quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Show de Silvério Pessoa em Palmares – A gravação ficou legal, mas o som no PA...

Olá pessoal.
Não tirei nenhuma foto deste trabalho. Tudo foi muito rápido, tirando o enorme engarrafamento na BR devido a um acidente. Chegamos muito atrasados no local por causa disso.
Não tínhamos hotel. Era chegar no local, passar o som, ir jantar, voltar para fazer o show, e voltar para casa logo após o show. Tomei um banho em casa especial para a missão.
Tinha tudo para dar certo neste trabalho, mas não deu.
O equipamento era muito bom, PA FZ, mesa PM5D RH, Normando no monitor, equipe no palco competente...
Fizemos um sound check extremamente rápido, e a qualidade do equipamento ajudou nisso. Tudo saiu certinho, mesmo com pouco tempo para passar o som porque chegamos muito tarde.

Foto roubada do Facebook do artista.
 
Os músicos falaram enquanto íamos para o jantar, que eu só fui rápido no sound check porque era o mesmo equipamento que eu opero no SESI Bonecos.
Realmente era o mesmo equipamento. Bizasom.
O jantar foi legal, teve filé à parmegiana e pizza. Fiquei no filé.
Voltamos para o local do evento e aguardamos dentro do ônibus a nossa hora. Optamos por ficar no ônibus porque no camarim as frequências sub-graves fazem vibrar as divisórias causando um ruído contínuo muito chato.
Organizei-me para gravar o show, peguei dois cabos no palco e quando já ia para a house mix fazer as ligações, me lembrei que não tinha levado minha placa de áudio nova, a Fast track Ultra.
Uma pena, pois o sound check ficou muito legal e tinha tudo para sair uma gravação legal.
O show começou e já nas primeiras músicas ouvi um ruído no PA.
Pensei até que era algum canal de instrumento dando problema, mas não era (ou quase, depois explico). Eu tinha visto o show anterior ao nosso e não tinha nenhum ruído no som. Porque no meu tinha?
Porque meu volume de som estava muito acima do volume do show anterior que era mais intimista e nem bateria tinha. O meu volume mais alto fazia vibrar mais as caixas de som e esta vibração estava causando algum problema nas conexões entre as caixas.

Foto roubada do Facebook do artista.
 
Meu amigo Gera, técnico de áudio contratado pela Fundarpe, era o responsável técnico do evento. Ele tentou, junto com o técnico contratado da Bizasom que não lembro do nome agora, resolver o problema durante todo o show, mas não tivemos sucesso. Foram refeitas várias ligações nas caixas, trocaram cabos, desligaram caixas, mas o problema persistiu durante todo o show. Uma pena, pois a mixagem estava bem redondinha.
No outro dia liguei para Gera perguntando se acharam o problema ou se eles viram que o problema foi meu.
Realmente o problema foi nas conexões das caixas, e não foi resolvido na hora do meu show porque eles procuraram o problema nas conexões das caixas responsáveis pelo médio-grave/médio/agudo, e o problema estava nas conexões de duas caixas de graves no lado direito do PA.
Consegui a gravação deste show posteriormente e comprovei que o problema foi (quase todo) no PA mesmo.
Porque quase todo?

Foto roubada do Facebook do artista.
 
Escutando a gravação do show, notei uns três ou quatro pequenos ruídos, que acredito que sejam do canal do acordeom, pois eles aparece exatamente na mesma posição que eu coloquei o instrumento no panorâmico do som, pendendo um pouquinho para a direita.
Como não aparece na gravação mais nenhum ruído fora estes poucos que ouvi, comprova-se que os vários ruídos que ocorreram durante todo o show foi realmente um problema com as caixas de som.
Quem quiser pegar o áudio deste show, segue o link.
Acho que este foi o texto falando sobre um trabalho mais rápido do Blog!
Um abraço a todos.

No Ar Coquetel Molotov – Lembram-se do que falei sobre combinar? Foi tenso.


