terça-feira, 2 de setembro de 2008

Evento em Fernando de Noronha – Vi até Sereia!

Olá pessoal.

Pela primeira vez, desde 2004, deixo de fazer um show de Silvério Pessoa para fazer outro evento, mas eu estava precisando desta semana de férias (trabalhando) em Fernando de Noronha.

Viajei na terça-feira, dia 26 e o primeiro dos dois dias de evento só seria na sexta-feira dia 29!

Uh uhhhh! Desta vez teria tempo para dar umas voltas na ilha, pois da primeira vez que fui só deu tempo de dar um mergulho no mar 1 hora antes de viajar de volta para Recife. O grande problema na ilha é que tudo é muito caro. Paguei R$ 7,50 num casquinho com duas bolas de sorvete, e joguei-o fora na metade, pois estava horrível o sabor! Só não joguei antes porque me lembrei do preço. Diferente do delicioso milk-shake de ovomaltine que tomei em outro lugar no outro dia e paguei R$ 9,90. Um litro de gasolina é quase 4 reais! E se você não tiver um bugre à disposição, tudo fica mais complicado.

Não vou nem falar nos preços dos passeios e mergulhos que são as grandes atrações da ilha e nem na taxa de preservação (parece que é em torno de 32 reais por dia por pessoa), pois não quero desanimar vocês. Resumindo... Se forem pra lá, levem bastante dinheiro, pois vão precisar!

Vista aérea do morro Dois Irmãos. Acabei indo exatamente para a mesma praia que conheci da outra vez. A Baía dos Porcos e a Cacimba do Padre (onde fica o famoso morro Dois Irmãos). Mesmo conhecendo os dois lugares, não posso reclamar. Tudo é muito bonito. O que me chamou atenção foi o crescimento de bares e restaurantes. Lembrei-me de Porto de Galinhas. A pousada que fiquei era uma casa que foi transformada em pousada. Fiquei sabendo que para abrir um negócio na ilha (não averigüei), a pessoa tem que arrumar um sócio nativo. Por isso existem muitas casas que viraram pousadas. O dono se associa a uma pessoa de fora que entra com o dinheiro, constrói uma casinha nos fundos pra ele morar, e reforma a casa principal adicionando quartos. Esqueci de perguntar quanto era uma diária. Visão do morro Dois Irmãos quando estávamos voltando da Baía dos Porcos.

Mas vamos comentar o evento, pois este texto está parecendo um documentário sobre a ilha.

Seriam dois dias de shows. Quatro atrações por noite, aonde 3 seriam de artistas da ilha e 1 seria de um artista de fora, no caso Recife. Montamos o equipamento na quinta-feira. O palco foi armado ao lado do famoso Bar do Cachorro. Uma parte do equipamento veio de navio e outra parte de avião. O local era espaçoso e fiquei meio desconfiado se com o equipamento disponível daria pra cobrir toda área. O sistema era um Line Array compacto da D.A.S. com 8 caixas (4 por lado), mais oito caixas de sub. Depois de tudo ligado, coloquei vários CDs para ouvir, e notei que não teria problemas. Dava para cobrir satisfatoriamente. Não teria muita folga, mas iria funcionar. Pra trabalhar folgado, mais duas caixas por lado no Line Array e mais duas caixas de sub resolveriam, mas tudo bem. Chegar com equipamento lá na ilha é complicado por causa do peso. Por isso foram duas mesas compactas para fazer o serviço.

Duas digitais da Yamaha. Uma 02R para fazer o monitor e uma 01V96 para fazer o P.A.. Eu iria fazer o som da frente (P.A.) e Arnaldo, conhecido meu desde o tempo da Versão Brasileira, seria o responsável pelo monitor. Sou fã de Arnaldo. A disposição dele me assusta. Grande profissional. Gosto muito de trabalhar com ele.

Este ao fundo é Arnaldo, funcionário da P.A. Audio. Me sinto seguro quando ele está no palco.

A montagem foi tranqüila. Testamos tudo e fomos para a pousada antes de escurecer. Deu tempo de comer uma pizza e de ir para um luau, mas quando estava começando a ficar bom, tivemos que voltar porque teríamos que chegar no outro dia as 8h, pois o primeiro sound check estava marcado para 9h. Os horários foram marcados corretamente, ou seja, inversamente à ordem de apresentação. Quem se apresentaria primeiro, faria o sound check por último, pois o equipamento já ficaria todo armado e ligado no palco. A atração de Recife neste primeiro dia seria Reginaldo Rossi. Foi o único artista a levar os seus operadores (P.A. e monitor). Operei o som das outras sete atrações do evento, assim como Arnaldo também.

Reginaldo Rossi não fez sound check. Como a formação da banda dele é muito parecida com a formação das outras bandas, o operador de áudio de Rossi aproveitou uma cena minha de uma das bandas e acrescentou um canal para o teclado e outro canal para o trompete. Aproveitaria minha regulagem dos demais canais e faria os ajustes na hora do show. Deu tudo certo. Foi tudo tão tranqüilo, que ficamos conversando durante o show de Reginaldo e acabei esquecendo de tirar uma foto do local com o público que compareceu em peso.

