quarta-feira, 30 de março de 2022

Lula Queiroga no Teatro do Parque - Showzaço! Fazia tempo que eu não tremia. E não foi de frio.

Show Lula Queiroga no Teatro do Parque. (Foto by Janaísa Cardoso)
Olá pessoal.
Showzaço!!!!
Não tenho outra palavra pra começar a conversa.
E nem é muito de costume eu começar a falar sobre o trabalho usando o subtítulo do texto.
Mas como esse complemento do título é grande, vocês ainda estão sem entender o que ele quer dizer de verdade.
Já no soundcheck (vídeo abaixo) deu para eu notar que as chances eram grandes de ser um belo espetáculo.

O som do Teatro do Parque é legal.
Um sistema de três torres de line array da JBL, modelo VTX.
Formando esse desenho: <Left (>L+R<) Right>.
E as caixas de subgraves, também da JBL, dão conta do recado.
O line central é uma soma do canal esquerdo com o direito.
Já tinha feito um evento lá substituindo o técnico do teatro, Bruno Lins, e escrevi sobre esse trabalho aqui para o Blog.
Nesse trabalho anterior, eu usei o line central no volume que estava programado no sistema do teatro.
Não me preocupei muito com isso, pois não usei muito o PAN (panorâmico), para distribuir os instrumentos no estéreo.
(Foto by Janaísa Cardoso)
Nesse show de Lula seria diferente, por isso dei uma conferida nas caixas do centro, e achei melhor baixar o volume delas para ter mais noção do estéreo.
No começo dos testes eu até desliguei, mas achei muito melhor ligado. 
Comecei do zero e fui subindo o volume até chegar no complemento de som que eu queria.
Parei de aumentar o volume, e quando fui ver no visor, estava com um volume de 5 dBs (Decibéis) abaixo do zero. Ou seja... Menos cinco.
Achei ótimo!
As caixas do centro deram um apoio na distribuição do som no ambiente como eu queria, e o estéreo ainda ficou bem definido.
Seguimos com a montagem dos equipamentos.

TF5 da Yamaha.
A mesa de som do teatro é uma TF5 da Yamaha, que faz apenas 32 canais. Mas dá pra fazer um som legal com ela, mesmo sendo bastante limitada.
Um ponto negativo, é que o teatro não tem um bom "Backline", que são os equipamentos que precisamos no palco para fazer um show. 
Uma grande parte desses equipamentos tem que ser alugado, como por exemplo: mesa de monitor, monitores ou caixas de subgraves para a bateria, alguns microfones específicos, sistemas de fones com ou sem fio, praticáveis, amplificadores de baixo e guitarra.
Não posso falar da luz, pois não conheço o que eles tem, e não é minha praia, mas se eu não me engano, não precisou alugar equipamentos de luz para esse show.
Acho que ouvi Raí, o iluminador do show, falando só que não tinham luzes robotizadas, as chamadas "Moving Lights". Era tudo luz fixa.
Confirmei aqui com ele. Foi isso mesmo.

Visão de Raí, iluminador do show.
O "danado" fez um belo trabalho, mesmo usando somente luzes paradas, pelo que pude notar em fotos, e nas poucas vezes que prestei atenção na luz durante o show.
Falou também que a mesa de luz é bem legal, uma Titan Mobile, da Avolites. Bem versátil, segundo ele.
Só olho para o palco para ver quem está tocando, e o que está tocando.
Falando em luz...
Quem quase me tira do sério foi a falta de uma luminária na mesa de som.
Já tinha comentado isso para meu amigo que é o técnico do teatro na última vez que tinha ido lá, e ele me chamou de velho.
Relevei...
Dessa vez fui um pouco mais convincente no comentário: --- Não é uma questão de ser velho não, porra!!!! Velho um cacete!!! Não existe essa mesa de som sem uma luminária!!!!
Era pra eu trazer a minha, e dava de presente para o teatro. Eu que esqueci em casa.
Acho que o argumento foi bom, pois ele falou que iriam providenciar essa luminária, e iam até colocar meu nome no objeto. Estavam pensando qual seria: Luz do Titio, Titio é Luz, Luz do Tio, Tioclareando... Coisas do tipo. (risos)
(Foto by Dani Hoover)

Mesmo sem enxergar vários controles na mesa, fui operando o som.
Como eu já sabia que a visão dos controles não era legal, usei muito os DCAs da mesa.
Explicando rápido, um fader DCA controla o nível de volume de vários canais de instrumentos ao mesmo tempo.
DCA = VCA (Voltage Controlled Amplifier = Amplificador Controlado por Voltagem), onde o D significa "Digital", por ser uma mesa digital, onde tudo dentro dela é processado DIGITALMENTE.
Na TF5 existem 8 faders de DCA. 
Em cada fader desse, eu escolhia o que eu queria controlar.
O DCA 1 era todos os canais da bateria. O 2 ficou com as guitarras. O 3 era só o baixo. O DCA 4 controlava os dois canais do teclado. Não usei o 5. No 6 coloquei os Backing Vocals, no 7 ficaram as vozes de Lula (principal e reserva), mais a voz dos convidados.
E no DCA 8 sempre coloco toda a banda, caso eu precise baixar todo mundo, sem baixar a voz principal.
Vejam os DCAs na foto abaixo, da cena que eu fiz em casa no Editor Offline da mesa digital TF5.
Clique na imagem para ampliar.

