quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Dica dos Amigos 013 - Como fazer o Scan e Sync de vários sistemas de in-ears (Sennheiser).

 
Olá pessoal.
Conversando recentemente mais uma vez com Diego Moreno (Sennheiser), falei sobre um vídeo "gringo" que eu tinha visto a muito tempo atrás, que mostrava um jeito rápido e prático para fazer o Scan e o Sync de vários sistemas de in-ears da Sennheiser.
É desse jeito que procedo nos meus trabalhos.
Passei pra ele o que vi, e ele produziu o vídeo que colocou na página dele no Instagram (@diegomoreno).
Só que... Ele fez o vídeo com os equipamentos em REDE, e normalmente eu não pego esses transmissores em rede por onde passo.
Pra ser sincero, nunca peguei sistemas de in-ears em rede.
Então, vou colocar o vídeo que o Diego produziu, e vou escrever como se faz o processo com equipamentos que não estão ligados em rede.
Vejam o vídeo abaixo, que vou explicar depois como fazer uma parte do processo "manualmente".

Vamos lá...
Diego pede no início do processo, que a gente desligue os outros equipamentos sem fio.
Eu, particularmente, não desligo os outros equipamentos sem fio que vão participar do meu show, como o microfone do cantor e/ou o sistema sem fio de algum instrumento.
No meu ponto de vista (que não sei se está correto), quero que essas frequências que vão estar no show sejam detectadas na hora do Scan com o bodypack, mostrando que não podem fazer parte da lista de frequências livres.
Desligo os outros equipamentos que NÃO vão participar do meu show, como sistemas sem fio de outros artistas, ou equipamentos sem fio da empresa de som.
Vamos seguir...
Temos que dar MUTE de RF em todos os transmissores, um por um, pois não estão em rede.
Isso se faz na função EASY SETUP, como Diego mostra no vídeo.
Temos que fazer isso manualmente, um por um.
Quando a gente escolhe RF MUTE no Easy Setup, na tela dos transmissores, vai ficar aparecendo duas mensagens: RF MUTE e SYNC.
Feito isso, só fazer o Scan no bodypack, também como está no vídeo, indo no EASY SETUP e pedindo para fazer o Scan de uma nova lista (Scan New List).

Esse processo demora um pouco mais do que você vai achar que é bom, mas tem que esperar até o final!
Aguardando, enquanto o aparelho faz o Scan (varredura) das frequências no ambiente.
Depois de completado, o bodypack vai te mostrar os vários bancos com frequências livres, que você vai mudando, usando os dois botões de setas que existem no aparelho, como mostra a foto abaixo.
Clique na imagem para ampliar.
Eu sempre escolho o banco com maior número de frequências livres disponíveis.
É só apertar o SET no bodypack para escolher o banco.
Esse botão SET é como se fosse o ENTER, e está dentro do compartimento das pilhas, que você tem que abrir para fazer todo o processo.
O botão ESC quer dizer Escape (Exit - Sair).
Clique na imagem para ampliar.
Ao dar SET no banco, vai aparecer a primeira frequência livre.
No vídeo, Diego mostra que passando essa frequência para o primeiro transmissor, as outras frequências livres são passadas para todos os outros transmissores automaticamente via rede!
Muito prático e rápido! Lindo, mas...
Mas no nosso caso aqui, temos que passar essas frequências manualmente, ok?
Clique na imagem para ampliar.
Então, faz o seguinte...
Passa a primeira frequência para o primeiro transmissor, e dá Store (Save - Salva) no transmissor, apertando o botão seletor do aparelho, como mostra a foto abaixo.
No vídeo de Diego tem ele fazendo isso, aproximando a frente do bodypack no local onde está o infravermelho do transmissor.
Clique na imagem para ampliar.
Pronto, esse primeiro transmissor está com a primeira frequência livre da lista.
Depois disso, vai no bodypack, e usando os botões de setas, passa para a outra frequência livre do banco. 
Feito isso, só fazer o mesmo processo no segundo transmissor, e assim sucessivamente até passar as frequências livres para todos os transmissores que você vai usar.
Sempre mudando as frequências livres no bodypack usando os botões de setas.
Lembrando que... Todos transmissores estão no mesmo RANGE de frequência!!
Olhar isso antes de iniciar qualquer processo.
Já peguei sistemas onde 4 estavam num range e outros 2 estavam em outro range de frequência.
Aí tem que fazer o processo separadamente, para cada grupo de aparelhos.
Quando todos os transmissores estiverem com suas respectivas frequências, é só fazer como Diego mostra no vídeo, sincronizando cada transmissor com um bodypack à sua escolha.
Clique na imagem para ampliar.
Aperta o botão de SYNC do transmissor e aproxima o bodypack ligado e com a tampa do compartimento de pilhas aberto até o local onde Diego mostra no vídeo, que é ao lado do botão de SYNC.
Clique na imagem para ampliar.
Vai escolhendo os bodypacks, e sincroniza com o transmissor que você quiser!
Para mim, esse é o modo mais prático e rápido para configurar vários sistemas de in-ears da Sennheiser.
Espero que eu tenha explicado direito! (Risos)
É assim que eu faço.
Se tiver um jeito mais prático, sem ser em rede, deixa nos comentários.
Qualquer dúvida, é só deixar também nos comentários da postagem ou me ligar.
Se eu souber responder, eu respondo.
Se eu não souber, vou atrás para encontrar a resposta.
Obrigado Diego por mais uma dica, e por produzir o vídeo.
Um abraço a todos.

sábado, 26 de agosto de 2023

Mudança de Palco 123 - Rocketman. Os bastidores da vida de Reggie Dwight.

