sábado, 20 de abril de 2013

Monitor de Alceu Valença em três cidades do interior de Pernambuco – Nunca gostei tanto da LS9!


Olá pessoal.
Comecei a escrever sobre um destes shows de Alceu Valença no interior de Pernambuco no mês passado. Parei antes de acabar o texto, para variar.
Só que... Meu laptop pifou depois de uma atualização do Windows 7!
Simplesmente não iniciava, e tive que instalar tudo do zero, e como ainda não tinha feito o backup, perdi tudo que fiz depois de 04/03/2013.
Normalmente fazia o backup de dois em dois meses... Tinha até decido fazer o backup de mês em mês, e agora com esta “pane” resolvi fazer o backup toda semana, ou quando eu produzir algum documento importante ou algum áudio importante. 
Iria falar dos três shows em textos separados, mas vou colocar todos neste texto de hoje, principalmente porque o que eu quero falar se aplica aos três shows. 


Ibimirim - PE.

Os shows aconteceram nesta ordem:
Dia 09 de março em Ibimirim, dia 23 em Tabira e dia 30 em Águas Belas.
Eu já sabia que seria o mesmo equipamento para fazer os três shows.
É muito bom quando isso acontece, pelo menos quando o material é bom.
Com um equipamento ruim seria um sofrimento.
Só que no primeiro show em Ibimirim eu soube antecipadamente que a mesa de monitor, uma M7CL da Yamaha, tinha pifado (feito meu laptop).



Combinamos então de levar a mesa LS9 de Rogério para fazer este show enquanto a M7CL era mandada para a revisão.
Cheguei a Ibimirim com a cena da LS9 do show anterior de Alceu que aconteceu em Surubim no dia 17 de fevereiro (Lembram? O texto deste show está em algum lugar abaixo deste aqui).
Passei esta cena para a mesa usando o Studio Manager e não o pendrive.
Mostrei para o técnico responsável pelo monitor, meu colega Cléber, a diferença entre usar o laptop e o pendrive para passar a cena.
Mesmo levando-se mais tempo para passar a cena usando o laptop via cabo de rede (neste caso da LS9), este método é muito mais seguro, pois passa sua cena exatamente como você salvou, incluindo até os ajustes do Setup da mesa, que não mudam quando você passa a cena do pendrive.
Estou sempre usando o laptop agora, mesmo demorando mais.
Com a cena na mesa, fui ajustar os monitores ao meu gosto.
Estava tudo ligado como eu pedi, ou seja, a mesma ligação dos canais e das vias de monitor do show anterior.
Não esqueçam que o sistema de som em Ibimirim não era o mesmo em Surubim.
Os nomes das cidades são parecidos, mas o sistema de monitoração era completamente diferente, eram outras caixas, outros amplificadores, etc.
Passei via por via, caixa por caixa, até achar que estava legal.
Depois de tudo “alinhado”, pedi para um colega bater no bumbo da bateria para ouvir no novo sistema de som.
Não soou legal como eu queria, fui no equalizador do canal e ajustei o som para aquele sistema.
Não precisei mexer muito não, viu?
Meu colega Cléber ficou assustado com o desenho da equalização do canal do bumbo, do mesmo jeito que ficou assustado com a excelente qualidade do timbre do bumbo no palco.



Ele falou: --- Ninguém olhando para esta equalização imagina que o bumbo está com o som que está no palco, não é?
E eu respondi: --- Pois é... Não me interessa o desenho do equalizador se o instrumento estiver soando bem.
Eu tenho uma filosofia (errada logicamente), se o bumbo soar legal no palco, o resto vai soar legal também.
Muitas vezes me dei bem com esta filosofia, mas não aconselho ninguém a seguir (risos).
Hoje eu segui com meu Filho para um barzinho aqui perto de casa que eu adotei.
O bar se chama Escritório do Guaiamum. Mas não tem guaiamum! Só tem caranguejo!
Tudo bem, no cartão do bar já tiraram o Guaiamum do nome, é só Escritório. 
Vou muito neste bar, virou meu escritório mesmo, mas para outros assuntos! 