Montamos a cena inicial do show, passamos para um pendrive, e descarregamos essa cena direto na mesa. Já adianta muito o trabalho!
Então com esses oito faders na mão, eu controlo quase tudo no mesmo lugar, sem precisar ficar procurando os canais na mesa.
Nesse show só tinham 28 canais. Imaginaram um show com 48, 64 canais? Como os DCAs podem facilitar o serviço?
Passei muito tempo do show usando a página dos DCAs, onde todos os outros canais sumiam da minha visão. Mas tem uma vantagem nessa mesa. Ao apertar o botão "select" do DCA, os canais que esse DCA está controlando aparecem do lado esquerdo da mesa, onde o técnico pode baixar ou aumentar cada canal individualmente, sem ter que voltar na página principal onde estão todos os canais. Rápido e prático.
Deu para entender?
Pois bem... Nem estava nos meus planos falar em DCAs, mas o assunto apareceu na narração.
Vamos voltar para o show.
Nos dois vídeos abaixo, a visão do técnico de monitor durante o show, Bruno Lins, que falou que eu não enxergava os controles da mesa porque estou velho.

Acho até que foi ele quem envelheceu umas horinhas mais rápido no sábado, pois estava acostumado com shows "pianinho" lá no teatro, e esse show de Lula Queiroga tem uma pressão sonora muito grande no palco.
Mas ele segurou bem os monitores, pois não tivemos sequer uma realimentação (microfonia).


O público foi chegando... E vi muita gente que fazia um tempo que não via.
E como a mesa de som fica na entrada do teatro, via sempre quem chegava, e notei que entrou muita gente da cena musical Pernambucana. Cantores, músicos, produtores...
Só me dei conta do que isso poderia influenciar no meu trabalho, quando os primeiros acordes do show soaram no sistema de som do teatro.
Fui tocar no fader da base eletrônica, que é onde sai o primeiro som do show, e mesmo sem enxergar o fader direito por causa da falta de luz, notei os dedos trêmulos.
Oxe. Não estou com frio...

Foi aí que notei que não era frio, e sim a responsabilidade de estar controlando um sistema de som, onde vários na plateia eram artistas e músicos.
Fazia tempo que não sentia isso.
Senti algumas vezes, mesmo não conhecendo ninguém no público!
Num show de Silvério Pessoa na Bélgica, muitos anos atrás, num festival enorme chamado Esperanzah, ao caminhar para a mesa de som, com meu inglês básico, nem sentia as pernas direito.
Silvério Pessoa se apresentando no Festival Esperanzah em 2007.

Lembro até hoje o que eu pensei na hora que estava caminhando na direção da house mix: --- O que é que eu estou fazendo aqui??!!???
Mas não tinha mais o que fazer. Respirar fundo e seguir.
Essa foto que eu tirei na hora do show de Silvério na Bélgica, se vocês não notaram, é a foto de fundo do Blog.
No vídeo abaixo, feito por Shari Almeida, um pouco do show de Lula Queiroga.


Consegui controlar o "medo" lá no Esperanzah, e o show foi espetacular!!!!
Quando falo show espetacular, não tem como separar do som.
Quase impossível um show espetacular com um som muito ruim.
Ao contrário pode até acontecer. Um som espetacular, mas um show muito ruim!
As duas primeiras músicas, é onde normalmente ajustamos as coisas.
Janaísa Cardoso mostra mais uma parte do show no vídeo abaixo.


Porque duas coisas eu tenho certeza nessa vida:
1) Todos nós vamos morrer. 2) Passagem de som é uma coisa. Show é outra.
A galera passa de um jeito e toca muito mais forte na hora!!!!!!!! (risos)
Falei até disso com os músicos na hora do soundcheck.
Eu até entendo que tem a adrenalina da hora do show, do público, dos gritos e aplausos.
Mas... Eu ainda não me acostumei.
E nunca mais esqueço da banda de Frejat passando o som no FIG.
Não eram os músicos tocando, e sim os roadies. Mas eles estavam tocando com uma "pegada" de show!!
Na hora do show, estava a mesma pancada, só que com os músicos da banda, e duvidei que o técnico iria colocar a voz de Frejat no meio daquela massa sonora...
A voz entrou com a mesma pancada do instrumental, e Frejat nem foi passar o som!
Foi uma das vezes que pensei em desistir da profissão.
Lembro até hoje do nome do rapaz. Rodrigo. Sou fã dele até hoje!
Nesse sábado vou operar o som do PA do Ira! no Aldeia Festival.
A banda não passa som, são os roadies, do mesmo jeito de Frejat, só que não vou poder passar todos os instrumentos ao mesmo tempo, como acontece com Frejat.
Depois conto como foi.
Deve ser a próxima postagem aqui do Blog.
Roteiro do show, com minhas observações.
Voltando mais uma vez pro show de Lula Queiroga...
Aconteceu no Teatro do Parque a mesma coisa que aconteceu na Bélgica.
Depois das primeiras músicas, eu fui me esquecendo de onde estava, das pessoas que estavam no ambiente, e a única coisa que me importava era o som ficar legal.
Deu até para filmar algumas partes do show, o que já é um sinal que "a coisa" estava controlada.
Gosto muito quando Lula coloca duas guitarras nos shows dele.
Ficou massa mais uma vez!!!!
Foi um showzaço!!!
Eu achei.