Olá pessoal.
Sabe quem é Reginald Kenneth Dwight?
Para os íntimos, Reggie?
Esse é o nome de "batismo" do astro mundial chamado Elton Hercules John.
Ou simplesmente... Elton John.
Tinha pensado em não comentar mais sobre filmes aqui no Blog, porque criei uma postagem onde vou "alimentando" uma lista de filmes que eu gostei e indico.
O link dessa lista está na postagem "Mudança de Palco 122", que postei em janeiro desse ano, e que está atualmente com 286 indicações.
Eu já tinha visto o filme Rocketman anos atrás.
Ele é de 2019, e logicamente já consta o nome dele na lista dos filmes que criei.
Como fazia muito tempo que tinha visto, e minha memória está cada dia pior, resolvi ver novamente, coisa que não costumava fazer, mas que hoje em dia está mais fácil de acontecer.
Pois bem...
Depois de ver novamente o filme, que conta a história de Elton John, fui conferir no Blog para ver se eu não tinha falado dele, pois merece.
Não sei por qual razão, mas eu não falei!
Mas tenho que falar.
Muito massa o filme!!!
E melhor ainda é  a atuação do Taron Egerton no papel de Elton John.
Taron Egerton interpretando Elton John.
Muita gente não tem ideia dos bastidores de um show, e muito menos do que se passa na vida de um grande artista, conhecido mundialmente.
O buraco é bem mais embaixo...
Várias vezes falei para meus amigos darem um desconto nas críticas ao Michael Jackson.
Por que?
Porque é quase impossível uma pessoa seguir uma vida normalmente, sem traumas ou manias, depois de ficar famoso MUNDIALMENTE aos 11 anos de idade, como foi o caso de Michael no início da carreira com a banda The Jackson Five, em 1969!
A banda surgiu antes, em 1962 com o nome The Jackson Brothers, sem Michael ainda.
Em 1964, Michael entra com outro irmão só tocando percussão (atabaque e pandeiro).
Tinha apenas 6 anos de idade.
E em 1966 (ano em que eu nasci), Michael se tornou vocalista principal.
Ou seja... Como ele nasceu em 1958, tinha uns 8 anos quando começou a cantar no The Jackson Five!
The Jackson 5.
Tem que dar um desconto grande antes de criticar! Né?
Conheci e convivi com um artista que mudou completamente depois de fazer sucesso em apenas um Estado (Pernambuco)!!!!
E não tinha 11 anos de idade, devia ter uns 25...
Nunca esqueço de duas conversas que eu tive com ele:
1- Falei que eu já sabia o que eu iria fazer quando a banda vendesse 1 milhão de cópias de discos. Eu iria pedir pra sair, porque ele iria endoidar!
2- Quando a banda Mamonas Assassinas morreu no acidente aéreo, falei pra ele: Tás vendo? O cara entendeu errado a frase. Confundiu esquerda com direita, e morreu todo mundo!
Não adiantou nada a fama!
Então deixa de besteira, e desce desse altar!!
Bons tempos... (Como diz a minha turma: Titiozei)
Mas vamos voltar ao filme de Elton John.

Elton John e Taron Egerton (Foto by James McCauley/REX/Shutterstock)
Nem tudo são flores nos bastidores do sucesso.
Mas também nem tudo está perdido.
É fácil?
Tenho certeza que não.
Nunca nem cheguei perto da notoriedade deles, mas imagino que deve ser absurdamente difícil seguir sem agonias.
Vejam o filme Rocketman, para entender melhor o artista, que encerrou a carreira recentemente.
Entendam o porquê desse encerramento e de onde surgiu o nome Elton John.
Deem um desconto.
Como também dei a Amy Winehouse, que vi cair no palco em Recife por causa de álcool, e depois entendi a razão ao ver o documentário sobre a vida dela um tempo depois desse show no Centro de Convenções de Pernambuco.
Todo meu apreço à Sir Elton John.
Ou simplesmente Reggie.
Elton John (Foto by Marcelo Carnaval / Arquivo)
Suas músicas me emocionam até hoje.
Um abraço a todos (sem desconto!). 

PS: Peguei as informações sobre a banda The Jackson Five nesse site: https://www.collectorsroom.com.br/2009/06/historia-do-jackson-5.html

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Seis trabalhos no FIG 2023 - Já ouviram falar da Síndrome do Impostor?

 
Olá pessoal.
Esse ano participei de seis shows no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).
Operei o som do monitor de quatro shows, e em dois fiz o som do PA.
Antes desses trabalhos no FIG, ainda operei o monitor da Academia da Berlinda num show em Taquaritinga do Norte no dia 08 de julho, mas vou pular esse trabalho por não ter muito do que falar.
Foi tudo dentro da normalidade.
Como a maioria desses do FIG, mas...
Os primeiros dois shows no FIG aconteceram no dia 22 de julho, e ambos aconteceram no palco principal na Praça Guadalajara Mestre Dominguinhos, e foi onde operei o som do PA.
Fui convidado primeiramente pela produção de Lula Queiroga (LQ), e alguns dias depois a produção do grupo O Teatro Mágico (OTM) entrou em contato, seguindo indicação da produção de LQ.
O Teatro Mágico.
Ultimamente venho fazendo o som do PA de LQ, mas nunca tinha tido contato com o som do OTM.
Já conhecia o grupo, por causa do cantor Fernando Anitelli ser muito amigo de Silvério Pessoa, artista aqui de Recife, onde operei o som dos shows dele durante 8 anos seguidos.
Silvério sempre me falava do OTM, mas eu nunca tinha ido dar uma olhada no trabalho deles.
Fiquei muito feliz pelo convite.
Por nunca ter contato com a música deles, solicitei à Fernando Anitelli que me enviasse o Set List com as músicas que seriam tocadas nesse show em Garanhuns.
Com a relação das músicas em mãos, montei um playlist no Deezer na ordem exata do show, coloquei uma garrafa para resfriar na geladeira, liguei minha caixinha JBL Flip 4, e fui ouvir as músicas.
Fiz anotações de algumas dúvidas, e quando estávamos indo de van para Garanhuns, elucidei tudo com Fernando.
E a síndrome do impostor?
Calma...
Vou resumir o texto, porque tou vendo que vai ficar longo.
Como eu iria fazer o PA dos dois shows (Lula e Teatro Mágico), e o técnico de monitor desses shows seria meu Amigo Carlinhos Borges, que não tinha cena desses shows, combinei com ele para usar a cena do OTM como base, e os canais de LQ a gente colocaria nos mesmos canais, para agilizar o processo.
Nem falei com ele depois para ver se deu certo pra ele como deu para mim!
Show de Lula Queiroga.