Como não tem vinho lá, pedi minha garrafa de vodka, tomei duas doses, conversei com meu herdeiro sobre amenidades e voltei feliz para casa, mesmo não comendo o camarão ao alho e óleo que estava nos planos de Raian, mas ele encheu com um caldinho de feijão e uma empada de camarão!
Para não perder o embalo, peguei bastante gelo no reservatório da geladeira nova e enchi meu copo especial para vodka (copo bem grande!).
Depois de anos sem poder beber minha vodka em casa porque normalmente não tinha gelo por causa do pouco espaço do freezer da geladeira anterior, estou me vingando agora!
A geladeira nova só falta falar: --- Ei gostosão, o gelo já está pronto, basta girar o botão para os cubos caírem no reservatório!
Uh uhhhhhh!!!

Uh uhhhhhh!
As coisas foram se encaixando perfeitamente no novo sistema de monitoração. Peça por peça, tudo ia soando legal, eu só fazia alguns ajustes finos.
Um pouco mais de ajustes só no violão de Alceu.
Zerei o equalizador e fui “refazendo” o som enquanto Paulo Rafael ia tocando e me falando o que queria.
Com Alceu há mais de 30 anos, é só ele pedir que eu faço!
Como estava tudo endereçado e não era uma cena convertida, era uma cena de uma LS9, as coisas se encaixaram com mais facilidade.
O sound check foi bem rápido!
Salvei a cena na mesa, no pendrive e no meu laptop.
Seguimos para o hotel, pois o show de Alceu seria o último da noite.
Acho que deu até para dar um cochilo, não lembro mais porque faz um tempinho já que isso aconteceu e eu só tenho fotos do show, nem lembro mais do hotel!
Quando voltamos para fazer o show, passei novamente a cena usando meu laptop.
Caso meu laptop “pife”, uso o pendrive, e se o pendrive “pifar”, vou ver se a cena ainda está na mesa. E se a cena não estiver mais na mesa... Aí só me resta chorar disfarçadamente e tentar fazer tudo do zero em minutos enquanto a banda se arruma no palco.
PIFAR = QUEBRAR = DAR DEFEITO (Pernambucanamente falando).
Tentei puxar pela memória aqui quantas vezes isso aconteceu comigo, e só me lembrei de um caso, e eu não estava fazendo o monitor, estava fazendo o som do PA, o que é muito menos complicado de resolver!
Passei a cena do meu laptop para a mesa, conferi todos os canais e monitores para saber se as ligações estavam corretas, e começamos o show.
Mais uma vez não tive nenhuma surpresa durante todo show.
A LS9 fez o trabalho bonitinho.

Tabira - PE.

Voltei para Recife no outro dia satisfeito com o serviço.
Vou resumir agora.
Ainda iria ter mais dois shows idênticos com o mesmo equipamento em outras duas cidades do interior.
Tabira e Águas Belas.
Fiquei sabendo que a M7CL iria voltar para fazer estes dois shows.
Foi aí que solicitei (nunca imaginei que iria solicitar isso) ao dono da empresa de som e ao meu Amigo Rogério (que estava fazendo o som de PA do show), para deixar a LS9 no lugar da M7CL nos outros dois shows.
Mesmo eu preferindo sempre uma M7CL em vez de uma LS9, neste caso reconsiderei, e tranquilamente decidi usar a LS9 nos outros dois shows.
Solicitação atendida, fizemos os outros dois shows com a LS9.
Aí foi que o trabalho ficou mais fácil!
Foi só checar se os sinais estavam chegando na mesa que o resto já estava feito.

A LS9 fazendo o trabalho em Tabira - PE.

Como não marquei as caixas de monitor, só dei uma conferida breve para ver se estavam soando legal.
Se eu tivesse marcado as caixas (que era o que eu deveria ter feito, mas não fiz, achando que o técnico da empresa de som iria fazer), iria ter menos trabalho ainda!
Foi tudo exatamente igual ao primeiro show nestes outros dois shows?
Não.
Não?
Porque?
Se era a mesma banda, o mesmo cantor, o mesmo microfone de voz, o mesmo palco, o mesmo show, os mesmos instrumentos, os mesmos microfones (nem sempre), os mesmos monitores...
A resposta é: Eram locais diferentes!

