quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Dica dos Amigos 007 - Renato Muñoz fala sobre a eMotion LV1 da Waves.

Olá pessoal.
Achei este vídeo no YouTube.
Nele, o engenheiro de PA da Banda Skank dá um depoimento sobre a console eMotion LV1, da Waves.
O paraíso dos plugins!!!
Vejam o vídeo para entender.


Eu já tinha comentado rapidamente aqui sobre esta mesa em uma postagem anterior.
Os faders físicos sumiram!
Caso não consigam ver o vídeo aqui no Blog, clique AQUI para ver no YouTube, e com uma qualidade de imagem bem melhor, pois eu tive que comprimir ele para poder postar aqui, e logicamente a qualidade da imagem caiu.
Um abraço a todos.

Rapidinha 223 - Loja oficial Yamaha no Mercado Livre.

Olá pessoal.
Vi hoje esta notícia nas redes sociais.
O que acham?
Eu achei muito legal.
Será que os preços vão seguir a linha do ML?
Isso veremos.
Mas em todo caso, achei muito legal ter mais este canal para comprar os produtos da Yamaha.
Para quem usa o ML, sabe que tudo é muito rápido e prático.
Já comprei vários produtos lá.
Desde um cartão PCM/CIA, até um iPad e um gravador Tascam.
Boa notícia.
Um abraço a todos.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Dica dos Amigos 006 - Recall Safe Temporário na Yamaha.

Olá pessoal.
Vi esta dica no Instagram da Yamaha (@yamahaproaudiobr).
No mesmo lugar onde tem os vídeos do Matheus Madeira.
Estão colocando pequenos vídeos, onde um professor "gringo" dá umas dicas rápidas dos produtos da Yamaha.
Sem problema, pois tem legenda.
Não vou ficar colocando estes vídeos aqui, pois o Matheus teria que ficar me enviando eles toda vez que eu quisesse postar.
Vou vendo lá, e os que eu achar interessante, vou postar aqui como texto.
Esta dica eu achei muito legal, e ao mesmo tempo frustrante!!
Pois um colega do ramo, Tiago Borges, que mora em Brasília, me falou no Instagram que isso pode ser feito também numa M7 e até mesmo numa LS9!!!!!!
Se eu sabia, não lembrava.
No vídeo, o professor usa uma Rivage como exemplo, mas diz que pode ser feito também na QL e CL, e eu achava que só serviria para estas linhas.
Surpresa muito agradável saber que podemos fazer também numa M7 ou LS9.
Vamos a dica...
Recall Safe With SEL.
Todos aqui devem saber o que é um Recall Safe, né?
With SEL quer dizer COM SELECT.
No vídeo ele chama de Recall Safe Temporário.
Resumindo...
Você quer chamar uma cena (RECALL), mas esta cena nova não pode alterar um ou mais canais, como o canal do locutor mais os dois canais do DJ, que devem permanecer inalterados com a chamada da nova cena. Você não tem a menor ideia de como é a nova cena.
O que fazer?
Basta "apertar e segurar" o SEL dos canais e chamar a cena.
Estes canais que você ficou apertando o SEL vão permanecer como estão.
Logicamente, se os canais estiverem distantes uns dos outros, tem que pedir uma mão amiga para ajudar, ou usar o MOVE para deixá-los mais perto.
Como disse Tiago, normalmente numa LS9, estes três ou quatro canais ficam no final (29 a 32).
Aí conseguimos sozinho segurar com uma mão os quatro canais e chamar a cena.
Se estiverem em layers diferentes de faders, aí não tem jeito.
Até tem... Se usarmos novamente o MOVE, colocando eles no mesmo layer.
Usem e abusem da dica.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Carranca Live no Valdemar de Oliveira com a Escola Waldorf - Mais uma vez, menos foi mais.

Final do espetáculo. Clique na imagem para ampliar.

