Olá
pessoal.
Faz
tempo que não escrevo aqui, né?
Aquela
velha conversa de "depois escrevo, depois escrevo...".
E
o tempo passou rápido, e não escrevi.
O
trabalho que faço na FUNDAJ, onde passo das 8 da manhã até às 5 da tarde lá,
sentado, editando os áudios, ajudou um pouco para esta demora em postar algo
aqui, mas não posso dizer que foi a única razão deste atraso.
Foi
vontade mesmo.
Quando
a pessoa quer, nunca falta tempo, não é verdade?
Resolvi
tirar umas férias aqui do Blog.
Ficar
um tempo sem o compromisso de escrever. Nunca fiz isso.
Já
pensei várias vezes, mas nunca fiz.
Vou
fazer agora.
Mas
antes disso, vou fazer um resumo (bem resumido) dos trabalhos que fiz neste
tempo que não escrevi.
Vamos
lá...
Depois
do show de Alceu no Parque das Fontes, fiz vários outros trabalhos.
O
Musical Aladdin foi o primeiro.
E
me arrependo de ter aceitado o trabalho.
Fui
para substituir um Amigo que não iria poder fazer.
Peguei
o "bonde andando" e me dei mal.
A
produção deve ter achado que era só colocar os microfones (30!!!) nos atores
que estava tudo certo.
Tem
muita coisa antes disso para ser resolvida.
E
foi um caos.
Ainda
tentei montar cena por cena em casa no editor da Venue, usando o
"snapshot".
Para abrir e fechar os microfones de acordo com quem estava em cena.
Fui dormir perto das 3h da madrugada fazendo
isso, mas não deu certo, pois a pessoa que colocaram ao meu lado para avisar
quando as cenas mudavam, não conhecia a peça à fundo, e foi um desastre.
Fora
isso, aconteceram vários outros problemas, que poderiam ter sido evitados se o
pessoal da produção tivesse dado a importância necessária ao quesito
"áudio"!
Um
destes problemas foi eu que causei. Não tenho problemas em assumir erros.
Na
intenção de melhorar o controle das vozes, no segundo dia tentei distribuir
estas vozes nos DCAs, mas complicou mais do que ajudou, e o começo da peça
neste dia foi uma "agonia".
Acabei voltando para como estava antes.
Não
vou entrar nos detalhes dos outros problemas, pois seria assunto para uma
postagem única, e a intenção hoje aqui é só resumir.
Caso
alguém queira mais detalhes ou informações, use o espaço dos comentários para
perguntar algo.
Para
finalizar este trabalho, digo novamente: "Dificilmente aceito outro
trabalho parecido nas mesmas circunstâncias".
Depois do musical, veio o show de Alceu em
Arapiraca.
Lembro
que o local era muito ruim de acústica, o que complicou um pouco.
O
equipamento também não era muito bom, e ainda bem que levamos quatro monitores
para garantir, pois usamos os quatro!
Não
consegui conectar meu iPad com a mesa, o que aumentou a correria.
No
soundcheck já notei que a inteligibilidade seria comprometida pelo ambiente, que
parecia uma quadra de esportes.
E
foi realmente isso que aconteceu no show. Tudo meio confuso.
Muitas
reverberações, chegando perto de se chamar "ecos".
Cadeiras de plástico foram colocadas no espaço à frente do palco.
Ficou meio estranho...
O
show rolou, mas não foi confortável para quem estava no palco.
Vamos
para o próximo.
Show
acústico de Alceu Valença em Recife.
No
geral foi tranquilo. Pra falar a verdade, bem tranquilo.
Uma
mesa só para fazer o PA e monitor, uma LS9 da Yamaha.
Como
sempre fazemos, duplicamos os canais, para eu poder mexer no que quiser para o
monitor sem interferir no som do PA.
São
poucos canais, o que facilita muito.
O
show foi muito legal, muito intimista, com Alceu conversando com o público.
Parecia
uma reunião na sala de estar do cantor.
Tive mais trabalho para afastar algumas pessoas
que se debruçavam nos monitores de Alceu do que com o som.
Quando
Paulo Rafael me viu na mesa de som, falou:
--- Poderia trabalhar nu, bem naturista!
Foi
assim o clima do show.
Massa.
Vamos
para o próximo.
Show
de Alceu Valença em Feira de Santana (BA).
Parecia
que o cara que projetou o local de Arapiraca era o mesmo deste local em Feira.
Mesmo
desenho, uma quadra de esportes.