No final, enquanto eu guardava minhas coisas, e vários da cena musical que estavam na plateia, me agradeciam pelo som ao sair do teatro, eu pensei:
Num show desses, o técnico pode perder vários possíveis contratantes!
Não foi dessa vez pra mim, pelo que notei.
Mas que é tenso, é.
Prefiro tremer de frio!!!!!!!
Não deu outra...
Fui comemorar com amigos, com um excelente vinho Tarapacá Reserva, excelentes petiscos, e um excelente bate-papo.
É muito bom deitar a cabeça no travesseiro depois de um trabalho bem feito (e duas garrafas de vinho tinto!).






Quando faço besteiras eu falo aqui.
Por que não deveria falar das vezes que eu achei que ficou muito legal?
Né?
Um abraço a todos.









quarta-feira, 23 de março de 2022

Estesia na Galeria Joana D'arc - O público era dentro do palco. Ou era o contrário?

Estesia em ação. (Foto by Ananda Pedrosa)
Fiz esse trabalho no dia 10 de dezembro de 2021.
Não sei por que não falei dele aqui no Blog...
Pode ter sido eu guardando assunto, caso o projeto do Blog fosse contemplado pela LAB.
Tenho ainda algumas fotos do soundcheck desse show no celular, o que corrobora para meu pensamento acima.
Não poderia deixar de falar sobre esse trabalho, pois acho que foi a primeira vez que operei o som de um show nesse formato.
Já fiz até outro trabalho com o pessoal recentemente, no Teatro Luiz Mendonça, mas vou falar primeiro desse aqui na galeria. 
Fui até falar com a produtora Tainá, pra saber como devo chamar. É uma banda, ou é um grupo? Falo "Da" Estesia, ou "Do" Estesia.
Na dúvida, coloquei só Estesia no título da postagem! (risos)
Tainá me confirmou que é um grupo!
Então... Daqui pra frente, vou falar "O Estesia".
Vamos ao show.

Soundcheck com Miguel e Tomás.

Fui convidado por Vinícius Aquino para fazer esse trabalho. Ele é o técnico do grupo, e não ia poder fazer esse show. Fui como SUB de Vini.
Eu não conhecia o trabalho do Estesia.
Cheguei cedo na montagem dos equipamentos na Galeria Joana D'arc, que fica aqui em Recife, e deu para Vini chegar por lá cedo, para me passar como era o show.
Esse show aconteceu numa área externa, onde armaram um toldo enorme. Pelo que pude notar, este toldo já faz parte da galeria, para acontecer os shows ali.
Já tinha acontecido um show lá anteriormente do Estesia, mas nesse haveriam mudanças.
No primeiro show, o toldo ficou encostado numa parede, onde delimitava o final do palco, e Vini utilizou 4 caixas amplificadas iQ12 da Turbosound, mais uma caixa iQ15B de subgraves, também da Turbosound.
Faltou som, segundo ele me falou.
Por isso, nesse segundo show, Vini solicitou 6 caixas + 2 Subs.
Todo equipamento de som, tanto do primeiro show como nesse aqui, foi fornecido pelo Carranca Live, mais uma área de atuação do Estúdio Carranca.
A outra mudança, foi que o toldo não ficaria encostado na parede.
Colocaram ele no meio da área.
O Estesia ficaria no centro desse toldo, e tudo ao redor seriam as mesas e cadeiras com o público.
E eu lá sem entender direito ainda qual era o conceito...
Mas depois de alguns minutos conversando com Vini, entendi.
O público iria escutar a mesma coisa que a banda estaria escutando. Basicamente era isso.
Abaixo, um vídeo do início da montagem dos equipamentos, no centro da área do toldo.



