terça-feira, 10 de maio de 2011

Abril Pro Rock (APR) 2011 – Estou ficando velho e acabado...

  
Olá pessoal.
Lembram desta música?
A Lua e Eu.
“Quando olho no espelho... Estou ficando velho e acabado...”
Foi mais ou menos assim que me senti no Abril Pro Rock (APR) deste ano, e estou sentindo muito isso nos festivais que trabalho.



Trabalhei mais uma vez no APR. Ano passado eu não fiz porque estava viajando (não lembro se com o SESI Bonecos ou com o FITO).
Não sei como foi no ano passado.
Os leigos que me perdoem, mas eu tenho que falar como era o sistema deste ano, porque tem muitos colegas do ramo que lêem estas baboseiras que eu escrevo aqui e gostam de saber qual era o equipamento. Lá na frente eu volto ao normal.


Neste ano foram somente dois palcos, um ao lado do outro, usando o mesmo sistema de PA.
Era um line array DAS “misto”.
Dezesseis caixas passivas Aero 50 (8 por lado), mais oito caixas Aero 28A (4 por lado) e 12 caixas (6 por lado) de sub-graves FZ 218A.
Quatro amplificadores (2 por lado!) modelo FP 10000Q da LabGruppen  foram utilizados para alimentar as caixas Aero 50. Exatamente. Apenas dois amplificadores alimentavam as oito caixas.
Todas as outras caixas (Aero 28A e Sub FZ 218A) eram ativas e já possuíam amplificação interna.
Cada line array ficava na lateral externa dos dois palcos (L/R), e no centro entre os dois palcos ficavam mais 4 caixas AERO28. Estas caixas do centro recebiam um sinal mono (Matrix) com a soma do L/R.
Tá bom... Já falei muita coisa técnica.




Com o que sobrou do almoço da sexta-feira santa, ainda tenho comida para uns dois dias. Hoje já comi novamente o bacalhau de coco que eu adoro! 


Acompanhado do arroz de leite, feijão de coco e vargem de coco. Só faltou o picolé de coco da John’s para sobremesa, mas está em falta (por enquanto).
Costumo comprar 10 picolés (sendo 7 de coco) da sorveteria John’s para deixar no freezer de casa em modo standby (espera).


 
O problema é que devoro estes picolés em uma semana. Para mim, é o melhor picolé (simples) de coco.  Conheci outro picolé muito bom, só que custa quatro vezes mais que o simples da John’s.
É o Magnum da Kibon. Tem um Magnum que é de coco com cobertura de chocolate. Simplesmente (sem ser simples) sensacional!
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Editando um áudio para TV enquanto aguardava uma banda para começar o sound check.

Comecei a escrever este texto em abril e já estou no dia 5 de maio. Parei de escrever e recomecei inúmeras vezes.
Já fui à Curitiba e voltei. Tomei banho de chuva em ônibus de turismo, fui à bar GLS, bebi vinho(s), comi um bolo de batata recheado... Tá bom. Este assunto é para o outro texto, não para este.
Vamos voltar para o Chevrolet Hall, onde aconteceu o APR 2011.
De cara, posso falar que o público foi bem maior do que o ano retrasado (2009). Lembrando que não trabalhei em 2010.
Legal. Gosto do festival. Gosto de trabalhar no evento.
Mesmo o rock não sendo meu gênero musical predileto, muito menos quando vai para o lado do Heavy Metal, Trash Metal, ou qualquer outro tipo de Metal.
Mas nunca minha preferência musical influenciou no meu trabalho. Sempre tentei dar o meu máximo em todos os trabalhos.
Já prestei algum serviço para Otto, Jair Oliveira, Joanna, Jorge de Altinho, Calypso, Calcinha Preta, Alceu Valença, Lula Queiroga, Treminhão - A Trombonada (instrumentais), Reginaldo Rossi – Golden Boys – Adilson Ramos - Fevers (estes no tempo em que eu era DJ e operava o som ao vivo da Boite Over Point), Naná Vasconcelos, Nação Zumbi, Palhaço Chocolate, etc...
Como podem ver, vários estilos musicais. O operador de áudio é que é o mesmo.

