quinta-feira, 31 de maio de 2018

Rapidinha 221 - Cobrar ou não cobrar...?

Olá pessoal.
Estou num dilema aqui...
Já até falei em dois grupos de áudio dos quais participo, que começarei a cobrar pelo trabalho, mas ainda estou meditando.
Cobrar o que?
Cobrar pela "montagem" do Rider Técnico.
Para quem é leigo e está lendo isso aqui, Rider Técnico é um documento com informações sobre o que o artista precisa para fazer o show.
O rider é composto normalmente por três documentos: Mapa de palco, relação dos canais de instrumentos e vozes (input list) e relação dos equipamentos necessários (PA e monitor).

Ainda tem o rider de luz, mas aí é com o meu colega iluminador.
Nunca cobrei por tal serviço, e a grande maioria dos meus colegas e amigos do ramo não faz isso também, pelo que pude ver nas conversas nos dois grupos onde iniciei a discussão do tema.
Para ser mais exato, apenas UM técnico falou que faz isso.
Pouca gente, né?
Este "serviço" está incluído no preço do cachê, pelo menos é assim que pensa a produção dos artistas daqui da região.
Pensei até num valor para isso, que seria bem perto do cachê que cobro por um show.
Em quase 100% dos casos, só criei o documento para shows onde eu seria o operador de áudio.
Apenas duas vezes fiz para Amigos. 
 
Uma vez para o amigo colocar num projeto da banda dele que estava tentando aprovar por alguma lei de incentivo à cultura, e o outro, recentemente, para um amigo enviar para um evento onde a banda pé-de-serra dele iria se apresentar.
Nos dois grupos de áudio, quase 100% dos colegas falaram que deveria ser cobrado pelo trabalho, mas apenas UM já cobrava.
Como já sabemos, falar é muito mais fácil do que fazer, né?
Já não é fácil segurar o valor do cachê que cobro para um trabalho, e fico imaginando cobrar para fazer um documento.
Uma coisa já resolvi.
Eu descartei a ideia de cobrar quase o valor de um cachê de show para fazer o documento, onde eu vou participar do show.
Vou rever estes valores, e por enquanto vou continuar sem cobrar por isso.
Mas o dilema continua...
Cobrar ou não cobrar...? Eis a questão.
Uma braço a todos.

PS: Sempre comunico no Facebook que atualizei o Blog, e quase sempre as pessoas deixam seus comentários na postagem do Face.
Deixem aqui no Blog seus comentários, pois eles ficam grudados na postagem, e servem como conteúdo para quem passa por aqui. No Facebook tudo se perde.

4 comentários:

Unknown disse...

Boa noite. Em um evento existem 03 etapas, pre-produção, produção e pos-produção. Essa parte está na pré produção, coisa que quando nós técnicos de som fechamos um freela, vamos direto para a produção, que é no dia do evento. Agora vai muito da pessoa querer agregar esse valor no cachê ou não. Mas eu cobraria a mais, com certeza, por essa pré produção. Agora o quanto? Vai muito da região que vc se encontra.

Titio disse...

Oi Wagner.
É isso.
A grande maioria dos técnicos está "pulando" esta parte da pré-produção, incorporando esta função ao trabalho do operador de áudio.
Mas não tem como separar isso, né?
A produção do artista não tem embasamento para montar um rider técnico e só então contratar o serviço de um operador de áudio para o show.
Aí voltamos ao dilema...
A grande maioria dos técnicos não cobra por isso. Está tudo incluso (menos a pós-produção) no cachê pela operação do áudio do show.
Obrigado por participar.
Um abraço.

Titio disse...

Olá pessoal.
Alguns colegas e amigos comentaram sobre esta postagem no Facebook, e eu tomei a liberdade de copiar para colar aqui, deixando assim registrado a conversa.
Segue abaixo os comentários:

Kalunga Carlos Branco Amigo , tem um aplicativo específico para isso é pago claro ,, é como se fosse uma tradução de um texto , só que nesse caso quem vai traduzir a necessidade da Banda é quem faz o Rider Tecnico.

Titio Ildemar Oliveira Kalunga Carlos Branco , sim... Mas você já cobrou alguma vez pela montagem do Rider Técnico?

Tito Menezes Nunca cobrei!
Nem sabia q existia terceirizacao de fabricacao de rider.
Sabia q existia um tal de copy/paste!hahahahah
Falando serio...o sensato nao seria o rider ser elaborado pelo tecnico que fosse operar o artista(ou banda)?
Um terceiro fazer nao eh meio loucura nao???
abx

Titio Ildemar Oliveira Tito Menezes , Pode acreditar. Tem gente oferecendo o "serviço" de montagem de Rider. Já vieram me oferecer. A questão que eu levantei foi se o operador de áudio do artista poderia cobrar pela montagem deste rider técnico, mesmo sendo ele que vai trabalhar no show. Ou este serviço já faz parte do trabalho contratado de operador de áudio?

Enrico De Paoli Qualquer tempo que um profissional usa o seu conhecimento que levou uma vida para adquirir, dedicado a um projeto, pode e deve ser cobrado. O valor quem diz é o próprio, combinando antes, claro. Fazer algo sem cobrar é possível, claro, mas é uma gentileza e não uma obrigação.

Titio disse...

Olá pessoal.
Mais comentários que copiei do Facebook:

Wagner Diniz TecSom O máximo que eu fiz, no caso de freelance, foi ligar antes no local ou para a empresa responsável pelo fornecimento dos equipamentos e confirmar se está tudo ok....acho que até aí sem problema, mas elaborar Rider/mapa/input....kkkkk aí não dá....

Luana Moreno Tudo depende... Se for uma gig que vou fazer várias vezes ou a paga for boa, não vejo problema em incluir o mapa no cachê. Agora se for só pra fazer isso, tem que ser cobrado a parte sim. Aqui na Austrália se ganha por hora, e isso acaba sendo ótimo pra gente ter ideia de quanto cobrar como freela: é só parar pra pensar quanto tempo vai levar.

Rosemberg Aguiar Eu entendo q se o tecnico trabalha com o artista, ele deveria fazer, pq ele mesmo fará uso, mas, se não trabalha com a banda ou artista, deve cobrar sim! É um serviço como qualquer outro, experimenta pedir a um arquiteto para q ele faça um desenho para a sua casa, com certeza de graça ele não vai fazer!