Ahhhhh...
Enquanto o grupo ia armando seus equipamentos eu conversava com Vini para decidir onde iriam ficar as caixas de som!
O Estesia usa teclados e computadores nos shows. Não tem bateria, não tem baixista, não tem percussão, não tem guitarrista.
Miguel fica nos teclados e sintetizadores, Tomás fica com as batidas eletrônicas, também usa uma guitarra em algumas músicas e processa sua própria voz para fazer alguns vocais, Carlos Filho é a voz principal, e Cleison é o responsável pela iluminação (cênica) e faz também algumas performances com lasers.
Coloquei "cênica" entre parênteses porque o show tem muito a ver com teatro, inclusive Cleison opera a luz em cena, não fica fora do palco, como normalmente acontece com os iluminadores de shows.
Ele faz parte do grupo, não é um iluminador contratado.
Ahh... A voz de Carlos é enviada para Miguel, onde ele coloca efeitos no computador, e esses efeitos são controlados por Carlos, usando um dispositivo no braço, que muda alguns parâmetros e a intensidade desses efeitos de acordo com a posição do seu braço.
Carlos controlando os efeitos com a posição do braço direito. (Foto by Ananda Pedrosa)

Este dispositivo envia os sinais de controle via wireless para um roteador que está ligado com cabo no computador de Miguel.
Esse efeitos saem pelos canais do laptop de Miguel, e nem me preocupo com eles, pois sempre chegam na medida certa. Parece que sou eu que estou dosando com a voz. (risos)
Muito legal!!!!
Para mais detalhes desse sistema, quem tem MIDI, OSC, WiFi e Ableton Live no meio, é só ir na página de Miguel no Instagram e perguntar direto para ele (@miguelsbm). 
No vídeo abaixo, um pouco do que foi o soundcheck.

Estávamos aonde mesmo...?
Ah, conversando com Vini pra decidir onde colocar as caixas.
Duas foi fácil decidir, e colocamos perto da parede onde o toldo ficou encostado no show anterior. Entre essa parede e o toldo, já tinha público. Ok. Caixas apontadas para dentro do toldo, com o som passando pelo público, e indo de encontro aos músicos.
Como a intenção era que o público ouvisse a mesma coisa que os músicos estariam ouvindo, procuramos posicionar as outras caixas de fora pra dentro do toldo, como fizemos com as duas primeiras.
Encontramos um lugar legal para posicionar mais duas caixas nas laterais, que ficaram quase como um side para a banda, mas também tinha público entre elas e os músicos. Perfeito.
As outras duas, à principio, pensamos em colocar na parte da frente do toldo, onde também tinha público, viradas para o palco, como fizemos com as outras quatro.
Mas depois decidimos usar como um PA normal. Encostamos elas nas bases do toldo, uma de cada lado, e apontamos para o público. Essa base do toldo era formada por quatro suportes. Era um toldo quadrado.
Ficou massa.
E as caixas de subgraves?
Os 4 integrantes do Estesia. (Foto by Deborah Barros)

Foi até mais fácil escolher os lugares para elas, pois como muitos sabem aqui (ou não), quanto mais baixa a frequência, menos direcional ela é.
Colocamos as duas caixas, uma em cada base do toldo, formando uma diagonal, e ambas viradas para dentro do palco.
Cobriu perfeitamente toda a área do show, e como a banda fazia parte dessa área, ficou lindo para eles também!!!
O som do show foi estéreo (dois canais), por isso coloquei todas as caixas que estavam na fileira da esquerda no L (Left) e as caixas da fileira da direita no R (Right).
Monitores para os músicos, só tinham dois.
Um para Carlos (vocal), e outro que nem ia colocar, mas a caixa já estava lá, e resolvi colocar entre os outros dois músicos, para caso eles precisassem ouvir algum instrumento específico. Mas usei muito pouco, porque o som do PA já fazia essa função.
O soundcheck foi absurdamente tranquilo, e teve mais cara de um ensaio geral do que soundcheck.
Usamos a mesa XR18 Air da Behringer, onde é preciso um iPad ou um laptop para ser controlada.

Cleison usando os lasers. (Foto by Deborah Barros)

Usei meu iPad para o serviço, usando meu roteador, pois o que vem na mesa não é muito confiável.
Diferente do que eu achava que iria fazer, fiquei parado num ponto do ambiente controlando o som.
Eu achava que iria ficar rodando pelo local, mas tudo estava bem uniforme aos meus ouvidos, e descartei essa ideia do passeio pela área.
Achei também que poderia ter problemas com a voz principal, pelo fato de ter muito som direcionado para dentro do palco, mas isso não aconteceu e tudo fluiu "folgado".
Só na voz de Thaiis, cantora convidada pelo grupo, foi que eu tive que pilotar um pouco o fader, porque ficou querendo realimentar.
Mas deu para controlar tranquilamente.

Público e o Estesia juntos na mesma área. (Foto by Deborah Barros)

O lance de "tá todo mundo junto e misturado" me surpreendeu.
Público e grupo no mesmo palco. Combina muito com o trabalho deles.
Acho que todos gostaram do trabalho (eu adorei!), pois fui chamado para outro, agora num teatro, e mais uma vez substituindo Vini.
Esse show já aconteceu, como falei no início do texto, mas depois eu conto como foi.
Será que o público ficaria dentro do palco também no teatro? Ou seria o contrário?
Foi o primeiro pensamento que me veio à cabeça quando me chamaram para operar o som do grupo no Teatro Luiz Mendonça...
Mais na frente eu respondo.
No vídeo abaixo, um pouco do show na Galeria Joana D'arc com a participação do público, e eu controlando o som via iPad.