Até
as cadeiras de plástico no espaço à frente do palco foi igual!!!!
E
tivemos os mesmos problemas causados por uma falta de tratamento acústico.
Som
"emboloado".
O equipamento era legal, e ajudou a amenizar o
problema da acústica.
|
Foto by Rissashi Honda (Roadie Alceu) |
Já
estava ficando "cabreiro" com o desconforto na monitoração.
Aí
seguimos para o próximo show, em Salvador, na Concha Acústica Teatro Castro
Alves.
Equipamento
de primeira!
Local
muito bonito! Aberto. Não era uma quadra de esportes!!!!
Tudo
bem cuidado, cabos, monitores, mesas de som.
Atendimento
de primeira.
Hoje
vai ser 100% de satisfação, pensei.
Errei.
Oxe...
Como
pode? Mas foi.
Aí
já fica aquela dúvida... Será que o problema sou eu?
Tivemos
muitos problemas com as baixas frequências, chegando ao ponto do baterista me
solicitar o desligamento do sub da bateria.
Para
completar, eu estava atrás das caixas de subgraves do som do PA, e tudo soava
para mim bem mais grave.
Numa
hora, no desespero pelo que eu estava ouvindo, corri para o lado do side, na
intenção de ouvir como estava no palco o som, e no meio do caminho tropecei num
carpete preto que cobria alguns cabos.
Voei...
E
quase caio ao lado dos pés do meu irmão tecladista.
Pela
primeira vez caio num palco. (risos)
Nem
era para eu rir aqui, pois não foi muito interessante o momento.
Mas
agora dá pra rir. Passou.
O
show foi espetacular! Muito bonito a interação do público.
Foi
um dos melhores shows de Alceu dos quais participei.
Mas
infelizmente, o resultado sonoro no palco não foi o que eu esperava.
Ficou
bem aquém do normal.
Mesmo
assim, ainda consegui rir do comentário de um dos técnicos da empresa de som
que estava comigo no palco.
Com
aquele sotaque arrastado da Bahia, ele falou para mim, enquanto desmontávamos
os equipamentos:
---
Rapaz... Jurava que aquele seu voo no palco fazia parte do show!
Foi
espetacular sua performance!
Ahahahahahahaahahahahaahahahahaha
Foi
bonito mesmo o mergulho. Ele tem razão.
No
intervalo entre este show e o próximo, que aconteceu em Porto Alegre, cheguei a
conversar com o baterista Cássio pelo WhatsApp, onde comentei que eu não estava
muito legal por causa dos últimos shows, onde tivemos tantos problemas.
Fico
triste mesmo, quando as coisas não saem como eu gostaria que saíssem.
Ele
deu aquela levantada no ânimo, falando que era assim mesmo, que existia esta
variação, etc, etc, etc...
Que
se fosse somar os resultados de todos os shows que fizemos, o saldo era
positivo disparadamente, etc...
Me
animou um pouco, mas não muito.
Vamos
para o show em Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna.
|
Auditório Araújo Vianna. |
Eu
já conhecia o lugar, onde fui fazer o monitor do show acústico de Alceu anos atrás.
Muito
legal o local.
Muito
legal também o equipamento.
Soundcheck
tranquilo.
Gostei
do resultado sonoro já no soundcheck.
Tudo
bem mais limpo, em comparação aos shows anteriores.
E
o show foi espetacular!
Como
foi o de Salvador, só que aqui tudo estava tranquilo no palco.
Ambiente
bem mais controlado...
Foi
um tal de "levanta e senta" do público durante todo o show.
Levanta pra dançar, senta que a música é mais calma...
Lavei a minha alma (de ateu).
Logo
após o show me encontro com Cássio atrás do palco.
E
a primeira coisa que ele me falou com um sorriso no rosto foi:
---
Tá vendo? Eu não te falei naquele dia sobre isso?
Ele lembrou da nossa conversa pelo WhatsApp.
Aqui
eu acabaria o resumo antes das férias.
Mas
apareceu um trabalho de última hora para eu fazer.
Um
show de Otto em São Cristóvão nesta sexta que passou, em Sergipe.
Ia
encaixar aqui este trabalho, mas resolvi abrir mais uma postagem, que vou
escrever agora também, e publico ainda hoje.
Pois
este de Otto foi bem fora do normal, e era capaz do texto aqui ficar bem
extenso.
Daqui
a pouco publico o último texto de 2017.
Um
abraço a todos.
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