows que faço em Recife.
Aí vem o lance da amizade, do jeito de falar...
Realmente é difícil separar, eu sei. Mas dá para separar.
Notei um problema no side, que tentei ajustar, mas já fui questionado, porque o técnico anterior não tinha falado nada, e por isso deveria ser um problema na minha cena.
Mesmo assim, mostrei a diferença no side, e foi feito um ajuste.
Melhorou, mas...
Não tinha muito tempo para ficar nesse problema. Já dava pra fazer do jeito que ficou.
Fiz meu soundcheck, e fiquei um tempinho no palco.
Próxima banda a passar o som era Charles Brown Jr. (CBJ), e o técnico de monitor da banda também achou que o side não estava legal. Ele não sabia nada do que aconteceu antes.
Mais ajustes foram feitos, sem questionamentos(!).
Legal que eu iria aproveitar esses novos ajustes na minha vez, e que mesmo sem querer, comprovei o que eu tinha falado antes.
Lembrando também, que mesmo com os questionamentos, todas as minhas solicitações técnicas foram atendidas.
Quando chegou a hora de Martins, fui conferir meus canais de entrada e saída, enquanto um DJ se apresentava num praticável no meio do palco!!!!
Som rolando alto no side.
Complicado... Tanto para a movimentação das coisas no palco, como na comunicação verbal entre os técnicos e roadies.
Na hora da CBJ fazer o linecheck deles, já não tinha praticável de DJ no meio.
Ficou na lateral, mas mesmo assim, ainda pediram para desligar o som.
Vai eu solicitar uma coisa dessas, né?
E o pedido era muito coerente!!!!
Quer colocar DJ na troca das bandas no palco?
Cria um espaço para ele, que não atrapalhe com as mudanças necessárias entre as bandas.
Colocar um praticável no MEIO do palco, com o som "bombando" no side, é lasca.
Esses são os detalhes que eu queria comentar.
Não quer dizer que é o certo, mas é o meu ponto de vista.
E depois do show de Martins, todo esse meu olhar técnico ficou para segundo plano.
Sem tanta importância.
Por isso resolvi mudar o título no comecinho da postagem.
O objetivo principal foi alcançado.
E isso é o que importa.
Nada é mais importante do que o show!
Mesmo com Marina Sena se apresentando na mesma hora no palco 1, e participando "sonoramente" no show de Martins, não imaginei que tinha tanta gente na frente do palco 2!
Vi pelos vídeos postados nas redes sociais.
O show foi muito bom!!!!
Vídeo by Tadeu Gondim.

Espero que meu trabalho na monitoração tenha ajudado para esse resultado.
O nosso "artista local" já mostra para que veio!
Para ser mais exato, a nossa nova geração está mostrando pra que veio!
É aí que entra o ponto principal desse texto, que gerou o novo título.
Como é legal participar dos shows dessa nova geração!!!!!
O resto?
É só ponto de vista!!!!
(Ok... Me estendi no ponto de vista mais do que eu queria...)
Lula Queiroga, Alceu Valença, Nação Zumbi, Silvério Pessoa, Mestre Ambrósio, Banda Eddie, Elba Ramalho, Otto, Banda de Pau e Corda, Siba, Geraldo Maia... Tenho o mesmo prazer e satisfação quando trabalho com vocês, viu?
O texto aqui foi só para falar sobre a oportunidade de surfar também na onda da turminha mais nova.
Um abraço a todos!

PS: O abraço vai para todas as gerações!

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Sacanagem o que estão fazendo com o MEI - Assino embaixo!

 
Olá pessoal.
La vem eu novamente no Blog falar sobre NFS-e para o MEI.
Por que estou insistindo nesse assunto?
Porque quase todos da minha profissão estão precisando emitir NF para seus trabalhos, e quase todos são MEI.
Aí o rolo tá grande mesmo!
Achei que tinha resolvido o problema, mas já encontrei outra novidade hoje.
Achei um vídeo onde um contador falou o que eu sempre falo sobre o assunto: A galera tornou obrigatório uma coisa para o MEI, mas não ajustaram o sistema para receber essa turma do MEI!!
Nesse vídeo, além do rapaz esculhambar o sistema (com relação ao MEI), ele fala de uma tabela, onde o MEI pode ver qual o código de serviço no sistema nacional corresponde ao seu CNAE.
Quem quiser baixar essa tabela, clique AQUI.
Segue o vídeo, para complementar todos os outros vídeos sobre o assunto que já coloquei aqui no Blog!

