segunda-feira, 21 de abril de 2025

Mudança de Palco 130 - BETs: O que todos já sabem, mas ninguém tinha coragem de falar abertamente.

 
Olá pessoal.
Pois é...
Essa pra mim foi a grande surpresa que eu tive atualmente nos noticiários.
Surpresa boa.
Mas só vi pela internet.
O Filipe Luís foi muito corajoso ao falar a verdade sobre as BETs numa entrevista coletiva, onde até um dos microfones na entrevista era da Bet do time onde ele é o técnico!!! No caso, o Flamengo.
Aproveitando a notícia de hoje da morte do Francisco, seria a mesma coisa de uma freira falar num discurso no Vaticano sobre o "escanteamento" das mulheres em vários setores da igreja, como não poder votar na escolha do Papa.
Tem que ter coragem, né?

Se ninguém notou ainda, mulher não vota para escolher o Papa...
Raramente entro numa igreja, mas não lembro também de ver Freira ou Madre comandando uma missa.
Acho que mulheres não podem também comandar uma missa numa igreja!
(Os católicos que estão lendo esse texto, se quiserem, podem deixar nos comentários se pode ou não.)
Segue abaixo o vídeo da fala de Filipe Luís, que peguei num canal do YouTube chamado Ligados no Fla (Fla de Flamengo!!!)


Logicamente, não vi nada sobre esse vídeo da entrevista coletiva do Filipe nas TVs abertas e/ou fechadas.
Todo o setor esportivo virou refém das BETs, inclusive as TVs.
Clubes? Vixe Maria!!!! Aí é que dependem mesmo!!!!
Como vão falar mal, que seria falar a verdade, né?
Todo mundo se fingindo de morto.
Todo mundo se finge de morto para opinar sobre algo, onde ele depende desse algo, ou ele é apaixonado por esse algo.
Chamo isso de "opinião de acordo com a situação".
Dependendo da situação essa mesma pessoa muda a opinião.
Fica aqui meu apreço (estima, admiração) a Filipe Luís pela coragem.
Alguns podem até minimizar a atitude, falando que ele deve ter muito dinheiro e que provavelmente não depende do trabalho como treinador de futebol.
Dinheiro eu sei que ele tem muito, mas tem muita gente com dinheiro no mundo esportivo que pensa a mesma coisa que ele, mas se finge de morto na hora de dar uma opinião abertamente.
O Lucas Paquetá tem uma grande chance de ser BANIDO do futebol (não sei se do futebol Inglês ou da Europa) por causa de cartões amarelos forjados em jogos, coisa bem parecida com o que aconteceu com vários aqui no Brasil, como no caso recente de Bruno Henrique do Flamengo e Ígor Cariús do Sport.
Não sei no que vai dar o caso de Bruno, mas o de Cariús todos já sabem, né?
Pegou uma "suspensãozinha", e é ídolo no clube pernambucano, onde a torcida e os dirigentes fizeram o que é o normal...
Se fingiram de mortos!
É muita gente se fingindo de morto no futebol, política e religião.
Ahhhhh! E também no mundo dos shows e eventos!
Parece uma terra de Zumbis!!!!!

Um abraço a todos.

Caso não consigam ver o vídeo da fala de Filipe Luís que coloquei acima, clique AQUI para ver direto no YouTube, pois acho que nos programas esportivos das TVs vai ser difícil colocarem para uma discussão do tema.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Academia da Berlinda no Clássicos do Brasil - Esquivou, adiou, relutou, usou e... Adorou!!


Olá pessoal.
Mais uma vez fui operar o monitor da banda Academia da Berlinda.
O show aconteceu na quinta-feira que passou, dia 10 de abril, no Classic Hall (chamado por décadas de Chevrolet Hall), e fazia parte da programação do Festival Clássicos do Brasil.
Fiquei pensando aqui, e notei que não fiz muitos trabalhos no Chevrolet (eita! Classic) Hall.
Mas já fiz muitos trabalhos com a Academia, que mantém o input list intacto faz um bom tempo.
Mais da metade do caminho já estava percorrido, quando fiquei sabendo da relação dos equipamentos que estariam no palco.
Monitores sobrando(!), mesas legais (e sem defeitos!), side muito bom, vários sistemas de in-ear, diversos microfones (originais!)...
Foram duas mesas CL5 da Yamaha no monitor, e tinha até cadeira alta para os técnicos nas duas mesas!
Um verdadeiro luxo, que infelizmente não é o normal que encontramos em eventos aqui em Recife ou no estado de Pernambuco.

Input List da Academia da Berlinda.

Puxei pela memória aqui, e lembrei que nada FALHOU durante o soundcheck e também no show!
Não precisei solicitar mudança de nada, tanto de microfones quanto de cabos ou vias de multicabo.
Não tem como não comentar sobre esse atendimento primoroso da empresa de som (luz e led) Luminário, que é daqui de Recife, e o proprietário começou sua caminhada alugando kits para DJ!!!
Lembro muito bem deste início...
Às vezes a gente se esquece de como é bom fazer um trabalho onde tudo funciona.
O que não funciona bem naquele lugar é a acústica.
Nem lembrava mais disso.


Durante o soundcheck notei uns estalos nos canais dos tons da bateria, e estava achando que poderia ser a vibração nos microfones que estavam presos por garras nos tambores, mas na realidade era o rebatimento do som nos camarotes, principalmente as altas (médios e agudos), que estava causando esses estalos que eu estava ouvindo no palco.
Eu já estava ligando meu "sisteminha" M-Vave, que chamo de in-ear de pobre, quando Íkaro, técnico de monitor da empresa, me falou que tinha sistema de in-ear sobrando, e que eu poderia pegar um para usar na minha monitoração.
Não uso caixa de monitor para monitorar as coisas faz um bom tempo!
Ótimo! Falei para ele, já desligando meus cabos da mesa.
Muita gente (que não é do ramo) acha que a gente só trabalha no dia do show.
Esse é um pensamento completamente errado!
Parei de escrever aqui para ver os detalhes para um show de Otto no dia 09 de maio em Salvador!!!
Recebi algumas informações de como vai ser o palco, já fui atrás de técnico local para fazer o PA do show, onde preferi ficar no monitor.
Muita água ainda vai rolar até lá... Mas o trabalho já começou.
Só quis mostrar aqui que o nosso trabalho começa bem antes do dia do show!!!
Vou voltar para o show da Academia em Recife.
Que começou bem antes do dia do show, com uma mensagem no WhatsApp de Adriano Duprat para mim: --- Titio, capricha no monitor, que Tiné vai tentar fazer o show de in-ear.
Acho que ele nunca tentou usar, nunca gostou da ideia.
Adriano é o diretor técnico da banda, e normalmente faz o PA ou o monitor também, dependendo da situação.
Tiné é um dos cantores da banda.
Ou seja... Já comecei o trabalho na pressão! (Risos)
E bem antes do show acontecer!