Depois de passar o som do OTM, dupliquei a cena e renomeei os canais para o show de LQ, mas a grande maioria dos canais estavam nos mesmos lugares. Baixo no baixo, guitarra na guitarra, bateria igual, sampler no sampler, voz principal na voz principal...
Já estava praticamente tudo pronto quando fui abrindo os canais!!
A bronca maior, logicamente fora a síndrome do impostor, foi antes e durante o soundcheck.
O FIG desse ano foi "meio truncado"...
Muita coisa decidida em cima da hora, e isso refletiu no decorrer do evento.
Muita coisa, pelo que fiquei sabendo, começou a ser feita bem depois dos prazos normais em comparação a festivais passados.
E isso deve ter atrapalhado várias fases do processo.
No meu caso, quando cheguei para passar o som, no segundo dia do festival, encontrei meu Amigo Gera tentando resolver uns ajustes nas caixas de subgraves.
O arranjo das caixas não tinha ficado legal no primeiro dia, segundo ele.
Imagino a correria que eles tiveram que dar pra poder começar o evento...
Ajustar isso na minha hora de soundcheck, já não era interessante...
E para piorar, quando eu cheguei no local, tinha um caminhão "munck" de um lado do PA, ajeitando ainda painéis da fachada do palco!
Como mostra a foto abaixo.
Clique na imagem para ampliar.
Não esqueçam que estou no segundo dia do evento!
Vou resumir mais ainda.
Eu passei o som das duas bandas, sem ter subgraves de um lado do PA, onde estava o caminhão, e ainda sem ter finalizado os ajustes nas caixas de subgraves do outro lado.
Esses ajustes nos subgraves seriam feitos durante o restante do dia.
Não tinha outro jeito!
Se tivessem começado a montagem num tempo hábil, isso tudo teria sido resolvido antes do primeiro dia do festival, né?
Gera fez um paliativo na hora para eu poder passar o som(?), e combinamos que no começo do show eu iria levantando o máster do sub até o ponto que ficasse confortável para os ouvidos.
Ele estava bem mais estressado do que eu, e entendo.
No início do meu primeiro show, com Lula Queiroga, já fiquei com a mão no máster do SUB e fui levantando até soar bem pra mim.
Gera não saiu do meu lado até eu falar que estava tudo OK. (Risos)
Westinghouse (West), "técnico/gerente geral/e quase dono da empresa de som", pra variar, sempre prestativo também, desde o soundcheck.
Aí tudo fica mais tranquilo.
Resumindo... Se o som não ficou legal nos shows, a culpa foi minha e não do subgrave ou do resto dos equipamentos.
Show d'O Teatro Mágico. (Vídeo by West)

Eu achei que ficou legal, principalmente o de LQ.
Não sei se por conhecer bem o show, mas o som ficou mais "justinho".
Tenho que "me dar" um desconto por ter sido a primeira vez que fiz o som do OTM.
Mas não achei o resultado tão bom quanto o de LQ.
Mas quem tem que achar algo é o público!
A síndrome já começa a aparecer... (Notaram?)
Dormi em Garanhuns, e no outro dia passei na praça pra falar com os amigos e ver o movimento, pois não tinha trabalho marcado nesse dia.
Acreditam que o caminhão ainda apareceu???
Pois é... Estava lá de novo ainda ajustando coisas na fachada do palco!!!!
No dia 24 voltei nesse palco da Guadalajara, agora para fazer o monitor do show de Otto, onde ele canta músicas de Reginaldo Rossi.
Show de Otto.

Nem vou falar muito sobre esse trabalho.
Mesmo com um pouquinho de correria (pra variar...), deu para passar tudo satisfatoriamente.
O equipamento era muito bom, e os monitores, que eram da mesma marca e modelo, falavam muito bem!!!
Não eram as velhas cópias do SM400 da EAW, que tem na maioria dos palcos por onde eu passo, onde dificilmente todos tem a mesma resposta de frequências.
Então, foi só copiar o pequeno ajuste que fiz nos monitores de Otto, e colei nos equalizadores das outras vias de monitores.
Os monitores eram da Acoustic, modelo M212.
Muito bom!!