Tem uma informação que ele não dá corretamente, que é sobre a data que temos que colocar no início. Clicando na interrogação ao lado dessa janela, vem a informação que ali é para colocar a data que foi feito o serviço, e não a data da emissão da NF, pois essa segunda data entra na NF automaticamente.
Mas eu escolhi colocar a data do dia que estou emitindo a NF nessa janela. Então vai sair na NF a data do serviço igual a data de emissão.
Escolha minha, pois em várias NFs que emito, tem trabalhos feitos em datas diferentes.
Pois bem...
Meu CNAE principal é o 90.01-9-06, como vocês podem ver na foto abaixo do meu Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.

Quando fui pesquisar na tabela qual seria o código correspondente ao meu CNAE, encontrei o código 12.14, como mostra a foto abaixo.

Clique na imagem para ampliar.

Então resolvi MAIS UMA VEZ(!!!) modificar meu procedimento na emissão da NFS-e no Sistema Nacional.
Vou usar esse código correspondente ao meu CNAE, e pensar no que vou colocar nas informações na Atividade de Evento, que volta a aparecer com essa escolha do novo Código de Tributação Nacional.

Mudei novamente meu código. Agora é o 12.14.01

(Clique nas imagens para ampliar)

Que era exatamente o que saía na minha NFS-e do Município.
E a briga continua.
Até o pessoal da Receita Federal conseguir ajustar e informar o modo correto para a emissão da NFS-e MEI!
Por causa disso, assino embaixo no que Lásaro Marcos falou no vídeo com relação ao descaso e desorganização do Sistema Nacional para o MEI.
Espero que essa e as outras postagens sobre o assunto ajudem meus colegas e amigos do mundo do entretenimento.
Então... Desconsiderem a última frase no texto da postagem anterior, porque eu ainda não resolvi meu problema!
Um abraço a todos.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

NFS-e para MEI - Finalmente alguém explicou sobre o SIM ou NÃO!!!!!!!

Olá pessoal.
Finalmente achei uma informação na internet explicando uma das causas de maior dor de cabeça para quem é MEI e está obrigado a emitir as NFS-e pelo sistema Nacional.
A "turma" obrigou o MEI a usar o sistema nacional para emitir a NF, só que o sistema nacional não está preparado para receber o pessoal que é MEI!!!!!
Confusão grande!
E uma das grandes dúvidas que minha turma do áudio tem, e acredito que todos que são MEI também não sabem o que fazer, era o que marcar na opção SIM ou NÃO.
Antes eu até sabia.
Clique na imagem para ampliar.


Nesse vídeo que achei no YouTube, pois ainda estou correndo atrás para saber o jeito correto de emitir a NF, o rapaz explica com clareza sobres 10 tópicos, e no último fala sobre o SIM ou NÃO.
Postei aqui no Blog anteriormente dois vídeos bem legais mostrando como se cadastrar e como emitir a NF, mas aconteceram mudanças no sistema nacional, como o próprio Everton Lourenço explica quando vai comentar sobre o tópico 10.
E isso está causando a maior confusão!!!!!
Segue o vídeo, onde ele pode tirar várias dúvidas para quem é MEI.
A minha grande dúvida era sobre o SIM ou NÃO.

Agora vou tentar descobrir o que temos que colocar nas INFORMAÇÕES PARA ATIVIDADE DE EVENTO, que é obrigado informar onde tem o asterisco vermelho, e também é obrigatório informar a tal de Identificação.
Essa informação ainda não consegui obter!

Clique na imagem para ampliar.

