terça-feira, 30 de setembro de 2025

Show de Otto no Teatro do Parque - Sem constrangimento em usar cena de outro artista.

 
Olá pessoal.
Depois do show de Alessandra Leão em Gravatá, fiz quatro trabalhos antes desse aqui de Otto.
Teve Lirinha e Mestre Ambrósio em Arcoverde (PE) nos dias 29 e 30/08, e dois shows da Academia da Berlinda nos dias 12 e 13/09, sendo um em Belo Horizonte (MG) e o outro em Salvador (BA).
Não está dando para escrever sobre todos os trabalhos, e como sempre falo, nem sempre tem algo interessante (ou importante) de falar para quem está lendo as postagens.
Até que aconteceram algumas "coisinhas" pontuais nesses trabalhos anteriores, como no show de Mestre Ambrósio, onde um dos integrantes passou mal durante a viagem entre Recife e Arcoverde.
Foi internado para exames, e foi constatado uma crise de apêndice!
Não participou do show, e foi operado no outro dia.
Tudo correu bem e ele foi para casa um ou dois dias após a cirurgia.
Esses da Academia da Berlinda foram bem puxados, fisicamente falando, onde dormimos a maior parte do tempo nos aviões.
E falar de show da Academia no Trapiche Barnabé, é chover no molhado!
Tudo dá muito certo lá, desde o atendimento do pessoal dos eventos feitos naquele local, que não canso em elogiar.
A postagem anterior não me deixa mentir!
Sou suspeito agora para falar de shows no Trapiche Barnabé.
Na sexta-feira passada, dia 26/09, operei o PA do show de Otto no Teatro do Parque, aqui em Recife, e no outro dia fui para Fortaleza com a Academia da Berlinda, onde operei o monitor do show no anfiteatro do Dragão do Mar.
Devo até falar sobre esse trabalho em Fortaleza...
Mas hoje vai ser sobre o belo show de Otto, conhecido de longas datas, onde eu nem pensava em trabalhar com áudio, e acho que ele também não imaginava se tornar um artista nacionalmente conhecido.
A gente jogava futebol de salão pelo Náutico, clube do coração do artista e de seu irmão Guilherme, que também jogava nesse time infantil e depois infanto-juvenil.
Eu sempre fui torcedor do Santa Cruz.
Consigo separar isso tranquilamente.
Torcer por um clube e jogar por outro, que é seu adversário nas conquistas por títulos em Pernambuco.
Os caminhos da vida nos levaram a trabalhar juntos.
Para ser mais detalhado, fui casado com Janaísa, grande amiga de infância de toda a família de Otto, que é de Belo Jardim, mas residiu por um bom tempo aqui em CDU (Cidade Universitária).
Vim para o bairro perto da UFPE porque Janaísa queria ficar perto dos seus pais quando engravidou de Raian, nosso Filho único.
Moro em CDU até hoje!
Os avós de Raian também estão aqui do lado, como a irmã de Otto que se chama Katharina.
Ahhhh! O produtor de Otto é seu irmão Henrich, que ainda passa aqui na rua para beber uma cerveja ali na esquina.
Pois bem... Depois dessa pequena explicação sobre CDU, vamos ao show.

Teatro do Parque - Aguardando o soundcheck.
Já fiz vários trabalhos com Otto, tanto no PA como no monitor, e até fazendo as duas coisas, como foi no FIG desse ano.
Dessa vez eu fui operar o PA, e Bruno (técnico do teatro) foi contratado para operar o monitor.
Gosto muito de fazer trabalhos lá, pois tudo é bem controlado.
A mesa é a mesma, o line array é o mesmo, o sub é o mesmo, nada mudou desde que comecei a fazer os trabalhos no belo teatro, que passou muito tempo fechado, infelizmente.
Parecia até promessa de Copa do Mundo, que nunca acabam o que prometem, ou nem chegam a começar!!
Nem sei quantos anos ele passou fechado com uma promessa de reforma.
Mais de 10 anos eu acho que foi!
Vou ver aqui no Google.
Foram 10 anos de espera.
Fechou em 2010 e reabriu em 2020.
E é um teatro centenário!
Acho que fiz mais trabalhos no monitor do que no PA lá no Teatro do Parque.
Mas lembro que tive um resultado muito bom em vários trabalhos operando o som da frente.
Acho que Lula Queiroga foi o primeiro show que operei o som do PA.
Mas esse trabalho já faz um bom tempo.
Teve Lucas dos Prazeres, que fui substituir o técnico do teatro...
Aí lembrei do show de Almério.
Fui olhar no meu pendrive e a cena ainda estava lá, e o show aconteceu no começo desse ano.
Como o resultado foi muito bom lá frente, não pensei duas vezes...
Vou usar todo a alinhamento que eu fiz para o line array!
Acabei usando muitas coisas além desse alinhamento, como efeitos, canais da bateria etc.
Decidi duplicar essa cena, coloquei os canais do show de Otto em cima, e salvei como Otto.
No dia eu iria dar os ajustes que eu achasse necessário.
E foi isso que eu fiz.