Na Academia, já tem dois músicos que usam in-ear. 
O baterista Irandê e o baixista Yuri, que também faz vocal.
A banda ainda tem Tom (percussão/bateria), Gabriel (guitarra), Urêa (voz/timbales) e Gila (teclados).
Enquanto o pessoal da empresa ligava as coisas no palco, e eu conversava com Adriano, me lembrei de uma frase usada no futebol, que diz que "o pênalti é tão importante, que deveria ser batido pelo presidente do clube".
Aí falei para Adriano que por ser a primeira vez que o cantor iria usar o in-ear, era para o diretor técnico fazer o serviço.
Ele riu e falou: --- Se quiser, eu faço o monitor e você vai lá pra frente fazer o PA.
Não esperava por uma resposta feito essa.
Ri do mesmo jeito, falando que eu iria fazer o monitor.
Segui para minha CL5, e fui checar os monitores e o side, enquanto Íkaro ajustava os sistemas sem fio de in-ears e microfones.
A CL tem uma coisa "chatinha" com relação ao uso do iPad via roteador sem fio.
Depois de colocar o novo endereço de IP na mesa, a gente tem que desligar e ligar a mesa, para ela poder reconhecer o novo endereço.
Meu roteador nunca sai do endereço 192.168.0.1, então eu tenho sempre que colocar na mesa o mesmo endereço, só mudando o final.
Sempre coloco nas mesas o endereço 192.168.0.128, que é o mais comum nas mesas da Yamaha, mas essa estava com outro endereço, e eu fiz os ajustes.
Conectei normalmente com meu iPad, mas como falei acima, tive que desligar a mesa e ligar novamente.
Chequei todas as vias no palco com o iPad, já fazendo uma distribuição dos canais para todos da banda, que ainda não estava no local.
Essa distribuição dos canais para as vias, já estava na minha cena, que fiz dias antes em casa.
Eu só precisava dar uns ajustes nos ganhos e nas equalizações dos canais, e esperaria a banda chegar para ajustar tudo.
E antes de começar o soundcheck com a banda, peguei o microfone de Tiné e já enviei a voz para a via de in-ear dele, colocando também um pouco de efeito (reverb).
Não tirei os dois monitores de chão que ele sempre usa, mas deixei bem baixo o volume do som, e eu só ajustaria esse volume se tivesse algum problema com a adaptação do cantor com o in-ear.
A banda chegou, e eu distribuí os in-ears para os músicos, e começamos a passagem de som.
Tiné colocou o fone, e fez uma cara de desânimo ao falar no microfone dele, e eu me assustei.
Eu tinha achado bem legal quando ajustei e testei antes.
A cara dele foi muito engraçada.
Mesmo eu assustado, achei graça.
Ele devia estar querendo falar: --- Se som de in-ear é isso aqui, é uma bosta! (Risos)
Enquanto ele não teve coragem de falar, fui checar no iPad se tinha algo errado.
E tinha!
Falei para ele que ficasse calmo, porque a via do in-ear estava fechada!
Deve ter sido numa hora que fechei todas as vias de monitores de chão para checar caixa por caixa sem ouvir as outras, e acabei fechando acidentalmente a do in-ear.
Ou pode ter sido também que fechei a via do in-ear para ouvir a soma do pouco volume que estava nos monitores dele de chão somado com som do side.
Agora não importa muito saber o que me fez fazer essa besteira...
Falei que iria abrir a via dele, e quando ele falou no microfone, se assustou!
Mas agora se assustou de alegria e não de decepção. (Ufaaa!!)
Eu já tinha distribuído os instrumentos e vozes para ele, num nível bem abaixo do nível da voz dele.
Normalmente é assim que começo, e depois vou ajustando ao gosto do "cliente".
Tiné foi me falando alguns detalhes de como ele queria o fone, e eu fui ajustando, enquanto ajustava as outras vias de monitor de todos os outros músicos.
Fiz todos os ajustes no palco, usando o iPad, escutando todos os canais e todas as vias dos músicos no meu fone com meu sistema de in-ear.
Lindo. E prático!
Tiné estava bem satisfeito com in-ear, já falando que não entendia porque demorou tanto para testar.
Todos satisfeitos, encerramos o soundcheck.
Aguardar pela hora do show, que seria o último.
Salvei tudo na mesa e nos meus dois pendrives, e fui para casa.
Não deu tempo para almoçar.
Só depois de encerrar o soundchek, foi que notei que o almoço "passou batido".
Já em casa, comi um sanduíche, tomei um banho e fui dormir um pouco.
Deu para descansar bem.
Voltei para o Classic Hall renovado.


O show aconteceu normalmente, e eu não tive atropelos no monitor.
Da mesa de monitor, notei que Tiné estava bem confortável no palco, e não tirou os fones durante todo o show.
E não toquei no volume do som dos dois monitores de chão dele.
Foi tudo normal!!!!!
Antes de terminar o show, eu já estava achando que o teste do in-ear tinha sido bom!
Quando o show acabou, eu fui me encontrar com os músicos atrás do palco, para pegar os bodypacks dos in-ears.
Mas minha primeira intenção era saber o que Tiné achou do in-ear.
E ele muito sorridente falou: --- Eu não faço mais shows sem usar in-ear!!!!
Relutou tanto, adiou tanto, mas quando usou... Adorou!!
Falou ainda que não entendeu porque demorou tanto para tentar.
Eu já estava bem feliz no final do show, por tudo ter corrido bem para todos.
Mas os comentários de Tiné me fizeram ficar muito mais feliz e recompensado!!!
Trabalho (teste?) cumprido.
E com louvor! (Sem ser no sentido religioso, logicamente)
Um abraço a todos.

PS: Corre um boato que Letrux usa in-ear atualmente, depois de ser convencida pelo técnico do Festival a experimentar o sistema num show que ela fez no Abril Pro Rock...

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Over Point - Corre, que o microfone pifou!!!

 
Olá pessoal.
Essa semana me lembrei de um causo muito legal que aconteceu na Over Point, enquanto André Rio se apresentava no pequeno palco da Boate, antes de 1991, porque não tinha acontecido ainda a "GRANDE" reforma da casa!
Foi na Over Point que eu tive meu primeiro contato com a música ao vivo, usando uma mesa de 8 canais da Staner. Já falei sobre isso aqui no Blog.
Pois bem...
Vendo um vídeo na internet de uma sacanagem (no bom sentido) de Otaviano Costa com o operador de áudio dele, me fez lembrar do caso de André Rio.
André sempre se apresentava com sua banda no meio da semana.
A Banda Modelo Do Meu Terno.
Acho que era na quarta-feira.
Na foto abaixo, da esquerda para direita: Riva (Gtr), André, George (Teclado), Ênio (Percussão), Bira (Bateria) e Dadá (Baixo).
André Rio e a Banda Modelo Do Meu Terno no Bar Som Das Águas.
Música ao vivo na Boate só tinha na quarta ou quinta-feira.
Era uma noite bem legal, com brincadeiras, sorteios de garrafas de whisky para serem consumidas na outra semana, tinha até bingo!!
Me divertia muito nesses dias de música ao vivo.
Pois bem(2)...
Eu estava na "pequenininha" cabine de som, enquanto André Rio cantava.
Tudo tranquilo, vendo o show, olhando quem estava na boate, era uma noite normal de música ao vivo...
Em determinado momento, o som da voz de André some!!!
Me assustei, e quando eu olho para o palco, André está fazendo o sinal negativo com o polegar, apontando para o microfone, falando algo que não saía no som.
Putz! O microfone parou!!!
Peguei um cabo e um microfone na cabine e corri para o palco, passando apertado pelo público que estava dançando no salão.
E a banda tocando... E André falando no microfone, mas sem som.

Encarte do primeiro disco de André Rio (1990).

