Olá
pessoal.
Este
show aconteceu no dia 15 do mês passado, cinco dias após o show em Flores.
Já
tinha sido informado que seria uma M7CL no monitor, e que o local era famoso
por causa dos problemas de volume do som com a vizinhança.
Quando
cheguei no local, entendi o tamanho do problema.
O
clube parecia uma ilha.
E
a água era formada por casas e prédios!!!
Tinha
muita água, viu?
Rogério
me falou que o palco foi mudado de posição para tentar amenizar o problema.
Outra
informação que eu tive, foi que o equipamento deste show seria o mesmo usado no
show do outro dia em Beberibe, também no Ceará, não muito distante de
Fortaleza.
Legal.
Como
normalmente fazemos, chegamos ao local uma hora antes da banda sair do hotel.
Este
tempo de saída da banda pode mudar, de acordo com os problemas encontrados na
checagem dos equipamentos de PA e monitor.
Não foi o caso aqui, pelo que me recordo.
E
nada de anormal e/ou curioso aconteceu neste trabalho.
A
não ser o posicionamento da mesa de monitor.
Colocaram
ela no chão, num nível bem abaixo do piso do palco.
Para
amenizar o problema, o técnico da empresa de som improvisou uns degraus com
cases (caixotes) vazios que são usados para guardar equipamentos.
Mesmo
assim era complicado subir para o palco.
E
por causa disso, a primeira coisa que fiz ao chegar foi ligar meu sistema para
usar o iPad.
Uma
outra coisa que eu poderia comentar, é que o guitarrista Paulo Rafael usou em
vários shows (este foi um) duas caixinhas amplificadas ao lado da sua caixa de
monitor central.
Ele
envia o sinal estéreo da sua guitarra saindo do seu sistema de pedais, que
atualmente é só UM.
Ele
usa um pedal da Fractal Audio System, modelo AX8.
Sai do Fractal (L/R), entra nas caixinhas
amplificadas, e sai das caixinhas e vai para o spliter (PA/Monitor).
Com
esta ligação, qualquer alteração que Paulo Rafael fizer na guitarra, estes
ajustes vão para o som do PA e monitor.
Por
enquanto ele está usando duas caixas da FZ, modelo 108A, mas ele está querendo
testar alguma caixa com falantes e drivers mais potentes, pois acha que já está
sem folga nas caixinhas.
Gosto
muito quando levamos estas caixas FZ.
Desobstrui
o monitor central, pois o som da guitarra não é enviado para este monitor.
|
Caixas FZ ao lado do monitor central de Paulo Rafael. |
Voltando
ao assunto do título do Blog...
Ao
ver a mesa no piso inferior, lembrei de meu amigo Mário Jorge, que faz o som do
PA de Elba Ramalho, e faz também monitor para vários outros artistas.
Faz
bem pouco tempo que ele começou a usar o iPad nos seus trabalhos.
Achei
até estranho ele me falar isso. Não sabia.
Ele
iria sofrer para fazer o monitor deste show de Alceu antigamente.
Era
muito ruim chegar no palco, mesmo com a escada improvisada.
O
iPad me salvou.
Fiz
todo os ajustes nos monitores usando ele, sem precisar "escalar" o
palco.
E
a única vantagem que notei se eu não tivesse levado o meu sistema sem fio, era
que eu poderia perder uns quilinhos de tanto subir e descer do palco!
Estou
até precisando ajustar minhas medidas, mas não deste jeito.
Como
vocês podem notar na foto abaixo, a visão do palco que eu tinha do lugar onde
estava era horrível.
Não via quase ninguém, e não iria ver Alceu de
jeito nenhum.
Por
causa disso, no começo do show eu fiquei no palco com o iPad ao lado do side,
para que todos pudessem me ver, principalmente Alceu, que normalmente não
participa do soundcheck.
Fiquei
no palco durante as primeiras músicas, e não me recordo de alguma solicitação da
banda ou do cantor.
|
Ao lado do side durante as primeiras músicas. |
Desci depois de ver o sinal de positivo de Alceu com o polegar,
e fiquei grande parte do show embaixo mesmo, mas subindo de vez quando com o
iPad para ajustes pontuais.
O
clube estava lotado!
Como
falei no começo deste texto, o palco foi mudado de posição por causa dos
problemas com a vizinhança.
Vou
usar um estádio (arena?) de futebol para mostrar a mudança.
Num
show em uma arena (estádio?), o palco é montado no lugar de uma das barras, logicamente
com a frente virada para a outra barra.
Neste
show no BNB, colocaram o palco no meio de campo, numa das laterais, com a
frente virada para a outra lateral.
Particularmente,
não vi como isso poderia ajudar na questão do volume do som, já que TODO o
clube é cercado por residências!
Mas,
pelo que me recordo, Rogério não me falou nada sobre alguém pedindo para baixar
o som da frente durante o show.
O
show foi muito bom!
O
local do show foi montado com mesas e cadeiras, mas isso não impediu que muita
gente fosse para a beira do palco, tornando o show muito mais divertido.
Mais
divertido foi eu ver aqui na televisão uma matéria sobre técnicos de futebol.
Estão
reclamando que qualquer um pode ser técnico de futebol, basta o dirigente do
clube falar quem vai ser o técnico.
A
galera (os técnicos que atuam no mercado) tá tentando regularizar a profissão.
Doriva,
um ex-jogador, que é técnico de futebol atualmente, fala que nenhuma profissão
é igual à dele, onde qualquer um pode entrar.
Errou feio Doriva!!!!
Na
área de shows aqui no Brasil, qualquer um pode exercer a profissão de: Operador
de áudio (PA e/ou monitor), iluminador, roadie, diretor de palco, produtor,
etc.
Tem
muito mais profissões que não são regulamentadas ainda, viu Doriva?
E
assim eu vou seguindo...
Desregulamentado,
mas feliz por ter dado tudo certo em mais um trabalho.
Mais
gordinho, diga-se de passagem, mas feliz.
Um
abraço a todos.
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