Um abraço a todos.

terça-feira, 22 de março de 2022

Corredor 5 - Pra quem quer ouvir histórias dos bastidores da nossa música.

 

Corredor 5 no YouTube. (Clique na imagem para ampliar)
Olá pessoal.
Eu adoro "causos".
De qualquer área, de qualquer profissão.
Mas como vivo do áudio, do som, dos shows e eventos, gosto mais ainda quando esses causos são sobre essa área.
Muitos amigos me perguntavam como foi o show, e ficavam impressionados quando eu contava o que tinha acontecido antes do show ou evento.
Foi por essa curiosidade dos amigos que criei esse Blog.
Que nem começou aqui. Comecei escrevendo para o blog de Silvério Pessoa, para falar dos trabalhos que eu fazia com ele, mas depois resolvi criar meu próprio espaço, onde eu falaria de todos os meus trabalhos, ou de qualquer outra coisa que me desse vontade.
E estou aqui escrevendo desde 2008.
Eu queria passar para as pessoas "normais" o que se passava por trás de um show ou evento.
Quem está "de fora" não imagina o que acontece, e muitas vezes julgam alguma atitude de algum artista, sem nem ter ideia do que o levou a tal atitude.
Julgar alguém ou alguma coisa na internet é muito fácil, né? 
Nem lembro como cheguei nesse canal no YouTube chamado Corredor 5, capitaneado por Clemente Magalhães, ou simplesmente Clê.
Só sei que estou sempre dando uma olhada nas entrevistas... Bate-papo seria o termo mais correto.
Acabei de ver 2h de conversa com Oswaldo Montenegro. Achei muito bom!
Uma boa parte dos amigos pra quem eu indiquei essa conversa torceram o nariz, falando que não curtiam o Oswaldo. Mas mesmo assim pedi para tentarem ver...
Realmente pra mim foi mais fácil, porque não tenho nada contra o Montenegro, muito pelo contrário, gosto de várias de suas canções.
Legal foi ver como foi o caminho dele, que muitos não tem a menor ideia, inclusive eu.
Fora essa conversa, já vi várias outras! 
E parei no meio de algumas (poucas). Normal. Tem conversa que não rende.
Mas na grande maioria das vezes, vejo até o final, e fico maravilhado com as histórias.
Michael Sullivan foi uma dessas!!!
Tem para todos os gostos!!!!
Olhem, que não tenho ligação alguma com o Sullivan, mas a conversa não deixou de ser massa!!!!


Artistas para todos os gostos. (Clique na imagem para ampliar)

Fui dar uma olhada na descrição do canal, e como esse meu Blog aqui, tem "Bastidores" no meio. Não tinha como fugir desse termo.

Corredor 5 - Os bastidores do meio Artístico. (Clique na imagem para ampliar)

Fica aqui minha dica.
Quem quiser testar, pra ver se gosta como estou gostando, clique no link do canal:
Um abraço a todos.
PS: A todos. Independente do gosto musical.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Lei Aldir Blanc (LAB) para os técnicos - Funcionou?

 

Olá pessoal.
Mais uma vez o projeto desse Blog foi aprovado num edital.
O anterior foi pela LAB-Pernambuco.
Agora foi por Recife, Edital Recife Virado, que não é pela LAB, e sim por um Fundo Cultural da prefeitura.
Legal a iniciativa.
Tou me sentindo até importante!
Ou seria "útil para minha área" o termo correto?
Sempre achei que poderia ajudar alguém com esses meus textos, e se não pensasse assim, já tinha parado de escrever, e não teria chegado a 821 postagens. Essa aqui é a número 822.
Pelo contador atual, já passa de 263 mil visualizações de páginas, e se não fosse por um erro meu, onde apaguei sem querer o contador anterior, com certeza este número estaria nos 300 mil, ou bem pertinho, tanto para menos quanto para mais.
Em comparação aos "Reis Das Redes Sociais e YouTubers", esse meu número é bem pequeno, mas para mim, é bastante expressivo.
Mas não vim aqui hoje falar do Blog, e sim dos editais da LAB (PE e Recife) que contemplaram minha classe nessa pandemia.
A classe a que eu me refiro é a técnica, e não a artística.
Artista é uma coisa, técnico é outra.
Pois bem...

Vinícius Aquino falando sobre RF (Rádio Frequência).