Eu lembrava que no show do começo do ano pedi para Bruno diminuir no processador o nível do sub-grave.
Mas fui ouvir primeiro o som do PA com minha música de Lisa Stansfield, para comprovar se daria para usar as mesmas configurações do show de Almério.
No primeiro som de bumbo da música, já vi que teria que baixar novamente o nível do sub.
Pedi para Bruno baixar no processador e ele me perguntou se eu poderia baixar isso no equalizador gráfico que normalmente insertamos na saída máster da mesa de som, que facilitaria a vida dele.
Concordei e diminuí esse excesso no equalizador.
Fui testar o resto do espectro sonoro da saída máster, que já estava equalizada do outro show que fiz de Almério.
Tudo soou muito legal, e não mexi em mais nada além das frequências do sub, que não estavam nessa equalização, porque da outra vez Bruno diminuiu no processador.
Ok, fui checar o som usando meu SM58, onde fui dar uma geral também nos efeitos, que eu usaria igualzinho aqui nesse show.
Um room para a bateria e percussão, um hall para instrumentos como guitarra e trompete, e um stage e delay para as vozes.
Conferi todos eles, fazendo pequenos ajustes, nos tempos de reverberação e delay.
Não demorou muito para eu ter certeza, que daria para usar a cena de Almério para esse show de Otto!!!
Foi só aguardar a banda chegar para começar o soundcheck.
E mais uma vez veio o pensamento na cabeça: Como fazer monitor é muito mais complicado e desgastante!!!!!
Cada vez que faço PA, mais acho esse pensamento correto.
E cada vez piora mais para quem faz o monitor, por causa dos equipamentos sem manutenção, que não foi o caso aqui, mas que é comum nos shows pelas estradas da vida.
Enquanto o cara do PA fica lá na frente "esperando o som chegar", o cara do palco fica correndo de um lado para o outro, tentando fazer as coisas funcionarem para o som poder chegar!
Se eu pudesse, não faria mais trabalhos de monitor.
Conheço amigos que não aceitam fazer o trabalho no palco.
Estou indo para esse caminho também, mas não cheguei ainda numa estabilidade para decidir isso, e a maioria dos meus trabalhos ainda é no monitor.
A banda chegou e o soundcheck começou.
Tudo foi se encaixando como uma luva lá na frente.
O som da bateria já estava quase pronto!
Tudo foi soando bem aos meus ouvidos, e fui fazendo poucos ajustes na equalização dos canais, onde alguns já vieram equalizados de casa, seja aproveitando a equalização do show anterior, ou eu ajustando alguns detalhes que sempre faço, como já colocar os filtros nos graves (HPF) e nos agudos (LPF).
Só esses ajustes cortando graves e agudos que tenho certeza que não vou usar nos canais, dão uma acelerada no trabalho.
O som das congas de Otto foi basicamente o som das congas de Almério, mesmo não sendo os mesmos instrumentos, mas encaixou bem as equalizações.
O que vale é o que estou ouvindo, e se eu subir o fader do canal com a equalização do outro show e soar bem, vou inventar de mexer?
Vou nada.
Segue o baile...
E foi seguindo.
Seguindo bem!
Passei tudo, e tudo ficou como eu queria, e a banda saiu do palco.
Oxe... E o cantor e sua convidada, Lavínia?
Eu testei os microfones dos dois, mas não com eles cantando, e pelo jeito eu iria fazer isso na hora, feito caldo de cana, coisa que não gosto muito de fazer, mas...
Mas antes de eu ficar um pouco desanimado, os dois entraram no palco, e logo depois a banda voltou.
Uh uhhhhhhhhhhhhh.
Vamos passar uma geral com todos!!!
E acho que passamos duas músicas...
Fechou!!!!
Soundcheck encerrado.
Ainda deu tempo de comer uns petiscos no camarim antes do show começar.
Já tinha deixado em casa uma garrafa de vinho resfriando na geladeira para uma comemoração de um belo trabalho, mas ainda faltava o show acontecer.
Seria uma injustiça aquele som do soundcheck não se repetir durante o show.
Pode acontecer? Pode. Tudo pode acontecer num show!
Já fiz passada de som horrível e na hora foi muito bom. Como já teve o contrário...
No Festival de Inverno de Garanhuns, Chico Chico foi um soundcheck absurdamente tranquilo e um show com correrias no palco, onde vários problemas técnicos aconteceram durante todo o show!
Falei desse caso aqui no Blog, só procurar lá atrás nas postagens.
Para mim, o som do show de Otto foi quase perfeito!!!!
Pelos elogios que recebi, foi perfeito para a plateia.
Só eu sei onde não obtive a perfeição.
Se é que ela existe.
Mas isso não importa no contexto geral, né?
Só serve pra mim, para tentar aperfeiçoar o que não achei legal.
Até a ex elogiou o som! (Ela odeia essas piadinhas)
Mas faz parte dos meus textos.
Escrever como realmente foi, do meu ponto de vista, logicamente.
Achei massa o termo que meu Filho Raian usou recentemente para falar dos meus textos: Texto Temporal.
Achei chiquérrimo!
Realmente eu tento sempre escrever seguindo a linha do tempo.
Usando um texto simples, tentando escrever o que eu falaria numa conversa com amigos.
E se me perguntassem como foi o show, eu responderia:
Foi simplesmente emocionante!