Vi (e ouvi) muitas coisas legais durante todos estes anos de APR.  E muitas coisas não tão boas assim, mas isso faz parte de um festival. E seguindo minha filosofia de vida, NEM SEMPRE O QUE É BOM PARA MIM É BOM PARA OUTRA PESSOA, E VICE-VERSA!
Vou pegar as fotos aqui dos dois dias do festival para dar uma clareada na minha mente.
House Mix
Mais uma vez fui devorado pelos maruins (ou muriçocas?) nos dois dias de festival!
Acho que os insetos desvendaram a fórmula do repelente OFF que eu sempre usei e sempre levo na minha maleta de “ferramentas”.  Tive que passar duas ou três vezes por dia!
Antes que alguém “tire onda”... Quando vocês forem devorados durante dias por muriçocas ou maruins, o repelente vai se transformar numa ferramenta indispensável!
Vai fazer algum trabalho no Chevrolet Hall ou no Centro de Convenções de Pernambuco? Leve repelente!


Operei o monitor de quase todas as bandas que se apresentaram no meu palco. Apenas uma banda levou operador de monitor.
O primeiro dia, o do Metal, foi muito tranquilo, como normalmente é.
Por quê?
Porque normalmente estas bandas têm a mesma formação, ou seja, bateria, baixo, uma ou duas guitarras e uma ou no máximo três vozes. E este ano não foi diferente. 
 
Hoje aqui casa só foi uma garrafinha de Travessia que eu rachei com meu amigo sanfoneiro André Julião. Ele já foi dormir porque tem ensaio logo pela manhã.
Mataram Bin Laden. É só o que vejo na TV. Não senti nada. Diferente das crianças mortas no colégio lá no Rio de Janeiro.
Nunca fui fã dos EUA, e muito menos de Bin Laden.
Sou totalmente contra atos terroristas, principalmente contra civis.
Se meu Filho, ou qualquer outro parente meu, ou amigo estivesse dentro daquelas torres nos EUA, eu mesmo puxaria o gatilho naquela invasão para capturar (ou matar) o barbudo.

Agora... Que tem muito congresso e muitos governantes por aí que merecem uma bomba, ah isso tem!

Até a ONU, depois do episódio no Iraque que culminou com a prisão e execução de Sadan, deixou de ter meu voto de confiança.
A ONU mostrou que não tem a mesma força para todos os países.
Em que ou em quem eu confio hoje em dia? Deixe-me ver... Fora meu Filho (que já deu umas farrapadas)...
Ainda tenho credibilidade nos Bombeiros!
Correios... Nem tanto. Políticos? Nenhuma!
Acho que vou parar novamente de escrever. O vinho me deu sono. Vou tentar continuar amanhã.
E já comi meio pacote de biscoito Negresco (para mim, o melhor biscoito recheado)!
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Hoje já é segunda-feira, dia 09 de maio. E ainda não recebi o cachê da maioria dos shows e eventos que fiz nos meses de dezembro, janeiro, março, abril e maio. Ou seja, não recebi quase nada dos trabalhos que fiz neste ano!
Falo isso para vocês terem uma idéia de como é minha vida (e de muitos outros operadores, músicos e até artistas) financeira.
É uma verdadeira ginástica que preciso fazer para pagar as contas que chegam todos os meses.
Vamos mudar de assunto para eu não ficar triste. 
Vou ler o texto lá do começo para ver como continuo aqui.
Torture Squad (SP)

