terça-feira, 26 de dezembro de 2017

2018 chegando - Recomeçar sempre!

Olá pessoal.
Depois que postei esta foto numa "rede social", não resisti e decidi colocar aqui também.
A imagem resume muito bem o que desejo sempre para os colegas e amigos, não só em viradas de ano.
Como sempre faço, quando enche o recipiente onde coloco as rolhas das garrafas de vinho que consumo aqui em casa, jogo fora as rolhas empoeiradas e começo a encher novamente o grande pote de vidro.
Este ano "calhou" o esvaziamento no final do ano.
Pra falar a verdade, faz perto de um mês que não coloco mais rolhas no pote, pois já estava cheio.
Esta semana comecei a enchê-lo novamente!
Quando vi a rolha abandonada dentro do pote, veio a palavra na minha cabeça.
Lá vou eu mais uma vez RECOMEÇAR a encher o pote.
É isso!
Recomeçar sempre, quando for preciso.
E assim a gente vai seguindo na estrada que se chama VIDA.
Bom recomeço a todos, caso precisem.
E sigamos em frente. Sempre!
Um abraço a todos.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Show de Otto em São Cristóvão (SE) - Se garantiu, viu?



Olá pessoal.
Dando uma "secadinha" aqui no Sport enquanto escrevo este último texto de 2017.
Para mim, é a única graça do futebol.
Divertimento.
Brincar com os amigos torcedores dos outros times.
Mas vira paixão para muitos, aí complica. 
Vamos falar de uma das minhas paixões.
Meu trabalho.
Fui convidado para fazer o monitor do cantor Otto, num show em São Cristóvão (Sergipe).
Viagem longa de micro-ônibus.
Mais de oito horas.
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Vou ali no boteco ver o jogo com uns amigos.
Volto já.
Espero que em condições de acabar este texto.
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Oxe.
O Corinthians colocou o time infantil em campo...
Aí facilitou, né?
Nem vou poder tirar onda com meus amigos rubro-negros.
Mas faz parte da brincadeira.
Vamos para o show de Otto, que não tive nem tempo de brincar.
Saímos muito cedo de Recife para dar tempo de passar o som tranquilamente em São Cristóvão.
Pegamos o micro-ônibus às 2h da madrugada da sexta. Mais de oito horas na estrada para chegar ao hotel em Aracaju, e mais uma hora de van para chegar em São Cristóvão.
O show foi na sexta mesmo. Só deu tempo para tomar um banho no hotel, almoçar e seguir para o local.
E só deu para almoçar porque o diretor de palco nos avisou que tudo estava "um pouco atrasado".
Mas quando chegamos ao local, notamos que tudo estava MUITO atrasado!!!!!
Estavam ainda içando o line array.
No palco, toda a luz no chão, equipamentos de som ainda sendo colocados no lugar.
Desanimou.
Me lembrou Ouro Preto (MG) sem ladeiras.

Ainda tentamos achar um tempinho para, pelo menos, checar os monitores e o PA, sem a banda, pois passar o som com a banda já estava descartado.
Nada feito.
A única alternativa que tínhamos era checar TUDO na hora da apresentação!!!!
Nem deu vontade de rir...
Voltamos para o hotel, sem nem retirar os equipamentos da van.
Combinamos chegar algumas horas antes, para armar nossos equipamentos atrás do palco.
Pelo menos isso a gente conseguiu.
Fui dar uma cochilada no hotel, esticando as pernas entrevadas por causa do micro-ônibus.
Quando a fome bateu, fui comer um hambúrguer de picanha no mesmo local onde almocei.
Show. Muito gostoso.
Vamos para a missão.
Saímos do hotel ás 23h.
São Cristóvão (SE).

