Olá
pessoal.
A
"coisa" não está muito boa não...
Pense
numa ginástica financeira eu tou fazendo aqui!
Os
trabalhos diminuíram bastante, e estou revendo meus conceitos para ver se acho
onde está o problema.
Enquanto
não acho o problema e resolvo, vou escrevendo aqui sobre os trabalhos.
E enquanto eu vejo um jeito de ainda comprar meus vinhos safadinhos de 20 reais, Pedro Barusco (ex gerente da Petrobras) esconde vinte e poucas garrafas de vinho com um colega da odebrecht por causa das investigações da Lava-Jato, e depois de acertar as delações, pede para a esposa ir pegar de volta as garrafas.
Sabe o preço médio de cada garrafa? U$ 10.000,00 (dez mil DÓLARES).
Mais de 600 mil reais só aqui!!!! Em garrafas de vinho!!!!
Imaginaram todo o resto??
Não tem como um país funcionar com todo o dinheiro que é roubado a várias décadas!
É matemática.
Vamos ver se agora a coisa muda...
Liso, chega a ser desumano ver o noticiário na TV, com tantos milhões "voando".
Como muitos sabem, não idolatro deuses.
Políticos e partidos é que eu não iria idolatrar mesmo!!!!!
Mas vamos voltar aos trabalhos.
O
último foi em Petrolina, fazendo o monitor de mais um show de Alceu Valença.
Mais
uma vez, Rogério fez o som do PA.
Fico
imaginando como conseguem ter equipes onde o técnico de PA não fala, ou não se
dá bem, com o técnico de monitor.
Nunca
passei por isso, e espero nunca passar. Tudo fica mais simples.
Neste
texto aqui vocês vão ver mais lá na frente por que falo isso.
Seguimos
de Recife para Petrolina de avião.
Rapidinho.
Tudo
dentro do combinado.
Rogério
já tinha falado com o pessoal do som, e eu sabia que seria uma Vi3000 no
monitor, e no PA também.
Como
nunca fiz um show de Alceu (e nem de qualquer outro) numa Vi3000, peguei uma
cena inicial de Alceu que eu tinha feito tempos atrás na Vi6 da Bizasom e
ajustei para este show, pois na cena tinha até os canais dos metais.
Já
falei aqui antes, mas vou falar novamente.
Existe
uma cena "básica" de Alceu Valença, com bateria, baixo, guitarra,
violões, teclados, sanfona e vocais.
Esta
cena não muda.
Como
existem vários formatos de shows, onde às vezes entra metais, percussão, mais
vocais, ou mais alguns outros instrumentos, foi combinado que tudo que for
entrar, vai entrar do canal 25 em diante, pois o input da cena básica acaba no
canal 24.
E
é assim que é feito até hoje.
Então,
quase não mexi na cena, pois até o canal 24 era igual. Só apaguei os canais que
estavam passando.
Já
faz tempo que na bateria só tem 2 tons, mas no input tem 3. Faz tempo também que
não usam o violão de aço e o violão de nylon, mas os canais estão lá sempre.
Para
a cena servir para os outros shows, sempre pulamos estes canais que não vamos
usar no dia.
Chegamos
na hora combinada no local do show, que era o Iate Clube da cidade.
Mas...
Como está virando costume... Cadê o cara do gerador?!?!?!?!
Nem
sinal dele.
Resumindo...
O que tínhamos de folga foi por água abaixo mais uma vez.
Quando
ligaram a energia, já estávamos bem atrasados.
Correria
mais uma vez.
E
tudo fica mais complicado quando é na correria.
Passei
minha cena para a mesa, só que todos os canais estavam sem o "patch"
de entrada.
Jurava
que tinha feito isso, mas não fiz.
Tive
que indicar o input de todos os canais. Mas foi bem rápido isso.
No
primeiro alô que dei no microfone, um Shure (não lembro o modelo), notei que o
sinal de transmissão do microfone estava muito alto, já causando distorção no
receptor.
Não
vai dar para usar este microfone distorcido.
Vou
baixar o ganho.
Procurei
por um minúsculo botão giratório parecido com um parafuso que normalmente fica
dentro do microfone e é responsável por este ajuste de ganho, mas não encontrei
nada!
Dentro
só tinha dois botões para escolha dos canais e grupos de transmissão.
Lascou.
Notei
que existia um desenho (-10dB) logo abaixo do visor onde apareciam o canal e
grupo, e ao lado deste desenho uma pequena linha ia de encontro ao visor.
Deduzi
que o ajuste seria feito usando uma combinação das duas teclas, ou até usando o
botão de ligar mais as duas teclas. Só que eu não sabia, e o meu colega da
empresa de som também não!
Tentei inúmeras combinações mas não consegui.
Mostrei
para Rogério o minúsculo símbolo (-10dB), ele tentou algumas combinações, mas
também não teve êxito.
Me
pediu para ir passando o som assim mesmo, enquanto ele ia na internet.
Passei
para ele o modelo do sistema e o modelo do microfone.
Ainda
distorcendo, evitando falar muito forte, fui adiantando as vias de monitores (Attack), e como todos eles
eram iguais e novos, copiei a equalização da via de Alceu e colei nas demais. E
só dava uma conferida rápida em cada caixa para ouvir se estava muito
diferente.
Fui
checar a caixa (3 vias) da bateria, o sub e o side.
Foi
quando Rogério gritou: --- Achei porra!!!
Estão
vendo o que é uma equipe?
Era
só apertar e segurar por 5 segundos o botão CH (canal), que o ganho passava
para menos 10 dB!!!!
E
um minúsculo pontinho acendia no visor em cima da linha que vinha do desenho
(-10dB).
Eu
estava sem óculos, e nem vi o pontinho.
