Show de Alceu Valença no Estádio do Arruda – Aproveitando a cena de monitor de outro técnico. Funciona?

Olá pessoal.

Peguei o embalo aqui para escrever.

Vi que tem muito trabalho que não comentei ainda, e não devo comentar sobre todos.

Este com Alceu foi logo após o MIMO, e aconteceu na segunda-feira, dia 10 de setembro.

Eu estava em casa no domingo, descansando do trabalho na MIMO quando meu Amigo Rogério Andrade me ligou.

Perguntou-me o que eu iria fazer na segunda e eu falei: ---Amanhã? Numa segunda-feira? Não tenho nada marcado. Só os áudios de GM para montar, mas nada certo ainda.

E ele respondeu: --- Não tinha, agora tem! Vai fazer o monitor de Alceu Valença num show no campo do Santa Cruz, Estádio do Arruda. Para os torcedores do Santa (como eu), o Arrudão!

Rogério é o técnico de monitor de Alceu, mas neste show ele iria fazer o som do PA, ficando o monitor sob minha responsabilidade.

Quase ninguém sabia deste show de Alceu no jogo do Brasil contra a China. Fiquei até espantado pelo convite.

Ele falou que foi fechado de última hora.

Marcamos um horário na segunda pela manhã para encontrarmos no campo no outro dia e continuei no meu descanso caseiro.

Estava vendo no Blog a diferença no número de textos que eu fiz entre 2011 e 2012.
No ano passado, escrevi 101 textos. Já estamos no fim de 2012 e estou somente no texto 66.
Este vai ser o 67.
Diferença grande.
Não sei se foram menos trabalhos ou a coragem para escrever é que foi bem menor mesmo.
Fui dar uma olhada nas minhas anotações sobre os ganhos com shows, e realmente o valor foi bem menor.
Acredito que isso é um reflexo pela minha posição em priorizar os trabalhos de áudio de GM, e por
causa disso não corri muito atrás para conseguir fazer shows.
Mas nunca fui bom mesmo em correr atrás para ver se consigo trabalhos, geralmente me chamam.
Tudo bem, foi uma escolha pensada. Não sei se foi a certa, mas foi pensada. (risos) 
Deixei meu carro no lugar onde normalmente deixo quando vou ver jogo do meu Santinha no Arrudão.

Sabia que seria complicado deixar o carro mais perto do campo, pois iriam interditar muita rua próxima ao estádio.

Rogério combinou comigo de testar uma cena dele de monitor de um show anterior.

A gente iria decidir isso na hora de alinhar as coisas no palco.

As mesas foram escolhidas de acordo com a cena que ele tinha, que era a cena de uma Venue.

Então colocaram uma Venue SC48 para o monitor e uma M7CL para o PA. 
Vou ali deixar meu Filho numa festinha.
Eu levo e ele volta de táxi, pois acredito (se tiver coragem depois da farra de ontem) que vou abrir uma garrafinha de vinho para “molhar as palavras” aqui.
E como não estou disposto a ser parado numa blitz com algumas taças de vinho no sangue, prefiro que ele volte de táxi, a festinha é perto daqui de casa.

-- 
Nem sei se vou ter coragem de tomar o vinho...
A farra ontem na Dobradinha do Gordo foi além do combinado, mas nada que a gente nunca tivesse feito!

Cheguei no horário combinado ao estádio.

O pessoal ainda estava montando o piso do palco!

O palco foi armado exatamente atrás de uma das barras (traves, balizas) do campo.

As caixas de som foram espalhadas ao redor do campo em vários grupos de line array montados invertidos no chão inclinando para cima.

O sistema de som era da empresa Luminário.

Não lembro direito (faz tanto tempo já...) quais as caixas usadas neste dia...

Liguei agora para meu colega Neto, que faz comigo o SESI Bonecos e o FITO.

Neste dia ele estava trabalhando para a Luminário, e ele falou que foram usadas 24 caixas FZ modelo J215 e em alguns locais do campo foram colocadas como complemento caixas FZ modelo J08 juntas com as J215 para uma melhor cobertura nas partes mais altas das arquibancadas.