Um artista está no palco com uma banda tentando passar sua mensagem para uma turma que está na frente querendo ouvir essa mensagem.
E você está controlando essa ligação? Essa ponte, esse caminho?
Esse sentimento não encontro no monitor, mesmo sabendo da absurda importância do som no palco para um som legal na frente.
Mas esse sentimento lá na frente é único!!!
Foi show!
Não demorei muito após o show, porque teria que chegar às 5h no aeroporto no outro dia para viajar com a Academia da Berlinda para Fortaleza.
Mas comemorei muito feliz em casa com algumas taças de vinho!!!
E enquanto sorvia o vinho e passeava pelos pensamentos, passou pela minha cabeça que não fiquei nem um pouco constrangido em ter usado uma cena de outro artista para fazer esse trabalho de Otto.
Principalmente porque quem fez as cenas foi a mesma pessoa.
Né?
Sábado vou fazer outro trabalho no PA.
Agora com Paulo Miklos, onde já fiz alguns trabalhos no monitor.
Muito provavelmente vou ter histórias para contar.
Um abraço a todos.

sábado, 20 de setembro de 2025

Trapiche Barnabé - Uma pena Recife não ter coisa parecida.

 
Olá pessoal.
No sábado passado, dia 13 de setembro, voltei no Trapiche Barnabé.
E por coincidência, fui novamente com a banda Academia da Berlinda.
Já falei mais de uma vez aqui no Blog sobre esse espaço para shows e eventos que fica em Salvador (BA).
Numa das vezes que falei, comentei sobre o local para posicionar o DJ fora do palco, o que achei bem legal.


Recentemente vi essa ideia sendo aproveitada num evento que participei aqui em Recife.
Acho que todos do ramo de shows e eventos deveriam copiar essa ideia.
Pois bem...

Mais uma vez achei bem legal fazer um trabalho lá no Trapiche.
Continuo achando um ótimo espaço para shows e eventos de médio porte.
Palco legal, equipamentos legais tanto no PA quanto no monitor, mesa de PA no lugar certo, quantidade de equipamentos que supre as necessidades de todas as bandas...
Fora o lance da estrutura, nas duas vezes que fui lá, o atendimento técnico foi excepcional!
Todos no palco fazendo de tudo, para que tudo ficasse perfeito.
Infelizmente, nem sempre encontro isso aqui em Recife ou em eventos pelo interior de Pernambuco.
Uma pena.
Recife poderia ter um Trapiche Barnabé.
Em todos os sentidos!
Uma abraço a todos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Alessandra Leão no Pernambuco Meu País - Acho que foi a primeira vez que fiquei atrás.

