Olá
pessoal.
Voltando
das "férias" que me dei aqui no Blog, fiquei pensando o que poderia
escrever neste texto inicial de 2018.
Fiz
alguns trabalhos nesta janela de tempo, mas resolvi não falar sobre eles.
Vou
falar de uma "coisa" que me chamou a atenção aqui no Carnaval deste
ano em Recife, e imagino que no interior do Estado foi bem parecido. Não me
assustaria se foi bem pior lá.
Só
fiz dois trabalhos neste carnaval, operando o PA do show de Lula Queiroga.
Nem
foi por falta de convites, foi uma decisão pessoal mesmo.
Os dois shows foram ótimos!!!!
Mas
como falei, o texto de hoje não vai ser para falar dos trabalhos.
Vamos
ao assunto.
Um
técnico amigo meu criou neste carnaval um grupo de WhatsApp, incluindo vários amigos e colegas da
profissão, pra gente trocar ideias sobre oportunidades de trabalho durante o
carnaval.
Foi
bem interessante o resultado deste grupo de WhatsApp, e por isso ele continua
ativo até hoje.
Pois
bem...
Neste
grupo, dentre outras coisas, comentávamos sobre as estruturas dos palcos por
onde passávamos.
Em
Recife, vários palcos são montados pelos bairros. São os chamados "polos
descentralizados", onde o palco principal (e logicamente, o mais bem
equipado) fica no Marco Zero, no Recife Antigo.
E
nestas conversas no grupo, pude ver fotos de palcos minúsculos, e/ou
equipamentos bem aquém do necessário para um show.
Até
aí, nada me assustou muito.
O
que me chamou a atenção foi que artistas "grandes" iriam se
apresentar nestes palcos.
Num
palco que mal dava para armar bateria e percussão???
Ou
sem passar som???
Poucos
artistas "locais" tem o direto de passar o som nestes polos
descentralizados, mas este ano soube de artistas "nacionais" que
optaram por isso.
No
interior de Pernambuco, teve sistema de monitor formado apenas por duas vias de
fone e o side!
Mas
uma banda renomada daqui de Recife fez o show.
Mas
nem me assustou esta atitude, pois esta banda já é conhecida por não passar o som
em eventos como carnaval e São João. Seria somente mais um detalhe este monitor
deficitário, né?
Vendo
estas situações, fiquei pensando... Onde está o problema? Ou nem tem problema?
Será que estou vendo "cabelo em ovo"?
Vou continuar aqui meu raciocínio levando em conta que não estou vendo ovo com cabelo, que realmente tem um problema, ok?
E acho
que a menor culpa é da empresa de som. Ela apenas ganhou uma licitação, onde
era requisitado um determinado equipamento.
Se
existe ou não uma fiscalização por parte da Prefeitura para ver se a empresa
colocou realmente os equipamentos que constam na licitação, aí já é um outro
problema.
A
Prefeitura tem culpa? Acho que tem mais culpa do que as empresas, pois coloca
show "grande" em polos onde ela sabe qual é a estrutura do local.
Pensando
assim, só posso concluir que a culpa maior está com os artistas e suas
produções.
Não
estão dando a mesma atenção a estes shows (carnaval e/ou São João), como dão
aos shows "normais".
Carnaval
e São João é guerra!
Ouço
muito esta frase nestas datas... De técnicos, de músicos, de produtores, de artistas.
Por
isso pergunto: --- A arte foi para o espaço nestas datas?
Deixou
de ser a razão principal para subir num palco?
Ou
"todo artista tem de ir aonde o povo está" seria a frase mais
apropriada para estes casos, e eu não notei isso?
Ahhh...
E neste caso, qual a parcela de culpa dos operadores de áudio?
Um abraço a todos.
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