E o que é melhor... É uma empresa Brasileira!!!
Os componentes da caixa não são da terrinha, são da B&C (Itália), mas o projeto e fabricação são!!!
À princípio eu iria colocar 4 caixas para Otto, mas eu acho que consegui dar uma escutada no dia anterior na hora que meu amigo Vini estava passando os monitores de Geraldo Azevedo, e resolvi então usar somente duas caixas na frente.
E deu tudo certo.
Não tive atropelos durante o soundcheck, nem na mudança do palco para Otto, e nem durante o show.
Deixa eu ver se lembro da equipe do palco, que é muito importante para evitar os atropelos...
Neto no patch, Eduardo como técnico da empresa de som, Jaílson, Wally, Raminho e Chapinha como roadies, e Júlio Maia na direção de palco.
Valeu pessoal.
Mas nem deu para comemorar no final com um vinho, porque no outro dia cedo eu já tinha serviço.
Dormi novamente em Garanhuns, e cedinho eu segui para outro palco, para passar o som de Héloa e Mestre Ambrósio.
Eu iria fazer o monitor dos dois shows.
Era a inauguração do Palco Pop, que nesse ano chamaram de Palco Zé da Macuca.
Vou tentar não me estender no assunto.
Lembram das cópias do SM400 que falei acima?
Pois bem... Esses monitores estavam nesse palco, e eles não falavam igual, como também avisei acima.
Mas com o velho "jeitinho" no equalizador, a gente tenta deixar mais parecido.
Tive mais trabalho no side.
Estava falando bem diferente os dois lados.
E não consegui deixar como eu queria. Ficou razoável.
Passei o som de Mestre Ambrósio logo cedo, onde 3 músicos usam só o in-ear como monitor, 2 usam in-ear mais caixa, e um músico usa somente uma caixa como monitor.
Ahhh! Usei uma cena de um show anterior da banda, e fiz os ajustes nos monitores e side, e aguardei pela banda, que dessa vez iria passar o som.
No show anterior que aconteceu em Recife no dia 28 de junho e que a banda não foi passar o som, não foi legal o resultado final da monitoração.
Usei essa mesma cena do show em Recife para começar em Garanhuns, só que a banda iria passar o som.
E o resultado foi bem diferente. Pra melhor!
Pelo menos eu achei isso!
Show da banda Mestre Ambrósio.

Soundcheck finalizado, fiz igual aos trabalhos de PA do palco da Guadalajara.
Dupliquei a cena de Mestre Ambrósio, e montei o input de Héloa em cima.
Mais uma vez funcionou, porque já estava com os ajustes dos monitores e side que eu fiz para Mestre Ambrósio.
À princípio, o pessoal do palco não achou necessário marcar os monitores, para voltarem para os mesmos músicos, mas insisti e falei que tinha diferença sonora entre eles.
Não eram os M212 da Acoustic.
Mas também não posso deixar de falar que o preço dos M212 é um pouco "salgado".
É o preço para não ter dor de cabeça.
Mas deu para passar tudo direitinho.
E todos os monitores foram marcados por minha colega Nichole, que já conhecia meu método desde os shows no Palco Azulão em Caruaru, onde ela também trabalhou, contratada pelo evento.
Não sei se ela foi contratada como Roadie ou como Patch(Girl), pois nos dois eventos a vi fazendo os dois trabalhos.
Gosto de marcar também os microfones das vozes!!!
Tem muito microfone falando diferente também!
E já falei disso anteriormente algumas vezes aqui no Blog.
Nem vou mais me estender nesses dois shows.
Show de Héloa.

Foi tudo dentro da normalidade. (Adoro usar esse termo)
Só pedi no outro dia para Gera, que era o responsável técnico pela sonorização dos palcos, para ele dar uma olhada no side, pois eu iria retornar à esse palco no dia 30 para fazer o monitor da Banda Eddie.
Depois dos dois shows desse dia, fui beber um vinho na calçada com meu Amigo Adriano Duprat, para festejar a normalidade das coisas no Palco Pop!
Ele ainda queria que eu entrasse na festinha onde ele iria operar o som madrugada à dentro, mas eu fui dormir depois da garrafa de vinho.
Pela manhã, voltei com a turma de Mestre Ambrósio para Recife.
E o impostor? A síndrome.
Bem...
Nem lembrava direito da tal da síndrome depois desses três últimos shows.
Retornei para Garanhuns no dia 30 para fazer o monitor da Banda Eddie nesse mesmo palco Pop.
Aproveitei a cena do show de Héloa, onde teve bateria, e armei a cena de Eddie em casa durante a semana de folga, enquanto degustava uma garrafa de vinho, vendo filmes e documentários na Netflix.
A mesa de monitor era uma M7CL da Yamaha.
Gera tinha me falado que deu uns ajustes no side, como a gente tinha combinado.
E realmente ficou bem melhor.
Tive uma grande alegria quando cheguei no palco!
Não tinha chegado ninguém ainda, mas já fui posicionando os praticáveis e os monitores nos devidos lugares, enquanto o nosso roadie ia armando nossos instrumentos.
Já deu para adiantar bastante coisa.
Foi nessa hora que tive o prazer e a alegria de ver que todos os monitores dos shows que aconteceram no dia anterior estavam marcados!!!!!!!
Pelo visto, algo do que eu falo e faço está servindo para alguma coisa, né?
Fiquei aguardando a equipe do evento chegar.
Rafael era o técnico de monitor da empresa, Pinga estava no patch (Nichole também fazia) e o diretor de palco foi Fábio.
Tava tudo bem adiantado no palco, quando apareceu um problema.
A mesa de monitor não estava iniciando.
Ligava, mas não iniciava.
Ficava um aviso na tela "Starting System...".
E nada de iniciar.
Tem outra mesa reserva? Perguntei.
Tem uma X32, mas teria que ir pegar em algum lugar. Não estava no palco.
Rafael ainda abriu a M7CL e verificou os cabos FLAT, colocando limpa contato nas conexões, mas não teve jeito.
Ligamos e religamos a console várias vezes e não deu certo.
A mensagem continuava na tela.
Foram pegar a X32, e deixamos ligada a M7CL.
Quem sabe, né...?
Não descartamos a baixa temperatura como causa do problema.
Mas nada da mesa iniciar.
Ainda desliguei e liguei algumas vezes enquanto a mesa reserva não chegava.
Nada. Desisti.
Mas não desliguei a mesa.
A outra mesa chegou e colocamos ao lado da M7, e quando fui desligar ela para desplugar os cabos para colocar na X32, me deparei com a tela normal!!! A mesa ressuscitou!!!!
Me perguntaram se eu iria arriscar, e eu falei que sim.
Ela não seria mais desligada.
Se desse algum problema no soundcheck, a gente trocava, mas eu iria usá-la.
Com o tempo já meio apertado por causa desse problema, Adriano (que iria fazer o som do PA) me ajudou no alinhamento dos monitores, e foi aí que notei que o side estava bem melhor do que antes.
Mesmo com esse contratempo da mesa de monitor, conseguimos passar o som satisfatoriamente.
Mas...
No comecinho do show apareceu uma realimentação "mal-assombrada", e eu fiquei tentando achar no palco e Adriano lá na frente.
Não demoramos para eliminar a realimentação, e o show foi seguindo tranquilamente.
Tudo dentro da normalidade! (Risos)
Show da Banda Eddie.