 
Olá pessoal.
Primeiramente, gostaria de falar que me sinto um privilegiado.
Trabalho em muitos shows legais, onde a grande maioria "briga" para mostrar os seus trabalhos autorais.
Alessandra é uma dessas artistas.
Conseguiria enumerar vários outros, mas esse não é o assunto dessa postagem.
Fiz vários outros trabalhos depois do último que postei aqui, que foi falando sobre os trabalhos que eu fiz no FIG.
Estou acabando de rejeitar três trabalhos nesse fim de semana por falta de uma estrutura decente, e para não escutar uma frase famosa que ecoa nos nossos palcos.
Isso está se tornando comum aqui no estado de Pernambuco.
Vou falar sobre esse assunto mais uma vez em outra postagem, mas aqui eu já toco no assunto, levemente.
Como falei antes, fiz vários trabalhos depois do FIG, e estava pensando em algum assunto que eu poderia escrever sobre esses trabalhos.
Teve Del Rey, Alessandra Leão, Lirinha, Mestre Ambrósio, e dois shows recentes da Academia da Berlinda fora de Pernambuco.
Vi que nesse trabalho com Alessandra Leão no Festival Pernambuco Meu País tem um assunto bom pra falar, principalmente porque acho que nunca aconteceu antes comigo.
Esse festival aconteceu em várias cidades de Pernambuco, e esse que eu participei foi no dia 24/08 na cidade de Gravatá, que fica a menos de uma hora de carro de Recife.
Pois bem...
Já vou comentar sobre a estrutura, pois só fiquei sabendo poucos dias antes da data marcada que o show aconteceria num "caminhão-palco".
Esse palco sobre rodas está ficando famoso nos eventos do governo pelas cidades do interior.
Ainda bem que não chegou por aqui (ainda).
Se eu soubesse com antecedência, eu acredito que eu não iria aceitar o trabalho.
Estou começando a cansar dessas estruturas...
Nesses casos, o normal é o artista só levar um técnico, porque só tem uma mesa de som, e a mesma fica em cima do palco.
Ainda corria o risco de não passar o som, e de não seguirem o input da artista, o que me deixou bem desanimado.
Mas conseguimos reverter isso.
Como seria o primeiro show do dia, poderíamos passar o som, e começaríamos o show alguns minutos depois.
Também consegui com o técnico da empresa de som, que meu input fosse respeitado.
Mesmo se não fosse possível isso, eu usaria minha cena e ajustaria o input digitalmente.
Mas não foi preciso.
Passei minha cena para a mesa, eles foram ligando os canais seguindo meu input list, e fui dar uma escutada nos monitores.
Eu combinei tudo antecipadamente com o técnico da empresa.
Já sabia que seria apenas 4 monitores lá no palco.
Deixei 2 para a via de Alessandra, um para a via do Synth1 e outra caixa para a via do Synth2.
O baterista usaria fone.
A banda era bem enxuta, com apenas esses três músicos, que ajudou na minha decisão de aceitar o convite, depois de saber dos detalhes finais.
Levei meus sistemas de monitor com fio para garantir, mas não precisei usar.
Outra coisa que estou fazendo ultimamente, é usar o roteador da empresa de som, que já está conectado à mesa.
Estou ganhando tempo com essa atitude, pois em algumas mesas a gente tem que desligar e ligar a mesa para ela reconhecer o novo endereço de IP, como é o caso da linha CL da Yamaha.
Eu sempre levo meu roteador e meu iPad, mas só estou ligando meu roteador quando não tem roteador já ligado na mesa.
Deu tudo certo na conexão usando o roteador da empresa de som, e segui em frente.
Sabia que o PA seria um LS Áudio, igual ao que peguei no Palco Pop lá no FIG.
Sabia que não teria problema com isso. O line é bem legal.
Coloquei Lisa Stansfield para tocar enquanto o pessoal arrumava as posições dos músicos no palco, e fui dar uma conferida lá na frente.
Acho que nem mexi no equalizador gráfico do PA.
Voltei para o palco e fui ajustar a monitoração dos músicos.
Coloquei meu Shure SM58 com fio para a cantora, e usei os dois microfones sem fio da empresa de som para os vocais.
Na cena que eu montei em casa da X32 da Behringer, já deixei alguns ajustes nos envios dos instrumentos para as vias dos músicos, o que já ajudou.
Depois de deixar todos confortáveis no palco, fui para a frente fazer a mix.
Ajustei do jeito que eu queria, tentando fazer poucos ajustes na equalização dos canais, porque se eu mudasse algo nessa equalização dos canais lá na frente, também seria mudada no som que os músicos estavam escutando.
Se não me engano, só dupliquei o canal da voz de Alessandra Leão, onde um canal eu usei para o monitor e o outro canal usei para o PA.
O ganho é o mesmo, mas fazendo isso, posso usar uma equalização para o monitor independente do que estou equalizando para o som da frente.
Na X32 não podemos duplicar todos os 32 canais, mas conseguimos isso na LS9 da Yamaha.
No finalzinho da passagem de som, deu uma microfonia lá no palco.
Subi e fui conferir a via da cantora, pois na frente já estava bem legal.
Ajustei a equalização do microfone de Alessandra e da sua via, e encerramos o soundcheck.
Só teríamos um pequeno intervalo de tempo antes de começar o show.
Nas minhas contas, eu iria operar o som do show lá na frente com meu iPad, como sempre faço nesses trabalhos quando a única mesa fica em cima do palco.
Mas mudei de ideia.
Decidi tentar fazer todo o trabalho em cima do palco, ao lado da mesa de som.
Mas só decidi isso porque passei o som do PA antes lá na frente com o iPad.
Conheço técnicos que chegam na hora do show, ligam as coisas e operam o som do PA sem ir lá na frente conferir como está soando a mixagem.
Toda minha admiração para esses colegas e amigos.
Eu não consigo fazer isso. Infelizmente.
Já fiquei muitas vezes imprensado no meio da multidão, tentando ajustar as coisas no iPad, me protegendo dos empurrões e dos copos de bebidas.
Nada confortável, mas eu faço questão de fazer assim.
Dessa vez, resolvi tentar fazer o trabalho do palco.
Usei meu fone tipo in-ear, que acho bem melhor nesses casos, porque diminui bastante o vazamento do som externo.
Estou usando meu KZ AS16 em todos meus trabalhos de monitor.
Só estou usando meu Audio-Technica quando estou fazendo só o PA, com a mesa lá na frente, como sempre deveria ser!!