Não é segredo para ninguém, que o pessoal de eventos (isso abrange váááááááááááááááááááárias profissões), foi o mais prejudicado nessa pandemia.
Até o dia de hoje ainda temos várias restrições para trabalhar, enquanto todos os outros profissionais estão em pleno exercício de suas funções.
Não tenho ideia de onde eu teria ido parar se não tivesse feito o trabalho de digitalização do acervo da FUNDAJ pelo Estúdio Onomatopeia.
Como falei em texto anterior aqui, o trabalho pelo estúdio foi quem me salvou em 2021.
Esse trabalho deve acabar nesse mês, quando eu volto a ser 100% Freelancer.
E nessa agonia de pandemia, os auxílios emergenciais tiveram uma importância absurda, principalmente para o pessoal que trabalha com shows e eventos.
No meu caso, não consegui o auxílio do governo e nem o auxílio da primeira LAB-PE, pelo mesmo motivo: Valor declarado do IR (Imposto de Renda) acima do valor estipulado.
Nos dois casos, achei um ABSURDO essa condição.
Mas... Não teve jeito, não recebi.
Segui me virando com outros auxílios, inclusive um dos EUA, da Crew Nation, onde recebi 1000 dólares, que deu uns 5000 reais. E só precisei mostrar que eu trabalhava na área de shows ao vivo! Só!
Ahhh... Recebi um auxílio também da Amazon Prime, por ter participado de uma produção audiovisual para TV. Gravei o áudio do Sitcom Tá Puxado, produzido aqui em Recife, que passou no SBT. Só UM trabalho que fiz! Mostrei que tinha feito, e recebi rapidinho.
Nesses dois auxílios que falei agora, tive menos trabalho para receber, do que nos auxílios que me inscrevi aqui da prefeitura e governo.
Tudo bem, tudo bem... Eu sei, eu sei... Nesses dois auxílios que recebi mais rápido e fácil, não tinha dinheiro público no meio, eu sei. Mas acho que mesmo assim não justifica. Os editais são muito burocráticos ainda! Será que não dá para fazer uma coisa segura e prática ao mesmo tempo?
Enquanto isso... Minha Tia e também minha Irmã me ajudavam em 2020 a pagar água, luz e condomínio...
Fui ajudar um amigo na lanchonete dele, onde eu conseguia uma ajuda também. Passei mais de cinco meses lá, se não me engano. Só saí para fazer o trabalho na FUNDAJ.
Uber eu nem podia fazer, pois estou sem carro, e nem sei se compro outro mais na frente.
Acredito que já comentei sobre todos esses casos aqui no Blog.
Mesmo desanimado com a exclusão no auxílio do governo, e no auxílio da LAB 1-PE, continuei me inscrevendo em alguns editais, com ajuda de Janaísa Cardoso.
Sou muito ruim para esse serviço.
Sem contar que até hoje esses editais não são nada intuitivos...
Já comparei até com a prova do Detran-PE, onde as perguntas são formuladas de um jeito, que  induz ao erro.
Pelo menos quando fui fazer essa prova no Detran era assim. Não sei como está hoje.
Pois bem (2)...
Adriano Leão falando sobre áudio básico.

Janaísa conseguiu me convencer a inscrever um projeto do Blog num edital da LAB 1 pelo Governo de Pernambuco.
Nunca passou pela minha cabeça fazer isso.
No começo achei que não iriam dar atenção a um blog. Mas...
E o que eu tinha à perder? Nada. 
Janaísa montou o projeto, e inscreveu ele no edital de "Fruição".
Nunca tinha ouvido falar dessa palavra, que quer dizer: Ação de aproveitar ou usufruir de alguma oportunidade.
Resumindo...
O projeto foi contemplado!!!
Com isso consegui dar uma respirada.
Mas uma respirada de leve, pois continuo lembrando que minha salvação nessa pandemia foi o trabalho pelo Onomatopeia na FUNDAJ!!!!!
Nesse projeto do Blog aprovado no edital de fruição, eu tive que escrever 4 textos por mês, durante 3 meses.
Não foi muito calmo esse processo, porque não escrevo por encomenda. Escrevo basicamente sobre os trabalhos que eu faço, e na pandemia esses trabalhos foram raros!
Mas segui em frente. 
A ajuda da LAB 1 PE foi bem-vinda, com certeza.
Aí surgiu um novo edital da LAB 1 PE, que seria uma premiação direcionada aos técnicos que comprovassem seu tempo de serviço na área cultural.
Como era uma premiação, a questão do imposto de renda e contemplação em editais anteriores da LAB não seriam levadas em consideração para impedir essa premiação.
Me inscrevi novamente.
Esse edital de premiação foi conseguido principalmente por causa da ação de alguns colegas e amigos que trabalham atualmente no Governo, e conhecem as necessidades da classe técnica.
Esse conhecimento é porque eles são técnicos também, ou convivem diretamente com esses profissionais.
Roze foi uma dessas pessoas, que levou essas necessidades para o governo, gerando essa premiação, e ainda ajudou muita gente num grupo ao qual participo chamado "Técnica PE", tirando as dúvidas de como fazer a inscrição para o edital.
Fui contemplado com essa premiação!
Muitos outros técnicos também!!!
Já começou a melhorar, porque a classe técnica começou a ser enxergada, pois antes essa visão estava em cima apenas dos artistas!
No áudio desde 1987, achei muito justo eu conseguir esse prêmio, diga-se de passagem.
Aí veio a LAB 2.
Carlinhos Borges falando sobre protocolos de conexões digitais.