Nenhum problema com mesa de monitor, logicamente.
Imaginei que não teria problema com ela novamente.
E nenhum problema durante o show!
Merecia uma garrafa de vinho para finalizar essa minha passagem pelo festival, mas eu não tinha levado.
Mesmo tarde, ainda fui para a Praça Guadalajara, onde Baby do Brasil (antiga Baby Consuelo) estava se apresentando, e minha amiga Déa estava lá.
Ainda tentei achar uma garrafa de vinho numa loja de conveniência perto da praça, mas desisti.
Troquei por um chocolate quente.
O show foi bem morno, bem diferente do último que eu tinha visto dela.
Pouquíssimas pessoas na praça, infelizmente.
E isso ajudou para o encerramento melancólico do festival.
Me esforcei para ver o show completo com minha amiga, enquanto degustava meu chocolate quente.
E a síndrome do impostor!!!!?????
Ah tá...

Vi esse termo pela primeira vez no canal Corredor 5, do Clemente Magalhães.
Clemente falou disso um dia, e de vez em quando ele fala sobre a síndrome.
Ahhh... Pensei... Achava que era só eu que sentia isso! Mas tem mais técnicos e músicos sentindo a mesma coisa.
Sempre achei que esse termo era uma invenção de Clemente, para falar de um problema que só existia no meio musical.
Mas fui pesquisar na internet antes de escrever essa postagem, e fiquei surpreso em saber que essa síndrome existe mesmo!

Independente da profissão!
Vixe!
Achei uma explicação muito bem feita no blog PSITTO.
Quem quiser ler, só clicar AQUI.
Passei uma vista rápida pelo texto e me assustei!!!
O cara tava falando das coisas que estou sentindo ultimamente!
Vou ler com calma, e dar mais atenção para esse problema.
Mesmo vendo que o saldo dos trabalhos no FIG 2023 foi muito positivo, isso não foi capaz eliminar os efeitos da síndrome em alguns momentos.
Muito ruim sentir isso.
Show d'O Teatro Mágico, filmado por alguém que estava na plateia.

Está se sentindo um impostor também?
Acho que essa postagem pode te ajudar!
Uma abraço a todos.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Dica dos Amigos 012 - Qual antena usar no seu sistema de áudio sem fio? Direcional ou Omnidirecional?

 

Olá pessoal.
Passeando hoje pela internet, me deparei no Instagram com esse vídeo de Diego Moreno (Sennheiser), dando uma breve explicação sobre as diferenças básicas entre as antenas Direcionais e Omnidirecionais, mostrando ainda qual seria a melhor forma de usar essas antenas.
É uma explicação básica, e sei que muitos aqui já sabem disso, mas já vi "posicionamentos estranhos" dessas antenas pelos palcos da vida...
Vou colocar aqui também o texto dele na postagem do Instagram (@diegomoreno).
(Abre Aspas)
Descubra qual tipo de antena é o melhor para você: direcional ou omnidirecional?
Neste vídeo, desvendamos as diferenças e ajudamos a fazer a escolha certa para o seu sistema de áudio sem fio.
Entenda quando usar cada tipo de antena para obter a melhor cobertura e qualidade de sinal em seus eventos ao vivo.
(Fecha Aspas)
Segue abaixo o vídeo.

Logicamente, pedi autorização pro Diego para usar o vídeo aqui no Blog.
Obrigado pela dica Diego.
Um abraço a todos.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

FIG - O que leva uma curadoria de um palco de música instrumental colocar um cantor romântico na programação?

 