Certo... Parei no dia do Metal, ou como chamamos internamente, o dia dos “camisa preta”.
E muita gente vai mesmo com esta cor de camisa no dia do Metal.
No réveillon o pessoal não gosta de ir de branco? É a mesma coisa. (risos)
Não tive grandes problemas durante este dia e nem no segundo também, mesmo com a maioria das bandas fazendo sound check.
Mas os poucos problemas que apareceram quase me tiraram do sério. Acho que estou ficando sem paciência para fazer monitor. Tenho que rever meus conceitos.
Baixista da banda D.R.I. (EUA)
O que me incomodou um pouco foram os monitores que estavam “falando” diferentes uns dos outros, e os dois lados do side (caixas que ficam nas laterais do palco) estavam também com uma pequena diferença de timbre.
Fui um dia antes do início do festival para alinhar estes monitores, mas não foi possível fazer o serviço direito porque a mesa digital deu problema e também não podíamos fazer barulho no local (isso eu achei um absurdo!) porque estava tendo uma gravação na casa de shows (não lembro se para TV ou rádio) com um artista que não tinha nada a ver com o APR.
Acabei só começando meu trabalho na manhã do primeiro dia do evento!
Cheguei bem cedo lá para checar os monitores porque já tinha sound check marcado para as dez horas da manhã.  A mesa digital foi trocada por outra do mesmo modelo.
  
Eu tenho um defeito muito grande. Se não ficar 100% para mim, fico meio desanimado e não escondo este meu desânimo.
A maioria dos meus amigos conhece este meu problema. Chego até a ser considerado “negativo” por causa disso.
Aí quando junta o meu desânimo visível com o outro defeito que eu tenho de sempre falar o que eu penso, viro um homem bomba para muitas pessoas!
Um amigo meu recentemente, numa brincadeira (50% era brincadeira) enquanto estávamos tirando foto em uma viagem, comentou: Fotos para o Blog do Titio, onde ele mete o pau nos amigos.
Fiquei com este comentário na cabeça, e resolvi falar sobre isso aqui.
Não fiz o Blog com esta finalidade. Fiz somente para mostrar o que acontece nos bastidores de um show, como está no título do Blog.
E o que eu escrevo é apenas uma visão pessoal do eu que vi ou passei durante um show ou um evento em que trabalhei, misturado com alguns comentários técnicos e muitas vezes misturado com comentários da minha vida pessoal.
Não é fácil falar que não gostei de alguma coisa de um show ou evento quando do outro lado estão meus amigos. Como é o caso deste texto de hoje aqui sobre o APR, e de vários outros anteriores.
É muito chato falar que não gostei de alguma coisa que foi feita, idealizada ou produzida por um amigo.
Mas acho também que o Blog perderia totalmente o sentido se eu falasse que não gostei de algum show ou evento que fiz somente quando do outro lado não estivesse nenhum amigo meu. Não concordam?
Já pensei em parar com o Blog por causa disso, sabiam? Está me desgastando.
Tenho muitos amigos neste ramo. Trabalho para muitos amigos. 
Mas volto a falar... Não sou o dono da verdade, estou muito longe disso e nunca pensei em ser isso. Em alguns casos que não gostei pode ter sido até incompetência minha a coisa não ter saído 100%. Não descarto isso. Tenho meus limites técnicos que sempre tento diminuir. Por isso não apago nenhum tipo de comentário ou crítica deixado no Blog, seja ele de anônimos ou assinados.
Acho que o Blog soaria falso somente falando das coisas boas que acontecem num show ou evento. Não acontecem só coisas boas, pelo menos para mim. E a graça que eu vejo em falar das coisas que não gostei, é que na maioria das vezes tudo sai bem, o show é sensacional, o público adora, e ninguém nota nada de anormal. Ou que os meus comentários, se julgados corretos, possam ajudar para melhorar as coisas que eu achei que não estavam legais.
Banda D.R.I. (EUA)