Entrei no minúsculo palco já me abaixando para trocar o cabo e/ou microfone para tentar sanar o problema, quando o safado do cantor se abaixa até meu ouvido e fala já com um sorriso na cara:
Relaxa Titio... Eu esqueci a letra da música.
Falei pra ele na hora: "Fela da Puta"!!!
O safado estava fingindo que estava cantando, só mexendo os lábios, fazendo mímica.
Mas nem cheguei a ficar 3 segundos com raiva dele!
Muito criativo o danado do cantor.
Voltei para cabine rindo ainda, e não me recordo se ele lembrou da letra e voltou a cantar a música, ou a banda parou para eu arrumar o microfone que pifou (na teoria)!
Muito provável ele ter falado: --- Agora, problema resolvido, vamos continuar com o show.
Um verdadeiro "caba safado"!
Esse era o clima da boate nos dias de música ao vivo!!!
No final dos anos 80.
Bons (excelentes) tempos...
Segue abaixo o vídeo com o talentoso (e safado) Otaviano Costa, que me fez escrever sobre essa noite na Over com André Rio.

Pela perfeição como Otaviano fez a coisa, não tenho dúvidas que eu iria fazer a mesma coisa que o técnico de som dele fez!
Como eu fiz naquela noite com André Rio (sem contexto sexual...).
Um (Over) abraço a todos.

PS: Alguns anos depois, já na Boate reformada, me "vinguei" de André Rio enquanto ele cantava New York, New York. Mas aí já é uma outra história...

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Dica dos Amigos 033 - Como abrir o equalizador gráfico nos faders da WING, usando um botão do Custom Controls.

 
Olá pessoal.
Uso muito essa função nas outras mesas digitais.
Principalmente nas da Yamaha, onde chamamos esses botões de User Defined Keys.
Tive pouco contato com a WING, mas já pude notar que o poder de fogo dela é enorme!!!
Tou devendo uma visita no Estúdio Carranca, para dar um passeio na mesa com a mão na massa.
Essa dica aqui eu encontrei na página da Behringer Brasil no Instagram (@behringerbrasil).
Deixei até um comentário lá, avisando que se eles fizessem mais vídeos com dicas sobre a mesa, eu colocaria aqui no Blog.
Segue abaixo o vídeo com a dica de hoje.

Um abraço a todos.

domingo, 6 de abril de 2025

Dica dos Amigos 032 - Passando a cena do pendrive para a DM7 da Yamaha.

 
Olá pessoal.
Mais uma dica legal do Roberto Cesar Miranda, mais conhecido como Big Joe (@eusoubigjoe).
Dessa vez ele fez um vídeo explicando como passar uma cena do pendrive para a mesa DM7 da Yamaha.
Espero que ajude meus colegas e amigos do áudio.


Como sempre faço, coloco os vídeos postados aqui no meu canal do YouTube (https://www.youtube.com/@titioaudio).
Big Joe também tem um canal lá.
Um abraço a todos.

sábado, 29 de março de 2025

Nesse Exato Momento de Almério em Petrolina - Nem me assustei, mas o público...


Olá pessoal.
Eita, que a preguiça para escrever tá grande!!!
Mas vou tentar...
Mais uma vez fui convidado para operar o som do PA do show "Nesse Exato Momento" de Almério.
Lembram que eu já falei desse show, quando participei recentemente no Teatro do Parque, operando o som do PA?
Pois bem...
Apareceu mais uma oportunidade de trabalhar nesse show.
Depois que aceitei o convite, fiquei sabendo que o show seria no mesmo lugar onde fui fazer o show da Filipe Catto no ano passado.
Aí fiquei preocupado.
Pois eu passei por vários problemas técnicos nesse show de Catto, no Teatro Dona Amélia.
Problemas sérios!!!
Deixa eu ver aqui se falei desses problemas técnicos quando escrevi sobre o trabalho anterior...
(Todos os vídeos postados aqui do show foram feitos por Nilzete)
----
Vixe... Essa parada pra ver se eu já tinha falado sobre o trabalho anterior em Petrolina está sendo grande!!!!
Já fiz outra postagem falando sobre o Ridermaker, e já estou em Caruaru tirando umas férias do (ainda) carnaval.
Como estou numa pausa das farras aqui, resolvi retomar o texto sobre o show de Almério no SESC Petrolina, mas com certeza quase que absoluta que não finalizo essa postagem aqui na terra de André Julião, o Sanfoneiro Doidão!
Mesmo com tudo isso acontecendo, vi que não falei nada sobre o trabalho que fiz com Filipe Catto no mesmo teatro que fui fazer esse show recente de Almério.
Vou resumir...


Tive problemas técnicos seríssimos no show de Catto no Teatro Dona Amélia, e tentei de todas as formas amenizar o prejuízo nesse show de Almério, quando eu soube que seria no mesmo local, e com o mesmo equipamento.
Eu já sabia quais eram os problemas, aí fica mais fácil (ou menos difícil) resolver.
Né?
Mesmo com todo meu esforço para uma melhora nos equipamentos, não consegui resolver, e tive que usar basicamente o mesmo equipamento que usei no ano passado, e que estava com problemas.
Resumindo mais ainda... A produção do teatro me garantiu que os problemas foram sanados, e eu segui para fazer o trabalho.
Resumindo mais um pouco... Os problemas não foram totalmente sanados, e o PA continuava a falhar!!!
Ok, falhou bem menos que no show da Filipe Catto, mas falhou.
O problema sério na mesa de som foi resolvido, mas vários faders continuavam a se mover sozinhos, onde tive que mudar a posição de dois canais.
Até o fader do máster subiu de vez(!) quando fui dar uma abaixada no volume geral durante o soundcheck.
Deixei ele então paradinho no ZERO, e qualquer mudança no volume geral do som eu iria fazer usando os DCAs.
Mais um resumo... Não tinha monitor para toda a banda, muito menos sistema de fones.
Como eu já sabia disso, levei meus sistemas de monitor com fio que comprei recentemente, e coloquei para três músicos.


Lembrando que nesse show em Petrolina foram apenas 4 músicos para acompanhar Almério!!!
Só tinha 4 monitores disponíveis, que usei dois para Almério, um para o baterista e um para o front fill, que eu já sabia que o som do PA não cobria aquela área central perto do palco.
Baixo, guitarra e trompete usaram o sistema de monitor com fio que eu levei.
Como já falei recentemente por aqui e nos meus grupos de áudio, o Rider Técnico está virando peça de museu.
Mas vamos ao show...
Cheguei no teatro às 9h da manhã para "organizar o meio de campo".
E ainda bem que fui nesse horário, pois correria o risco grande de não ter tempo para organizar tudo se eu chegasse depois do almoço!
Mais uma vez, o pessoal do som teve a maior boa vontade do mundo para deixar tudo funcionando como eu queria, mas boa vontade não é tudo num show, concordam?
Ajuda muito, mas não é tudo.
O amplificador de baixo era o mesmo do ano passado, e não aguentava uma única nota musical, que poderia ser qualquer uma!
O músico preferiu retirar o equipamento do palco, e enviei o sinal do instrumento para o fone dele.
Não tive problema com o amplificador de guitarra porque o músico só usou os falantes da caixa, sem passar pelos controles do amplificador.
Tudo era feito no sistema de pedal do músico. Lindo.
Na bateria também não tive problemas no monitor, pois além da caixa está falando bem, tinha ainda duas pequenas caixas de subgraves, deixando o som bem confortável para o músico. 
Passamos o som durante um bom tempo, para ajustar tudo para todos, inclusive para mim!!!!


