quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Alceu Valença em Bom Conselho - Sem passar o som (fato raro!).



Olá pessoal.
No dia 31 do mês passado, segui no final da manhã para Bom Conselho no interior de Pernambuco, para fazer mais um trabalho com Alceu Valença.
O hotel era em Garanhuns, distante uns 50 quilômetros de Bom Conselho.
Por causa desta distância, foi resolvido que a banda não iria passar o som.
Fato raríssimo!!!
Mesmo sem saber disso ainda, eu já tinha feito em casa uma conversão de cena do show anterior no Bal Masqué onde usei uma PM5D, pois sabia que a mesa neste show seria uma M7CL.
Seria a mesma formação de banda com os seis metais.
Vocês não imaginam como esta cena convertida me ajudou!!!
Como no show anterior, todos usariam monitores de chão.
Combinamos então que a técnica sairia para Bom Conselho logo após o almoço.
Nem check-in no hotel a gente fez.
As nossas malas ficaram no ônibus mesmo.
Seguimos para o local do show.
Rogério já tinha me avisado que a maioria dos monitores seriam cópias e de diferentes modelos.
Fui preparado.
É muito difícil em empresas de som do interior a gente encontrar um número grande de monitores de chão.


Na grande maioria dos trabalhos que eles fazem, usam fones na monitoração das bandas.
Acredito que a empresa pediu emprestado alguns monitores para poder nos atender.
Por causa disso, tinham três tipos de monitores no palco.
E logicamente, cada um "falava" do seu jeito.
Mas não foram os monitores que me deram mais trabalho.
Foi o side.
Levei um bom tempo para deixar (mais ou menos) como eu queria.
O técnico da empresa de som (Júnior) foi muito paciente e prestativo, tentando sempre me ajudar.
O acertado foi que a gente iria arrumar o palco, passar os monitores, checar canal por canal, e que a banda só chegaria momentos antes da hora do show.
E foi isso que a gente fez.
Inaugurei meu novo roteador sem fio, o Airport Express.
Resolvi trocar porque ouvi muitos elogios sobre o Airport.
Principalmente no que se refere à estabilidade do sinal enviado ao iPad.
Outra grande vantagem seria o tamanho compacto do aparelho. Nem antena tem para encaixar.
Airport Express.
Eu estava tendo muitos problemas de perda de sinal com meu roteador (TP-Link) quando usava o iPad com as mesas da Yamaha. Por isso resolvi comprar o Airport, que nos EUA custa 100 dólares, e aqui no Brasil custa 1000 reais!!!!!
Minha (ex)cunhada trouxe um para mim dos EUA, e mesmo com o dólar na estratosfera, ainda vou pagar bem menos pelo novo brinquedinho, comparando com o preço dele aqui.
Não sei se é porque ele é feito pela Apple, mesmo fabricante do iPad, mas a conexão entre mesa, roteador e iPad ficou muito mais estável.
Passei todos os monitores sem problema algum de sinal perdido.
Boa aquisição (só caríssima!).
Mas não vou me desfazer do TP-Link.
Fiz bastante show usando ele na frente do palco com meu laptop.
Não sei se o Airport vai ter este mesmo alcance.

Voltando ao show...
Já deixei a voz de Alceu pronta nos monitores.
Fiz isso com as vozes do teclado e do baixo.
Ligamos e checamos todos os canais.
E dei uma passada rápida na bateria com o nosso roadie tocando.
Pronto. Agora era só esperar pela hora do show.
Eu achava que assim que a banda anterior acabasse seu show, a gente teria que armar nossas coisas e começar o show.
Mas fiquei sabendo que a primeira banda acabaria de tocar às 21h, e o show de Alceu estava marcado para 22h.

Oxe, (pensei eu) daria tempo de sobra pra gente arrumar o palco.
E deu mesmo.
Mas nunca é como achamos que vai ser, não é mesmo?
Neste intervalo, colocaram "meio mundo de gente" no palco para uma breve apresentação de coco de roda.
Enquanto eu ajustava os instrumentos no palco, a galera tocava coco e o locutor discursava.
E o cara do violão me pedia para aumentar o som do instrumento dele no palco. (risos)
Mesmo com toda esta confusão, conseguimos adiantar alguns canais.
Só depois que o coco acabou e saiu do palco, foi que deu para passar o resto das coisas.
E foi bem rápido.
Foi aí que a cena convertida me ajudou.
Como estava tudo endereçado, os ajustes foram poucos.
O show começou e eu fui fazendo os ajustes finos.
Alceu pediu para baixar a voz dele, por exemplo.
Mesmo com a correria, o palco estava soando bem.
Apareceram três "apitinhos" no palco.
Um eu vi que foi o músico do sax que baixou seu microfone preso ao instrumento na cara do monitor.


Com relação aos outros dois, o show acabou e eu não descobri onde foi!
Mas eles não continuaram.
Alceu ainda me pediu no meio do show para baixar os vocais.
Para mim, analisando os contratempos, foi muito legal o resultado final.
Muito legal mesmo!
Assim foi este trabalho. Do meu ponto de vista, claro.
Mereceria até mais tempo de show, se fosse levado em conta o que aconteceu antes do show.
Mas se isso fosse sempre fator determinante para tempo de show, muitos shows teriam que durar mais de três horas!!!!
Um abraço a todos.
PS: Por causa do sufoco, não tirei nenhuma foto do show. Todas as fotos foram tiradas pelo meu colega Júnior, da empresa de som. Por isso apareço em algumas. Fato raríssimo também!!!


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