Só um músico de uma banda não achou legal e notou a diferença de timbre entre as caixas que formavam o side no meu palco. Não consegui deixar igual o som dos dois lados.
Justamente uma das bandas que mais gostei de ter conhecido e que não era Brasileira.
Foi muito chato para mim profissionalmente receber o comentário de um dos integrantes da banda sobre esta diferença. E ele tinha razão. Mas isso faz parte de qualquer trabalho. Pessoalmente não tenho nenhum problema em receber críticas. Sempre escuto e tento aproveitar algo.
Não foi a primeira crítica ao meu trabalho e não será a última. Empenho-me para que estas críticas não sejam constantes.
Normando, amigo meu que faz o monitor de Silvério Pessoa e que é um dos proprietários da PA Áudio, empresa que faz o APR desde o primeiro ano, me fala sempre que eu sou um operador de áudio e não um técnico de áudio. E ele tem razão. Sou muito mais um operador de áudio do que um técnico de áudio. Quase nunca trabalhei na montagem e na ligação dos equipamentos de áudio de um show. 
Normalmente chego para operar o som de um show onde os equipamentos já estão todos ligados. Não tenho contato diário com equipamentos como os técnicos de uma empresa normalmente têm.
Por causa desta minha limitação, no APR eu sempre chamava Arnaldo, técnico de monitor da empresa PA Áudio, para mostrar o problema que eu tinha achado no meu palco, porque foi ele quem ligou tudo e sabia todo o caminho das ligações. Arnaldo estava responsável pelo monitor do outro palco.
D.R.I.
  
Eu não gostei do crossover (o mesmo usado em 2009) que gerenciava o side, mas como não tinha o conhecimento para manuseá-lo, não arrisquei mexer na regulagem para não piorar as coisas. Confiei na regulagem feita pelo pessoal da PA Áudio que conhece a fundo o equipamento.
O APR neste ano para mim foi melhor do que o de 2009, principalmente porque deu mais gente. Não lembro mais das bandas que tocaram em 2009. Ainda acho que tem muita banda por noite e os primeiros shows sempre acontecem com pouco público. 
Mais uma vez não consegui terminar este texto. Tive que parar para editar dois áudios para TV de GM, e estou achando que estou me estendendo muito neste texto. Vou tentar ser mais breve amanhã.
Faltam 15 minutos para meia-noite... Eu vou é dormir!
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Banda Chicha Libre (EUA)

Tenho “fé em deus” que hoje eu acabo este texto!
Acordei cedo, antes das oito. Geralmente acordo perto das dez horas da manhã.
Já tomei meu leite com Nescafé, acompanhado de Clube Social com requeijão São Bento.
Não tenho mais nenhum trabalho agendado até o final do ano! Muita calma nesta hora. Já estou vendo as possibilidades, e avisando aos amigos que estou disponível (no bom sentido).
Voltando ao APR...
Como eu tinha (no mínimo) mais de 30 minutos para fazer a mudança no meu palco, tudo saiu nos conformes. Nenhum problema quanto a isso, pois era tempo de sobra para refazer as ligações e montar os equipamentos para a outra banda. Os praticáveis eram com rodas e a área de escape era ampla, e isso ajudava no posicionamento dos músicos das bandas no palco que normalmente é diferente. Numa banda, a bateria é no centro, e a próxima banda usa esta bateria no canto. Para que a produção do evento saiba desta arrumação no palco, cada banda envia um documento chamado Mapa de Palco, onde consta um desenho deste posicionamento.
Karina Buhr (PE)
A produção do APR segue à risca este mapa de palco das bandas.
Neste ano o festival aconteceu na sexta e num domingo! No sábado teve outro evento na casa de shows, e o equipamento de palco teve que ser reposicionado para este novo evento. Os dois palcos se transformam em um.
A PA Áudio fez a sonorização deste evento do sábado também. Ainda bem.
Marquei meus monitores com fita crepe para não perder meu alinhamento, pois cada monitor tinha um ajuste diferente. Mas no domingo quando liguei tudo, achei tudo diferente! Arnaldo jurou de pés juntos que nada foi trocado. Oxe, estou ficando doido?
Troquei alguns monitores de posição e refiz algumas equalizações. Não estava nos meus planos fazer isso novamente no domingo.
Neste dia seria mais complicado porque as bandas são muito diferentes e usam muito mais canais, como percussão, teclados, computadores, samplers, etc.
Mas tudo foi tranquilo.