Olá pessoal.
Nem sou muito de escrever sobre assuntos em que eu não participei dos trabalhos.
Mas nesse caso aqui não consigo ficar sem opinar.
Eu até participei, mas como espectador, eu estava lá no dia.
Como alguns sabem, fiz recentemente alguns trabalhos no FIG desse ano.
Festival de Inverno de Garanhuns.
Operei o som do PA e do monitor para seis artistas e/ou bandas.
No dia 30/07 eu fui fazer o monitor da Banda Eddie.
Passei o som da banda logo cedo pela manhã, e o eu só precisava retornar ao palco às 23h40.
Foi quando eu recebi o convite de uma amiga que mora em Garanhuns, para ir no Parque Ruber Van Der Liden, chamado também pelos moradores de Pau Pombo.
É nesse parque onde é montado o Palco Instrumental do FIG.
Já fui várias vezes nesse palco, tanto como espectador como para trabalhar em algum show, como fiz no ano passado com Augusto Silva & Frevo Novo, onde operei o monitor da banda.
Logicamente, uma banda instrumental.
Como tinha tempo de sobra, aceitei o convite de Déa, e fui no final da tarde encontrá-la.
Quando estávamos chegando perto do parque, notei um movimento muito grande de pessoas na rua, e na entrada do parque.
Estranhei, pois sempre que fui nesse palco, não tinha essa movimentação grande de pessoas.
O público que "consome" música instrumental é bem pequeno aqui na região, e até no país!
Sem entender direito aquela grande movimentação, perguntei para Déa quem era a banda instrumental que iria se apresentar nesse dia.
Foi quando ela respondeu: --- Titio, vai ter show de Adilson Ramos!
Que Adilson Ramos? O cantor romântico de Recife? Perguntei.
Esse mesmo!!!! Respondeu ela.
Aí eu comecei a rir. Achei até engraçado o caso.
Não ia acertar nunca o motivo para tanta gente no parque!
Nunca tinha visto um caso assim naquele palco.
O máximo que eu vi no FIG, foi um palco ter dois horários com estilos diferentes.
Até uma certa hora se apresentavam bandas alternativas, e depois de uma determinada hora se apresentavam bandas de forró.
Era Palco Pop e Palco Forró no mesmo dia.
Até aí, tudo bem, né?
Mas Adilson Ramos num palco de música instrumental?
Exageraram!
Ainda fui conferir se continuavam a chamar de Palco Instrumental.
Mas estava lá a placa, como mostra a foto abaixo.
Num festival particular, já seria estranho.
Já pensou colocar um show de Adriana Calcanhoto num palco onde as outras atrações seriam Ratos de Porão, Devotos e Sepultura?
Ou um show de Frejat com Priscila Senna, João Gomes e Conde do Brega?
Lembram do absurdo com Carlinhos Brown no Rock In Rio em 2001?
Pois é... O risco é grande para não dar certo.
Mas o caso aqui no FIG é bem diferente, pois é um evento gratuito, financiado por dinheiro público.
E o mais importante... Pelo que sei, a banda tem que ser aprovada num edital para participar do FIG.
Só não sei se isso é para todas as contratações de todos os palcos.
Achei até um vídeo de um colega músico/professor no Instagram, onde ele comenta sobre esse caso de Adilson no palco instrumental.
Acho que não tem problema eu colocar aqui esse vídeo de Júlio César Mendes (Julinho).
Julinho é professor de acordeão do Conservatório Pernambucano de Música.
Segue abaixo o vídeo.
Como eu, ele também se assustou com o caso!
Que foi sucesso de público, eu vi.
Nem consegui entrar direito no parque, de tanta gente!
Sucesso total!
Como mostra abaixo o vídeo (curto) feito por minha amiga Déa.
Mas...
Acho que ficou feio.
Principalmente do ponto de vista das bandas instrumentais que não conseguiram ser aprovadas no edital.
Qual a razão para uma curadoria fazer isso?
Não sei.
Fiquei curioso...
Se alguém souber o motivo, deixe nos comentários da postagem, por favor.
Um abraço a todos.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Martins, Almério, Mariana Aydar e Marcelo Jeneci no Polo Azulão - Cena em cima de cena.

 
Olá pessoal.
Meio ressacado ainda dos trabalhos no FIG (Festival de Inverno de Garanhuns), fui dar uma olhada nas postagens para ver onde parei.
Danou-se!!!
O último que falei foi o trabalho com Mestre Ambrósio (MA) na Macuca!
Para agilizar, resolvi então fazer um resumo dos shows que fiz no São João no Polo Azulão em Caruaru.
Fiz cinco trabalhos lá, todos no monitor.
Já tinha comentado "de leve" em postagem anterior, como foi o primeiro show que fiz nesse palco em Caruaru com MA no dia 11/06, onde aproveitei uma cena anterior de um show da banda que aconteceu em Teresina.
Depois desse show do MA no Azulão, voltei lá para fazer o monitor de Martins, Almério, Mariana Aydar e Marcelo Jeneci.
Foi bem corrido para fazer esses quatro shows.
Os dois primeiros (Martins e Almério) aconteceram no dia 25/06, e eu estava um dia antes em Correntes (perto de Garanhuns) fazendo o monitor de MA no São João da Macuca.
Quase não dormi, e acordei bem cedinho para pegar o ônibus que saía de Garanhuns para Caruaru.
Mesmo com um grande atraso na saída do ônibus, cheguei com folga na cidade, dando tempo até de almoçar com o pessoal.
Uma semana antes dos shows de Almério e Martins, montei antecipadamente em casa uma cena para esses shows.
E usei a cena do show de MA no Palco Azulão do dia 11 de junho como ponto de partida, pois já estava lá os ajustes de equalização dos monitores e side.
Já adiantava o serviço.
Ainda para melhorar, a banda de Martins e Almério é a mesma!
Foi uma única cena para os dois shows.
O que mudava era que no show de Almério tinha um trompete, e no show de Martins tinha um violão.
Então nessa única cena, tinha os dois instrumentos e também as duas vozes.
Acho que passei primeiro Martins, e na hora de Almério, foi só adicionar o canal do trompete e da voz de Almério, e fechar o violão e a voz de Martins.
O resto já estava passado!!!
Os dois cantores usaram in-ear, mais as caixas de monitor, pois nos dos shows teve convidados, e era importante ter essas caixas lá na frente.
Foi tudo muito tranquilo nos dois shows, e nem preciso falar que a mudança de palco entre os shows poderia ter sido imediata, mas deram uma pequena pausa.
Acho que apenas para a banda tomar um AR no camarim! (Risos)
Show de Martins.

