Olá pessoal.
Como falei anteriormente, vou resumir estes textos
sobre os trabalhos que eu fiz entre Agosto e Outubro.
Este trabalho com Renata e Cláudio aconteceu
no dia 9 de Agosto, e foi o único trabalho que fiz no mês.
Meu Amigo Júnior Evagelista, que é o técnico
de Renata Rosa, me ligou para pedir que eu o substituísse neste trabalho porque
ele não poderia ir.
Ele me falou que eu iria de avião até
Teresina, e de lá seguiria numa van até a cidade de Bom Jesus.
Fiquei um pouco desanimado com o tempo que ele
me falou (4 horas) que seria a viagem de van até Bom Jesus, mas não tinha como
dizer NÃO para ele.
Estou tentando evitar viagens muito longas de
van. Muito desconfortável e perigoso.
Perigoso porque na maioria das vezes os
motoristas estão querendo chegar em casa com duas horas ou mais de
antecedência! Parece que estão indo salvar algum familiar!
E
toda vez o chato sou eu porque ninguém tem coragem de falar para o motorista ir
mais devagar. Tou cansando de ser o chato.
Fiquei mais desanimado quando descobri que Júnior
errou em mais de 4 horas no tempo que ele tinha me falado!
Foram mais de 8 horas de van! Num calor
infernal! Com o ar-condicionado funcionando “meia-boca”!
Resumindo... Chegamos mais amassados do que
roupa quando sai da máquina de lavar!
Foi duro.
Quando entrei no quarto, já imaginei a volta!
Vamos resumir o texto, não é? Vou tentar.
Falando em roupa amassada...
Amanhã vou usar pela primeira vez um paletó!
Amanhã vou usar pela primeira vez um paletó!
Usei um “blazer” quando tinha uns 12 anos de
idade, e nem lembro porque foi.
Estarei usando um paletó pela primeira vez com
46 anos!
Tinha que ser por causa de filho!
Vou para festa de formatura (?) dele no ensino
médio, que no meu tempo era chamado de “científico”, e que não lembro de ter esta
festa para comemorar tal fase.
Vai ser legal, fiquei até bem no paletó, mesmo
achando que só faltava o caixão para completar a cena.
Meu Filho ficou muito bem de “smoking”, mas
ele não gostou também da ideia de vestir tal traje.
Logicamente
vou tirar fotos da dupla “empacotada”.
Faz tanto tempo que fiz este show que não
lembro se o sistema Line Array era “caseiro” ou era industrializado.
Mas meu problema nem foi o som da frente. Deu
para fazer legal. A mesa era uma M7CL.
O único problema que eu tive na frente foi a
mesa que estava com problema nos faders MASTER, onde alguns ficavam doidos
quando mudava a página de funções destes faders.
E estes faders controlam os botões do
equalizador gráfico que usamos para “alinhar” o PA.
Seria muito arriscado usar estes faders para
controlar o equalizador gráfico, por isso eu conectei meu laptop à mesa e
quando precisava mexer no equalizador gráfico eu fazia isso pelo laptop.
Deu para me virar.
A bronca foi no monitor.
Para ficar razoável, faltou muito!
Renata
Rosa e Cláudio Rabeca não levaram técnico de monitor.
Não costumo fazer os dois trabalhos, ou seja,
arrumar os monitores e depois correr pra frente para fazer o PA.
Primeiro, não acho justo, e segundo, acho que
não consigo fazer direito os dois ao mesmo tempo.
Enquanto o técnico de PA da empresa de som ia
ligando os equipamentos da frente, fiquei ajudando o técnico de monitor da
empresa ligar o palco.
O colega estava sozinho no palco para fazer
tudo, e isso fez com que tudo ficasse muito lento.
Depois de levar um bom tempo para ligar as
coisas no palco, inclusive os monitores, notei que o som do side estava absurdamente
estranho.
Meu colega não dominava as ligações e nem os
equipamentos que gerenciavam o som no palco.
