Olá pessoal.
Sábado
passado fui fazer mais um trabalho com Alceu Valença.
Como
sempre acontece, fui operar o monitor.
O
show aconteceu no Clube Internacional aqui em Recife.
Além
de Alceu, iria ter os shows de Daniela Mercury e Cláudia Leitte (é com dois T
agora).
O
acertado foi que Alceu seria o último a passar o som e tudo ficaria armado
porque ele seria o primeiro show.
Tem
pontos positivos e negativos esta posição.
O
ponto mais positivo é que não tiramos nada do lugar, e nem desligamos nada no
palco, ficamos só aguardando pela hora do show.
O
ponto mais negativo é o risco de ter pouca gente no lugar para ver o show por
causa do horário cedo da primeira atração.
Comecei
a comemorar cedo meu aniversário no dia 19, uma segunda-feira.
Para
ser mais sincero, ia começar ao meio dia tomando umas doses de vodka com suco
de cajá, comendo uma picanha de porco... Mas meu parceiro de farras farrapou!
E beber sozinho num bar é muito chato.
Em
casa eu já estou acostumado, pois invento um filme, vou ver um jogo, converso
na internet, lavo as roupas, faço o almoço da semana, etc, enquanto bebo meus
vinhos.
Em
casa, na grande maioria das vezes, mais de 90%, eu bebo vinho.
Os
10% restantes ficam para a vodka.
Comecei
no vinho as 16h com a chegada dos primeiros convidados.
Meu
grande Amigo André Julião e sua namorada Fabiana.
Trouxeram
de Caruaru um miúdo de perua do Bar da Perua, uma iguaria que gosto muito.
Fabiana
fez uma salada bonita, e eu cortei uns queijos para começar a festa.
Minha
(ex)Sogra fez um pernil e minha Irmã fez duas travessas de lasanha.
Tudo
perfeito!
Foi
dado o pontapé inicial perto das 16h do dia 19 com o casal Amigo de Caruaru, e
fui acabar as 4h30 da madrugada do dia 20.
Como
sempre acontece, fica só eu e André Julião conversando besteira.
Foi
massa!
Obrigado
a todos que vieram. Foram poucos, pois não posso convidar muita gente porque o
apartamento só tem 64 metros quadrado no total!
Por
incrível que pareça, nenhuma taça foi quebrada!
Só a segunda travessa da lasanha foi quebrada no outro dia na lavagem dos pratos.
Eu
tinha 6 garrafas de vinho e com as garrafas que os convidados trouxeram deu um
total de 14 garrafas.
Sobrou
uma!!!!
Bebemos
13.
Mas
usei esta última garrafa para comemorar sozinho aqui em casa meus 50 anos mais 3
dias!
Cheguei
cedo no local do show.
Meia
hora antes do que me passaram para eu chegar.
E
vi que o cronograma não iria funcionar.
Ainda
estavam montando Cláudia Leitte quando eu cheguei. Depois ainda iria ter
Daniela, para depois entrar nossos equipamentos no palco.
Eu
ainda teria que passar 15 monitores de chão!
Todos
na banda usariam monitores de chão, mais uma via de fone para o baterista.
Já
imaginei a agonia (correria) que iria ser, pois os portões já tinham hora
marcada para serem abertos.
A
mesa de monitor era uma PM5D da Yamaha e a mesa de PA era uma Vi6 da
Soundcraft.
Eu
já tinha combinado tudo com meus amigos da Bizasom sobre como seria a
monitoração.
Estava
tudo acertado.
Só precisava agora de tempo. O problema é que eu achava que não teria
mais este tempo devido ao atraso do soundcheck das outras bandas.
No decorrer da passada de som de Cláudia, onde todos usavam fones, só
tendo uma via com monitores de chão com 4 caixas, fiquei sabendo que os mesmo
técnicos iriam passar o som de Daniela e que basicamente seria o mesmo setup no
palco e na monitoração.
Todos em Daniela iriam usar também fones.
Fiquei mais tranquilo com esta notícia, pois se fosse para remover ou
desarmar tudo de Cláudia para armar outro setup para Daniela, e depois desarmar
Daniela para armar Alceu, com certeza não daria tempo de jeito nenhum!
Toda a percussão ficou armada nos praticáveis de um lado do palco, como
também a bateria do outro lado do palco, que seriam usadas nos shows de Cláudia
e Daniela.
No meio do palco, onde estavam os teclados de Cláudia, foi que o pessoal
usou para colocar os teclados de Daniela e a bateria de Alceu.
