Olá pessoal.
No
dia 31 do mês passado, segui no final da manhã para Bom Conselho no interior de
Pernambuco, para fazer mais um trabalho com Alceu Valença.
O
hotel era em Garanhuns, distante uns 50 quilômetros de Bom Conselho.
Por
causa desta distância, foi resolvido que a banda não iria passar o som.
Fato
raríssimo!!!
Mesmo
sem saber disso ainda, eu já tinha feito em casa uma conversão de cena do show
anterior no Bal Masqué onde usei uma PM5D, pois sabia que a mesa neste show
seria uma M7CL.
Seria
a mesma formação de banda com os seis metais.
Vocês
não imaginam como esta cena convertida me ajudou!!!
Como
no show anterior, todos usariam monitores de chão.
Combinamos
então que a técnica sairia para Bom Conselho logo após o almoço.
Nem
check-in no hotel a gente fez.
As
nossas malas ficaram no ônibus mesmo.
Seguimos
para o local do show.
Rogério
já tinha me avisado que a maioria dos monitores seriam cópias e de diferentes
modelos.
Fui
preparado.
É
muito difícil em empresas de som do interior a gente encontrar um número grande
de monitores de chão.
Na
grande maioria dos trabalhos que eles fazem, usam fones na monitoração das
bandas.
Acredito
que a empresa pediu emprestado alguns monitores para poder nos atender.
Por
causa disso, tinham três tipos de monitores no palco.
E
logicamente, cada um "falava" do seu jeito.
Mas
não foram os monitores que me deram mais trabalho.
Foi
o side.
Levei
um bom tempo para deixar (mais ou menos) como eu queria.
O
técnico da empresa de som (Júnior) foi muito paciente e prestativo, tentando
sempre me ajudar.
O
acertado foi que a gente iria arrumar o palco, passar os monitores, checar
canal por canal, e que a banda só chegaria momentos antes da hora do show.
E
foi isso que a gente fez.
Inaugurei
meu novo roteador sem fio, o Airport Express.
Resolvi
trocar porque ouvi muitos elogios sobre o Airport.
Principalmente
no que se refere à estabilidade do sinal enviado ao iPad.
Outra
grande vantagem seria o tamanho compacto do aparelho. Nem antena tem para
encaixar.
|
Airport Express. |
Eu
estava tendo muitos problemas de perda de sinal com meu roteador (TP-Link)
quando usava o iPad com as mesas da Yamaha. Por isso resolvi comprar o Airport,
que nos EUA custa 100 dólares, e aqui no Brasil custa 1000 reais!!!!!
Minha
(ex)cunhada trouxe um para mim dos EUA, e mesmo com o dólar na estratosfera,
ainda vou pagar bem menos pelo novo brinquedinho, comparando com o preço dele
aqui.
Não
sei se é porque ele é feito pela Apple, mesmo fabricante do iPad, mas a conexão
entre mesa, roteador e iPad ficou muito mais estável.
Passei
todos os monitores sem problema algum de sinal perdido.
Boa
aquisição (só caríssima!).
Mas
não vou me desfazer do TP-Link.
Fiz
bastante show usando ele na frente do palco com meu laptop.
Não
sei se o Airport vai ter este mesmo alcance.
Voltando
ao show...
Já
deixei a voz de Alceu pronta nos monitores.
Fiz
isso com as vozes do teclado e do baixo.
Ligamos
e checamos todos os canais.
E
dei uma passada rápida na bateria com o nosso roadie tocando.
Pronto.
Agora era só esperar pela hora do show.
Eu
achava que assim que a banda anterior acabasse seu show, a gente teria que
armar nossas coisas e começar o show.
Mas
fiquei sabendo que a primeira banda acabaria de tocar às 21h, e o show de Alceu
estava marcado para 22h.
Oxe,
(pensei eu) daria tempo de sobra pra gente arrumar o palco.
E
deu mesmo.
Mas
nunca é como achamos que vai ser, não é mesmo?
Neste
intervalo, colocaram "meio mundo de gente" no palco para uma breve
apresentação de coco de roda.
Enquanto
eu ajustava os instrumentos no palco, a galera tocava coco e o locutor
discursava.
E
o cara do violão me pedia para aumentar o som do instrumento dele no palco.
(risos)
Mesmo
com toda esta confusão, conseguimos adiantar alguns canais.
Só
depois que o coco acabou e saiu do palco, foi que deu para passar o resto das
coisas.
E
foi bem rápido.
Foi
aí que a cena convertida me ajudou.
Como
estava tudo endereçado, os ajustes foram poucos.
O
show começou e eu fui fazendo os ajustes finos.
Alceu
pediu para baixar a voz dele, por exemplo.
Mesmo
com a correria, o palco estava soando bem.
Apareceram
três "apitinhos" no palco.
Um
eu vi que foi o músico do sax que baixou seu microfone preso ao instrumento na
cara do monitor.
Com
relação aos outros dois, o show acabou e eu não descobri onde foi!
Mas
eles não continuaram.
Alceu
ainda me pediu no meio do show para baixar os vocais.
Para
mim, analisando os contratempos, foi muito legal o resultado final.
Muito legal mesmo!
Assim
foi este trabalho. Do meu ponto de vista, claro.
Mereceria
até mais tempo de show, se fosse levado em conta o que aconteceu antes do show.
Mas
se isso fosse sempre fator determinante para tempo de show, muitos shows teriam
que durar mais de três horas!!!!
Um
abraço a todos.
PS:
Por causa do sufoco, não tirei nenhuma foto do show. Todas as fotos foram
tiradas pelo meu colega Júnior, da empresa de som. Por isso apareço em algumas.
Fato raríssimo também!!!
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