Em determinado momento perdi o sinal da conexão da mesa com meu iPad, o que dificultou mais ainda o trabalho, pois a mesa X32 ficava no palco.
Só tem ela para fazer PA e monitor.
Depois do desespero pela volta da conexão, decidi não fechar mais o aplicativo, como vinha fazendo algumas vezes, e também não desliguei mais a conexão wi-fi do iPad com meu roteador.
Daqui pra frente, vou apenas minimizar o StageMix, deixando tudo conectado via roteador sem fio.
Depois que fiz isso durante o soundcheck, não tive mais problemas, inclusive durante todo o show!
O show...
Não voltei mais no hotel para tomar um banho e trocar de roupa, mesmo ele ficando bem pertinho do teatro.
Acabei ficando com minha bermudinha, coisa que não faço quando os shows são em teatros.
Mas... Paciência. 
Quando finalizamos o soundcheck, já estava bem perto do horário para começar o show.
Eita, o show...


Fiquei imaginando depois como seria com a banda completa...
Se faltando dois foi daquele jeito, com a percussão mais o trombone seria mais bonito ainda.
Operei o som do show lá da frente, usando meu iPad.
E ainda levei meu M-Vave, onde poderia escutar qualquer canal ou qualquer via de monitor lá da frente.
Fiz isso algumas vezes durante o show, e o sistema é uma boa ferramenta para esse trabalho.
Lógico que a conexão não é segura como um in-ear profissional, mas quebra uma galho lindamente, principalmente quando é apenas um trabalho de monitor, onde não ficamos muito longe do transmissor.
Como falei anteriormente, o PA ainda falhou nesse show, como aconteceu no show de Filipe Catto.
Mas falhou absurdamente menos!!!!!
No show de Catto foi angustiante.
Mesmo com todos os obstáculos encontrados nesse show de Almério, o show foi espetacular.
Temos grandes iluminadores em Recife, como Luciana Raposo que fez a luz desse show em Petrolina.
Ela deve ter passado por perrengues lá também, mas nem tive tempo de conversar com ela sobre isso antes e durante o show.
Estávamos concentrados em resolver os problemas.
Muita gente sabe que quase não presto atenção na luz durante o show quando estou no som.
A visão só serve para identificar quem está tocando, para eu conferir se estou escutando o que ele está tocando.
Vi alguns vídeos depois do show na internet, e que eu até publiquei alguns.
Aí eu noto como uma luz bem feita ajuda no resultado final de um show!
É de emocionar mesmo.
Como vários se emocionaram durante esse show.
Soube que teve gente chorando na plateia, que teve músico chorando ao lado do palco enquanto não participava da música...
O cantor se emocionou...
O show realmente foi impressionante.


E quando a gente sabe o que tivemos que fazer tecnicamente ANTES e durante o show, quando calculamos todos os esforços, aí é que o resultado dessa conta vai lá pra cima!!!
No final do show, eu estava com o cotovelo doendo de tanto segurar o iPad.
Almério não me apresentou no fim do show, fez uma homenagem, que quase chorei também.
Ele também homenageou todos os músicos e nossa iluminadora.
Realmente, nós fizemos um belo trabalho, e Almério com maestria fez o trabalho dele, passando o recado belissimamente.
Como eu já sabia que viria "chumbo grosso" do palco, mesmo com todos os problemas encontrados, nem me assustei.
Mas o público...
Com certeza tomaram um susto grande!
E dificilmente alguém daquela plateia saiu do teatro decepcionada com o que viu e ouviu!
E é muito bom fazer parte disso!!!
Essa é a grande graça para quem trabalha com shows e eventos.
Um abraço a todos.

PS1: As duas farras que fizemos em Petrolina foram tão espetaculares quanto o show!!!
PS2: Acabei esse texto, mas só vou postar mais tarde, porque agora vou no Bar da Perua, conversar besteira, beber vodka com suco acompanhado de caldinho de dobradinha, pra depois ver se pego o miúdo de perua para tira-gosto ou paro para almoçar uma carne de sol!!!

terça-feira, 25 de março de 2025

Ridermaker - Excelente ferramenta para montar o Rider Técnico.

Clique na imagem para ampliar.
Olá pessoal.
Já faz um bom tempo que eu queria encontrar um programa para montar meu Rider Técnico, principalmente o Mapa de Palco.
Sempre montei esse documento no Word.
Funciona, mas queria que ficasse mais PROfissional.

Um dos meus Mapas, montado no Word.

O Stage Plot Pro é o mais famoso programa que eu conheço, e realmente ele é muiiiiito bom.
O problema é que o criador da ferramenta morreu, e não tem mais como comprar esse programa.


Existe até um programa "crackeado" rodando pela internet, onde você pode instalar no seu laptop como TRIAL (julgamento, para testar), mas ele fica permanente.
Só que isso não funciona no Windows, só nos laptops da Macintosh.
Lembrando que, mesmo você querendo, não consegue mais comprar o Stage Plot Pro.
Recentemente até comprei um MacBook Air, instalei esse programinha crackeado, mas resolvi não ficar com o laptop da Apple, comprando outro DELLzinho.
Cada um com suas necessidades, né?
Pois bem...
Com a venda do MacBook, fui atrás de um programa para suprir minhas necessidades com a montagem dos meus Riders Técnicos.
E depois de várias dicas dos amigos, cheguei nesse RIDERMAKER, que eu até já tinha visto antes mesmo de comprar o Mac, mas não gostei à princípio, principalmente por ele ser muito simples na versão FREE (grátis), e por ter que se conectar na internet para usá-lo.
Não queria pagar para ter a ferramenta, e nem fui ver o preço e as outras versões PAGAS.
Mas recentemente eu voltei a pesquisar com mais vontade depois de vender o Mackbook e comprar o Dell.
Voltei na dica de Normando, e entrei no site da Ridermaker para ver todas as possibilidades e preços das versões.
Para acessar o site, clique AQUI.
Já gostei dos preços. Achava que seriam mais altos.
Li todas informações das duas versões pagas: Pro Tool e Premium Tool.

Clique na imagem para ampliar.

Nem pensei duas vezes ao escolher logo a versão Premium para testar por 7 dias.
Lembrando que a ferramenta só funciona ONLINE, ou seja... Você tem que estar conectado na internet.
Não gostei muito disso, mas depois de testar a versão mais completa da ferramenta, essa questão da internet ficou em segundo plano, principalmente porque sempre estou conectado na internet com meu plano de celular da Tim.
Também não demorei muito para achar que vale a pena pagar pela ferramenta!!!
Antes dos sete dias de teste, que acabam hoje, decidi realmente ficar com o Ridermaker, pagando 31,39 dólares por ano.

Clique na imagem para ampliar.
Isso vai dar em torno de 180 reais.
Para usar UM ANO.
Achei muito justo!
E comprei.
Mais barato que 4 garrafas de Casillero Del Diablo!!!!
Oxe.
Tem várias opções legais no Ridermaker, como nomear todos os canais, colocando o microfone ou se é DI (Direct Box), e separando esses canais por cores, como mostra a foto abaixo.

Clique na imagem para ampliar.

Na mesma janela CHANNELS, depois do último canal do seu input, você pode colocar as informações complementares, como as preferências das mesas e amplificadores, necessidades de in-ears sem fio, etc etc etc, como mostra a foto abaixo.

Clique na imagem para ampliar.

Nem tou mais com saudade da ferramenta anterior que eu tanto idolatrava...
Como não sou fã de ter ídolos, principalmente na área política, essa idolatria pelo Stage Plot Pro foi por água abaixo rapidamente!
Está precisando de uma ferramenta muito boa para criar seu Rider Técnico?
Teste esse Ridermaker.
Depois me diga se gostou, como eu gostei.

