quarta-feira, 1 de julho de 2015

Alceu Valença na Virada Cultural (SP) – Descobrindo a causa do erro no pendrive.



Olá pessoal.
A coisa está preta.
O Banco do Brasil tá até vendendo dólar falso!!!
Ostentação hoje em dia é encher o tanque do carro com gasolina ou dormir todo dia com ar condicionado!
Já folguei duas das quatro lâmpadas da sala.
E por aí vai...
Por causa disso, me esforcei para fechar este trabalho com Alceu na Virada Cultural em São Paulo, pois raramente fecho dois shows com artistas diferentes no mesmo dia.
Vou explicar como consegui.
Antes de viajar com Naná Vasconcelos para São Paulo, a produção de Alceu Valença, que já sabia que eu estaria em São Paulo nos dias 20 e 21 de junho, entrou em contato para saber se eu poderia fazer um show às 4h da manhã do dia 21.
Liguei para a produção de Naná para saber os horários das duas apresentações no SESC Bom Retiro.
Fui informado que no dia 20 seria às 22h e no dia 21 seria às 18h.
Por estes horários de Naná, não seria problema eu fazer o show de Alceu, mas tinha um porém...
Eu não sabia qual seria o horário do soundcheck de Alceu e também de Naná.
Dois dias antes, fui informado que o soundcheck de Alceu seria no dia 20, das 14 até 16h.
Sabendo disso, entrei novamente em contato com a produção de Naná para ver se conseguia colocar o soundcheck do SESC Bom Retiro o mais cedo possível do dia 20.
O mesmo foi marcado para às 10h da manhã.
Uh Uhhhhhhhhhhh. Fiz os cálculos. Vai dar pra fazer!!!!!
Como o áudio deste trabalho com Naná no SESC não era complicado, deu tempo de ajustar tudo como eu queria no teatro. Falei sobre isso no texto anterior.
Saí do SESC Bom Retiro às 13h30. Peguei um táxi e fui para a Praça da República, que não ficava longe.
Cheguei primeiro do que o restante da técnica de Alceu.
A mesa era um M7CL da Yamaha.
Passei uma cena de um show anterior de Alceu para dentro da mesa.
E comecei a arrumar o palco.
Não tinha o número de caixas que eu preciso para fazer Alceu, e por isso eu tive que colocar somente uma caixa para o tecladista e uma caixa para o baterista.
Normalmente eles usam duas caixas de monitor.
Resolvido isso, fui posicionando os monitores nos lugares.
Nesta hora, o restante da técnica chegou.
Fiquei sabendo por amigos da banda que Alceu estava querendo diminuir o volume do palco, e por isso, algumas coisas mudaram na monitoração.
Uma das medidas foi inclinar mais o side para dentro do palco ou até puxar mais para o meio do palco, tirando da linha do cantor.
Nas fotos vai dar para notar uma parte do side inclinado para dentro do palco.
Passei o som como normalmente passo e fui salvar esta cena nova no pendrive.
Lembram que eu falei num texto antigo que estava tendo problemas para salvar minhas cenas no pendrive?
Fui tentar achar o texto mas não consegui.
Mas tenho certeza que já comentei que estava tendo problemas em salvar as cenas no pendrive, ou que não conseguia ver as cenas mais recentes quando colocava o pendrive na mesa.
Pois bem...
Aconteceu mais uma vez.
Quando a gente salva uma cena no pendrive, ela aparece automaticamente na lista das cenas que já estão no pendrive.
E isso não aconteceu quando salvei no meu primeiro. Ando atualmente com dois pendrives.
Um é exatamente a cópia do outro.
Coloquei o segundo e salvei novamente a cena.
Nada também.
Nem aparecia o nome na hora e nem aparecia quando eu espetava novamente os dispositivos na porta USB.
Abri meu laptop e fui ver se as cenas estavam nos pendrives.
Estavam sim. Nos dois.
E por que a mesa não enxergava?
E eu sei lá!
Fiquei puto.
O técnico da empresa também não sabia o motivo.
Chamei Rogério, técnico de PA que faria o show comigo.
Ele colocou o pendrive dele na mesa e salvou normalmente a cena.
Apareceu na hora o nome da cena no dispositivo dele.
Agora lascou!!!