Olá pessoal.
Estou voltando aos poucos à escrever aqui sobre os meus trabalhos.
Bom sinal.
Isso quer dizer que os trabalhos ainda existem!
Deixei até de falar sobre alguns anteriores, que tinha até assunto para o Blog, mas acabei não fazendo.
Vou falar deste último trabalho que aconteceu nos dias 17, 18, 19 e 20 de outubro, no Teatro Valdemar de Oliveira, aqui em Recife.
Fui chamado por Carlinhos Borges, do Estúdio Carranca/Onomatopeia para operar o sistema que ele alugou para a Escola Waldorf.
Nunca tinha ouvido falar da Waldorf.
Acho que agora não vou é esquecer mais.
Miguel e Neto foram meus assistentes neste trabalho.
Já sabia que eu não iria ter problemas com a montagem. Os dois estão sempre nesses trabalhos do Carranca Live, e conhecem o material como ninguém!
Sistema simples. Trabalho nem tão simples assim. 
Duas caixas amplificadas EON da JBL, uma X32 Core da Behringer, junto com o stagebox Midas DL251. Totalizando 32 canais. Mas não usei todos esses canais, viu? 
No total, contando com o microfone bastão sem fio que só serviria para falas no começo e final do espetáculo, liguei vinte canais, mas os dois primeiros da percussão nem abri, pois não precisou.
Mais na frente explico.
O sistema X32 Core com o iPad mais roteador Airport foi 100% estável. Não perdi o sinal um única vez! Contando até com os ensaios.
À princípio, iria ser apenas dois monitores no palco, mas acabei usando três.
Os monitores foram da Turbosound, modelos iQ8 e iQ10.
Um iQ8 para o violino e cello, e o outro iQ8 para o violão e sanfona/escaleta/flautim.
Um terceiro (iQ10) eu coloquei no meio do palco, enviando o som da pequena banda para os alunos/atores.
X32 Core, Midas DL251. O iPad e meu laptop conectados à X32 Core via wireless.


Era uma peça que seria encenada pelos alunos do oitavo ano da escola, como uma comemoração pelo final do ano, que está chegando.
Os ingressos foram vendidos para os familiares dos alunos, que serviria para pagar os custos da montagem do espetáculo.
Fui um dia antes para um ensaio geral, pra ver o que me esperava.
E me encontrei com Carlinhos, onde ele me passou como seria a sonorização.
A escola não tinha orçamento para colocar microfone em todos os atores, principalmente porque tinha muita coisa cantada em coro.
A solução (custo/benefício) encontrada foi usar microfones tipo "shotgun" para captar o som como um todo no palco.
Seriam três microfones para cobrir a frente, um para o centro, e três para o fundo, onde tinha uma única cena que três jovens falavam bem no fundo do palco, em três pontos espaçados.
Foram seis microfones Audio-Technica AT897, e um RODE, que não lembro o modelo.
Achei poucos microfones, principalmente para o meio do palco.
Clique na imagem para ampliar.


Solicitei mais dois microfones para frente e dois para o meio.
Não estava no orçamento isso, mas Carlinhos deu um jeito.
Pelo que ele me falou, era o ex-colégio do filho dele, e estava tentando dar uma melhorada sem o pessoal gastar muito.
Como falei antes, a peça era amadora, e acho que eles queriam fazer somente na garganta e com o violão e sanfona saindo apenas num amplificador de guitarra, e o cello e violino saindo numa caixinha de propriedade do violoncelista. E que todas as peças da percussão ficariam só no som acústico dos instrumentos.
Estas peças ficaram só no acústico mesmo!!!
No desenrolar do único ensaio geral com o som, que foi no mesmo dia da primeira apresentação, decidi que não era preciso amplificar zabumba, tambor, pandeiro, etc.
Notei que eu teria que usar mais uma vez o método MENOS É MAIS.
E acho que foi isso que me salvou!!!
Ahhh. Os quatro microfones shotgun extras não estavam legais, ou eram muito ruins!!!
Descartei-os, e o jeito foi colocar quatro microfones "a condensador" normais no lugar deles.
Não era o apropriado, mas era o que poderíamos fazer. Seria pior sem eles!
Meu laptop Dell com o X32 Edit, conectado via wireless com a X32 Core.


Passei a banda primeiro.
Abria o canal do instrumento, fazia os ajustes que eu achava necessário, e cortava o som dele para o PA.
Depois disso, sem o som do instrumento no PA, colocava o som para o monitor do músico.
Ok, banda passada.
Fui para os microfones.
Eu já tinha feito uma cena em casa, onde já determinei algumas configurações.
Eu tinha um DCA para controlar o som geral da banda, três DCAs, um para cada linha de microfones (frente, meio e fundo), e mais um DCA que controlava o volume das três linhas de microfone.
E todos os microfones iam para um grupo estéreo, onde eu poderia processar todos os canais ao mesmo tempo com equalização compressão, filtros, etc.
Logicamente os canais individuais não iam para o L/R da mesa. Quem ia era o grupo.
Fiz um grupo estéreo, para eu poder usar o PAN dos microfones, caso eu quisesse, mas achei desnecessário.
Não usei o PAN em nada!!
Mas usei todas as outras configurações o tempo todo durante os quatro dias de espetáculo.
DCA banda, DCAs microfones por linha, DCA geral de microfones, e o grupo dos microfones. Tudo dependia da cena da peça.