A curiosidade deste dia foi a primeira atração da noite (morador muito querido da ilha e influente), que seria só voz e violão, conseguiu mudar o horário da sua apresentação que estava marcado para as 22h, pois ele sabia que não teria muito público. Quem começou a noite foi o outro artista local que estava programado para ser o segundo da noite. Fiquei sabendo depois que o artista influente quis ainda que sua apresentação fosse logo após a primeira, mas a produção do evento não relaxou mais pra ele e falou que agora ele só entrava depois do show de Reginaldo Rossi ou não entrava mais. Depois de ficar observando os dois primeiros shows, o artista “influente” notou que não conseguiria empolgar o público depois de dois shows com banda só com voz e violão e montou uma banda com os amigos da ilha para tocar com ele. Pela primeira vez na minha vida, uma voz e violão no sound check virou uma banda completa na hora do show. Não tive problemas, pois como tinha usado uma cena de uma das bandas anteriores para fazer a cena do show dele com voz e violão, só fiz levantar os outros canais que já estavam regulados, mas desligados. No palco não foi tão simples assim. Arnaldo teve que fazer o inverso. Chamou uma cena da banda anterior e encaixou o cantor e seu violão. Na segunda música já estava tudo ok.

Os músicos que acompanhavam os artistas locais eram basicamente os mesmos. O baterista Jonas, só não tocou com Reginaldo Rossi e Edy Carlos porque eles trouxeram seus próprios bateristas de Recife. E não tocou com o Maracatu porque não existia bateria na formação do grupo! Resumindo... Ele subiu no palco pra tocar com 5 artistas, inclusive com o “influente” que formou a banda no camarim!

Como o evento começou tarde, acabou tarde também. Desligamos tudo e fomos para a pousada dormir. O sound check do segundo dia estava marcado para as 13h.

Na pousada notei que meu computador não estava ligando com a fonte. O fio foi prensado e cortado. Minha sorte foi ter salvado na mesa também as cenas das bandas. Nem sempre salvo, ou nem sempre salvava, pois agora vou sempre salvar para não quebrar a cara se o laptop der problemas.

Chegamos no horário combinado e começamos o sound check. Só tivemos problema com a segunda passada de som, pois Edy Carlos teve problemas no passeio de barco e chegou atrasado, mas fizemos o sound check dele rápido e finalizamos tudo dentro do tempo.

Começamos a noite mais uma vez fora do horário, pois não tinha ninguém quando deu 22h no relógio. E se fosse para esperar até que aparecesse gente como no dia anterior, eu ainda estaria lá esperando sentado tomando minha vodka com laranjada ou limonada! O público foi minguado.

Notei no primeiro show que um dos músicos olhava constantemente para a mesa de monitor e falava alguma coisa. Depois fiquei sabendo que a mesa apagou (desligou) durante o show, mas voltou. No segundo show, o Maracatu, a sorte não foi a mesma, pois a mesa apagou geral e não tinha acordo para voltar. A solução foi enviar da minha mesa da frente algum sinal para os músicos se guiarem enquanto o pessoal do palco tentava ressuscitar a danada da mesa!

Arnaldo e Normando abriram a mesa como se abre um corpo numa operação e começaram a vasculhar se tinha alguma coisa solta, decorrente da trepidação da viagem aérea ou da forma “não muito gentil” de como são colocadas as bagagens no interior do avião. Enquanto isso eu já estava vendo quantas vias separadas de monitor eu poderia mandar lá da frente. E o Maracatu tocando.

Normando ligou para Humberto, responsável pela manutenção dos equipamentos da firma, e ele indicou aonde poderia estar o problema. E realmente acharam, mas tiveram que soldar os fios diretamente nos pinos sem usar o conector, pois o mesmo estava danificado. O palco já estava sendo arrumado para o terceiro show da noite que seria Edy Carlos. Tudo transcorreu normalmente neste show, e a mesa só deu uma apagada rápida no último show da noite sem causar grandes problemas. A grande maioria das pessoas que estavam lá nem imaginaram o que estava acontecendo, pois o som não parou. E depois que passa a agonia, vem a satisfação. No final do evento, depois de desligar tudo do meu setup da frente, subi no palco com uma dose de vodka com limonada e falei pra Arnaldo: --- Entre mortos e feridos, salvaram-se todos!

Ah! Sobre a Sereia que eu vi na ilha...

Nem vou falar, pois vocês não acreditam em sereias, não é mesmo?

Um abraço a todos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu liberei!!!!Noronha é Noronha!

Unknown disse...

Amigo Fiz tudo direitinho para sincronizar a Ls9 com o pc mais ela fica OFF.Srá que a versão2 do studio Maneger não é compativel com a versão 1.11 da mesa Ls9?meu MSN lecocostamix@hotmail.com

Titio disse...

Olá Alex. Passei um email para você respondendo esta questão. Depois me diga como foi. Um abraço.