Olá pessoal.
Segunda-feira...
Vendo aqui o PAN na televisão, resolvi começar o texto falando sobre o trabalho que fiz no Festival No Ar Coquetel Molotov com a empresa PA Áudio.
Não sei como foram os outros dias, só trabalhei neste que falo aqui.
Este evento aconteceu no outro dia do trabalho que fiz no Summerville com Silvério Pessoa.
Logicamente, dormi pouco. Tinha que chegar no Teatro da UFPE às 9h da manhã.
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Hoje já é quarta-feira, dia 26 e nem estou mais em casa vendo TV. Na realidade, só consegui escrever as seis linhas antes destas lá em casa. 
Estou na casa dos meus Pais adotivos. Os pais da minha ex-esposa.
Deixei meu carro para uns ajustes na concessionária que fica aqui perto, e vou ficar o dia aqui aguardando o término dos ajustes.
Meu escritório vai ser aqui hoje. Resolvi então recomeçar este texto já que tenho o dia todo para fazer isso enquanto aguardo.
Cheguei como combinado às 9h da manhã no teatro.
Fui como contratado da PA Áudio para ficar responsável pelo som da frente (PA) do teatro. No monitor, estava mais uma vez meu amigo Arnaldo, funcionário da empresa.
Seriam quatro bandas neste dia, incluindo uma de fora do Brasil.
Todas as quatro atrações fariam sound check.
Por ordem de apresentação, Rômulo Fróes, The Sea And The Cake, China e Racionais MC’s.
Ao contrário do que eu imaginei, só China levou os dois técnicos de áudio. Tive que fazer o som do PA para o restante.



Rogério (PA Áudio) me passou como estava funcionando a coisa, pois eu só iria fazer este dia para substituí-lo. Canal do vídeo, do CD, do locutor, mandadas para gravação, para rádios, etc. Aconselhou-me deixar sempre os canais do vídeo e do locutor abertos, etc.
Sabe aquela velha frase: Se conselho fosse bom, se vendia? Aqui neste trabalho serviu como uma luva. Explico mais adiante isso.
Montei uma cena ao meu gosto e esperei pela primeira banda para fazer o sound check.
Não teve nada de muito anormal no sound check das bandas. Alguns atrasos... Só isso.
Acho que este texto vai ser breve!
O sistema de som era muito bom. Caixas line array DAS AERO50, sub-graves FZ, mesa de som Venue.
Como fazia muito tempo que eu não conectava meu laptop via wireless com a mesa Venue, vim aqui no meu Blog ler o que eu mesmo tinha escrito sobre este assunto para ver como se fazia, pois não me lembrava direito. (risos)

 
Na realidade, só me conectei com a mesa uma vez e isso aconteceu no workshop da Avid que aconteceu aqui em Recife.
Li, fotografei a página por segurança e deixei a foto do texto na minha área de trabalho no laptop. Mas nem precisou. Tudo é muito simples.
Rogério tinha me falado que o técnico de áudio de China queria usar o recurso do wireless porque o som que se escuta na mesa de som que fica embaixo do mezanino é diferente do que se escuta sem estar embaixo dele.
Levei meu roteador, fiz a conexão sem fio normalmente com meu laptop e controlei a mesa sem nenhum problema.
Só que o mesmo não aconteceu com o Ipad do técnico de China. Alguma configuração do “brinquedinho” dele não estava legal. A conexão acontecia, mas ele não conseguia movimentar os faders e os botões pelo Ipad.
Acabou usando meu laptop para fazer os ajustes.