O único estresse nesses dois shows, aconteceu no soundcheck, onde um trio elétrico começou a tocar quase em frente ao palco! Aí foi bronca.
Coisas de "organização"... No caso aqui, foi a FALTA dela.
Ninguém escutava mais nada em cima do palco, na hora que Almério estava passando o som.
Não recordo se isso aconteceu com Martins... 
Bem... O soundcheck encerrou com essa briga sonora, e resolvemos ajustar alguma coisa durante o show, mas nem foi preciso!!!
A única coisa que me incomodava no palco, desde o show de MA, era a mesa de monitor com problemas em dois blocos de canais, ou seja... 16 canais!!!
Para selecionar ou escutar (cue) esse canais era uma novela!!!!!
Ela já estava assim no show de MA, mas acho que piorou!!!
Para complicar mais, não consegui conectar meu iPad com a mesa.
Duas razões para isso acontecer: Problema na placa de rede da console, ou firmware da console desatualizado.
A terceira razão seria problemas com meu sistema (iPad - Roteador - Cabo de rede), mas ele está bem configurado, e nunca mexo nessas configurações, e tenho sempre um cabo reserva.
Como sempre atualizo meus aplicativos e sistemas operacionais, pode haver conflito com os equipamentos não atualizados.
Dancei. O iPad poderia ajudar muito nesses shows!
Show de Almério. (Vídeo by @lillirocha)

Nesses dois primeiros shows esses problemas não interferiram muito, mas nos outros dois foi bronca, pois eram bem mais complexos na parte monitoração.
Em Mariana Aydar, todos usavam fones, inclusive ela.
Em Marcelo Jeneci todos usavam caixas de monitor.
Sofri com a mesa de monitor nesse dia.
Eu até poderia ter transferido esses 16 canais para outros 2 blocos, mas não fiz, e esse foi meu erro.
Agora não adianta chorar o "vinho derramado".
Né?
Como não tive tantos problemas nos outros shows na operação, achei que seria a mesma coisa nesses dois shows.
E me lasquei!
Perdi muito da agilidade por causa desses problemas na mesa de som.
Quando eu tentava selecionar um canal, a mesa selecionava vários.
Quando eu tentava escutar um canal, a mesa dava o solo (cue) em vários.
Quando eu tentava ligar um canal, a mesa desligava vários!
E foi assim até o final dos shows!
Esse foi o ponto negativo do Polo Azulão, no que diz respeito ao monitor, que foi onde eu fiz 5 trabalhos.
É triste ver uma mesa de monitor com defeito ficar num evento de vários dias até o final.
Né?
Mesmo com esse grande problema na mesa de monitor, os shows de Martins, e depois o de Almério, fluíram sem nenhum contratempo.
Massa!!!
Vale uma observação aqui.
Logicamente faço novos ajustes no palco para esse novo show.
A cena que eu aproveitei de um show de outra banda, que aconteceu semanas antes, serve apenas para aproveitar alguns ajustes, e para eu não começar do zero.
Sempre vou checar as vias e o side novamente.
Se soar bem, vou em frente, se soar razoável, tento ajustar em cima do que já está no EQ.
E se soar muito ruim, zero o equalizador e faço novamente.
É o jeito certo de fazer? Nem certo, nem errado. Foi o que eu resolvi fazer nesses shows no Azulão.
Quanto aos monitores, é complicado eu pedir para o pessoal do palco marcar os monitores de um show que aconteceu no dia 11 e que só vou voltar no dia 25!
Né?
Mas no dia, sempre solicito que marquem todos os monitores no final do soundcheck, para voltarem exatamente na mesma via.
Mesmo sempre ouvindo a velha frase: --- Não precisa, todos "falam" exatamente igual.
Já me lasquei algumas vezes por causa dessa falta de marcação.
E isso serve para DIs, microfones de vocal ou até do cantor, quando usam o velho SM58 com fio.
Tem muito SM58 falando diferente nos palcos, e até microfones falsificados!
É sempre bom também conferir qual o DI está sendo usado, e desativar o PAD (atenuador) de todos.
Também já me compliquei com uma troca de DI.
Passei com PAD ativado (sem saber), e na hora do show estava desativado ou era outro DI.
As marcações diminuem os riscos.
Com esses riscos diminuídos, tudo voltou no devido lugar e os shows foram muito legais!
Voltei para casa logo após os shows com a banda, e só retornei à esse palco no dia 29 de junho, para fazer Mariana Aydar e Marcelo Jeneci.
Como Jeneci seria o último show, ele passou o som primeiro.
Não me recordo mais como foi que eu fiz nesses dois shows.
Se montei a cena de Jeneci em casa depois dos shows de Martins/Almério, usando essa cena deles, ou se passei a cena de Martins/Almério para a mesa no dia e renomeei os canais para Marcelo Jeneci...
Mas com certeza aproveitei a cena dos shows do dia 25 de junho.
Esse show de Jeneci foge um pouco do "normal".
Não tem bateria, não tem guitarra, não tem baixo.
Como falei antes, todos usam monitores de chão, inclusive o Marcelo.
Como tudo ia para os monitores de chão, o nível sonoro no palco ficou bem elevado.
O que dificulta muito o trabalho no monitor, e também para quem vai fazer o som do PA!
Por que prejudica também o trabalho do técnico do PA?
Porque o som que sai dos monitores é captado novamente pelos microfones que mandam esse som para os monitores.
O risco de uma realimentação (microfonia) é altíssimo!!!!
Tudo fica "sujo".
Vou dar um exemplo.
(Lembrando que o público alvo do Blog nunca foi a turma que trabalha no ramo, e sim o leigo que não imagina como funciona um show ou evento.)
Imaginem um cantor que usa sanfona, como é o caso de Marcelo Jeneci.
Além de sua voz no monitor de chão, ele pede vários outros instrumentos, inclusive sua sanfona.
Todos esses instrumentos que ele pediu nos seus monitores de chão, vão ser captados pelo seu microfone de voz, e pelos microfones internos da sanfona!
Imaginaram a bola de neve?
Quando ele solicita que eu aumente o som da sanfona nos monitores, todo o som emitido por esses monitores que está sendo captado pelos microfones da sanfona vai junto!
E esse som dos monitores é novamente captado pelos microfone de voz e da sanfona!
Isso gera um LOOP!
E quanto mais o volume desse loop aumenta, mais fica iminente uma realimentação, a chamada microfonia, que pode ser em qualquer frequência (grave, médio, agudo).
Ahhhh. E quando o técnico de PA abre só o canal da sanfona, vem todo tipo de som captado pelos microfones internos do instrumento!
Passei o som de Jeneci, sempre tentando controlar o problema da realimentação.
Realmente o som ficou muito alto no palco.
Quando todos estão de fones, sem nenhuma caixa de monitor, este problema de sujeira e realimentação no palco é eliminado!
Combinei com Adriano Duprat, que estava fazendo o som do PA, que eu iria baixar um pouco o máster das vias e do side no começo do show, e depois iria ajustando com os pedidos dos músicos.
Assim que acabou o soundcheck de Marcelo Jeneci, dupliquei a cena, e coloquei o input/output de Mariana Aydar na nova cena, e baixei todos os envios dos instrumentos para as vias, porque seriam outros instrumento e outras vias.
Foi bem mais tranquilo o soundcheck dela do que o de Jeneci, mas os problemas na mesa de som ainda estavam freando a fluidez do trabalho, e tudo foi mais complicado.
O monitor de Mariana foi híbrido.
Tinha in-ear sem fio, monitores de chão e fones com fio.
Não tinha tempo sobrando, e por isso aproveitei a equalização das vias de Jeneci nas vias de Mariana.
Algumas deram certo, outras não, e fui fazendo os ajustes durante o soundcheck.
E os problemas na mesa me tirando do sério...
Mesmo perdendo mais tempo que o normal para ajustar as coisas, finalizamos o soundcheck.
Aguardar a hora dos shows.
Ainda deu tempo de jantar numa padaria com Adriano e Natalie (iluminadora).
Mariana Aydar era meu primeiro show.
Show de Mariana Aydar.