Aí, tá todo mundo inventando algo para responder essas questões.
E eu vou ter que inventar meu jeito.
Quem souber a resposta, avisa aqui nos comentários.
Vou continuar procurando.
O que acho um absurdo!!!!
A Receita Federal deveria ter produzido um vídeo explicando como o MEI deveria emitir a NF (se é que eles sabem...).
Ou pelo menos poderiam criar um canal de fácil acesso para tirar todas as dúvidas do MEI (se é que eles sabem também tirar...).
Resumindo...
O sistema não foi feito para o MEI.
Tornaram obrigatório sem adaptar o sistema ao pessoal que é MEI.
Vamos tentando ajustar na marra mesmo... Fazer o que?
Espero que este texto e vídeo ajudem os milhares que estão com as mesmas dúvidas e dificuldades para emitir a NFS-e, que era tão fácil de fazer no sistema municipal.
Um abraço a todos.

PS: Me deram uma explicação aqui sobre a tal da Atividade do Evento...
Que ela está aparecendo porque eu estava escolhendo no Código de Tributação Nacional a opção 12.07.01 (Shows, ballet, danças, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres), e o sistema entende que eu estou produzindo algum desses eventos. Por causa disso, mudei minha escolha para o código 13.02.01 (Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e congêneres). Feito isso, não aparece mais a pergunta sobre Atividade do Evento. 
Acho que resolvi meu problema.

Rap, MPB e Infantil - Tudo igual.