Estou agora devidamente acomodado na sala do meu apartamento (alugado), vendo um jogo de vôlei entre Brasil e EUA no PAN, enquanto bebo um vinhozinho com meu pratinho de petiscos (salaminho, queijo sem ser parmesão e azeitonas). Vamos ver se consigo acabar este texto hoje. Falta pouco. 
Nem imaginam que paro tanto de escrever e continuo depois não é? 
O nome desta técnica de escrever é chamada de Jack, O Estripador. Vou fazendo o texto “por partes”.
Foi tudo tranquilo no sound check de todas as bandas. Deu até tempo de almoçar e de jantar sem problemas, coisa não muito comum nestes festivais. A quentinha do almoço estava muito boa e o sanduíche de carne no jantar estava muito legal também. Comi dois sanduíches de pão francês.
O Brasil perdeu o primeiro set, 25 a 18 para os EUA.
O jogo promete.
Esperei pelo começo do evento.
Devia ter acertado meu cachê em R$ 1,00 por cada vez que dei informações sobre quais seriam as atrações da noite e de que horas seria o show do grupo Racionais MC’s. Tenho certeza absoluta que ganharia muito mais!
Tudo foi acontecendo dentro do previsto. Um pequeno (nem tanto) atraso no início do primeiro show, mas nada de absurdo como o que aconteceu no evento aqui em Recife com Luan Santana.
Achei legal o som que fiz para o Rômulo Fróes e não gostei do resultado do meu trabalho com a banda gringa. Até aí tudo normal também, pois nem me assusto mais em não gostar do resultado de algum trabalho que faço.
Achei muito legal o som do show de China, mesmo em certos momentos achando que estava muito alto, mas deve ser a idade. O show foi muito legal, mas a maioria da galera que foi naquele dia foi para ver Racionais MC’s. A mudança de público era constante, e já no meio do show de China, começou a chegar o pessoal com boné e calças largas.
Tinha tudo para fechar a noite com “chave de ouro”, sem nenhum problema, mas chegou a hora do show de rap. 
O Brasil tá reagindo neste segundo set. Não deve perder este porque já está 19 a 10.
O clima começou a ficar tenso no teatro, muita gente entrando e muita gente querendo entrar. Não tinha mais espaço no ambiente. Antes de acabar o show de China, apareceu um rapaz me falando que o sinal que estava sendo enviado para a rádio tinha sumido. Sumido? Como? Fui ver as mandadas na mesa e estava tudo certo. Fui conferir os cabos, e vi que estava tudo desconectado! Inclusive o transmissor sem fio da MTV, que encontrei jogado no chão.
A “muvuca” era grande perto da mesa e eu não tinha segurança suficiente. No começo não tinha nem um para me dar uma cobertura. Passei o rádio para a produção e solicitei no mínimo dois!
Invadiram o teatro! Parecia um arrastão! E eu sozinho na mesa de som. A entrada principal “desembocava” exatamente ao lado da mesa de som!!!! Imaginaram?
Estava difícil trabalhar porque muita gente queria passar pelo corredor onde estava a mesa. Mesmo com uma fita limitando a passagem, tive que barrar várias pessoas e informar que tinham que fazer um desvio. A maioria até aceitou, mas teve uma garota que deu um escândalo quando eu falei que ela não poderia passar por ali enquanto ela simplesmente levantava a faixa que limitava o acesso. Neste momento eu já tinha dois seguranças perto, mas não estavam tão perto assim, não é?
Eu estava fazendo o trabalho deles!
O Brasil ganhou, 1 a 1 em sets.


O espaço foi inchando... O show começou.
As pessoas começaram a subir nas poltronas do teatro. E logo depois de uns 10 minutos de show, os dois seguranças que estavam na mesa de som simplesmente sumiram!!!!!!!!!!!
Lasquei-me, pensei. Isso não vai acabar bem.
A energia caiu, o som parou. A energia voltou. Recomeçou tudo.
Nunca tinha visto um show de Racionais. Todos cantavam todas as músicas. Parecia uma seita!
Normalmente num show sempre vejo pessoas que estão fazendo outras coisas em determinados momentos, mas neste show todos estavam olhando para o palco e cantando as músicas. Até o iluminador da PA Áudio fazia parte da “tribo”! Enquanto trabalhava, cantava junto com a galera e dançava ao lado da mesa de luz!



Um pouco depois do início do show, acho que não passou nem trinta minutos, começou um ruído no som (hummmmmmmmmmmmmmmmmmmm).
Parecia uma realimentação nos graves. Comecei a cortar os canais e nada!!!! Como pode? Teve um momento que fechei todos os canais da mesa e o hummmmmm continuou.
Pensei que era um problema no sistema de som (processador ou caixas de som). Baixei o máster da mesa e o ruído parou. Com isso deduzi que o problema não era no sistema, ou era a saída da mesa ou era algum canal que esqueci de fechar.
Mas eu tinha certeza que fechei todos os canais! Foi aí que lembrei da outra página de faders!!!!