Fui para o palco quando estava perto de acabar o show que nos antecedia.
Aconteceu um fato importante antes do início do show de Mariana Aydar, que resolvi fazer um texto específico para o problema, na sessão "Dica dos Amigos".
Nesse caso, o amigo vai ser eu!
É importante uma postagem só para o caso.
Aguardem.
Tudo transcorreu bem durante o show, pelo menos eu achei isso.
Alguns pedidos de "sobe e desce", que são normais durante um show.
O técnico de Baby do Brasil que o diga!!!! (Risos)
O show foi muito bem recebido pelo público, mesmo eu achando que uma boa parte do público não sabia quem era Mariana Aydar.
Foi uma grata surpresa para muita gente que estava na plateia!
Nem deu tempo de ir ao camarim depois do show para perguntar como tinha sido o monitor para eles, porque eu já fiquei no palco para ajustar as coisas para o show de Marcelo Jeneci.
Sempre gosto de escutar as opiniões para saber onde acertei e onde errei.
Se não for mais convidado para fazer algum show dela por aqui, vou saber que errei mais do que acertei nesse dia em Caruaru.
Né? (Risos amarelos)
Nenhum problema na mudança de palco (ou virada de palco).
Tudo chegou certinho na mesa, e todas as vias de monitor estavam devidamente ligadas e testadas.
Era visível o empenho dos técnicos e roadies contratados pelo evento, para deixar tudo certinho.
E isso ajudou muito no resultado final.
Como combinei com Adriano, baixei um pouco o máster da via principal e do side.
Não muito, mas baixei.
Mas o volume do som no palco estava bem além do que eu queria que estivesse.
Fiquei o show todo controlando esses volumes, fechando também canais de instrumentos que eu sabia que não iriam tocar naquele momento, e que poderiam causar realimentações, como a sanfona de 8 baixos e a sanfona de Jeneci.
Foi uma "ginástica", mas deu tudo certo.
Show de Marcelo Jeneci.

Deu tempo até de brincar...
Na parte inicial do show, onde eu estava no corre-corre de controlar os volumes, escutando alguns canais para saber o que eles estavam captando, enquanto abria e fechava alguns deles, e com os problemas na mesa dificultando esse serviço, peguei o microfone de comunicação com a mesa de PA e gritei para Adriano: --- Amanhã eu vou andando para Jericoacoara!!!!!!
Como resposta, eu ouvi imediatamente na minha caixa amplificada a risada que ele deu, porque sabia da minha história recente com um trabalho que eu não aceitei em um hotel de lá.
Dificilmente eu pegaria um trabalho tão complicado com os DJs no hotel em Jeri!
E o show seguiu bem até seu final.
Ainda consegui falar com Jeneci depois do show no camarim, e pelo que ele me falou, com certeza vou ser convidado para outros trabalhos. (Risos)
Voltamos no carro alugado pela produção de Jeneci logo após o show, porque Adriano iria viajar logo cedo para São Paulo.
Adriano, eu e Natalie viemos de Recife nesse carro.
Nem preciso dizer que a fofoca musical foi grande, né?
Tanto na ida como na volta!!!
Um abraço a todos.