Tou tentando lembrar agora aqui onde me inscrevi na LAB 2...
Ahhh! Me inscrevi no edital LAB 2 PE de aquisição de bens, tentando melhorar meu setup profissional, onde solicitei monitores profissionais, gravador portátil, entre outras coisas.
Mas como eu havia sido contemplado em editais anteriores da LAB (Blog e Técnico), minha inscrição no edital de bens nem foi analisada.
Mesmo sendo um edital para um outro auxílio, totalmente diferente dos que fui contemplado anteriormente, achei muito mais justo do que injusto essa condição que me excluiu.
Continuei seguindo em frente (como sempre diz meu Amigo Silvério Pessoa), mais tranquilo por causa do trabalho contínuo na FUNDAJ.
Mesmo assim... Em 2020 estourei minha conta no banco que abri em 1990, e estourei um cartão de crédito.
Perdi o plano de saúde, que só estava segurando porque estava pagando com o cartão, e assim foi surgindo a bola de neve...
Mais na frente quito esses débitos.
Aí Janaísa falou que iria inscrever o Blog noutro edital.
De novo??? Perguntei.
Aí ela explicou que agora seria pela Prefeitura do Recife e não tinha nada a ver com a LAB.
Tá... Não vou perder nada com isso, né? O máximo que pode acontecer é o projeto não ser contemplado.
Mas foi!
E estou aqui escrevendo esse primeiro texto.
Agora serão apenas 2 textos por mês, durante 3 meses.
Foi a única coisa que pedi para Janaísa. Diminuição da quantidade de textos.
Ainda é muito difícil eu escrever 1 texto por semana durante 3 meses.
Prefiro não fazer.
Quantidade de textos diminuídos, ok. Vamos nessa!
Vamos para o assunto principal que eu tinha escolhido para esse texto.
Me perdoem pela introdução, que eu achava que seria breve, mas sempre me empolgo.
Surgiu outra inscrição por Recife, agora pela LAB 2.
Mas eu não estava me inscrevendo. Outras pessoas fizeram essa inscrição no Edital Sérgio Valença Pezão de Formação Técnica - LAB.
Já falei de Pezão aqui no Blog várias vezes. Um grande amigo que conheci na área de eventos. Já foi iluminador de Alceu Valença, e viveu de shows e eventos até o dia de sua morte. Querido por todos que fazem parte da classe artística/técnica/eventos.
E que sempre lutou por uma formação técnica aqui em Recife, para melhorar o nível profissional.
O sonho dele era transformar o prédio famoso da Torre Malakoff aqui no Recife, construído entre 1853 e 1855, numa escola técnica para profissionais de eventos!
Adquirir, passar, trocar conhecimentos! Esse era o lema dele. Melhorar sempre o nível técnico dos eventos.
No centro, a Torre Malakoff. Foto by @andre_fbf.

Grande Pezão... Acho que essa homenagem deveria ter sido feita com ele vivo, mas...
Antes tarde do que nunca, né?
Quando me explicaram como seria esse edital com o nome de Pezão, vi que era a cara dele!
E vi também que era muito diferente dos editais anteriores.
Vou tentar resumir como foi o edital.
Gera Vieira falando sobre alinhamento de sistemas de sonorização.

Quem fosse contemplado, teria que montar um curso, onde participariam 20 profissionais, que receberiam uma bolsa de R$ 5000,00 para participar desses cursos.
Foram 15 pessoas/empresas contempladas nesse edital, onde cada um recebeu uma quantia (acho que foi 150 mil - pra mim não é relevante), onde 100 mil reais era para pagar os bolsistas, e o restante era para a pessoa montar os cursos, pagar os professores etc.
Achei espetacular o edital.
Um auxílio financeiro (EXCLUSIVO!) para os técnicos, onde a única coisa que eles deveriam fazer, era participar das aulas. Ou seja... Adquirir conhecimentos. Reciclar.
Vou fazer questão de colocar os 15 cursos contemplados aqui no texto para vocês terem uma ideia da dimensão da coisa:

01 - Curso formação de audiodescritores para museus.
02 - Práticas e saberes em iluminação e fotografia.
03 - Curso de roadie e direção de palco.
04 - Qualificação profissional em processos fonográficos para técnicos de som que sejam integrantes de grupos tradicionais de cultura popular do Recife.
05 - Curso das artes técnicas integradas (som, luz e produção).
06 - Feminismo e audiovisual para reinventar o audiovisual - Desenvolvimento de roteiro, direção, direção de fotografia, som direto, montagem.
07 - Oficina de produção de curtas.
08 - Reciclagem de conhecimento técnico em áudio com foco nas tecnologias digitais.
09 - Oficina de som direto.
10 - Oficina de luz e NR35 para técnicos das artes circenses.
11 - Palco escola técnicas de sonorização para shows.
12 - Produção fonográfica, produção musical / Brega.
13 - Projete sua estratégia - Ferramentas do design, artesanato, design e moda.
14 - Treinamento em painel de LED.
15 - O Recife qualifica cultural - Módulo Samba (Produção, captação para projetos, design, adereços e fantasias, afinação de instrumentos de percussão, percussão, cabrocha e mestre sala, alegorias).

