Olá pessoal.
Recife, 21 de outubro de 2013.
Completamente amassado ainda do trabalho deste
final de semana no Festival Coquetel Molotov, não sei por que “cargas d’água” decidi escrever justamente hoje
para o Blog falando sobre os dois shows com Naná Vasconcelos no SESC Pompéia
que aconteceram nos dias 12 e 13 de outubro.
Era pra eu tá dormindo esta hora!!!
Acabei dormindo hoje depois do almoço e acho
que o sono vai demorar um pouco pra chegar aqui.
Tenho certeza absoluta que não acabo este
texto hoje.
Vou escrevendo, tomando duas taças de vinho
(que vai ser a cota de hoje) até o sono chegar.
Mesmo se ele não chegar, eu forço uma
“dormida”.
Já falei um pouco da estrutura do SESC Pompéia
em texto anterior recente (Rapidinha 162).
Porém falei mais sobre o espaço em si, hoje
aqui vou tentar passar como foram os dois shows e falar um pouco mais dos
equipamentos usados.
Chegamos (eu e o iluminador Roberto Riegert) à
São Paulo um dia antes do primeiro show, e já seguimos para a casa do
percussionista Ari Colares, onde iria ter um ensaio geral com Naná e Lui.
Deixamos nossas bagagens lá e subimos a rua
andando para almoçar numa padaria indicada pelo grupo de músicos que ficava a
duas quadras da casa.
De “bucho forrado” voltamos à casa de Ari para
participar do ensaio.Estante com os instrumentos de Ari Colares. |
O lugar era bem aconchegante.
Ari transformou a garagem da casa dele num
estúdio de ensaio, onde ele também promove workshops de percussão.
Durante uns intervalos do ensaio, Ari explicou
que nos workshops que ele promovia no estúdio-casa, um almoço era oferecido aos
participantes, e este almoço era de acordo com o lugar (país, estado, cidade ou
região) de origem dos ritmos ou instrumentos estudados.
Vamos estudar o frevo Pernambucano? Ok, o
almoço pode ser uma galinha à cabidela, um sarapatel ou um bode assado. Ou que
tal uma “buchada”?
Adoro buchada!!!!
Achei muito legal a ideia.
Tem dois lugares onde gosto de comer buchada.
Um em Recife e outro em Caruaru.
Vou indicar estes dois lugares aqui no Blog no
próximo Mudança de Palco.
Pronto, me animei. O pão de queijo acaba de sair
do forno.
As duas taças vão se transformar em meia
garrafa.
E agora meu Filho chegou aqui em casa, depois
acabo este texto, pois tenho coisa muito mais importante para fazer agora: Ser
pai.
--
Comecei a escrever este texto no dia
21/10/2013.
Hoje já estou no dia 30 (já passando para o
dia 31) e ainda continuo me sentindo amassado como falei no dia 21, mas agora a
causa do amassado foram os trabalhos que fiz com Alceu Valença, seis shows em
sete dias.
Fiquei amassadinho novamente. Será que é a
idade?
Voltando à São Paulo... Com Naná Vascocelos.
Passamos a tarde na casa de Ari, e enquanto os
músicos ensaiavam, eu fazia minhas anotações sobre a parte de som e Roberto
sobre a parte de luz.
Foi uma tarde bem agradável.
Com as anotações nas mãos, seguimos no outro
dia para armar nosso palco e passar o som.
Mas antes deste outro dia, eu e Roberto
degustamos no hotel um vinhozinho no meu quarto à noite, jogando conversa fora.
Compramos algumas garrafas no supermercado que
ficava bem próximo do hotel, além de alguns petiscos, como pizza congelada.
A pizza nem era para microondas, mas mesmo
assim ficou muito boa.
Tinha tudo para ser tranquilo no dia da
montagem, chegamos cedinho lá.
Mas como o local do show (A Choperia) vira um
restaurante durante a hora do almoço, não tivemos muito tempo para posicionar
tudo no palco e ligar.
Resumindo... Ficou tudo para depois das 16h!
Aí a coisa complicou.
Tudo foi “meio corrido” no sound check.
Eu correndo no som e Roberto na luz e vídeo.
Nestes shows de Naná com Lui tem projeções de imagens durante todo o show.
O acesso à house mix, como falei em texto
anterior, não era nada prático, principalmente para mim que estou com o
corpinho de 90 quilos!
O show começaria muito cedo, pois era
direcionado para as crianças.