O rider vai ficar mais ou menos assim...

Ahhh. Tem um canal dentro do Ridermaker, onde o usuário pode trocar informações com outros usuários, e também pode colocar sugestões para melhorias da ferramenta.

Para você deixar suas sugestões. 

Eu já deixei 4 sugestões lá...
E o criador da ferramenta está vivo! E responde!!!!

Minhas sugestões! Clique na imagem para ampliar.

Um abraço a todos.

PS: Nunca recebo "presentinhos" para falar bem ou indicar algum produto. O dono desse Ridermaker nem imagina que eu estou indicando a sua criação.
Quando eu gosto, eu indico mesmo!
No vídeo abaixo, uma demonstração simples da ferramenta.


terça-feira, 11 de março de 2025

Carnaval 2025 - "Vou rodar hoje! Os cachês vai demorar!"

 
Olá pessoal.
Ia até fazer um breve resumo, ou falar de alguns dos cinco trabalhos que fiz nos quatro dias de carnaval, mas antes de decidir o que falar, me apareceu essa frase de um Amigo numa conversa de WhatsApp.
Que para mim, resume bem a atual situação da minha "turma" de shows e eventos (técnicos e músicos).
Na realidade, essa situação não é novidade...
Mas depois volto ao assunto.
Queria falar também sobre os velhos problemas de estruturas dos palcos pela cidade.
Vi até que tiveram umas mudanças para melhor em alguns deles, como o de Brasília Teimosa e Poço da Panela, que nunca fiz trabalhos lá, mas o que eu escutava dos colegas e amigos técnicos que passaram pelos locais, era desanimador.
Que bom que deram uma melhorada.
Dá para notar que os problemas maiores são nos polos descentralizados, né?
Marco Zero e Arsenal sempre tiveram uma "atenção" diferenciada.
E tem razões pra isso, né?
Passei por dois polos completamente abandonados.
Alto José do Pinho e Pátio de São Pedro.
O Pátio eu já estou achando que é de propósito, virou marca registrada, e faz parte do carnaval do Recife daquele jeitinho.
Só pode.
Até nosso roadie foi atacado por cães de rua antes do show, quando foi pegar um material que estava na van, estacionada na rua ao lado do palco.
Foi parar no hospital, todo rasgado, tanto nas roupas como na carne.
Eu sinto pena do polo, se é que vocês me entendem.
Esse abandono, reflete no público.
Pouquíssima gente tanto no Pátio como no Alto Zé do Pinho.
Acho que o público diminuiu em vários polos.
Operando o PA do show de Siba e A Fuloresta no Palco Pernambuco Meu País.

Passei pela Várzea, e também estava bem reduzido de público.
E lembro que tempos atrás, dava bastante gente nesses três locais.
Teve amigo meu que achou isso até do Marco Zero!
Diminuição do público.
Não descarto a violência como um dos fatores para essa diminuição.
Bem... Nem passei perto do Marco Zero esse ano.
Eita, passei!
Fiz show no Palco Pernambuco Meu País, que era do governo e causou uma polêmica no meio artístico.
Como diz o ditado famoso: "Eles que são políticos que se entendam."
Adoro adaptar frases famosas.
Por exemplo, nunca gostei de chorar o vinho derramado!
Operando o monitor de Mestre Ambrósio no Pátio de São Pedro.

Esse ano, pelo que chegou pra mim, o sucesso (de rejeição) foi o polo Graças, dos shows instrumentais.
Músicos exigentes, onde querem escutar cada nota tocada, nem monitor tinha direito no palco...
Também não passei por lá, mas vários amigos passaram.
Legal a estrutura do Carmo, em Olinda!!!
Tanto dos equipamentos no palco como o sistema de PA.
Operando o PA da Banda Eddie na Praça do Carmo.

Já no polo Guadalupe eu não tenho a menor ideia de como estava.
Tinha até um show de Siba e A Fuloresta para eu fazer lá, mas já tinha fechado outros  trabalhos para esse dia.
No Pátio de São Pedro eu recebi a mensagem da diretora de palco, falando que a mesa seria outra, e a que iria ficar no lugar estava com problemas no bloco dos primeiros 8 faders.
Você receber uma notícia dessas em pleno 2025, desanima.
Mandei mensagens para meus amigos que trabalham na prefeitura, dizendo que eu estava pensando em mudar de profissão.
Como eles me conhecem, já sabem que eu gosto de "romancear" as situações.
Mas não esqueçam que as situações existem!
A mesa que estava com os problemas nos 8 canais iniciais, já travou no primeiro dia, trocaram por uma de menor porte, mas já avisaram que no meu dia com Otto seria uma Venue, que era a que eu sabia que seria desde o começo.
Ela não estava perfeita, como podem ver no vídeo abaixo, parecendo um vídeo game, mas não interferiu muito no trabalho e eu consegui entregar um som bem decente para o público.

Nesses casos, a gente se sente o "Tampa de Crush".
Me senti assim em vários trabalhos esse ano fazendo o PA.
No monitor, nem tanto.

E penso até em diminuir, ou não fazer mais monitor no Carnaval e/ou São João.
Cada ano complica mais fazer esse serviço nos palcos de datas festivas espalhados pelas cidades.
E estou chegando nos 60, sem aquela disposição dos 30, quando fazia Versão Brasileira.
Aqui não estou dramatizando muito não, viu?
Tou realmente pensando no assunto.
Operando o PA de Otto no Pátio de São Pedro.

Basicamente, esse foi meu resumo de carnaval, onde me senti bem melhor (e com mais saúde) fazendo o PA, e me desgastei muito no monitor, trocando caixas, cabos, microfones etc etc...
Depois disso tudo, ler uma mensagem pesada desse meu Amigo no WhatsApp foi desanimador, falando que iria rodar (de Uber) para poder entrar grana enquanto espera pelos cachês do carnaval, que como todos aqui já devem saber, não são como PIX que caem na hora.
Muitas vezes esperamos 30/60 ou até mais dias para receber!
Eu guardei dinheiro para pagar as contas desse mês, sabendo que seria assim mais um ano.
Infelizmente, essa é mais uma coisa "normalizada" no nosso país, onde jogo do bicho é contravenção, mas tem um drive-thru de apostas no bairro da Madalena, aqui em Recife!
Sempre tento guardar uma graninha, pois o normal é assim, mas nem sempre conseguimos fazer essa reserva, e aí a coisa complica...
Show de Otto no Pátio de São Pedro.

Por isso meu Amigo foi rodar com o carro dele como motorista de aplicativos.
Eu nem tenho carro, nem RODAR eu posso fazer!!!!
Pelo menos eu sei que posso vender coxinha com caldo de cana na lanchonete de um Amigo, que foi onde fiquei um bom tempo no caos da pandemia!
Enquanto esse dia não chega, vou me divertindo (nem sempre!) nos trabalhos com shows e eventos.
Tentando sempre me sentir o Tampa de Crush!
Mas... Como vocês sabem, lendo meus causos aqui, nem sempre consigo isso, né?
Um abraço a todos.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Dica dos Amigos 031 - Atalho para enviar o L/R para o Matrix na PM5D.

 
Olá pessoal.
Eu já conhecia esse atalho, sem ser do jeito que o Big Joe fala no vídeo.
Sabia que selecionando o L (depois o R) e segurando o botão "select", poderia enviar o L/R para o Matrix, usando o mesmo caminho que está no vídeo abaixo.


Mas tem que ficar segurando o botão até ser feito o ajuste no encoder do matrix.
Não sabia que dando dois clicks também funcionava.
Então fica aqui registrado em vídeo essa dica, que pode ser utilizada do jeito que Big Joe explica, ou do jeito que eu já sabia que funcionava.
Como normalmente só uso a PM5D no monitor, nem lembro se precisei alguma vez enviar o L/R para o matrix.
No PA isso é muito mais fácil de acontecer.
Obrigado Big Joe pelo vídeo.
(@eusoubigjoe)
Lembrando que sempre coloco esses vídeos das dicas dos amigos no meu canal do YouTube, para não ter perigo de sumirem.
Um abraço a todos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Dica dos Amigos 030 - Como ter mais máquinas de efeitos na TF5 da Yamaha.

Olá pessoal.
Já faz um bom tempo que eu queria colocar essa dica aqui no Blog.
Tem uma TF5 no PA do Teatro do Parque aqui em Recife, onde faço alguns trabalhos, como foi esse meu último com Almério que está na postagem anterior.
Muito tempo atrás (faz tempo, viu?), quando fui operar o som do PA do show de Lula Queiroga nesse teatro, fiquei sabendo que existia essa possibilidade de mais máquinas de efeitos além das duas que já vem pré definidas na mesa como FX1 e FX2.
O técnico do teatro (Bruno) me mostrou como se fazia, e eu até pedi pra ele fazer um vídeo explicando isso...
Mas ele nunca fez!
Aí encontrei hoje um vídeo de @ofelipetmix divulgado na página do @audionaestradaoficial.
E como acho uma dica bem importante, vou colocar aqui no Blog.
Segue o vídeo bem curto, mas dá pra entender bem como se faz.

Vídeo by @ofelipetmix
Ahhhh!
Podemos fazer essas configurações antecipadamente no próprio Editor Offline da TF, usando o laptop, que foi o que eu fiz no primeiro trabalho com Lula Queiroga.
Peguei uma cena "zerada" no editor offline para mostrar com imagens o caminho de como fazer isso em casa.
Clicando no botão OUTPUT, que fica abaixo no lado esquerdo, aparece essa janela, onde eu mostro com as setas o máster do Aux 9/10 e a janela do Insert.
Clicando no Insert, aparece uma nova janela (foto abaixo).

Nessa janela, a gente desativa o Bypass, e não esquecer de colocar o DRY/WET em 100% WET, ou seja, só vai sair o efeito.

Clicando na janela logo abaixo do Insert, vamos para a janela de OUTPUT do Aux 9/10.
É onde endereçamos ele para o ST (Estéreo).
Se você não está usando nada nas saídas OMNI 9/10, nem precisa fazer mais nada.
Não esqueça que do jeito que está, além de ir para o estéreo, ele está saindo também nas saídas físicas OMNI 9/10 da mesa.
Como tenho TOC, eu tiro esses endereçamentos dos auxiliares para essas saídas físicas, como mostra a foto abaixo.

Na hora do show, você controla a volta desse efeito no máster do Aux 9/10.

Como nem tudo são flores...
Esses novos efeitos só podem ser endereçados para o estéreo.
Não podemos enviar eles para outros auxiliares usados como vias de monitor ou um front, por exemplo.
Mas isso é o de menos, pois estou levando em consideração um trabalho de PA e não de monitor.
O mais importante é a gente ter mais opções de efeitos, não acham?
Aproveitem.
É uma boa dica.
Como sempre faço, coloquei esse vídeo também na minha página do YouTube.
Obrigado Felipe e Audionaestradaoficial.
Um abraço a todos.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Show de Almério no Teatro do Parque - Três motivos para eu escrever.

 
Show Nesse Exato Momento. Foto by Sheyla Akemi.

Olá pessoal.
Vou fazer mais uma vez uma coisa que normalmente não faço.
Falar de um trabalho que aconteceu antes do último trabalho sobre o qual falei aqui no Blog.
Esse show de Almério aconteceu entre os dois shows do padre Alessandro Campos.
Fui operar o som do PA do show "Nesse Exato Momento" de Almério no Teatro do Parque no dia 24 de janeiro.
Os shows do padre aconteceram nos dias 20 e 26, e eu postei sobre esses shows no dia 30.
Não me recordo de ter operado o som do PA desse show de Almério anteriormente...
Acho que essa foi a primeira vez.
E tenho quase certeza que nem o monitor desse show eu fiz antes.
Fiz vários outros trabalhos para Almério, mas confirmei aqui com amigos que nunca participei antes desse show.
Sempre pensando no que eu poderia escrever para atualizar o Blog, me veio esse show de Almério na cabeça.
E acredito que não vou falar muito da parte técnica hoje.
Vou tentar passar quais os motivos me levaram a falar sobre esse trabalho.
O primeiro motivo que me levou a escrever sobre o show foi por eu nunca ter participado dele.
Por causa disso, a primeira coisa que eu fiz foi montar uma playlist no Deezer com as músicas que seriam tocadas nesse show, e fiquei escutando em casa.
Lógico que num show ao vivo, tudo pode mudar.
Muitas vezes as músicas são executadas um pouco diferente do que está no fonograma.
Em alguns casos, artistas mudam completamente as músicas no show ao vivo.
Alguns fãs nem gostam dessa mudança radical, preferindo ouvir a música no show igualzinha a que eles ouviram no Deezer ou Spotify.
Fiquei escutando as músicas enquanto montava a cena da TF5 da Yamaha, que é a mesa de PA do Teatro do Parque.
Meu amigo Bruno, técnico do teatro, iria fazer o monitor, usando a DL32R da Mackie.
Foto by Sheyla Akemi.
Eu adoro fazer shows em teatros!!!!!
Ar-condicionado... Sentadinho lá na frente, coisa bem incomum nos meus trabalhos.
Não tem chuva caindo dentro do palco, molhando os equipamentos.
Não tem banda de abertura, nem de fechamento, e por causa disso nada sai do lugar ou é desligado para ser ligado posteriormente.
Não tem DJ no palco querendo que coloque o som dele no volume máximo nos monitores, enquanto a gente tenta religar tudo antes do show.
E quando a gente procura pelo monitor da percussão, o mesmo foi retirado da posição para ser colocado para o DJ...
Olhe que eu já fui DJ, mas do jeito que eu encontro em muitos shows, a coisa não é feita direito.

Foto by Sheyla Akemi.

E até já falei sobre isso aqui, só procurar pela postagem de um trabalho que fiz no Trapiche Barnabé em Salvador, onde falo sobre o posicionamento do DJ durante a troca das bandas no palco.
Teve outro caso que falei do mesmo assunto, um show de Martins no Wehoo Festival que aconteceu aqui em Recife!
Só procurar.
Bem... Essas agonias acima citadas dificilmente encontramos num show em teatro.

Soundcheck.

O normal é ligar tudo, passar o som, e aguardar no camarim pelo início do show.
Nada é desligado, nada é marcado, nada é trocado de lugar...
Lindo!!!
Show Nesse Exato Momento.

E foi exatamente assim que aconteceu!
Passamos o som numa tranquilidade que me fez lembrar dos "Monges Tibetanos"!!!
Todos satisfeitos, só aguardar no camarim.
Aí vem o segundo motivo para eu escrever sobre o assunto.
O susto que eu tomei lá na frente com o show!
Show Nesse Exato Momento.