Mas
o ganhou baixou!
Por
causa disso, ajustei o ganho de entrada na mesa e continuei o trabalho.
Nosso
horário já tinha "ido para o espaço!".
De
vez em quando mando relacionamentos ou amizades para o espaço por causa da
minha sinceridade.
Continuo
ME atropelando por causa da minha sinceridade.
Foi
esta frase acima que usei na hora para amenizar o caso mais recente,
logicamente seguida das palavras "desculpa, tá?".
Como
a pessoa (linda) me falou:
---
Titio, o problema maior nem é a sinceridade, mas sim o jeito (ou o modo) como
ela é dita.
Vou
falar mais o que, né?
Nem
cheguei a tomar um vinho com ela...
Aqui
foi mais do que amizade para o espaço!
Nosso
espaço de tempo sobrando no palco já nem existia mais, quando tivemos o grande
problema.
A
banda já estava no palco e fui enviando os instrumentos para as vias de todos,
um de cada vez.
Quando
todos já estavam se escutando, fui fazer o som do side, e é nesta hora que
Paulo Rafael vai me pedindo as coisas.
Só
que ele notou que os lados do side estavam falando diferente!
Mesmo
eu não tendo checado o side do jeito que eu faço por causa da falta de tempo,
via por via, abrindo uma de cada vez para ver se tem um lado falando mais alto
alguma via, eu deveria ter notado esta diferença na checagem
"relâmpago". Não notei. Ou nem estava lá na hora, não sei.
É
alguma coisa na minha cena, pensei eu.
Corre
pra cá, corre pra lá... Nada!
Estava
tudo certo na mesa e na minha cena.
Meu
colega da empresa de som achava que era algum problema na minha cena ainda.
Pra
ter a certeza, pedi pra ele chamar a cena dele inicial, e se o side
voltasse a falar certinho, aí sim, era problema com minha cena.
Mas
o problema continuou na cena dele.
Voltei
para minha cena e como estávamos fora do nosso horário, tive que aprender na
hora rapidamente onde "deslincava" o equalizador gráfico do side e ajustei o
timbre de um lado para ficar mais parecido com o outro.
Correria.
Vamos
em frente.
Toca
algo para fazer os ajustes finais.
Ahahahahahahahahahahahahahahahah.
Aí
o baterista avisa que as vias dele, tanto a caixa normal quanto a caixa de
subgrave estavam sem som!
Vou
resumir...
Passamos
quase 30 minutos para achar o problema!
E
nem achamos. Acharam pra gente.
Rogério
já estava no palco para me ajudar.
Troca
cabo, troca via da mesa, troca amplificador... Nada de chegar som nas vias da
bateria!
A
tensão já estava no limite.
Até
o ruído rosa (oscilador) da mesa parou de funcionar.
Não
sabia o que era, pois nunca tinha usado a mesa, e nem o técnico da empresa
sabia também.
Deixa
pra lá, depois vejo isso, fico enviando o sinal do microfome de voz mesmo.
Rogério
já estava montando outro "rack" de amplificação, fazendo umas
adaptações para ligar o AC deles, quando uma alma caridosa apareceu ao meu
lado, o proprietário da empresa de som, e ao saber do problema deu uma olhada
geral, e ao se baixar para ver os amplificadores, falou:
---
Não ia chegar nunca som lá! Estas duas vias estão passando pelo processador, e
as saídas aqui estão "mutadas" (fechadas)!
Mute
(Inglês) = Mudo = Sem som.
Na
hora que estávamos tentando resolver o problema do side, o técnico da empresa,
me mostrando onde estavam as saídas para o side, fechou estas saídas falando que
não estava usando-as.
Complicado,
né?
Mas
foi assim que aconteceu.
Problema
(grave!) da bateria resolvido, seguimos com o soundcheck, completamente
atrasados!
Passamos
algumas músicas, para os ajustes finos, e quando todos estavam satisfeitos,
encerramos a passada de som.
Passamos
tanto da nossa hora, que não deu para fazer muita coisa no hotel depois.
Jantar,
tomar um banho e esticar as pernas por uns 30 minutos... E só!
Voltamos
para o palco.
Perguntei
ao técnico da empresa se ele tinha achado a solução do problema para o
oscilador da mesa não ter funcionado.
Ele
disse que não teve tempo pra ver e que não tinha problema nenhum.
Retruquei
que tínhamos um problema sim, e estava entre a mesa e os operadores, no caso eu
e ele, pois não conseguimos fazer funcionar.
Chequei
todos os canais e vias, usando o microfone como gerador de sinal.
O
show começou, e a tensão se desfez depois da segunda música.
Pouca
coisa foi ajustada.
O
show transcorreu sem nenhum atropelo, sem nenhuma agonia.
Como
estava tudo certinho durante o show, onde até fotos eu estava tirando, e sempre
digo para o pessoal que se eu estiver tirando fotos é porque está tudo dentro
da normalidade, fui ver se achava o erro do oscilador.
Vi
uma opção desmarcada na página do oscilador, que poderia ser a razão dele não
enviar o sinal para as vias.
Ok,
no final do show eu testo isso.
E
o show foi muito bom!!!
Quando
a banda deu os últimos acordes, fechei todos os canais, salvei a cena no
pendrive, fui na página do oscilador, apertei a opção desmarcada, e enviei o
ruído normalmente para uma das caixas de monitor dos teclados de Tovinho que
ficava bem na minha frente.
Ruído
chegando em alto e bom som!
Chamei
o colega da empresa de som e mostrei onde estava o erro.
Uma
novela com final feliz!!!
Cel,
desculpa, tá?
Dificilmente ela vai ler isso aqui um dia.
Mesmo assim, fica registrado meu pedido.
Um
abraço a todos.
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