Se não me falha a memória (que a cada dia tá
pior), o início dos dois shows estava marcado para as 19h.
E a casa tinha que ser aberta antes desta
hora, logicamente.
Esta correria fez com que eu não gostasse do
resultado final do sound check, não ficou tudo no lugar como eu queria.
Não tive nem tempo de descer para ouvir o som do
PA, fiz meu alinhamento de lá de cima mesmo.
Em muitos casos, Naná Vasconcelos só leva um
técnico de som.
E neste aqui foi assim. Só eu.
Com isso, quem faz o monitor do show é o
técnico da empresa de som.
Tive que descer do meu “elevado” uma vez para
tentar arrumar o som de um instrumento de Naná no monitor.
Não sou muito fã de UM técnico só, muitos
sabem disso, mas...
Como não tínhamos mais tempo, deixei para
acertar os detalhes durante o show.
E acho que Roberto fez o mesmo também.
A produção do SESC colocou um piso de borracha
em toda a área na frente do palco para as crianças e os pais poderem sentar,
deitar ou brincar.
Nas laterais, mesas e cadeiras de madeira
completavam o ambiente.
Eu vou é dormir!
Fui pegar meu Filho na casa de uma amiga dele
que vai se mudar para São Paulo, e a galera dele estava se despedindo dela.
Antes de começar este texto pela segunda vez,
fui tentar dar um cochilo enquanto aguardava o chamado do meu Filho, mas acabei
sonhando que estava passando o som de um show, quando fui acordado por uma
mensagem da mãe dele me perguntando se eu ia pegar ele de carro.
Resolvi então levantar da cama para não ficar
sonhando com sound checks, e comecei este texto.
Mas vou dormir, pois acho que meu mal é sono!
Amanhã finalizo isso.
--
Acordei às 10h e coloquei mais uma hora de
crédito no despertador.
Estou me sentindo bem melhor.
Nada como boas horas de sono para recarregar
as baterias.
Foi tudo certinho no primeiro show, público
excelente e participativo.
Filhos e pais interagiram durante todo o tempo
do show.
E eu fui corrigindo os detalhes como achava
que iria fazer.
Mesmo com a correria que foi, o resultado
final foi muito legal, deixando artistas, técnicos e produtores satisfeitos.
Voltamos para o hotel.
Para comemorar o resultado do trabalho, abrimos
mais uma garrafa de vinho no meu quarto, e nosso jantar foi novamente a pizza
congelada para forno à gás feita no microondas.
Como não tínhamos mais que chegar cedo no
local do show no outro dia porque estava tudo armado e ligado no palco,
esticamos um pouco no vinho e nas fofocas.
Almoçamos num botequim perto do hotel. Um
prato-feito muito legal. Adoro estas comidas de botequim de São Paulo e Rio de
Janeiro...
Chegamos com tempo de sobra no SESC Pompéia.
Conferi a posição dos microfones e chequei
tudo.
Puxei minha cena na mesa de som, uma PM5D RH novinha
da Yamaha.
Usei meu laptop ligado à mesa com o Studio
Manager para agilizar na hora dos ajustes.
Eu acho tudo mais rápido quando se usa o
laptop sincronizado com a mesa.
No monitor tinha uma M7CL também da Yamaha.
Tudo bem cuidado.
Além de tudo isso, a casa tem uma boa
variedade de microfones, o que ajuda bastante no trabalho.
Se quiser gravar o show, já tem tudo prontinho
lá para isso.
Eles gravam o show em MD (mini-disc).
É só levantar o fader Stereo B da mesa que o
sinal vai direto para o MD.
Como eu já esperava, achei o resultado do
segundo dia de show melhor que o primeiro.
O público também foi bem participativo neste
segundo dia.
Tudo certo.
Voltamos para o hotel depois de desmontar e
guardar todo o nosso equipamento.
Ainda tinha uma garrafa de vinho no meu
quarto.
Vamos comemorar mais uma vez? Perguntei para
Roberto.
Tentamos, mas não conseguimos.
O vinho não entrou tão bem como nos dias
anteriores.
Estávamos mais cansados do que com vontade de
beber um vinho.
Nem lembro se a gente bebeu todo o líquido da última
garrafa.
Fui dormir, pois a saída do hotel seria cedo.
Só sei que foram 5 garrafas em três noites.
Ou seja...
Tenho que trocar este Amigo iluminador nos
meus trabalhos, antes que eu me torne um alcoólatra! E ele também!
Um abraço a todos.
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