Sobe o DCA da banda, baixa o canal do violão, fecha DCA do fundo, equaliza todos microfones ao mesmo tempo, sobe só o microfone da ponta do palco, etc....
E para dar mais uma "complicadinha", os atores se revezavam nos personagens!!!!!!!!!!!
Um dia era um que falava mais forte, e no outro dia era outro aluno, que falava como se estivesse contando um segredo, de tão baixo que saía a voz. (risos)
Nem dava tempo para eu beber água durante a peça.
Lembrei do DVD de Silvério Pessoa, década atrás, onde fiz o som do PA, que foi do mesmo jeito.
Não tinha pausas, e era cheio de detalhes.
Neste caso aqui do teatro, sentei na penúltima fila de poltronas com meu iPad, e fui abrindo os microfones, até eu escutar o que eles falavam. Fui ajustando as linhas de cobertura dos microfones.
Já com o som acústico dos instrumento da banda vindo do palco, junto com som dos monitores dos músicos, fui acrescentando o som dos instrumentos no som do PA.
Pra que colocar o som da zabumba no PA, se eu já escutava muito bem o som acústico vindo do palco?
O tambor a mesma coisa. Não precisava.
O violino tinha o som acústico, mais o som do monitor. O cello idem.
O violão não dava pra escutar o som acústico, a sanfona quase nada. Mas tinha o som deles no monitor.
Aí foi só ir juntando os sons.
Com os atores a mesma coisa.
Dependendo da emissão das vozes no palco, eu aumentava ou baixava o som no PA.
Num teatro pequeno como o Valdemar de Oliveira, e sem ter microfones individuais para os atores, foi o jeito que eu encontrei para deixar tudo mais uniforme. E fique sempre perto da microfonia.
Mas achei muito bom o resultado final nos quatro dias de espetáculo!!!!
Num teatro muito grande, como o Guararapes aqui de Recife, já não serviria este método que usei aqui.
Não tirei fotos desse trabalho.
Achava que nem iria escrever sobre isso.
Mesmo querendo, seria difícil tirar foto durante a peça.
Vou caçar aqui algumas fotos pela internet para ilustrar este texto.


Deixando agora a parte técnica de lado...
Vou falar sobre o espetáculo.
Já tomei vários sustos BONS nos meu trabalhos. Falei isso em postagens no Facebook e Instagram.
E este aqui foi um desses sustos, que acredito que todo profissional do áudio gosta de ter.
Mesmo sendo um espetáculo amador, a atitude de todos os envolvidos na concepção e montagem da peça foi de um profissionalismo que me assustou.
Eu disse todos!
Diretoria, produtores, músicos, alunos...
Principalmente os alunos!!!!
A gurizada estava muito disposta a fazer bem feito!
Isso transbordava do palco.
Contagiava.
E se isso já era notado nos ensaios, eu não tinha dúvidas que durante o espetáculo todos iriam notar.
Não deu outra!
Fazia um tempinho que eu não via tanta gente "naturalmente" alegre num evento. Felizes.
Fiquei impressionado também com a segurança dos alunos com o texto, que não era simples.
Suassuna - O Auto do Reino do Sol.
Texto de Bráulio Tavares.
Que inclusive liberou a obra para ser encenada pela Escola Waldorf sem cobrar nada.
Foram quatro dias de teatro lotado.
E tinha muitas partes cantadas, que ficaram bem legais também.
Um solo "a capella" da personagem principal foi de arrepiar.
Muitos pais chorando durante o espetáculo.
Normal.
Eu teria chorado também vendo o meu Filho participando daquele belo espetáculo.
Pelo que vi, muitos alunos ali podem até seguir a carreira de ator/atriz, se quiserem.
No domingo, último dia do espetáculo, passaram um vídeo no final da peça, onde mostrava o "making of" do evento, com depoimentos de diretores e alunos.
Quando o vídeo acabou, eu só ouvia o "som de choro".
Muitas vezes desviei a vista do vídeo, pois sou mole demais pra chorar.
Já chorei até com peça de bonecos!!! Fazendo o SESI Bonecos.
E o pior... No outro ano, fazendo o som da mesma peça de bonecos, já sabendo do texto, chorei de novo!!! (risos)
Quando fui para o palco para desmontar as minhas coisas, tinha mais gente chorando lá do que na plateia.
Era muito aluno chorando copiosamente.
Acho que um choro pelo belo trabalho que fizeram, e pela proximidade da separação da turma.
Realmente, uma turma daquela não era pra ser separada nunca!
Obrigado Carlinhos Borges por mais um trabalho legal pela empresa.
E muito obrigado Escola Waldorf, muito obrigado mesmo, pela aula de coletividade e alegria!
Este trabalho daria para ser mostrado para os colégios daqui de Recife e/ou interior. 
Seria uma aula para os pais e alunos de outras escolas.
Um abraço a todos.