Brasil 2 EUA 1. Ganhamos o terceiro set.
Numa mesa digital, um fader pode controlar vários canais. Na primeira página (A) desta mesa controlo os canais 1 ao 24.
Na segunda página de faders (B) tenho o controle dos canais 25 ao 48.
Nesta segunda página estava o canal do vídeo, e foi justamente nele que estava o problema. O responsável pelo vídeo simplesmente desplugou seu equipamento (para ir pra casa mais cedo) e não avisou a ninguém que iria fazer isso. Deve ter jogado o cabo aleatoriamente e o mesmo deve ter encostado em alguma parte metálica e o ruído apareceu forte.
Se... (Sempre tem o SE para tentar justificar a merda não é?)
Se eu tivesse olhado para o monitor (tela) da mesa (que mostra todos os canais, independente da página de fader que você está) teria resolvido o problema em um tempo infinitamente menor!
Paciência... Aprendi mais uma.



Diferentemente do show de China, onde o próprio cantor chamou a galera ao final do show para subir ao palco e participar (até este momento ninguém tinha subido no palco), no show de Racionais a galera foi invadindo mesmo sem ser chamada, pois não tinha nenhuma proteção que evitasse tal invasão. Por isso os meus dois seguranças sumiram!
Foram convocados para tentar evitar esta invasão. Não tiveram sucesso.
Invadiram o palco de um jeito que tinha gente até na frente das caixas de som que não estavam suspensas.

Final do show de China.

Nem sei como aquele pessoal aguentou o volume alto no “pé do ouvido”!
Eu não via nada no palco porque todos estavam em cima das poltronas na minha frente, tive que subir na minha cadeira para poder ver o palco e saber o que estava acontecendo.

Racionais MC's
Dizer que um show como este combina com um teatro, para mim é uma ingenuidade. Acho que a produção do evento teve sorte de não ter acontecido uma coisa mais grave.

Racionais
Brasil ganhou! 
3 sets a 1.

Racionais
O vinho que tomei hoje foi o Santa Carolina (Reservado) Carmenére.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Show de Silvério Pessoa no Summerville – Usando o SAC/SAW da RML Labs.


Olá pessoal.
O SAW foi o primeiro software de gravação multitracks que eu usei em estúdio, e isso foi há muito tempo atrás.
SAW quer dizer Software Audio Workshop.
Usei durante um bom tempo, mas devido a complicações na parte de edição, resolvi mudar para outro software chamado Vegas.
Não passei nem um mês com o Vegas e mudei novamente de software, indo para o Pro Tools, que naquela época estava começando a aparecer para o mercado.
Usei por muito tempo o Pro Tools, chegando ainda a testar o Nuendo, mas quando saí do estúdio ainda gravava no Pro Tools.
O Pro Tools hoje em dia está em milhares de estúdios de gravações. 
Mas atualmente no meu laptop uso o Nuendo, pois gostei muito de umas funções na parte de edição, que é o que uso mais nos meus trabalhos de montagem de áudio para VT e Spot publicitário.
Porque estou falando tanto em software de gravação?
Porque a mesa de som deste show de Silvério Pessoa no Hotel Summerville foi um equipamento baseado no SAW.


O nome do equipamento se chamava SAS (Solar Audio System). E o proprietário (Sérgio) me falou que está tentando patentear o equipamento. Inclusive, ele falou que a próxima melhoria seria implementar a tela "touch screen" (sensível ao toque).
Fui no site da RML Labs e vi que o software é criado lá e eles vendem e a pessoa monta o equipamento como desejar.
O nome do software é SAC (Software Audio Console).

Estádio do Arruda.

Como eu queria que o povo brasileiro se unisse como uma torcida de futebol, todos torcendo, gritando, chorando, pagando 4 reais numa garrafinha de água mineral de 500 ml sem reclamar muito, lutando por uma só razão, por uma só paixão.
Enquanto via o jogo (da série D do campeonato brasileiro) do meu querido Santa Cruz no campo lotado com 60 mil pessoas fiquei imaginando isso.
Noto que os brasileiros lutam mais por suas paixões do que por um país melhor.
Eu mesmo sou um deles, que não participei de uma marcha contra a corrupção que aconteceu aqui em Recife dias antes deste jogo de futebol da série D!