Audio-Technica ATH-M50x / KZ-AS16 PRO

Foi tudo muito tranquilo durante todo o show, e não fui uma única vez lá na frente!
Muito legal o show de Alessandra Leão, mas isso eu já sabia.
Primeira vez que faço isso, que opero o som do PA de um show atrás das caixas de som direcionadas ao público.
De vez em quando tirava um pouco os fones dos ouvidos, para checar o som geral, mas por um pequeno espaço de tempo.
Mas sem ouvir a mixagem antes lá na frente, com certeza eu não ficaria durante todo show lá atrás, no palco.
Gostei.
Tenho até outros trabalhos marcados com um única mesa de som, mas em locais fechados e bem pequenos.
Diferente de um show na rua, "ao relento", sem área coberta para o público (e para o técnico que vai usar o iPad).
Nem estou levando em conta a grande dificuldade de sair e de voltar para a mesa de som em cima do caminhão.
Falando em público...
A intenção é até boa do festival.
Levar eventos musicais para as periferias, em palcos descentralizados, mas...
Como diz o famoso ditado popular: "De boas intenções, o inferno está cheio."
Acho que estão pecando em alguns detalhes (não é de hoje, e não é só nesse caso aqui).
As estruturas (palco, som e luz) que estão levando para esses locais.
Tem uma famosa que o palco é um mini tablado no chão, que até já fiz uma postagem exclusiva para o assunto!
Os horários que estão colocando para os artistas "locais" se apresentarem nesses locais, muitas vezes afastados dos polos principais.
A pouca divulgação que fazem desses palcos descentralizados.
A grande quantidade de atrações nesses palcos sem estrutura para recebê-los, onde muitos não podem passar o som.
A estrutura montada para o público.
Quando esses fatores vão se somando, o número final de público vai diminuindo.
Uma pena.
Vários shows legais, para um público bem aquém do merecido.
E ainda tem a frase famosa ecoando nos locais: "Desculpa, mas é o que temos."
Ou seja... No final das contas, as pessoas não ficam muito animadas para se deslocarem até esses locais.
No Palco Pop lá no FIG, se alguém do público quisesse beber um chocolate quente, não tinha onde encontrar!!!
O famoso chocolate quente do friozinho de Garanhuns? Lá não tinha.
O que chegava mais perto disso naquele local esquecido era o caldinho de mocotó!!!
Que estava ótimo, por sinal!
Adoro caldinho de mocotó, mesmo com minhas taxas dos exames não concordando com isso.
Resumindo, a única taxa que está em dia aqui comigo é a do condomínio!
E torço muito (e todos os dias) para que a taxa de pronúncia da frase "desculpa, mas é o que temos" diminua vertiginosamente na minha região.
Não se enganem... Essa frase faz um mal absurdo para área de shows e eventos.
Como o caldinho de mocotó para minha saúde.
A diferença é que eu reconheço que estou fazendo besteira, e que só eu vou me lascar com isso!!!
Um abraço a todos.