Ouvir as músicas no Deezer é uma coisa... O show ao vivo é outra coisa!!
E eu levei um belo de um susto com o danado do show.
Adoro quando levo sustos bons.
E nesse dia foi mais um!
Muito bem "amarrado" o roteiro do show.
Tudo muito bem executado pelos músicos.
Foi massa!!!!
Minha única dúvida é que não sei se me empolguei em determinados momentos do show, deixando o volume do som um pouco acima do que deveria ser...
O produtor de Almério não me falou nada até hoje, pois ele estava na plateia, então suponho que não tenha exagerado na mão.
E o terceiro e último motivo que me fez decidir escrever sobre esse show, mesmo já se passando quase vinte dias do ocorrido, foi que eu estava um pouco desanimado na semana desse show, por causa de dois trabalhos que fiz antes dos shows do padre Alessandro Campos, e que eu achei que ficaram bem aquém do que eu queria!!!
Eu fico muito mal quando acho que errei! Quando acho que poderia ter sido bem melhor.
Fico mal mesmo.
Tudo bem que fiz três trabalhos depois desses dois que não gostei, que já dariam pra ter me animado.
Mas ainda estava um pouco desanimado quando fui fazer o show de Almério.
Acho que foi um dos melhores trabalhos no PA que eu fiz nessa temporada 2024/2025.

Show Nesse Exato Momento.

Só que eu tenho um defeito muito grande!
Tenho vários, mas esse é grande.
Dou uma atenção absurda aos meus erros, e subestimo demais os acertos!
Fazendo uma analogia, a imagem dos erros fica muito mais na cabeça do que a imagem dos acertos.
Não comemoro com os acertos na mesma intensidade que fico mal com os erros!
Deu pra entender?
Mas nesse show de Almério no Teatro do Parque, acertei pra valer.
Pelo menos foi o que eu achei.
E por causa disso, dei uma "zerada" no desânimo.
Esses foram os três motivos que me animaram para falar desse show de Almério no Teatro do Parque.
2025 está começando, para mais erros e acertos.
Só espero que eu acerte mais do que erre!
Um abraço a todos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Monitor de dois shows do padre Alessandro Campos - Como eu já imaginava, não muda nada!

 
Olá pessoal.
Já fiz alguns trabalhos nesse mês (Banda de Pau e Corda, SaGRAMA, Mestre Ambrósio, Almério), e ainda tenho mais um no dia 31 para fazer, que é o show da banda Academia da Berlinda aqui em Recife, onde vou operar o monitor.
Ahhh... Já no dia 01 de fevereiro vou operar o PA do show de Martins, em Olinda.
Muita coisa boa para falar dos trabalhos que já fiz, mas eu achei um especial, principalmente porque foi a primeira vez que operei o som do show de um padre.
E a primeira vez a gente nunca esquece, não é verdade?
Na grande maioria das vezes, realmente eu acho que não esquece.
Na realidade, foram dois shows com o padre num intervalo de cinco dias.
Chegando no palco em Surubim - PE.
Eu até recebi antes desses trabalhos com Alessandro Campos, um convite para operar o som do padre Fábio de Melo, que seria apenas piano e voz aqui em Recife, mas eu já tinha trabalho marcado no dia e não pude aceitar.
Aí chegou esse convite para fazer o monitor de dois shows do padre Alessandro Campos em Pernambuco.
O primeiro aconteceu no dia 20 de janeiro em Surubim, e nesse domingo passado (dia 26) o show foi na praia de Ponta de Pedras em Goiana.
A indicação do meu nome foi feita por Marcel, produtor de Alceu Valença.
Ele me chamou no WhatsApp avisando que tinha me indicado para o produtor do padre (Kalil), e se eu estaria interessado no trabalho.
Falei que sim, e então ele me falou que Kalil iria entrar em contato.
E assim foi.
Show em Ponta de Pedras - Goiana - PE. Foto by Kalil Higa.
Na realidade, ele indicou toda a equipe técnica de Alceu Valença, que está de férias em Portugal.
Rogério ficaria no PA, Luciana na luz, Ambrósio como roadie e eu no monitor.
Bigu é o técnico de monitor de Alceu, e acredito que ele não poderia fazer esses trabalhos do padre, e assim surgiu meu nome.
Massa. Vamos fazer.
Eu não tinha a menor ideia de como seria o show.
Kalil foi me informando alguns detalhes e eu fui ver algo na internet, como no YouTube e Instagram.
Era banda completa, com bateria, baixo, viola, violão e sanfona.
Fora isso, ainda tinha um VS (Pro Tools) com algumas coisas pré gravadas, como percussão e metrônomo.
Eu até já tinha montado a cena da PM5D do primeiro show que seria em Surubim, quando soube que também teríamos dois trompetes nesse show.
Só coloquei esses dois canais no final, sem mexer muito na cena, só refazendo as mandadas para mais duas vias de monitoração dos músicos, que iriam usar fones também.
Todos os músicos iriam usar fones, incluindo o padre.
Saulo, baixista e diretor musical do show, se comunica o tempo todo com a banda através de um microfone que só vai para os fones dos músicos.
O famoso microfone de comunicação interna.
Kalil já tinha me adiantado que não era uma missa, era um show musical e nem todas as músicas eram religiosas.
Por exemplo, no repertório tem a música "É o Amor", da dupla sertaneja Zezé de Camargo & Luciano.
Foram legais as dicas do produtor do padre, mas isso não foi fator determinante para aceitar o convite, tanto que aceitei fazer sem ter noção alguma de como seria o "show".
Eu não tinha falado ainda com Kalil.
Não vou falar muito sobre os detalhes técnicos dos shows porque a intenção hoje é outra.
No primeiro show em Surubim, tinha uma PM5D (Yamaha) no monitor, com alguns faders com problemas, o que me fez evitar trocar de página de fader durante o show.
Alguns faders enganchavam.
Levamos também mais tempo que o previsto para ligar todos os nossos canais por causa de alguns cabos e subsnake com "probleminhas".
Mas depois de tudo ligado e funcionando, foi tudo mais tranquilo.
E o melhor... Não iríamos desligar nada no palco depois do soundcheck!!!!
Ficaria tudo montado e ligado porque o show do padre seria o primeiro.
Alessandro Campos não participou do soundcheck dos dois shows.
Chegava na hora, pegava o microfone e começava a cantar.
Eu tinha ajustado um in-ear para ele nesse show de Surubim, mas...
Ele esqueceu o fone dele. Acho que deixou no hotel.
Logo nas primeiras músicas, eu avisei ao nosso produtor que eu tinha um fone reserva para ele usar.
Kalil levou o sistema com o fone para Alessandro, mas ele falou que estava legal só com os monitores, e que não iria usar o in-ear.
E foi isso que aconteceu até o final.
Showtime - Surubim - PE.
O show foi muito legal, e tudo transcorreu dentro da normalidade.
Uma multidão participou do show, cantando... E rezando!
Foi massa!!
Melhor ainda... Após o show, enquanto desmontávamos os nossos equipamentos, Kalil veio chamar toda equipe técnica, pois o padre Alessandro queria falar com a gente.
Foram tantos elogios que ele falou, que fiquei até constrangido.
E isso é impagável!!!!
Trabalho cumprido, e com louvor!!!! (Risos)
Voltamos para casa logo após o show.
Fiquei sabendo que no segundo show seria uma CL5 (Yamaha) no monitor.
A primeira coisa que eu fiz foi converter a cena da PM para a CL.
Para isso usamos o software Yamaha Console File Converter, disponibilizado gratuitamente no site da Yamaha.
Com certeza já falei sobre esse software aqui no Blog, é só procurar.
Mesmo o software não convertendo tudo, já ajuda muito começar com a cena convertida.
Fiquei sabendo também que não teríamos os dois trompetes nesse show na praia de Ponta de Pedras, que fica em Goiana, também em Pernambuco.
Depois de convertida, ajustei alguns detalhes, como retirar os canais dos trompetes.
Também tive que colocar os equalizadores gráficos nas vias, que infelizmente não vem na cena convertida.
Os equipamentos nesse show em Goiana eram excelentes, tudo novinho e bem cuidado.
E mais uma vez iríamos montar, ligar, faríamos o soundcheck e tudo ficaria no palco ligado!!!
O show do padre Alessandro Campos seria o primeiro da noite.
Excelente notícia!!
E foi tudo lindo mesmo.
Kalil já tinha me avisado que o padre não iria usar o in-ear.
A cena convertida encaixou lindamente no soundcheck, tornando tudo mais simples.
Vou dar uma parada aqui para ajustar as cenas dos dois shows que faço nesse fim de semana aqui em Recife, e só devo postar isso amanhã, quinta-feira...
____
Fiz algumas compras recentemente para me ajudar nos trabalhos.
Lembram que já comentei aqui que ando com alguns equipamentos próprios para me ajudarem nos serviços? Principalmente no monitor!
Pois bem...
Adquiri 3 microfones bem simples com chave On/Off para usar na comunicação interna no palco.
Um para mim e os outros dois para os roadies.
Esse assunto de microfones para comunicação interna foi o tema da postagem anterior.
Para não ter que depender da empresa de som, resolvi levar os meus microfones com fio para meus trabalhos de monitor.
Fora isso, ainda comprei 4 amplificadores de fones, que podem ser usados tanto mono quanto em estéreo.
E mesmo quando usado em estéreo, só preciso enviar UM cabo XLR  para o músico.
Um cabo normal de microfone, que toda empresa tem em grande número.
Para isso, precisei fazer cabos especiais (foto abaixo), onde os dois canais da via estéreo são combinados numa única saída.