Olá pessoal.
Como estilo musical, podemos dizer que são estilos bem distintos, com linguagens bem diferentes e públicos também distintos, não acham?
Pois é...
Fiz esses trabalhos recentemente.
Operei o monitor do rapper BK' no Clube Português no dia 18/08, depois operei o PA/Monitor do evento Racine Convida no dia 01/09, realizado também no Português, só que no Salão Nobre, e por último operei no dia 02/09 o PA/Monitor da Palhaça Baju & Banda no Mini Festival, que aconteceu no Teatro Luiz Mendonça.
Todos aqui em Recife.
Ambientes bem diferentes, equipamentos bem diferentes, sonoridades e públicos completamente distintos!
E por que falei no título da postagem que era tudo igual? Mais na frente vão entender.
No show do rapper, fiz o monitor numa CL5 da Yamaha, com todos usando in-ears.
Todos que eu falo, são 3 pessoas. O BK', um DJ e mais um no vocal.
Tinha tudo para ser o mais simples e tranquilo, mas não foi.
O atraso no horário para o soundcheck foi absurdo, e o que era para acabar às 13h, foi finalizado perto das 19h!!!!
Nos meus planos, estava voltar para casa, almoçar e chegar de volta ao local com 1h30 de antecedência.
Mas fiz as contas (horas + R$), e acabei ficando direto no local para aguardar pelo show.
Muito ruim o ambiente do show, acusticamente falando.
Reverberação, e o som batia na parede à frente e voltava para o palco com muita intensidade.
Muito triste a gente não ter lugares fechados legais para se fazer um show com uma acústica também legal aqui em Recife.
E o Clube Português está longe dessa acústica legal.
O BK' ficou o tempo todo ajustando o fone, e eu não sabia se era normal isso, pois nunca tinha feito trabalhos com ele, ou era também a interferência do som batendo e voltando.
No fone dele, só a base estéreo, a voz dele e um pouco da outra voz. Quatro canais.
Não tinha o que dar errado... Mas deu!
Ainda solicitei ao diretor técnico do rapper para falar com ele num intervalo entre as músicas, para perguntar se estava tudo certo com o fone dele.
No meu fone, monitorando a via dele pela mesa de som, estava tudo certo, mas eu não sabia como ele costumava se ouvir... Com voz mais alta ou mais dentro da base...
E também não sabia se estava ocorrendo fuga de RF, ocasionando falhas no áudio.
Não tem como ouvir essas falhas de RF monitorando a via pela mesa de som.
O que escutamos na mesa é o áudio que estamos enviando para o transmissor do in-ear, que envia o sinal via wireless para o receptor (bodypack) que está com o músico.
Olha aí uma das vantagens do Engineer Mode da Sennheiser que falei na postagem anterior!!!
Nesse modo, usando também um bodypack, dá para ouvir o que o músico está escutando, e se falhar a gente houve também.
Mas mesmo assim, na grande maioria das vezes, os fones da banda não são iguais entre si, ou iguais ao fone do técnico de monitor.
Para resumir... O cantor não falou nada para ninguém durante todo o show.
Só consegui uma resposta dias depois do evento, porque perguntei ainda ao diretor técnico sobre esse desconforto que eu notei no show.
E o desconforto era por causa do excesso de agudos no fone dele! :(
Mesmo meu fone sendo diferente do dele, isso poderia ter sido resolvido no começo do show!
Era só ele ter feito um comentário breve para sua produção.
Falei isso para o diretor técnico, quando ele me passou a informação dias depois.
Agora não adianta chorar o "vinho" derramado.
Vamos para o evento de MPB.
Era uma TF Rack da Yamaha para controlar o PA e monitor.
RACK é porque não é a mesa normal, com todos os faders e botões.
TF Rack da Yamaha. Clique na imagem para ampliar.
Essa da Yamaha, além da luxuosa tela "touchscreen", tem vários botões de controles no equipamento em comparação com mesas do mesmo modelo de outras empresas, mas é quase impossível operar um PA e monitor com vários canais usando só os controles que vem nela.
O iPad é imprescindível para o serviço!!!
Dei uma pesquisada antes, perguntando para um amigo que trabalha diariamente com a mesa normal, mas sempre conectada no iPad, e ele me tirou todas as dúvidas.
Conexão muito mais tranquila e prática do que nas outras mesas maiores da empresa.
Finalmente, ajustaram essa conexão via roteador nas mesas de pequeno porte.
O sistema de som desse evento no salão nobre do Clube Português era bem simples.
Quatro vias de monitor com caixas amplificadas e 4 caixas amplificadas para o público.
E só!
Só senti falta de duas caixinhas de subgraves, mas nada que comprometesse muito o resultado, porque o som acústico dos instrumentos (no caso aqui, só a bateria), mais o som dos monitores e amplificadores que estavam no palco, complementavam o som no ambiente.
Não esqueçam que era um salão, tipo um restaurante.
Gostaria de comentar uma coisa que aconteceu nesse trabalho, e que eu já tinha passado por isso uma vez.
Fui substituindo meu amigo Gera nesse trabalho, e resolvemos que eu começaria tudo com uma cena do último show, que era a mesma formação, e só entrariam alguns convidados.
Ok, conectei meu iPad rapidamente com a mesa, e fui checar o som do PA, enquanto Arnaldo ligava os monitores no pequeno palco.
Quando dei um alô no microfone, quase choro!
Tem alguma coisa errada com essa cena, ou com a ligação das caixas.
Estava muito ruim! Som "de lata".
Conferi o canal do microfone, e não tinha nada ativado na equalização.
Fui olhar as caixas, e não encontrei nada de estranho.
Ainda tentei achar algo na cena que pudesse estar contribuindo para o som de péssima qualidade, quando me lembrei do episódio que passei alguns anos atrás, com a Maraca Band!!!
Falei: --- Calma Arnaldo... Me dá outro microfone.
Quando liguei o outro microfone e dei o "alô som"... Uh Uhhhhhh!!!
Problema resolvido!!!!
Era mais uma vez o microfone que estava com defeito!!
Está nos meus planos comprar um SM58 para sempre levar comigo nos trabalhos.
Não tirei fotos desse evento também.
Foi tudo tão corrido, que esqueci.
Vamos para o trabalho com a Palhaça Baju, que aconteceu no outro dia.
Ainda bem que o soundcheck estava marcado para depois do meio-dia.
Deu tempo de dormir bem, mesmo indo deitar perto das 3h da madrugada.
No Teatro Luiz Mendonça, seria uma M7CL da Yamaha no PA, que eu já conhecia de um trabalho anterior que fiz lá e sabia que estava perfeita.
Com alguns minutos de soundcheck, descobri que ela não estava perfeita.
Estava com um problema no fader de uma das voltas dos efeitos.
Poderia voltar esse efeito para dois canais normais na mesa, mas resolvi nem usar mais esse efeito, pois a sala já era bem reverberante.
E se eu precisasse, usaria os outros dois "reverbs" que eu tinha à disposição na mesa.
Tinha uma X32 Core da Behringer no palco, que eu poderia usar para fazer o monitor, via iPad.
Mas decidi fazer tudo (PA/Monitor) pela M7CL.
Como vocês podem ver na foto abaixo, essa Core tem bem menos botões de controles no equipamento do que a Rack que usei no show anterior.

