Não trabalhei neste show, mas fui para a passada de som (sound check) à tarde e fui para o show à noite.
Não consegui ver o sound check, pois já estava perto das 19h e ainda não tinha começado.
Gostaria só de comentar algumas curiosidades deste show que pude observar.
Minha primeira curiosidade foi notar que não trouxeram iluminador. Tinha operador de P.A., de monitor e 1 um roadie. A iluminação foi feita pelo funcionário da empresa de som (que hoje em dia tem que ter luz também!).
Conversando com um amigo da produção local sobre não trazer iluminador, ele argumentou que era uma artista nova que estava começando. Mesmo começando, trouxe Martau para fazer o P.A., renomado operador do sul do país que já trabalhou com grandes nomes da nossa música, como por exemplo, Lulu Santos. O som, como não poderia ser de outro jeito, foi muito bom. Para meu gosto pessoal, teria colocado um pouco mais alto o geral e aumentaria um pouco também a voz da cantora. Mas isso é uma opinião minha!
Fez falta um iluminador que soubesse como era o show. Espero que alguém tenha falado isso pra ela ou para a produção dela, pois tem certas economias que saem caro no final.A outra curiosidade, que deixei para o final por ser curioso até pra mim, pois não tinha visto ainda tal formação de banda.
Eram 4 componentes: bateria, percussão, violão e mais um músico que era responsável por guitarra, cavaco, teclados, loops, samplers e efeitos em geral. A banda não tinha baixista!! Todos os baixos estavam pré-gravados e eram controlados por este último músico, que soltava as programações que continham o baixo. Para isso ser possível, o baterista estava escutando no seu fone um click (metrônomo) para poder guiar o resto da banda sem sair do tempo, pois a parte eletrônica das programações não varia de andamento.
Só para este músico responsável pelas programações foram disponibilizados 11 canais para ligar seus instrumentos e ele ainda fazia vocal junto com a menina que tocava violão.
A cantora Roberta Sá usou in-ear sem fio, mas a maioria da banda usou monitores de chão. Por causa deste in-ear que a cantora estava usando, foram ligados dois microfones para captar o som da platéia. Este som é enviado em alguns momentos para a artista escutar como o público está reagindo com o show, pois ela fica sem escutar nada do público por causa dos minúsculos fones que vedam seus ouvidos. Existem in-ears que possuem 3 níveis de regulagem de vazamento do som externo: completamente fechado, um pouco aberto e totalmente aberto. Não sei qual o in-ear ela usou.
Meu amigo responsável pelo monitor da empresa de som falou-me que o sem fio que ela estava usando era o mesmo usado pelo vocalista da banda Helloween no Abril Pro Rock, só que na cor preto. Achava que só existia prateado, vou até pesquisar isso.
Se era realmente o mesmo microfone, ele (não acredito que tenha um microfone sem fio mais caro para voz) custava quando fui pesquisar um dia, simplesmente 32 mil reais aqui no Brasil! Microfone espetacular pra quem está começando, não é?
Até a próxima.
Um abraço a todos.
2 comentários:
Realmente uma luz mal direcionada, mal usada pode acabar com a artista! Mas a Roberta Sá é um amor de pessoa e vai acabar chegando à mesma conclusão ( basta ela ver as filmagens/foto do show!)
Hehehe... Show = espetáculo! Tem uma pá de gente que acha que basta um bom som e um bom artista e tá feito o show! Pra isso, é melhor escutar o cd, onde o som e o artista estão perfeitos.
Show é espetáculo, e parte desse espetáculo são as cores certas, as sombras, as intensidades... tudo isso pra criar o clima apropriado para as musicas, aliado ao som certo para o ambiente e à interpretação que o artista vai dar pra ela. Pra mim, sem iluminador tambem não há show...
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