segunda-feira, 16 de julho de 2012

Evento do Bompreço com a Bizasom em Salvador – Prefiro software em vez de hardware.


Olá pessoal.
Fiz nos dias 30/06 e 01/07 um trabalho com a Bizasom em Salvador.
O evento se chamava Encontro Cliente & Bompreço.
Fui de van para Salvador, e se disser que gostei, estarei mentindo. Muito cansativa, e acima de tudo PERIGOSA a viagem. Muitos caminhões nas estradas esburacadas.
Prefiro arriscar um avião, mesmo sabendo que as chances de escapar ileso num acidente aéreo são infinitamente menores, ou quase zero não é mesmo?
Mas veja a diferença: Você conhece alguma pessoa que morreu em acidente aéreo? E em acidente de carro, ou moto ou ônibus? Eu não conheci nenhuma pessoa que veio a falecer por causa de acidente aéreo, mas em acidentes nas estradas conheci vários que perderam a vida no chão! Só de Amigos muito próximos tive dois casos.
A viagem de van só não foi mais desconfortável porque só eram cinco pessoas mais o motorista dentro do veículo. Ar-concionado funcionando bem... Mas vários problemas na estrada. Engarrafamento para sair de Recife, trecho fechado na estrada por manifestantes... Levamos mais de 12 horas para chegar a Salvador!
Nada confortável, não é mesmo?
Saímos de Recife perto de 11:00h e quando entramos no hotel em Salvador já era uma hora da manhã do outro dia!
Acordamos cedo pra ir ao teatro montar o equipamento.

 
O teatro ficava no Centro de Convenções da Bahia.
Teatro grande, achei até bem cuidado.
Quando bati palmas no espaço vazio, vi que não cuidaram como deveriam da acústica. Para variar, muita reverberação.
Porque quase ninguém liga para o tratamento acústico nos teatros ou em casas de shows no Brasil?
O local tinha um espaço reservado para os equipamentos de controle do som e luz, mas me surpreendi quando o pessoal da Bizasom falou que os equipamentos seriam armados no meio do teatro.
Eles já tinham feito eventos lá antes daquele e não discuti o assunto.

Acesso ao teatro.
Uma curiosidade.
Na foto acima vocês podem ver como os equipamentos entram no teatro.
Os equipamentos de som e luz são colocados numa pequena caminhonete e este carrinho sobe esta rampa que vai dar no fundo do palco.
O carrinho sobe de frente e volta de ré porque não dá para fazer a volta lá em cima. Quando é para a desmontagem, ele inverte. Sobe de ré e desce de frente com os equipamentos na caçamba.



A montagem foi tranquila, mesmo com pequenos contratempos com a parte elétrica (leia-se gerador).
Este seria o evento para inaugurar o iPad com a mesa Venue, mas eu ainda não tinha adquirido o iTeleport e o tablet fez falta na hora de colocar o atraso na torre de delay montada no primeiro andar do teatro.
Não estava disposto em carregar o meu laptop na mão e coloquei o tempo do atraso com a ajuda do meu colega Rodrigo que ficou na mesa enquanto eu fui lá em cima escutar.
Ele foi atrasando o sinal para as quatro caixas amplificadas que estavam no primeiro andar até eu não notar mais o “eco” entre o som do PA e o som das caixinhas.
Rodrigo ficaria responsável pelo palco e pelos monitores com a ajuda de Xuxu.
Na luz, Severo era o responsável com a ajuda de Toxa (com X mesmo!).


E eu ficava lá na frente, sem nenhum ajudante ao lado, mas todos da equipe se ajudavam.
Por causa do atraso na parte de energia, tive um pequeno sufoco na hora do sound check da banda que tocaria no primeiro dia do evento. Seriam duas bandas neste dia, mais palestra, mais apresentadora... 