No amplificador de fone tem a chave, onde escolho entre mono ou estéreo.
Se for uma via MONO, não preciso usar meu cabo especial.
Devo comprar mais dois desses aparelhinhos...
Mas vamos voltar para o segundo show do Padre Alessandro Campos em Goiana.
Não confundir com Goiânia em Goiás, viu?
É Goiana em Pernambuco.
Não demoramos para finalizar o soundcheck.
Como eu falei acima, a cena convertida ajudou bastante no trabalho.
E quando eu soube que o padre não iria usar o in-ear, passei o sistema para o baterista, que em determinada hora, vai lá para a frente do palco tocar "cajon" (pronuncia-se carrôn) na parte acústica do show.
No show anterior ele usou meu Power Click estéreo com fio.
Nesse show, deu para colocar todos com in-ear sem fio.
Estava tudo tranquilo no show, quando de repente cai um temporal!

Showtime em Goiana, com muita chuva. Foto by Kalil Higa.
Muita água começou a entrar no palco por causa da força do vento.
E para complicar mais, as laterais do palco não foram protegidas com lonas grossas, mas sim por uma fina tela toda perfurada, que do mesmo jeito que passa o ar para refrescar o ambiente, passa também água!!
Aí tivemos que cobrir a mesa de som com uma lona também.
Mas... Essa lona também não tinha a espessura adequada para o serviço, e não era totalmente impermeável.
Ou seja?
Começou a pingar água na mesa de som.
E o show rolando...
Showtime em Goiana, com muita chuva. Vídeo by Kalil Higa.

Os quatro monitores que eu estava usando para o padre foram retirados do local por causa da grande quantidade de água que estava caindo em cima deles.
E agora? E a voz do padre Alessandro?
O produtor veio me pedir o in-ear para Alessandro Campos, mas o baterista já estava usando o sistema.
Falei que iria colocar mais voz no side para compensar a falta dos quatro monitores.
Mas tinha uma outra saída...
Solicitei ao pessoal da empresa de som que ligassem os monitores (eram ativos, alimentados por energia), colocando-os no meio do palco, na parte onde não estava chegando a água, virados para às costas do cantor.
Não é a mesma coisa, mas já iria ajudar muito para ele se escutar.
Eu não precisaria colocar muito volume no side agora.
E resolveu mesmo.
Pelo menos não chegou pedidos para aumentar mais a voz dele no palco.
Como estava caindo água na mesa de som, pedi para cobrir do melhor jeito que eles conseguissem, que eu iria operar o som pelo iPad, dentro do palco.
Antes de sair da mesa, coloquei as páginas dos faders onde não tinha faders de input e output que eu estava usando no show, para não ter perigo que durante a arrumação da proteção da mesa de som, alguma lona ou toalha enganchasse em algum desses faders, aumentando ou abaixando o volume deles no palco.
Perfeito!
E tome chuva!!! Vídeo by Kalil Higa.

Fiquei sentadinho num case (caixote) atrás do baterista, controlando o som pelo iPad.
Como eu estava usando meu sistema sem fio M-Vave, que eu carinhosamente chamo de in-ear de pobre, eu conseguia escutar (solar) as vias dos músicos, ou poderia escutar qualquer canal de instrumento ou voz.
Problemas contornados.
Fiquei sentadinho lá até o final do show!
Trabalho cumprido também!
Com louvor de novo, viu? (Risos)
Resolvi falar sobre esses trabalhos do Padre Alessandro Campos, por um motivo.
Recentemente num dos meus grupos de áudio, estávamos falando sobre técnicos de som que mudaram drasticamente de artistas.
Exemplo: O técnico que fazia O Rappa, hoje está com Duda Beat.
Um colega que fazia o PA de Marcelo D2, hoje faz Pablo Vittar.
Alguns amigos do grupo acharam uma mudança radical demais, principalmente levando em consideração o gosto musical pessoal.
E eu argumentei que tinha outro ponto de vista sobre o assunto.
Nunca levei meu gosto musical para o trabalho, nem decidi aceitar ou não trabalhos por causa das músicas que eu gosto de ouvir em casa.
Já decidi aceitar ou não trabalhos por outros motivos, mas nunca o meu gosto musical interferiu nessas decisões.
Imagina um ateu operar o som de um padre...
Como eu já imaginava, não mudou absolutamente nada para mim.
Foi mais um show que participei com meu trabalho, e ainda fui muito elogiado por isso.
Fiz e faço novamente com o maior prazer!
Produção legal, padre (cantor) legal, músicos legais...
Show legal!!
Ponta de Pedras - Goiana - PE. Foto by Kalil Higa.
O que eu quero mais?
Ahhh!!!!
Cachê legal, e sem ter que esperar 30/60/90/120 dias...
Fui para esses dois shows do padre Alessandro Campos com a mesma vontade de acertar e de fazer o melhor possível, como fui para os shows de Paulo Miklos, Palhaça Baju, Mestre Ambrósio, Ira!, Carol Levy, Camisa de Vênus, Filipe Catto, Mombojó, Siba e A Fuloresta, Del Rey, Martins, Rogéria Dera, Almério, Tom Zé, Naná Vasconcelos, Academia da Berlinda, etc, etc, etc...
Não tem diferença alguma para mim!
Não muda nada! (Ainda bem!!!!!)
Um abraço a todos.

PS: Amém! Que pode ser também Amem. Eu amo meu trabalho.