quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Del Rey em Recife e Academia da Berlinda em Salvador - Acertando o prognóstico.

 
Banda Del Rey no Cais Rooftop Lounge Bar.
Olá pessoal.
Fui olhar onde tinha parado nos textos sobre os shows, e o último trabalho foi o "famoso" no Clube Atlântico de Olinda!
E no final desse texto da postagem do dia 19 de dezembro eu faço uma previsão, um prognóstico, escrevendo:
"Tenho quase certeza que o show de quinta-feira em nada vai lembrar esse show em Olinda!".
Esse show de quinta-feira dessa frase é exatamente o show da Del Rey no Cais do Sertão, que aconteceu no dia 21 de dezembro, dois dias após o grande sufoco no clube de Olinda.
Vou aproveitar essa previsão que eu fiz e falar um pouco também do outro trabalho no dia 23 de dezembro com a banda Academia da Berlinda em Salvador.
O texto de hoje é mais para comunicar que eu acertei em cheio na minha previsão!!!
Ou prognóstico.
(Ação que, se pautando em dados reais, indica o que poderá acontecer.) 
Foi até fácil acertar, não vou mentir...
Dificilmente eu encontraria nos dois trabalhos seguintes, coisa parecida (ou pior) do que encontrei no Clube Atlântico.
O segundo show da Del Rey aconteceu no Cais Rooftop Lounge Bar, que fica em Recife.
Esse bar/restaurante fica na cobertura do Cais Do Sertão, e possui uma área descoberta, onde se monta um palco para shows ao vivo ou com DJs.
O palco era bem pequeno, mas deu para posicionar todos da banda sem atropelos.
Por causa do espaço, decidi com Rogério, que iria fazer o som do PA, usar somente uma mesa para fazer os dois serviços (PA e monitor).
A mesa escolhida foi a M7CL da Yamaha.
Fiz uma cena inicial em casa, onde dupliquei todos os canais.
Do canal 1 ao 20 era para o PA, e do 21 ao 40 eu iria usar para o monitor.
Rogério foi lá para frente com o iPad para fazer o trabalho.
Uma lona foi improvisada para cobrir o local onde a M7CL estava, e foi quem salvou, pois caiu uma chuva antes de começar o show.
Tivemos que rearrumar algumas coisas no palco, porque a água chegou a entrar na parte de trás e tinha uma pequena goteira onde ficava o baixista.
Ajustamos isso, e o show rolou sem mais problemas.
Monitores e microfones originais bons.
Tudo ligado nos canais certos, uma maravilha.
Muito diferente do show anterior em Olinda.
Tudo bem... Só era o show da Del Rey nesse palco, o que facilitou o trabalho, mas o material era bem acima do mínimo, diferente do que aconteceu no Atlântico.
Quando falo material, entenda como equipamento e material humano!
Mas se tivesse caído um temporal na hora do show, não teria sido tão tranquilo, eu reconheço.
Resumindo...
Mesmo com os pequenos problemas que apareceram, acertei minha previsão!!!

Banda Del Rey em ação no Cais Rooftop Lounge Bar.

Dois dias depois, viajei com a Academia da Berlinda para Salvador, onde eu iria fazer o monitor do show num evento chamado Baile Clandestino.
Esse evento aconteceu num local muito legal para shows chamado Trapiche Barnabé.
Falei desse local na postagem do dia 26/12, onde rasgo elogios à ideia do local para se colocar o DJ.
A única coisa que eu poderia falar que não é legal no Trapiche, é o calor dentro do espaço.
Para não ter problemas com chuva, montaram uma grande estrutura para cobrir todo o espaço, mas usaram lonas plásticas no teto, transformando o local num "forno".
Na foto abaixo dá para ver essa cobertura do lugar.

