Olá
pessoal.
Hoje
nem é dia de falar algo sério, depois de um jogo de copa do mundo, onde o álcool
vadiou.
Tomei
meu velho Concha y Toro aqui vendo o jogo.
Mas
um colega guitarrista me ligou no final do jogo para saber quem era que estava
fazendo o monitor de um determinado palco onde ele tocou com um artista, pois a
produção deste artista estava querendo colocar num "relatório" que
achou que o técnico da empresa de som não "correspondeu às
expectativas" neste palco...
Eu,
particularmente, estou de saco cheio deste assunto, principalmente porque
ninguém quer colocar "o cu na reta".
Cu
tem acento? Nem sei.
Mas
vamos ao caso...
E
vou dar "o nome aos bois", para ver se este problema é resolvido de
uma vez por todas!
Nunca
tive problema em falar dos casos, pois eu mesmo ME critico.
O
caso aconteceu neste São João, no Sítio da Trindade, onde Maciel Salú foi uma
das atrações deste palco, no sábado passado, dia 23.
Fui
ajudar Neto, da empresa de som Bizasom, responsável pelo monitor, que é
funcionário desta empresa, e me pediu para assumir o PA neste dia, pois aconteceu
uma emergência e o técnico de PA teria que ser remanejado.
Como
sou muito chegado à Bizasom e seus funcionários, não hesitei em pegar o
trabalho, principalmente porque estaria no Sítio da Trindade com um outro
trabalho, horas antes do início do palco principal.
Estou
falando da Bizasom aqui, porque este caso foi com ela, mas isso existe em TODAS
as outras empresas da região e na grande maioria das empresas do país!
A
pergunta é:
O
técnico de som da empresa, seja de PA ou monitor, tem que operar o áudio (PA
e/ou monitor) do artista que não leva técnico(s)?
Décadas
atrás, isso nem era discutido, pois o técnico da empresa de som fazia este
serviço tranquilamente.
Fazia
parte da sua função.
Os
tempos mudaram... Acho eu.
E
ainda bem que sempre muda, e espero que para melhor.
Esta
semana decidiram na Arábia Saudita que a mulher poderia dirigir veículos
automotores. Existe isso? 2018? Mas pelo menos mudaram, né?
Recentemente,
fiz 5 shows de Lula Queiroga no Sudeste do país.
Os
três últimos shows foram no Teatro do SESC Santana, em São Paulo.
Tou
tomando coragem ainda para falar aqui no Blog desta miniturnê.
(Tou
me adaptando ainda ao uso do hífen. Às vezes uso, outras não. Depois vou atrás
das novas regras de ortografia).
Nos
dois shows anteriores eu sabia que teríamos um técnico de monitor contratado
(cachê), usando técnicos que residiam na cidade (BH e Rio), mas em São Paulo,
existia a possibilidade de não ter, por causa de custos, hospedagem, diárias,
etc.
Por
causa disso, entrei em contato antecipadamente com o técnico responsável do
SESC e perguntei como era "o esquema" lá.
Se
era de praxe o técnico do SESC operar o som (sem remuneração) dos artistas que
faziam show lá, ou se era preciso a gente pagar um cachê para este técnico, no
caso o de monitor?
A
resposta foi curta e rápida: --- Não.
Para as duas perguntas.
Para as duas perguntas.
Não
tinha técnico para operar o som, tanto de PA como monitor, e muito menos era admissível
o pagamento de cachê para o único técnico de som do Teatro.
O técnico tinha que ligar tudo, deixar tudo funcionando e dar assistência durante o show. E só.
Passei
isso para a produção, e foi decidido que Kiko Klaus, que foi o técnico que fez
o monitor em BH e que morava lá, seguisse com a gente para São Paulo para fazer
o monitor dos três últimos shows.
E
aí? Quem está errado no caso do Sítio da Trindade?
Para
mim, os dois lados (ou seriam quatro?).
O
técnico de som da empresa que não deixa claro isso para a empresa.
A
empresa de som que não deixa claro isso para o contratante, no caso prefeitura.
A
prefeitura que não deixa claro isso para os artistas.
E
a produção do artista que não deixa claro isso para seu artista.
Resolvam!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que o técnico fale com a empresa, e a empresa fale para a contratante, e a contratante fale para a produção do artista, e a produção do artista fale para o seu artista.
Que o técnico fale com a empresa, e a empresa fale para a contratante, e a contratante fale para a produção do artista, e a produção do artista fale para o seu artista.
O
que não pode é cara feia na hora do show de técnico para fazer um monitor, ou artista com cara
feia por achar que está sendo maltratado.
Falta
diálogo.
Feito
o diálogo que eu tive com Jocélio, técnico do SESC Santana, bem antes do dia do show.
Deixem
isso bem claro, antes de qualquer evento!!!!
Tudo vai melhorar, principalmente para nós, técnicos e operadores de áudio.
E
segunda tem mais copa e vinho!!
Apostei
com um amigo que não chegaríamos na semifinal.
Palpite
futebolístico, somente.
Ahhh.
A aposta foi uma garrafa de Casillero Del Diablo, que ele nem gosta. Ou seja...
Vou
beber o vinho de todo jeito!
Um
abraço a todos.