Esperamos um bom tempo para o palco ficar pronto, deu tempo até de almoçar antes.

Mesmo depois do almoço, esperamos um bom tempo ainda para começar os trabalhos.

Enquanto esperávamos para alinhar as coisas no palco, Rogério deu uma arrumada nas caixas ao redor do estádio para uma melhor cobertura.

O nosso problema no momento era a energia que ainda não estava funcionando. Aguardávamos o pessoal do “gerador” finalizar o serviço deles para a gente começar o nosso.

Nada mais poderia ser feito sem a energia.

E demorou viu?

Sound Check

Demorou tanto para chegar AC no palco que nosso tempo ficou absurdamente reduzido.

Tinha tudo para ser bem calmo, com tempo de sobra, mas o atraso na chegada da energia complicou tudo.

Não tivemos nem discussão sobre usar ou não a cena do show antigo.

Teríamos que usar porque eu não teria tempo para alinhar coisa nenhuma no palco!

Ligamos as vias exatamente como Rogério usa com Alceu.

Só deu tempo de checar com o pink noise (ruído rosa) se as caixas estavam falando, pois a banda já estava chegando para o sound check.

Tudo ficou corrido de uma hora para outra.

Com a banda no palco, e sem alinha monitor nenhum, começamos o sound check.

Como tudo já estava previamente endereçado a todos os músicos, fui fazendo pequenos ajustes de ganho e equalização à medida que o sound check seguia.

Na minha opinião, ter usado a cena do show anterior que Rogério fez ajudou muito mais do que complicou.

Como falei, tudo já estava distribuído no palco como os músicos gostam, e isso já adiantou muito o trabalho.

Sound check

Acabei abrindo uma garrafa de Gato Negro do Chile. Tem Gato Negro Argentino.
Hoje vai ser light aqui... Meia garrafa, pãozinho de queijo... Talvez umas azeitonas com salaminho, mas nem sei...
Tou até me assustando com os exames que fiz atualmente... Fiz sangue, urina... Ultrassom do abdômen... Ainda falta a endoscopia, que eu estou me concentrando ainda...
Falta eu levar para o médico os resultados, mas na olhadela que dei rapidamente, não vi nada assustador! (risos)
Ainda fiz uma avaliação na academia que entrei recentemente.
O responsável falou que eu estava até bem, levando-se em consideração o tempo que estou sem fazer exercícios, que pelos meus cálculos passa de 20 anos só comendo e bebendo.
Como eu já imaginava, a circunferência do meu abdômen é que está bem acima do normal, mas também não está nada desesperador!
Tenho colegas e amigos de profissão que estão com o dobro (ou mais) de centímetros de circunferência!
Brinco com meus amigos falando que minha barriga é “de tanquinho”...
Só que o tanquinho está cheio!
Mas estou disposto a me mexer mais em 2013.
Já fechei contrato com a academia por um ano e espero pelo menos conseguir ir 3 vezes por semana durante este contrato.
Perder a barriga não é a minha prioridade. Mexer-me é a intenção principal! 
Estou começando a me animar.

Aguardando o início do show.

Animei-me quando notei que o sound check estava fluindo sem grandes problemas.

Pequenos ajustes aqui, outros ali, mas nada complicado.

Tudo foi seguindo.

Achei estranho um pedido no sound check de Paulo Rafael para acrescentar frequências agudas na sua guitarra. Estranhei, mas atendi ao pedido.

Depois de finalizado o sound check, fui dá uma pesquisada no que eu tinha feito na mesa, e entendi o pedido de Paulinho quando fui ver a equalização da via dele, que veio do outro show, pois a cena era do show anterior, lembram?

Logicamente no show anterior eram outros equipamentos, outros microfones, outros monitores, outros TUDO.

Por causa disso, Rogério precisou no show anterior diminuir as altas frequências da via de Paulo Rafael.

Que nos monitores deste show no estádio do Arruda não precisava, mas eu não tive tempo de ver isso.