A professora de educação física fazendo seu trabalho.
Tinha também uma professora de educação física nos dois dias que fazia exercícios físicos com o público... E teve também um comediante no segundo dia do evento com um show “Stand Up” de uma hora.
No segundo dia só iria acontecer um show musical que era Fábio Júnior. Mas haveriam as palestras e os exercícios físicos com a professora Soteropolitana.
Só operei o som da primeira banda no primeiro dia do evento. A segunda banda levou seu técnico.





Não tivemos nenhum atropelo para a mudança das bandas porque tínhamos tempo sobrando para fazer isso.
Este trabalho em Salvador foi mais um com cara de “sonoplastia”, onde eu precisava ter “nas mãos” vários áudios, como por exemplo: músicas da professora de educação física, músicas dos palestrantes, jingle do Bompreço, músicas de espera, trilhas do comediante.
É aí que eu prefiro usar sempre meu laptop, ou seja, softwares!


Não preciso ficar guardando aquele monte de CDs (ou DVDs) e nem preciso ficar feito louco mudando de CD por causa de uma mudança de roteiro (que sempre acontece!).
Coloco para dentro do meu laptop todos os áudios que vou usar no evento.
Uso basicamente dois softwares. O Sound Forge (SF) e o Windows Media Player (WMP).
No SF deixo as trilhas para coisas específicas, como jingle do evento, efeito para alguma chamada, a trilha que vai ser usada todos os dias.
No WMP deixo as músicas de espera que normalmente são usadas em eventos, que pode ser só um CD ou vários CDs. Cada evento tem um tipo de “gosto musical”.

WMP e SF abertos no laptop.

Passo todos os áudios dos CDs para dentro e coloco o nome em cada pasta dentro do WMP.
Com um simples duplo-clique em cima do nome do CD na Lista de Reprodução no WMP eu mudo de CD instantaneamente. Os dois programas ficam abertos dividindo a tela do meu laptop durante todo o evento.

Detalhe da Lista de Reprodução no WMP.
Não preciso ficar procurando o CD que eu tinha colocado num lugar e que alguém guardou em outro lugar sem me avisar. Sei onde estão todas as músicas, trilhas e efeitos.
Uso MONO este áudio (junto os dois canais num só), por isso é apenas um canal na mesa de som. Ninguém vai notar diferença alguma, podem ter certeza.
Faz muito tempo que uso este sistema nos meus trabalhos, tanto que Ítalo (Bizasom) já sabe que não precisa de CD Player nos trabalhos onde eu estou no PA.
O CD Player (hardware) é totalmente dispensável para mim.



Ah!
Foi tudo certinho no show de Fábio Jr.
Teve até um colega que estava trabalhando no vídeo que me perguntou se aquilo não era playback, pois estava tudo muito justo.


E eu falei que não, não era playback, mesmo sabendo que tinham algumas coisinhas gravadas ali tocando junto com os instrumentos ao vivo. Era um show híbrido! Como muitos que estão rodando pelo Brasil atualmente.



Playback é quando toda a banda está gravada e o cantor canta ao vivo em cima desta gravação.
Dublado é quando TUDO está gravado, inclusive a voz do cantor e todos ficam fazendo mímica no palco!
Se um dia Valtinho (Técnico de PA de Fábio Jr.) ler este texto aqui no Blog e quiser falar o que era gravado e o que não era neste show, sinta-se a vontade, viu Valtinho?

Valtinho e seus Plugins.

Impressionante como nunca mais falei nada sobre minha vida pessoal aqui no Blog!
Faz um tempinho que o Blog não é híbrido!
Um abraço a todos.

2 comentários:

Unknown disse...

.... ah hã , tínhamos umas bases pré-gravadas , Cordas LR , Orgão LR , Percussão LR e Backing Vocals LR, sendo que esses complementos nunca estão em primeiro plano apenas complementando os arranjos , nada que os músicos tocam está gravado .....

Titio disse...

Valeu Valtinho pela explicação!!!
Seis anos depois, mas acabou encontrando este texto aqui, né?
Obrigado por participar do Blog.
Um abraço.