PS: Hoje já é segunda-feira, dia 22/09/2025.
Deitado aqui no sofá, lembrei que fiz um trabalho antes deste aqui, onde não fui lá na frente com o iPad operar o som do PA.
Fiz um show de Martins em maio desse ano no Plaza Shopping.
Segue o link da postagem desse primeiro trabalho onde operei o som do PA atrás das caixas endereçadas ao púbico.
https://titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com/2025/05/show-de-martins-no-plaza-shopping-curti.html
Foi um show bem mais simples, mas... Operei da mesa ao lado do palco.

sábado, 6 de setembro de 2025

Fernando Deluqui no Corredor 5 - Heresia indicar isso.

 
Olá pessoal.
Faz um bom tempo que não vejo as entrevistas no Corredor 5.
Nem considero uma entrevista o que Clemente faz no canal dele no YouTube.
Está mais para um bate-papo, uma conversa entre duas pessoas que entendem bem de música e do seu entorno.
Um dia desses eu estava pensando em como as pessoas estão cada vez mais não ficando muito tempo vendo ou ouvindo alguma coisa.
Por causa disso, surgiram os "cortes" no YouTube.
Pequenas partes recortadas de um conteúdo.
Eu mesmo já vi vários recortes, e fiquei chateado comigo mesmo ao perceber que estava fazendo isso.
Impressionante essa mudança.
Por causa dessa nova atitude, estão até diminuindo as introduções das músicas.
O mundo muda, né?
Por causa dessa nova "mania" popular, muitos vão achar uma heresia eu indicar esse bate-papo no Corredor 5, porque a conversa tem 4h30 de duração!
Um absurdo para os dias atuais.

Banda RPM.
Mandei a indicação para vários colegas e amigos pelo WhatsApp, e um já me falou que era muito tempo de conversa.
Eu sei, tenho vários tempos livres em relação a vários amigos que vivem da música... Eu sei.
Mesmo assim vou indicar, pois vale a pena ouvir o guitarrista da banda RPM, que surgiu no começo dos anos 80, e foi um dos maiores sucessos musicais no nosso país.
Fui dar uma pesquisada, e o disco "Rádio Pirata Ao Vivo" é o quarto colocado em número de vendas, chegando a 3 milhões de cópias vendidas.
O Deluqui fala sobre esse assunto no Corredor 5.


Logicamente esse recorde não vai ser batido, porque quase não existe mais a venda de mídias físicas.


Tinha certeza que iria ouvir boas histórias nessa conversa, e realmente dá para se ter uma ideia do que foi o estrondoso sucesso da banda e dos vários "altos e baixos" que sempre acompanharam a banda.
Vi o vídeo em dois dias.
Por isso o YouTube cresceu tanto. 
Muito conteúdo bom, que você escolhe o que vai ver, quando vai ver e como vai ver.
Vou indicar aqui para vocês, mesmo sendo uma heresia indicar isso hoje em dia.
Dividam em vários dias, como uma minissérie.
Acho que não vão se arrepender.
Clique AQUI para ver direto no YouTube.
Me empolguei com o que vi, e fui ver se Paulo Ricardo tinha ido também ao Corredor 5, mas não encontrei.
Um pena.
Seria bom ouvir outro ponto de vista de quem participou daquele estrondoso sucesso!!!
Paulo Ricardo, Fernado Deluqui, Luiz Schiavon e Paulo Antônio (conhecido como PA).
Schiavon e PA já faleceram.
O primeiro baterista (Júnior Moreno) saiu antes do lançamento do primeiro disco, porque tinha apenas 14 anos, e o pai dele não o deixou seguir na profissão.
O baterista Charles Gavin teve uma rápida passagem pela banda, mas resolveu ir para a banda Titãs.
A RPM vai ser lembrada por muito tempo ainda!
Abaixo, a capa do primeiro disco da banda, só com três integrantes.
Segundo Wikipédia:
(Abre Aspas)
A foto da capa apresenta a imagem com os seus integrantes originais, Paulo Ricardo, Luiz Schiavon e Fernando Deluqui. O baterista Paulo Pagni é o único integrante que ficou de fora da foto; conforme o vocalista e baixista Paulo Ricardo explicou em uma entrevista em 2019, a decisão foi fruto de uma revolta dos membros contra bateristas após Charles Gavin trocá-los pelos Titãs.
(Fecha Aspas)

Um abraço a todos.