Não tínhamos mais tempo para ver onde estava o erro.
Com a certeza que estava tudo salvo no pendrive de Rogério, encerramos o soundcheck.
A van de Alceu deixou o pessoal no hotel e me levou para o hotel onde eu estava com Naná Vasconcelos.
Fui pensando no pendrive o tempo todo.
Almocei às 17h um "x-burguer" de picanha horroroso (e caro!) na padaria da esquina com Roberto Riegert, iluminador de Naná, e falei para ele sobre o caso do pendrive que não estava mostrando uma cena que eu sabia que estava lá dentro.
E eu sabia também que o pendrive não estava cheio. Tinha muito espaço sobrando dos 2 GB (GigaBytes).
Logo no começo dos pendrives nas mesas da Yamaha, era aconselhável usar pendrives de até 2 GB, pois acima disso poderiam aparecer problemas ao salvar ou ler cenas.
Nem sei se isso ainda vale, mas continuo usando pendrives de 2 GB para salvar minhas cenas nas mesas digitais. Os arquivos são bem pequenos, dá para salvar muitas!
Quando chegamos no SESC para fazer Naná, coloquei meu pendrive na mesa, que era uma M7CL também, e deu o mesmo problema.
Nada de aparecer a cena de Alceu.
Eu tinha salvo a cena de Naná também pela manhã, mas não prestei atenção quando salvei e a mesma também não aparecia na lista de cenas do pendrive.
Salvei a cena de Naná novamente e deu a mesma coisa. Nem aparecia na hora que salvava e nem depois colocando novamente o pendrive na mesa.
Mostrei no meu laptop para Roberto que as cenas estavam todas no pendrive, inclusive a de Alceu que salvei pela manhã.
Oxe. Sacanagem. 



Foi aí que Roberto me falou que passou por algo semelhante nas mesas de luz.
E que o problema lá foi a quantidade de arquivos salvos.
Não era o pendrive cheio, mas a quantidade de arquivos salvos que dava problema para salvar ou ler novos arquivos.
Como disse acima, como são bem pequenos os arquivos, cabe uma "tuia"!
Será? Disse eu.
Não custa nada tentar, não é?
(Obs: TUIA aqui em Recife quer dizer, muito, grande quantidade. Uma tuia de gente = Muita gente).
Coloquei o pendrive no laptop e fui apagando cenas bem antigas, que eu sabia que nunca iria usar novamente.
Apaguei uma tuia também.
Depois disso, "espetei" o pendrive na mesa.
EURECA !!!!!
(Exclamação atribuída a Arquimedes, significando "encontrei").
Uh uhhhhhhhhhhhhh.
Todas as cenas que eu não conseguia ver nas mesas apareceram!
Problema solucionado.
Formatei o pendrive reserva, apagando tudo, e joguei os arquivos do pendrive principal dentro do reserva.
Voltei nesta noite para o hotel onde estava com Naná Vasconcelos, e fiquei (pra variar) tomando um vinho com meu Amigo Roberto Riegert no quarto, enquanto aguardava a hora para seguir para o hotel onde estava o pessoal de Alceu Valença.
Fui de táxi para este hotel.
Deu tudo certo com os horários.
Fiz normalmente o show de Alceu.
Tinha muita gente (muita gente mesmo!) na praça, mesmo sendo quatro horas da madrugada.
E o show foi muito bom!
A Virada Cultural de São Paulo impressionou-me.
Não tive nenhum problema (ainda) com o volume do som no palco.
Ainda falei com o técnico de monitor da empresa de som sobre o problema resolvido do pendrive.
E agora estou falando para vocês, que saberão resolver o problema quando aparecer.
Cheguei ao hotel onde estava com Naná direto para o café da manhã.
Dormi como uma pedra!
Quarto "single", sem o ronco de Roberto Riegert!
Um alívio! (risos)
Eu sei Roberto... Eu ronco também.
Mas como sempre demoro para dormir, me lasco sempre!
Um abraço a todos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bicho, é muito bom saber como solucionar este problema, nunca aconteceu comigo mas já vi um cara se batendo com este problema.
Abraço Titio? ass Junior Evangelista.

Titio disse...

Oi Júnior.
Pois é rapaz...
Já faz um tempinho que venho me lascando com isso.
Como tinha muito espaço sobrando no pendrive, nem pensei que poderia ser a quantidade de arquivos.
Muitas vezes tive que puxar a cena do pendrive para o Studio Manager, para depois passar para a mesa via laptop.
Mas agora está tudo esclarecido.
Só fico puto porque foi um "iluminador" que deu uma luz na solução do problema! (risos)
Obrigado por participar do Blog.
Um abraço.