Mais de 60 mil pessoas.
 
Sou acomodado como a maioria dos torcedores que estavam naquele campo e que também não saíram de casa num feriado para protestar contra a corrupção no nosso país.
Nossos valores estão bastante invertidos, creio eu.
Prometi a mim mesmo que não poderia deixar de ir à próxima marcha, que tenho certeza que vai acontecer novamente!


Ao chegar ao hotel, fui aprender como funcionava o sistema montado por Sérgio Boi (é este o nome dele no mercado).
O equipamento ficava no palco, e eu poderia controlá-lo da frente do palco usando um laptop via wireless.
Enquanto os músicos iam armando seus equipamentos, eu fui perguntando para Sérgio como funcionava “a coisa”.
Como todo equipamento (ou quase todo), este tinha os pontos positivos e os negativos.
E o que vou falar aqui é uma opinião minha, não quer dizer que todos vão sentir isso ao manusear o equipamento.
Vou tentar nem me estender muito no assunto, pois acaba ficando chato. Já vi que os leigos não vão entender muito sobre o que vou falar, mas não tem como eu deixar de falar sobre o assunto, pois foi a primeira vez que trabalhei com tal equipamento.
Por isso, não vou ficar chateado se os leigos parassem de ler aqui este texto. Realmente vocês não vão entender nada.



Achei que o equipamento, pelo pouco tempo de contato que tive com ele, tem mais pontos negativos que positivos. Pelo menos neste dia eu senti isso. Pode ser que com outro contato e com algumas coisas funcionando que neste dia não funcionaram, eu tenha outra impressão.
O que achei de positivo?
O equipamento é muito pequeno, fácil de transportar e dá para colocar num pequeno espaço no evento.
O custo deve ser bem menor do que comprar uma mesa digital (este ponto positivo é mais para o dono da empresa).


Podemos usar excelentes plugins, mesmo sabendo que é muito difícil alguém comprar todos aqueles plugins que estavam no equipamento, pois sei que é uma fortuna!
Os plugins (ou a grande maioria) deveriam ser “piratas”, como o Nuendo que eu uso aqui no meu laptop. 
Estou até vendo a possibilidade de comprar um original. Impressionantemente (não esperava) o preço do Nuendo que encontrei aqui no Brasil passava dos R$ 5.000,00.
Nos EUA custa U$ 1.800,00. Salgado, não?
Estou vendo uma solução.
Nem as grandes empresas de som daqui de Recife tem pacotes grandes de plugins nas suas mesas Venue, pois não dá para usar (ainda) os “piratas”.
Outro ponto positivo, mas quando se tem tempo sobrando, é que podemos fazer diferentes regulagens (equalização, compressão, efeitos, etc) dos canais de instrumentos para cada via de monitor. Cada via de monitor tem uma mesa independente!
Usar o laptop na frente do palco via wireless para controlar o equipamento que está no palco sempre é um ponto positivo.
Outra coisa muito legal é que é muito fácil gravar todos os canais separadamente. Pelo que entendi, o sistema grava exatamente com os ajustes que eu dei nos canais para o som da frente. Os nomes já vão direto para os tracks de áudio, não precisa escrever nada, é só dar o REC e pronto, a gravação começa. Muito prático.
Logicamente eu pedi para Sérgio gravar o show e vou abrir aqui os tracks separados no meu Nuendo (pirata) para dar uma mixada.

Usando o laptop no sound check.

Vamos aos pontos negativos.
Achei muita informação para pouca tela. Mesmo Sérgio colocando algumas páginas nas teclas F1, F2, F3, F4, F5 e F6 do teclado, ainda perdi muito tempo para chegar onde queria, principalmente porque nunca tive contato com o equipamento. A tela do equipamento não era pequena e mesmo assim achei que faltava tela para a quantidade de informação. No laptop piorou a situação!
Perdi muito tempo re-equalizando os canais para as diferentes vias de monitor. A opção de uma mesa diferente para cada via é legal, mas perde-se muito tempo para fazer o monitor. Poderia haver uma opção para se usar as mesmas regulagens dos canais que foram feitas para o som da frente no envio para as vias de monitor.
Como os ganhos dos canais são físicos e estes ficam acoplados ao sistema no palco, não podia aumentar ou baixar o ganho pelo laptop. Muito ruim isso. Tem que ir no palco para mexer nos botões de ganho.


Outra coisa muito negativa era que eu não podia mexer nos plugins usando o laptop.
Para se fazer isso, todos os plugins devem ser instalados também no laptop que vai ser usado no trabalho. Imaginaram a bronca?
Já parei aqui para trabalhar nos áudios de GM, já tomei meu leite com Nescafé acompanhado de torradas Balducco, ovo mexido e presunto e vi o jogo de vôlei feminino entre Brasil e Cuba no PAN. 
Dei uma diminuída no adoçante porque minha (ex) sogra e minha irmã me falaram que o produto não estava fazendo bem às pessoas. Elas vivem ligadas nestas notícias. Se é verdade, eu não sei. 
Aconselharam-me trocar o adoçante pelo açúcar Demerara. Um açúcar que não é processado como aquele branquinho que normalmente conhecemos, ele é meio escuro como se fosse um açúcar mascavo. Ele é bem mais caro que o branquinho, mas já troquei. Quem sou eu para discutir com as minhas enfermeiras, não é verdade? 
Vou parar novamente aqui para editar os áudios. Antes eu só tinha preparado o roteiro para o locutor gravar. Agora ele está me enviando as locuções. 
Volto daqui a pouco para finalizar esta nossa conversa.
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Hoje já é quarta-feira, e ainda estou trabalhando nos áudios de GM. Comecei a escrever este texto na segunda-feira.
Não vou me alongar mais neste texto. Também já falei quase tudo sobre o trabalho.
O sistema de som foi mais que suficiente para o show. Ele era formado por uma caixa de sub-graves mais duas caixas “tipo” line array por lado. Não lembro a marca das caixas line array. As caixas de sub-graves, se não me falha a memória, eram da marca Attack.
Não sou muito de ficar olhando marcas. Coloco Lisa Stansfield para tocar no meu laptop e escuto o sistema, e neste dia vi que não teria problemas com o som porque o sistema falou a contento.
Depois de fazer o sound check (que não foi curto), fui com toda a nossa equipe para um camarim improvisado no hotel para aguardar a hora do show.
O combinado era que o show seria depois do jantar. Seria...
Mas não foi.
Mudaram os planos e me avisaram que o show seria na hora do jantar!


A primeira coisa que fiz quando cheguei lá na frente na hora do show foi baixar 3 dbs do máster.
Não tive nenhum problema com o laptop no controle do equipamento que estava no palco. Não perdi o sinal em nenhum momento. Ainda deu para tomar umas duas tacinhas de vinho enquanto trabalhava sentadinho numa cadeira.


Minha opinião sobre show na hora do jantar continua a mesma. Procurem em textos anteriores. Continuo achando que não combina.
Do mesmo jeito que não combina show de Racionais MC’s num teatro!
Falo deste outro trabalho que participei num próximo texto.
Um abraço a todos.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Rapidinha 136 - Escravo do trabalho?

Enquanto comia com um Amigo uma galinha de cabidela no Bar do Tonhão, tive que conferir um roteiro de um áudio para ver se o tempo estava certo para o locutor gravar a locução.
Este Amigo (que tirou estas duas fotos), enquanto conversávamos e depois de me ver montando meu setup, comentou para eu ter cuidado para não me tornar escravo do trabalho.

Eu me divirto com esta possibilidade de trabalhar (e ganhar uns trocados) em qualquer lugar (e a qualquer hora) onde minha internet da Claro funcione.
O maior exagero que fiz foi editar um áudio num motel!
Pensando bem... Será que sou um escravo e não sei?

sábado, 1 de outubro de 2011

Mudança de Palco 038 - Simplesmente Janelle Monáe.


Tive o prazer de conferir o show de Janelle Monáe aqui em Recife.
O show dela foi um dos que antecederam o show de Amy Winehouse.
Não tenho dúvida que ela é um caminho sem volta.
Querem apostar?
Dá gosto ver (ouvir) o show desta "menina".