O tempo foi passando e nada de arrumar o som
do side.
Estava tudo trocado.
E levamos um tempo enorme para chegar num
ponto que eu considerei “menos ruim”.
Tive que ir lá pra frente adiantar a outra
parte.
Dei uma rápida “alinhada” no sistema ao meu
gosto e começamos o sound check.
No meio do caminho, os músicos me pediram para
dar mais uma ajuda no palco porque não estavam achando legal o resultado.
Não
gosto de falar sobre como um colega trabalha, pois nem sempre o que é errado
pra mim pode ser errado pra ele.
Mas vou tocar neste assunto hoje aqui porque
já vi muita gente se complicar num trabalho apenas por não ter usado o GANHO
dos canais como acho que deve ser usado.
Na minha humilde opinião, a primeira coisa que
deve ser feito num canal é ajustar o ganho, principalmente em mesas digitais,
onde quanto mais ganho melhor. Mas sem exageros!
Afinal, as diferentes cores (verde, laranja,
vermelho) que existem no VU dos canais não são para enfeitar! É como um sinal
de trânsito.
O verde quer dizer siga... O laranja
atenção... O vermelho PARE!
Sempre ajusto o ganho dos canais para ficar entre
o finalzinho do verde e início do laranja, nunca no vermelho.
Depois vou ver outras coisas, como equalização,
compressor, filtros, etc. E só depois de fazer isso tudo, envio o sinal para as vias de monitor.
Meu colega não fez isso, e quase todos os
canais não modulavam, ou seja, o ganho estava bem AQUÉM do normal.
E com este ganho reduzido, ele se complicou
para enviar os sinais dos canais para os monitores dos músicos. Mesmo ele
colocando no máximo o potenciômetro para enviar o sinal para o monitor, o som
não chegava no volume necessário para o músico escutar.
E se nessa hora ele mexer no ganho novamente
do canal, este sinal vai mudar em todos os monitores. Vira uma bola de neve!
Ajusta para um e piora para outro músico.
Já vi técnico de banda com “um certo nome”
cometer este erro, e o show foi sofrível para os músicos no palco. Era só uma
mesa para fazer o PA e monitor, o que piorou mais a situação porque quando ele
aumentava o ganho para poder enviar mais sinal para alguns monitores, a mixagem
do PA ia para o espaço!
Foi sofrimento durante todo o show. Os músicos
sem escutar direito e o som do PA tendo que ser ajustado a toda hora.
Falei para um dos músicos de Renata que para
consertar o que estava acontecendo no palco só começando de novo do zero!
Como
não tínhamos tempo sobrando, decidiu-se continuar do jeito que estava e seja o “que
deus quiser”.
Voltei para frente e depois de um certo tempo
encerramos o sound check.
Conseguimos fazer o show, e pelo que lembro
não teve muitas realimentações (microfonias).
Sorte? Pra mim foi.
Ou deus ajudou, como muitos devem achar.
Tinha tudo para ser um
desastre, principalmente em certo momento do show quando vi o técnico de
monitor da empresa de som conversando com o colega dele do PA que estava ao meu
lado na mesa de som.
Continuo achando muito importante dois técnicos
(PA/Monitor) para um trabalho bem feito.
Não gosto de depender dos técnicos das empresas, pois nem sempre são profissionais como gostaríamos que fossem, chegando ao ponto de deixar o palco na hora do show.
E continuo me achando muito mais operador de
áudio do que técnico de áudio.
Por quê?
Porque um técnico de áudio teria consertado
aquele problema no som do side, coisa que não consegui fazer.
Mas pior mesmo foi a volta de van para
Teresina! Pareceu-me mais longa!
Teve músico que conseguiu se deitar no chão num
espaço minúsculo para dormir num clima nada agradável!
O calor do Piauí não é nada agradável,
principalmente quando o ar-condicionado não funciona direito!
Um
abraço a todos.
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