Tabira - PE.

O palco foi montado em diferentes locais, com e sem paredes próximas as caixas de som do PA.
Ruas mais largas, mais estreitas...
O som do PA interferiu diferentemente no som do monitor nos três shows.
Como a maioria da banda de Alceu (inclusive o cantor) usa monitores de chão e não fones, eles escutam mais o som do PA, e alguns ajustes, principalmente de volume, aconteceram durante os outros dois shows.
Mas mesmo com estes ajustes durante os dois shows, o resultado foi muito bom, e a escolha da LS9 para os outros dois shows foi acertada.

Tabira - PE.


Nem sempre o equipamento melhor é a melhor escolha.
Nem sempre o microfone mais caro é a melhor escolha.
Nem sempre eu prefiro o vinho (infelizmente).
Nem sempre eu prefiro shows na Europa (infelizmente).
Nem sempre eu prefiro ver o jogo do meu time (infelizmente).
Mas sempre a gente não vai ser pra sempre...
Mas é sempre bom fazer o que gosta, sempre.
Mas nem sempre a gente consegue, não é?
Mas é sempre bom tentar.
Tabira - PE.
Deixando um pouco de lado a filosofia-pós-vodka-stolichnaya...
Vamos voltar ao outros dois shows.
Não vou comentar nada sobre estes dois shows porque foi tudo como deveria ser.
Uma maravilha (como diria Silvério Pessoa)!
Somente alguns novos canais foram acrescentados no último show por causa de um desmembramento dos sons do teclado à pedido de Rogério, mas este acréscimo não atrapalhou em nada, só tive que enviar estes novos sinais para o resto da banda.
Vou só colocar algumas fotos. 

Tabira - PE.


Eu não poderia deixar de comentar uma coisa:
A aventura no hotel em Águas Belas.
Como muitos amigos meus SEMPRE acham que “tudo são flores” nestas viagens que eu faço, vou mostrar que nem SEMPRE é assim.
Quando chegamos ao hotel em Águas Belas, os quartos não estavam reservados como deveriam.

Águas Belas - PE.


Não tinha quarto para todos e a produção teve que remanejar algumas pessoas.
Normalmente nas viagens que faço com Alceu Valença, divido o quarto com mais uma pessoa.
Neste caso, acabei dividindo o quarto com mais duas pessoas.
Meu Irmão Tovinho (tecladista) e meu Amigo Rogério (técnico de PA).
Até aí tudo bem...
Ar-condicionado?
Jamais.
Ventilador!
Águas Belas - PE.

O quarto era uma verdadeira sauna, nem tinha janelas.
Dormir antes do show? Muito difícil, pois o calor era absurdo.
Ficamos dando uns cochilos e indo na varanda do hotel tomar um arzinho fresco.
Quando estávamos achando que o calor seria o único problema, Tovinho sai do banheiro falando que a gente não tinha ideia de como estava a situação do chuveiro elétrico.
O chuveiro estava pendurado pelo fio de energia preso à tomada.
Fui lá tentar resolver.

A primeira coisa que faço quando estes chuveiros elétricos não são confiáveis e a torneira é de metal, é desligar o chuveiro da tomada.
Mas antes de desligar, eu liguei o chuveiro para saber se o mesmo funcionava mesmo estando pendurado.
Quando abri a torneira, devidamente calçado logicamente, a água espirrou na conexão do cano com a parede.

Vi que não tinha a menor condição de tomar banho com aquele chuveiro ligado à tomada.
Não tive dúvida e fui puxar o plugue da tomada.
Quando eu puxei o fio, o chuveiro simplesmente se desprendeu da parede!
Ele estava mesmo pendurado pelo fio!

Águas Belas - PE.

Tomamos banho de bica mesmo, mas não levamos choque como alguns da banda que arriscaram tomar banho com o chuveiro ligado na tomada!
Tou forinha!



Um abraço a todos.

Um comentário:

Unknown disse...

Graças a Deus que tinha chuveiro, Titio. Nesses mais de 10 anos de andanças, já tomei muito banho de cuia (de lata de óleo hahaha). Sem comentar outras "incursões" pelo mundo não-moderno. rs