Karina Buhr (PE)
Dois shows me chamaram a atenção.
Na sexta, dia do Metal, gostei do show da banda D.R.I. (EUA).
Os velhinhos mandaram ver! Não conhecia a banda. Para falar a verdade, não conhecia nenhuma banda (nem de nome) deste dia no meu palco. Não é a minha praia.
No domingo, a surpresa foi maior porque já tinha escutado o CD desta cantora e não tinha gostado. Apaguei as músicas dela do meu HD. Mas achei que ela é bem melhor ao vivo. O show é legal de se ver (e ouvir).
Karina Buhr é o nome dela, e é daqui de Pernambuco.
O monitor é que não foi muito fácil de fazer porque Karina não tem uma voz muito potente e o volume do som da banda é muito alto no palco. Foi o único show no meu palco onde apareceram microfonias. 
Viram como eu não sou o dono da verdade? Não é uma questão de meter o pau nos amigos, eu simplesmente falo o que eu vejo ou o que aconteceu, mesmo que seja um erro meu.
Chicha Libre (EUA)

Acho que já falei isso em algum lugar aqui no Blog, mas não custa falar de novo. Tem artista que é muito bom no CD e isso não se reflete no palco, e tem artista que não é legal no CD, mas ao vivo é interessante.
Ainda poderia destacar no meu palco as bandas Torture Squad (SP) e Chicha Libre (EUA).
Karina Buhr (PE)
Um probleminha de mau contato no encaixe dos cabos que ligavam as caixas do side me acompanhou nos dois dias de festival. Tinha sempre que conferir se as caixas estavam funcionando.
Juntei isso aos outros probleminhas que apareceram durante o sound check (na hora dos shows não tive nenhum problema), mais a obrigação de ter que acordar bem cedinho para fazer o sound check de várias bandas e só voltar para casa na madrugada do outro dia, mais comer (se der tempo) na marmita na hora do almoço e da janta, mais a certeza de que iria demorar para receber o cachê deste trabalho (como é na maioria das vezes), e pensei:
Será que eu não estou ficando velho e acabado para este tipo de evento?
Pronto! Já vão dizer que estou metendo o pau nos amigos de novo!
Um abraço a todos.

5 comentários:

leo tecnico disse...

ola titio bom texto como sempre.Aki em palmas to tambem trabalho num festival desse que tb e filiado a ABRAFIN e esse ano são 5 dias ja fiz 3 dias 05/06/07 de maio e os serão 13/14.eu sei como e cansativo um trampo assim,e vc não estar ficando felho não e porque o trabalho e desgastante mesmo,mas cabeça pra cima foi isso que escolhemos pra nossa vida,trabalhar muito ganhar pouco e dormir quase nada.

abraços

Titio disse...

Olá Leo.
Tá frio aí em Palmas?
Quantos anos você tem?
Eu tenho 45 e estou sentindo mais do que antes (logicamente)o desgaste que é fazer um festival.
Vamos ver até onde eu aguento. ehehehehehe
Um abraço.

Anônimo disse...

Lindo!! Sou apaixonada por voce e pelo seu trabalho, pena que voce nem sabe que eu existo...Bjos!

Titio disse...

Olá Anônimo.
É muito bom saber que tem alguém apaixonada por você e/ou pelo seu trabalho, mesmo esta pessoa não existindo.
Um abraço.

Anônimo disse...

Mas eu existo sim, voce é que não percebe..estou mais perto do que voce imagina...