Olá
pessoal.
Não
esqueci do Blog não, viu?
Não
escrevi nada, porque não fiz nada depois dos 60 dias editando os áudios na campanha
política em Caruaru.
E
não achei que deveria escrever algo falando sobre estas edições.
Até
agora não tenho nada fechado para este mês, como podem ver na minha agenda aqui
no Blog.
Estou
passando muito tempo em casa, e uma das minhas diversões é ver filmes. Tomando
vinho, logicamente.
E
depois de ver um filme no Netflix, que fala da trajetória de um astro do rap dos
EUA, fiquei com uma coisa na cabeça, e achei interessante deixar esta dúvida
aqui no Blog.
O
filme que vi foi Notorius.
E
o nome do rapper é Notorius B.I.G..
Muito
legal o filme.
Lembrava
vagamente desta confusão que aconteceu no meio do rap americano nos anos 90,
mas não tinha a menor ideia de como foi a história.
Não
sou muito de ouvir rap, mesmo achando muito interessante as letras de Gabriel
(O Pensador).
Não
confundir com Santana (O Cantador), artista aqui de Recife. (risos)
A
história do BIG é muito pesada, no meio das drogas e armas.
Mas
não era sobre estes tópicos que eu queria comentar.
Era
sobre a música, o som.
O
cara era muito bom no que fazia, tanto que virou um astro do rap.
E
tem muita gente boa por aí, em vários estilos musicais.
Tem
muito trabalho legal, bem feito e sincero (principalmente sincero!!!!),
independente do que eu gosto de ouvir.
|
Notorious B.I.G. e Tupac Shakur. |
Este
ano, uma das palavras que mais ouvi foi INTOLERÂNCIA.
Política,
sexual, religiosa, etc, etc, etc.
Muita
gente falando que achava um ABSURDO o nível de intolerância que aumentava a
cada dia no país e no mundo.
Que
não entediam o porquê de tanta intolerância e que não aceitavam de jeito nenhum
esta intolerância (e com razão, né?).
Intolerância
com os gays, negros, imigrantes, pobres, evangélicos, católicos, ricos, partidos políticos,
etc.
E
como trabalho com áudio, som, música, shows, muitos dos comentários que vi (e
ouvi) nestes últimos anos foram feitos por pessoas que trabalham também neste
meio.
Músicos,
cantores, técnicos, produtores, iluminadores...
E foi neste ponto que apareceu a minha dúvida, enquanto via o filme onde mostrava a trajetória difícil do BIG.
Conheço
muitos colegas e amigos que são completamente intolerantes, dependendo do estilo musical em questão.
Mas
pelo que noto, eles não consideram intolerância, apenas acham que é gosto
musical.
Oxe.
Não
vejo muita diferença não, viu?
Pensando
assim, os intolerantes poderiam dizer que era simplesmente uma questão de gosto
também, né?
Tipo:
Do
mesmo jeito que você "apenas não gosta" de Wesley Safadão, eu não gosto de Negros.
Do
mesmo jeito que você "apenas não gosta" do Funk Carioca, eu não gosto de
Evangélicos .
Do
mesmo jeito que você "apenas não gosta" de Joelma, eu não gosto de Homossexuais.
Já
pensou? Tudo seria uma questão de gosto?
Por
isso minha pergunta...
Na
música, é apenas gosto mesmo?
Ou
seria a mesma intolerância, que todos falam não tolerar mais hoje em dia?
Acho que a intolerância no meio musical é grande, mas mudam o nome para
"gosto".
Um
abraço a todos.
"Ahhh, você é a favor da obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas? Mas qual religião? A sua, né?"
2 comentários:
Excelente colocação!
Como sempre!
AbrasSom!
Oi Júlio.
Pelo menos é isso que eu noto nos bastidores.
Muitos colegas e amigos do ramo execrando pessoas simplesmente pelo fato do tipo de música que tocam ou gostam.
Tem amigo meu músico que não aceita ir num evento se for show de "banda de forró estilizado" ou sertanejo, ou qualquer outro estilo musical diferente do que ele acha bom.
Eu tenho minhas preferências musicais, mas vou para qualquer farra com os amigos sem me importar com o que vai ser tocado na festa.
E esculhambar alguém por causa do que ele gosta de escutar, ou achar que sou melhor do que alguém por causa do gosto musical, não faz parte da minha filosofia de vida.
Um abraço.
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