Por causa disso, Paulo Rafael sentiu esta diferença que foi compensada pela equalização no canal do instrumento. Mas não mexi mais na equalização da via, mesmo sabendo que não seria necessária tal equalização para aquele monitor, mas foi assim que eu passei o som e seria assim que ficaria. Se eu tivesse mais tempo, este alinhamento do monitor seria ajustado.

No final do sound check, alguns músicos me falaram que estava muito legal o monitor, e eu falei brincando: --- Agradeçam a Rogério, pois a cena é dele.

Alceu não passa o som. Ele chega na hora, entra, canta e toca seu violão.

Quem dá a palavra final nos monitores de Alceu, no som do microfone e do violão dele é Paulo Rafael, seu guitarrista há anos!

Paulo Rafael deixa tudo bem mais simples!

Os músicos deixam tudo mais simples!

O show.

Meu Irmão Tovinho nos teclados, Cássio na bateria, Nando no baixo, Paulinho na guitarra...

A novidade para mim foi uma menina que Alceu colocou para tocar acordeom (sanfona)...

Lucy Alves o nome dela.

Pensei (machistamente) com meus botões: Ai meu deus... Menina bonita... Deve só ser pelo visual... Não deve nem sair som direito desta sanfona... Ainda canta? Lascou!

Quem se lascou foi eu!

Muito legal a Lucy. Além de muito bonita, ela se encaixou (musicalmente) perfeitamente no show.

Solei os canais da voz e da sanfona dela em alguns momentos durante o show e gostei do que ouvi.

Ahhhh, esqueci do violino! Ela toca violino também!

Com certeza, ela não estava ali simplesmente por causa do visual.

Queimei minha língua!

Me desculpe Lucy.

Lucy Alves.

Nunca me incomodei em falar quando estou errado. Hoje não vai ser diferente.

Depois eu soube que Lucy tem um trabalho próprio com suas irmãs.

Clã Brasil é o nome deste trabalho.

Não conheço este trabalho familiar, mas quem quiser pesquisar...

Pois bem... 
Não parei na meia garrafa. Passei.
Tou agora no queijo coalho derretido no micro-ondas acompanhado por azeitonas Vale Fértil.
1:48h da madrugada, e meu Filho na farra.

A posição do palco ficou muito estranho para quem ia se apresentar. Não tinha nada à frente, a não ser uma barra de futebol e um campo gramado enorme!

Alceu estranhou muito isso.

Show time.

Cadê o público?

Nada na frente, só nas laterais.

Ainda houve uma certa apreensão porque existia a possibilidade do show acontecer após o jogo! Como após o jogo? Ficaria muito tarde!

Felizmente a organização decidiu pelo show antes do jogo.

Mas quando o show começou, todas estas questões foram esquecidas.

Todo aquele esforço que começou pela manhã foi recompensado.

E é muito legal sentir esta recompensa.

Os músicos no palco satisfeitos, o cantor satisfeito, curtindo o show, ao ponto de virar pra mim e falar: --- Tá muito bom.

Isso é impagável.

O show.

Principalmente para mim, que nunca imaginei fazer o monitor de Alceu Valença!

O som do PA soava muito mais nítido aos meus ouvidos.

Normalmente, a mesa de monitor fica atrás das caixas do PA em cima do palco, e o som que chega da frente não é nada confortável.

Rogério acertou a mão e o som do PA complementava o monitor. Tudo ficou “redondinho”.

Rogério operando o som do PA.

Mais sofrível do que esperar pelo AC no palco foi o jogo!

Pense numa pelada!

Não pagaria nunca para ver aquilo.

Deveria ser proibido um jogo desses.

Não paguei nada para ver aquilo, pelo contrário, estava ganhando, mas não aguentei.

Quando acabou o primeiro tempo, fui pra casa!

Triste com o jogo, mas feliz pelo trabalho bem feito.

Todos felizes, isso é o que importa!

Um abraço a todos.

PS: Não sobrou nada do Gato Negro!