Muitos músicos já foram com a gente para adiantar alguns detalhes nos seus equipamentos.
Esperamos ainda dois shows.
E aproveitamos este tempo para ajustar o "ataque".
Tinha feito uma cena no editor "offline" com meus canais e minhas preferências, e passei para o pendrive.
Perguntei ao técnico da empresa se o sistema wireless com o iPad estava funcionando.
Ele falou que não tinha conseguido conectar o iPad com a CL5 da Yamaha.
Coloquei o meu sistema e também não consegui.
Foi aí que Adriano, meu colega que iria fazer o som do PA do show de Otto, e quem me convidou para fazer o monitor, me deu uma breve aula sobre "rede".
Com meu sistema, ele fez ajustes no roteador , e tudo funcionou perfeitamente.
Impressionante como não sei nada sobre redes wifi.
Esqueçam tudo que eu aconselhei aqui em postagens anteriores sobre conexão via wireless com as mesas da Yamaha.
Cheguei a ficar triste.
Alguns ajustes no ROTEADOR tem uma importância absurda para a conexão.
Nem vou falar nada aqui, pois só tive uma breve luz no assunto. Não conseguiria aconselhar nada.
Só tive a certeza que, nas muitas vezes que eu não consegui me conectar com as mesas, nem sempre o problema era com a mesa, como eu achava, e sim com os ajustes entre mesa, ROTEADOR e iPad!!!!!
Com o iPad conectado, esperei pela hora de atacar.
Observando os shows anteriores, já notava um excesso de médias frequências no palco, causando várias realimentações. O som estava meio "metálico".
Só consegui ouvir o monitor da bateria, que tinha este mesmo excesso.
Já sabia por onde começar.
Cortar isso nos monitores.
Nossa hora chegou, e com o microfone que seria usado por Otto na mão, corri para checar os monitores.

Já na via de Otto notei o excesso absurdo nas médias frequências.
Estou mudando meu método de ajustes no monitores de um tempo para cá.
Rogério (Alceu) já me aconselhou quando for fazer monitor, usar o equalizador paramétrico (com 4 bandas ajustáveis) antes de tentar usar o equalizador gráfico (com 31 bandas fixas).
Principalmente na correria, quando não temos tempo.
É assim que ele faz. E já estou começando a fazer isso.
Neste show, usei isso em todas as vias!!! Inclusive no side!!!
Muito mais prático para ajustar rapidamente um excesso.
Depois, se precisar, faz o ajuste fino no EQ gráfico.
Este método, junto com o uso do iPad, foi minha salvação neste trabalho!!!!!
Nada como ouvir conselhos e testar, né?
Adriano me falou que usa muito este método também.
Sou mais um adepto agora.


Numa de nossas muitas conversas durante a viagem, aproveitei e perguntei logo alguns detalhes da monitoração de Otto, já que ele (Adriano) é quem faz este trabalho quando os shows de Otto são do lado de cá (Norte/Nordeste).
Se você nunca fez o trabalho com o artista, pergunte como é a quem já fez e/ou faz!!!
Anotei no meu bloco de notas do celular para garantir, mas nem precisei fazer esta consulta.
Lembrei de tudo na hora.
Mas já tinha adiantado alguns ajustes no quarto do hotel, quando voltamos do palco sem poder passar nada.
Resumindo...
A produção de Otto pede 1 hora para montagem e 2 horas para soundcheck.
Começamos o show depois de um pouquinho mais de 1 hora de ajustes.
Tá valendo, né? 


Durante as primeiras músicas, a gente fez os ajustes finos.
No meio do show, eu já estava tirando fotos.
Com todos satisfeitos, o show acabou com o dia claro!
Conheci Otto jogando futebol de salão pelo Náutico.
Eu era o goleiro e ele o pivô (atacante). Ele era fraquinho jogando bola, ao contrário do irmão dele Guilherme que era espetacular.
Eu era um goleiro mediano (mas melhor que Otto), e nunca imaginei que um dia ele estaria segurando o microfone principal de um show e eu estaria na mesa de monitor fazendo o som.
Muito bom isso, né?
Ele me chama de "galego" até hoje, pois naquela época não existia ainda o Titio.
Voltamos para o hotel, e antes de tomar banho, segui com Adriano e Bomba (iluminador que sofreu também neste trabalho) para o café da manhã.
Só depois teve o banho.

E entramos no micro-ônibus para voltar pra casa.
Resumindo, dormi mais na estrada do que na cama.
E no final, quando desembarcamos na praça do Derby, na despedida, Marcinho (trompete) falou apertando minha mão e olhando para os outros da banda:
--- Valeu Titio. Foi massa. Se garantiu, viu? Se garantiu no monitor.
A banda já foi para o palco sabendo das dificuldades, mas é sempre bom ouvir um elogio.
Me garanti mesmo, não vou mentir.
E a ajuda dos colegas da profissão foi primordial para este final feliz!
Já tenho dois trabalhos marcados em dezembro, mas só volto a escrever algo aqui em 2018!!!!
Eu acho.
Feliz ano novo para todos!
Um abraço a todos.