Trapiche Barnabé - Salvador (BA).
Como o soundcheck foi logo depois do meio-dia, o espaço ficou bem quente.
No final parecia que todos tinham participado de uma pequena maratona, de tanto suor.
Enquanto eu checava tudo com o iPad, várias vezes limpei meus óculos molhados com o suor que escorria pela testa.
Os monitores eram diferentes do que estava descrito no documento que recebi da produção local.
Mas os que estavam no local eram bons.
Nunca tinha visto esses monitores da RCF nos shows que eu fiz.
Achei um pouco estridente, mas nada que um equalizador não pudesse amenizar.
Como eram bem grandes, e o palco não era tão grande assim, resolvi não dobrar os monitores para os dois cantores (Tiné e Urêa).
O resto da banda também ficou com um único monitor.
Mas no caso da percussão, não tinha mais o monitor RCF, e colocaram o modelo que estava no documento que recebi.
Mas achei que não iria aguentar fazer a monitoração do músico, pois vai bumbo e baixo num volume considerável para ele, fora o som das congas.
Pedi então para colocar mais um monitor na percussão.
Sem problema, falou o colega da empresa de som.
Nem lembrava mais do show em Olinda!!!!
Ainda apareceram dois probleminhas durante o soundcheck.
Um dos três amplificadores que usamos no show não estava legal.
Distorcia mesmo sem usar o pedal de distorção.
Mais uma vez o pessoal da empresa de som falou que iria resolver.
E o novo amplificador chegou antes da banda chegar para fazer o soundcheck.
Enquanto eu checava todos os monitores, notei que um lado do "side" estava falando diferente.
Mostrei para o técnico da empresa de som, e ele constatou que uma das caixas estava com o drive parado, que iria pegar um novo módulo de amplificação e que faria a troca.
Avisei os músicos que o side estava com esse problema, mas que na hora do show estaria tudo resolvido.
Passamos o som normalmente (quase), mesmo com um dos lado do side um pouco diferente.
Mas o quase da frase acima nem foi por causa do side e sim pelo fato de que um dos músicos (Urêa) não estava no local. Iria chegar na cidade bem depois do nosso horário de soundcheck.
Passei o microfone dele e seus instrumentos de percussão e seguimos em frente.
Quando finalizamos o soundcheck, o módulo de amplificação chegou e o pessoal do som fez a troca.
Mas...
Quando fui testar, o problema ainda persistia!
Mostrei novamente para meu colega da empresa de som, e ele falou:
--- Não se preocupe Titio. Vou trocar a caixa, e quando você voltar para o show, tudo estará normalizado.
Voltamos para o hotel, e foi a hora que tivemos para dar um cochilo, porque a ida e a volta para Salvador foi um bate-e-volta de avião nas madrugadas!
Toda a equipe só dormiu nas poucas horas no avião ou nas cadeiras dos aeroportos.
Foi pesado...
Pesado também está os noticiários.
A novidade agora foi um assalto nas dunas no Ceará!!
Sabe aqueles passeios de "buggy" pelas dunas? Pois é...
Dois assaltantes armados esperaram pelo carro com os turistas no meio do trajeto para assaltar.
O motorista não parou e passou direto pelos assaltantes.
Acredito que as armas eram de brinquedo, por isso não atiraram.
Hoje em dia eles atiram pra matar por uma simples reação de susto!
Para completar, o noticiário mostra a situação no Equador, onde até uma estação de TV foi invadida por bandidos muito bem armados (até com granadas) durante a programação ao vivo.
Fico pensando com meus botões...
Não estamos muito longe disso, viu?
Já falei várias vezes sobre esse assunto, e muita gente continua chamando o problema que só cresce em "sensacionalismo"!!
Não precisa observar muito para acertar esse prognóstico também...
Com o pouco que observei nos preparativos para o show em Olinda, e com o que eu tinha visto nos preparativos para o show em Recife, era fácil eu acertar no prognóstico que eu fiz.
Não tinha como ser igual os dois trabalhos, como não foi!!!!
Ainda estou colocando outro exemplo que foi o show em Salvador.
Sabia também que seria completamente diferente do show no Clube Atlântico!
Quando cheguei de volta ao palco em Salvador para o show, foi a primeira coisa que meu colega da empresa de som falou: --- Tudo certo Titio. Trocamos a caixa e está tudo certo agora.
E foi tudo certo mesmo!
O show foi muito bom.
Nunca viajei com a Academia da Berlinda para fora do Nordeste...
Mas os shows que eu fiz fora de Pernambuco foram muito animadores.
Ouvir a turma cantando as músicas dos meninos em Salvador foi muito legal!!!
Já tinha visto isso em Natal (RN).
É um aviso que estão no caminho certo, né?
Como foi também com Almério e Martins, pelo que pude observar no show deles em Natal no domingo passado, onde fiz o monitor.
Mas aí já é assunto para outra postagem.

Show da Academia da Berlinda no Trapiche Barnabé - Salvador (BA).

Para finalizar essa postagem aqui, só tenho a agradecer ao pessoal envolvido nos shows de Recife e Salvador.
Selva Nua foi a empresa que sonorizou o show da Del Rey em Recife.
Obrigado West, Eduardo e Roberval pelo atendimento.
Augusto Menezes Sonorização fez o trabalho em Salvador.
Obrigado Tio Bill pela direção de palco, e obrigado também Bicudo e Idaílton pelo atendimento.
Lembro de uma frase de Tio Bill enquanto o show rolava, depois de resolvido os problemas que apareceram no amplificador da guitarra e na caixa do side...
Ele chegou ao meu lado na mesa de monitor e falou:
--- Por isso sempre exijo uma empresa de som "grande" nos meus trabalhos de direção de palco!
Pois é...
E esse GRANDE da empresa de som nem precisa ser com relação ao tamanho da empresa.
Pode ser com relação ao tamanho do "profissionalismo" do atendimento!!!
Que sejam equipamentos inferiores, mas com a manutenção em dia, com peças extras para trocas.
Me contento com o mínimo.
Mas nesses dois shows, foi tudo bem acima desse mínimo!
E por isso foi muito fácil acertar o(s) prognóstico(s)!!!
Um abraço a todos.

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