X32 Core da Behringer. Clique na imagem para ampliar.
Na Rack, todas as entradas e saídas físicas estão na parte traseira do equipamento.
Na Core, você tem que ter o que chamamos de "Stage Box", onde tem as entradas e saídas físicas, e esse stage é conectado ao equipamento via cabo, com algum tipo de protocolo de conexão digital.
Stage Box Behringer S32.
No caso da X32 da Behringer, essa conexão é feita via AES50, usando cabos de rede (Cat5e/Cat6)!
A Yamaha usa o protocolo DANTE nos seus equipamentos.
Como falei acima, usei a M7 para fazer o serviço de PA e monitor.
Conectei meu iPad na mesa via roteador sem fio e fui dar uma geral no palco.
E a gente foi seguindo com o soundcheck...
Consegui tirar uma foto, enquanto aguardava o início do espetáculo.

Não vou entrar em todos os detalhes dos trabalhos, pois a intenção hoje é falar porque são iguais, mesmo sendo completamente diferentes.
Só falei de alguns detalhes que achei importante, como o caso de andar com um microfone próprio, tentar se comunicar com os músicos durante o show para saber como está a monitoração, ou mostrar a diferença entre Rack e Core.
Os trabalhos foram bem diferentes em tudo, inclusive nos cachês!
Tudo diferente.
Mas para mim, são iguais quando o assunto é a dedicação do profissional contratado, que no caso aqui fui eu, o operador de áudio.
Sempre achei que a dedicação tem que ser a mesma, independente do estilo, do ambiente, do equipamento, do público e do cachê!!!
Com certeza eu já falei em textos anteriores desse meu ponto de vista sobre minha profissão, mas resolvi tocar no assunto novamente hoje para ilustrar esses três trabalhos tão distintos.
Acredito até hoje, que o profissional que muda o empenho e dedicação em um trabalho por alguma razão, como as que enumerei aqui, corre um grande risco de não se dar bem.
Já operei o som de PA do show de um amigo do meu irmão por duas garrafas de vinho.
Ok... Exigi que fosse Casillero Del Diablo, mas... (Risos)
O cachê não tinha importância alguma!!!
Mas a dedicação para fazer bem feito e para acertar foi a mesma!!!
Como foi no caso desses três trabalhos falados aqui.
Final do show da Palhaça Baju. (Vídeo by Karina Hoover)

Posso até ter acertado mais em um do que em outro, mas a dedicação e empenho para acertar, podem ter certeza, que foi na mesma intensidade para todos os três!
Como foi em todos os outros que já participei, e vai ser nos que ainda vou participar!
Um abraço a todos.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Dica dos Amigos 014 - Como utilizar a função Engineer Mode no sistema de in-ear da Sennheiser.

 
Olá pessoal.
Mais uma dica de Diego Moreno da Sennheiser.
Agora ele mostra como utilizar a função Engineer Mode, que existe em todos os modelos de in-ears da Sennheiser, onde podemos usar um bodypack para monitorar todos os bodypacks da banda, sem precisar usar a mesa de som.
Hoje não vou precisar acrescentar nada de texto, porque tudo está no vídeo que Diego produziu e disponibilizou na página dele no Instagram (@diegomoreno).

Um vídeo curto e eficiente, né?
Obrigado mais uma vez Diego.
Um abraço a todos.

PS: Olhando aqui no Instagram depois que postei, vi Diego falando que esqueceu de comentar no vídeo que "todos os sistemas tem que estar no mesmo RANGE de frequências".
Fica então registrada essa observação.