Os praticáveis tinham rodas e foi fácil e rápido fazer estas trocas.
O técnico de monitor de Cláudia Leitte (se não me engano chama-se Roque)
ajustou a mixagem dos fones de Cláudia para o show de Daniela.
Ele mudou somente os sistemas de in-ears.
Achava que ele iria passar uma cena e ajustar
com a banda tocando, mas a banda não veio passar som.
Os roadies ligaram alguns instrumentos e Roque ajustou alguns detalhes
na mixagem, partindo da mixagem que ele fez para Cláudia. Acho que foi assim
que ele fez. Não fiquei olhando.
Mas eu deveria ter perguntado para poder falar aqui.
Basicamente, pelo que pude notar, ele usaria a mesma mixagem para as
duas bandas, mesmo sendo músicos diferentes.
Ele usou o mesmo input.
Por causa disso, o atraso não foi maior.
Meu único receio era eu não conseguir conectar meu laptop com a mesa de
som para passar minha cena. Não uso o cartão PCM/CIA para salvar as cenas da
PM5D. Uso o Studio Manager no laptop.
Começando já desta cena, adiantaria muito o serviço porque tudo está
endereçado, como já falei inúmeras vezes aqui no Blog.
Mas não tive problemas com a conexão, e passei minha cena para dentro da
console tranquilamente.
Aproveitei e deixei o laptop conectado a mesa durante todo o soundcheck
e durante o show também!.
Tem muitas coisas que são bem mais rápidas ajustar usando o laptop do
que indo na mesa, como colocar nomes nos canais, ligar o 48 volts, etc.
Já posso deixar várias páginas de vários ajustes abertas no laptop.
Neste show, usamos 15 monitores de chão mais o sub da bateria.
No geral foram 11 vias de monitor mais o side.
A qualidade dos monitores de chão ajudou na rapidez do meu alinhamento.
Passei a via de Alceu e o side já usando o microfone dele no canal dele.
Normalmente uso este microfone em outro canal, com a equalização "flat",
e depois confiro a via de Alceu e o side usando o canal da voz dele, com compressão,
equalização e reverb.
Usando o microfone em outro canal para alinhar os monitores, não mexo no
nível do sinal da voz que já está sendo endereçada pelo canal original para
todos da banda.
Depois de alinhar todos os monitores, a banda entra no palco para passar
o som.
Aí fico o tempo todo usando o microfone de Alceu do canal original,
checando se alguém quer mais ou menos voz do cantor.
Só tive que refazer as vias dos metais, peça por peça, porque a cena que
eu passei para a mesa não tinha metais.
Neste show são seis músicos utilizando três vias de monitoração.
E pelo que me recordo, esta foi a primeira vez que passei os metais
antes da banda.
Passamos
o som tranquilamente e não apareceu ninguém ao meu lado falando que tinha que
encerrar a passada de som porque iriam abrir os portões.
O
único que apareceu foi para dizer que os carros que estavam no estacionamento
do clube seriam guinchados, caso os donos não aparecessem para retirá-los do
local.
Logicamente
o meu estava lá, e quando acabei o soundcheck fui correndo dar uma olhada para
ver se ainda estava lá.
Estava.
Não guincharam, era terrorismo do funcionário.
Aproveitei
minha caminhada e coloquei meu "Celtinha" num espaço reservado para
artistas e bandas.
E
fui para o camarim esperar pela hora do show, que não demorou para acontecer.
Mesmo
sem nada ter saído do lugar no palco, e nada também foi desligado, minutos
antes de começar, eu chequei todos os canais e vias novamente.
Já
passei uma vergonha grande num show na Bélgica por acreditar que não era
necessário tal procedimento. Acho que foi a maior vergonha que passei fazendo o
som do PA. Tive que parar o show.
Comentei
este caso aqui no Blog. Foi um show com Silvério Pessoa. Não lembro mais do
título.
Mas
neste aqui de Alceu Valença não teve nada disso.
Foi
tudo muito legal.
Alceu não me solicitou nada durante o show.
A
agonia que eu imaginava que iria ser, não foi.
E
até público tinha!
Mesmo
sendo o primeiro show da noite, o espaço estava bem cheio.
Não
fiquei para ver o último show que seria Cláudia Leitte.
Quando
estava saindo do clube, Daniela Mercury já estava se apresentando.
O
esquema que Roque fez nos monitores deve ter dado certo.
Um
abraço a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário