terça-feira, 23 de junho de 2020

A palavra é: Adequação.

Olá pessoal.
Pois é...
A palavra do momento, e não sei quanto tempo vai durar isso, é ADEQUAÇÃO.
Se eu falar que gostei, estou mentindo.
Não curti esse primeiro trabalho na pandemia.
Muito tempo com a máscara, não consigo controlar os "toques" nas coisas, sempre tirava a máscara pra passar o som dos microfones e monitores.
Não foi "relax", principalmente porque não sou um cara muito cuidadoso nessas medidas de proteção. Só vou pensar nos riscos, depois que fiz o movimento.
Nem sempre passava álcool nas mãos depois de alguma ação.
Esse ato pode até ser tranquilo em casa, sentado no sofá, vendo uma Live.
Mas num trabalho, além de se preocupar com um vírus, ter que passar o som dos instrumentos, fazer o monitor dos músicos, gravar os áudios, e ainda com um tempo muito curto, qualquer paradinha arriscava não poder concluir o trabalho.
Gosto do iPad como uma ferramenta a mais pra ajudar num trabalho com uma mesa de som.
Ele sendo a ÚNICA ferramenta, não curto também não.
Mas deu para fazer.
Isso é o que importa.
Mesa digital XR18 controlada pelo iPad, enviando os canais para gravação no Cubase.
Vou tentando me adaptar a este novo "modus operandi".
Por enquanto, é só o que me resta.
O mais correto seria falar: É só o que NOS resta.
Né?
Boas adequações aí pra vocês.
Um abraço a todos.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Covid-19 - A pandemia mudando os hábitos. Será?

Show do cantor Mads Langer na Dinamarca.
Olá pessoal.
Espero que estejam bem.
Na medida do possível, logicamente.
A "coisa" ainda está bem complicada, principalmente para a minha profissão.
Muita gente pensando: --- Tá vendo? Devia ter seguido para o ramo de mercadinho!
(Rir um pouquinho)
Esse ramo quase não foi atingido, né?
Pelo contrário! Tenho certeza que as vendas, no mínimo, dobraram.
Nas artes, a gente tá tendo que rebolar.
E algumas ideias vão surgindo no desespero.
Shows durante a pandemia? Só se for como o que Mads Langer fez na Dinamarca (foto acima).
Mais detalhes sobre este show na Europa, clique AQUI
Lembram do cinema Drive-In? Eu ainda consegui ver filmes no drive-in aqui em Recife na minha juventude.
Pois é... Tem gente usando o modelo drive-in para fazer shows de música.
Não acredito que esse tipo de show continue depois da estabilização da pandemia.
O pessoal fica dentro do carro, ouvindo o som do show pelo rádio.
Muito sem graça!
Já teve também circo fazendo espetáculo com o público dentro dos carros.
Circo Fantástico - Rio Grande do Sul.
Mas como não podia ter muitos carros no espaço (acho que não chegou a 30), todos ouviam o som pelo sistema do circo mesmo.
A diferença, é que na hora dos aplausos, a turma usava a buzina!
Também acho que o circo drive-in só vai servir para este tempo de pandemia.
Apareceu também a LIVE, que na realidade, já existia, mas era bem pouco explorada.
Já tem teatro fazendo live com venda de ingressos! Como podem ver no vídeo abaixo.
Projeto Teatro Já! Muito legal.
Teatro PetraGold.
Tá. Essas lives de peças de teatro eu acho que continuam.



Já soube que bandas fizeram isso bem antes da pandemia, com pequenos shows em casas noturnas, mas sem cobrar ingressos virtuais.
Ahh. Vi ontem na TV que um circo fez uma live exclusiva para um conjunto de prédios que ficava perto do local. Não lembro se pagaram ou se trocaram por alimentos. As famílias adoraram.
Os artistas, como sempre, estranharam a falta dos aplausos e risos.

Setup do cantor Silvério Pessoa, na sala da casa dele.
A live, na pandemia, começou como uma coisa simples, intimista, onde o artista transmitia de casa pelo celular uma "voz e violão", por causa do isolamento, e hoje em dia tem bandas usando uma estrutura quase de um show normal para fazer essas transmissões.
Live de Silvério Pessoa.
Como foi o caso do Skank recentemente, que montou todo o aparato dentro do Mineirão em Belo Horizonte.
Não vi "exagero" maior em lives até agora.
Live do Skank no Estádio do Mineirão.
O público tá adorando, não tenho dúvida! Principalmente os fãs!
Eu, particularmente, acho a live bem fria.
Sem a vibração do público, mesmo numa live feita no Mineirão, tudo é muito frio. Estático no palco.
E acho até que esse aumento das estruturas das lives se deve exatamente a isso.
Tão querendo compensar a falta de público e a clausura da live, colocando mais coisas no vídeo, montando em lugares abertos, para tornar o show mais atraente de se ver.
Vi poucas lives até agora.
E nessas poucas vezes que vi, notei um desconforto absurdo por parte dos artistas, com a falta do aplauso, da vibração do público. Muitos até falaram disso nas transmissões.
Não achei estranho ver isso, pois para o artista deve ser uma merda mesmo fazer um show pra ninguém. Visualmente falando, né?
Pois milhares de pessoas estão vendo pela internet, ou até mesmo pelas TVs, que começaram a retransmitir estas lives.
Acho que esse tipo de transmissão de shows (Live) vai continuar depois da pandemia.
As dos teatros também, viu?
Seria mais uma opção para o público.
Vou dar um exemplo.
Show normal (com público) de alguém numa casa noturna, num teatro, ou até mesmo num estádio.
Preço do ingresso R$ 60,00.
Quer ver em casa? Em qualquer parte do país? Sem depender de TVs abertas ou fechadas?
Vai ter a live desse show, pelo YouTube, Facebook, ou qualquer outra plataforma já existente, ou até mesmo criada posteriormente.
Preço para ver esse show? R$ 20,00. Ou até menos!
Você paga, recebe um link individual, e assiste ao show na mesma hora, aonde você quiser.
Vamos ver se eu acerto esta previsão. Não acho difícil.
Será?
Só o tempo dirá.
Será que está surgindo outra função num show? O técnico de som de live?
Já existe o técnico de "Broadcast", que faz a mixagem do show para a TV, mas só grandes artistas levam este profissional.


Enquanto a pandemia não é controlada, vamos tentando sobreviver a tudo isso com poucos trabalhos, ou até nenhum!
Aí nem arrisco um palpite de como fazer isso por muito tempo, principalmente na minha profissão.
Vou continuar só divagando, supondo e imaginando...
Um abraço a todos.

PS: Com álcool em gel.

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