Gostaram?
Eu achei massa!!!!!
Fazendo uma conta rápida, 20x15=300.
Como me falaram que teve curso que contemplou mais de 20 bolsistas, podemos afirmar que mais de 300 profissionais foram beneficiados.
Nem tou contando com os palestrantes/professores...
A cara de Pezão, e um edital muito bem elaborado, abrangendo várias áreas de shows e eventos!
Mais uma vez, a participação de colegas e amigos técnicos, agora na prefeitura (Sávio, Ricardo Cruz etc), possibilitou tal visão para os gestores.
Começaram a nos enxergar?
Acho que sim.

Equipamento usado para rastrear sinais de RF.

E essa participação de pessoas ligadas a nossa área nas gestões da prefeitura e/ou governo é importantíssima! Não só para os profissionais de shows e eventos, viu? Para os gestores também!!!
Eu participei do curso 08 (Reciclagem de conhecimento técnico em áudio), montado pelo Estúdio Carranca.
Foram 4 aulas virtuais pelo Zoom, com os temas:
1- Áudio básico (Adriano Leão), 2- Rádio frequência (Vinícius Aquino), 3- Protocolos de conexões digitais (Carlinhos Borges) e 4- Alinhamento de sistemas de sonorização (Gera Vieira).
Essas aulas virtuais eram pra ter somente 1h de duração, mas em todas a gente passou de duas horas (ou até mais) de trocas de informações.
Depois disso, tivemos as aulas práticas. Dois dias no galpão da empresa Luminário.
Das 8h às 17h, sendo um período do dia para cada tema.

A "galera" do áudio.

No final do último dia, conversando com Gera, um dos palestrantes, falei que a gente precisava mais disso, mesmo sem receber para participar.
Acredito que todos os 20 profissionais que participaram do "evento", incluindo também os que montaram o projeto, saíram bastante satisfeitos com o resultado.
Sempre bato muito em prefeitura e governo quando o assunto é shows e eventos. Na maioria das vezes tenho motivos fortes para isso.
Demora no pagamento dos cachês, horários dos shows dos artistas locais nos eventos, artistas locais que não tem direito de hotel em festivais em outras cidades, tendo que voltar pra Recife depois dos shows etc, etc, etc...
Discordei recentemente desses mesmos colegas que estão na prefeitura, quando mostraram um edital onde seriam contemplados APENAS os técnicos que foram contratados pela prefeitura para os polos oficiais do Carnaval do Recife em 2019/2020.
Acho que deveria ser igual como foi feito o edital da LAB PE, onde todos os técnicos puderam participar. Poderiam abranger mais profissionais. Mas... Apenas uma opinião pessoal.
Pra finalizar, vou usar a frase famosa: "Dai a César o que é de César".
Achei um "primor" esse edital dos cursos pela LAB da Prefeitura do Recife.

Parabéns a todos os envolvidos.
Não ouvi falar de coisa igual nos meus grupos de áudio que incluem técnicos de todo o país.
Ahhhh! Para dar sentido ao título dessa postagem, vou dar minha opinião.
Pelo meu ponto de vista do geral, eu conseguindo ou não ser contemplado nos editais, eu concordando ou não com os colegas e amigos da prefeitura e governo, acho que a LAB (Lei Aldir Blanc) aqui em Recife funcionou.
Mesmo eu só recebendo os outros 50% desse projeto aqui do Blog só depois de 3 meses, que complica quando estamos falando de auxílio emergencial, no geral continuo achando que funcionou bem.
Usarei mais uma frase, que eu vi numa postagem do meu amigo Thadeu, técnico de Caruaru, filho do grande músico Camarão. Não vou usar as palavras iguais porque não lembro, mas dizia mais ou menos isso:
"O melhor auxílio que podemos ter, é poder trabalhar".
Penso do mesmo jeito.
Não está nos meus planos viver de auxílios.
Mas a LAB deu para mostrar para prefeitura e governo nessa pandemia, que dá para fazer projetos interessantíssimos, como esse edital dos cursos.
Lembram do prédio da Torre Malakoff que Pezão falou?
Pois é...
Que venham outros editais e projetos iguais, e sem ser para auxiliar algum profissional que não pode trabalhar, e sim para melhorar o nível dos nossos profissionais e eventos, como queria nosso Amigo Big Foot.
Por que não usar FUNCULTURA ou Lei Rouanet para financiar editais como esses que falei aqui? Para os técnicos também, não só para os artistas.
Será que eu estou delirando?
Um abraço a todos.