sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Carol Levy no Teatro da Caixa - Por mim, eles não fariam mais.


Olá pessoal.
Mês passado fui convidado para operar o som de Carol Levy no espetáculo infantil Conto De Casa, pois os meus dois amigos que normalmente pilotam os faders dos espetáculos de Carol não poderiam fazer o trabalho.
Os espetáculos aconteceram no Teatro da Caixa Cultural, aqui em Recife.
Neste Conto de Casa, é muito bem simples a parte de sonorização.

É só a voz de Carol (headset sem fio), a voz do tecladista Carlinhos Borges (que é casado com Carol na vida real), e alguns canais de teclados/samplers.
Neste dia usamos 5, sendo dois canais estéreo e um mono.
Fora isso, só mais um microfone (clip) sem fio, que o tecladista usa para alguns efeitos.
Tanto o headset, quanto o microfone da voz do tecladista e o microfone de clip são próprios.
Ou seja...
Só pedimos um microfone de bastão sem fio, que eles usam numa determinada hora do show, para fazer umas brincadeiras na plateia.

Foi combinado que o teatro alugaria duas caixas amplificadas com falantes de 15" para eu colocar no PA, e eu usei as duas caixas de PA do teatro no monitor de Carol.
Já tinha duas caixas de subgraves no local. E também já tinha os dois tripés para as caixas amplificadas, que foram duas EON 515 da JBL. 
Coloquei três caixinhas para fazer o front, pois as duas caixas do PA ficavam muito espaçadas.
E este front melhorou muito a inteligibilidade para quem estava perto do palco.  
Estas caixas do front são do teatro, e o técnico usa de vez em quando elas para fazer o monitor de alguns espetáculos.
Carlinhos usou seu sistema de monitor in-ear com fio.

E ele mesmo é quem fazia a mixagem de todos os canais para seu fone .


A mesa do teatro é uma LS9.
Perguntei logo ao técnico do teatro (Cláudio) se a mesa estava perfeita, sem faders se movendo sozinhos...
Ele me falou que não tinha fader se tremendo, mas tinha um probleminha nas teclas de "selecionar" de alguns canais.
Mas quando ele me falou que os canais eram os finais, falei que não teria problema porque iria usar poucos canais.
E realmente não tive nenhum problema com isso, pois nem cheguei perto dos canais com problemas.
Pra ser mais exato, não tive problema nenhum durante os três espetáculos. Dois no dia 21 de julho e um no dia 22.
Dei uma geral no dia anterior ao primeiro espetáculo com Carlinhos, ajustando o som dos teclados, do PA e do palco, e no dia 21 foi só passar uma geral rápida com Carol Levy usando seu microfone, um CROW CM311.



Achei muito legal o microfone. Só não é discreto. Mas o som é muito bom.
Ainda tentamos usar um microfone que fica grudado no "bochecha", que combinaria mais com o espetáculo por não ficar muito visível, e que é muito usado em peças de teatro, mas ele estava dando uns estalos, e foi descartado imediatamente.

Foi tão tranquilo o trabalho, que parecia que eu estava na minha sala de casa vendo um filminho...
Só faltava o vinho e o queijo para completar o relax.
Ahhh. Da mesa de som, eu enviei as duas vozes separadas (Carol e Carlinhos) para Carlinhos, onde ele processou os dois canais, adicionando efeitos, e retornaram para mim num dos canais estéreo dos teclados. Nem tive este trabalho de processar os efeitos.
Mas ainda inventei um efeito de delay longo na voz dela, depois de ver o primeiro espetáculo.

Não conhecia Carol Levy, só ouvia falar, pois conheço muita gente que trabalha nos seus espetáculos, inclusive o próprio marido dela, que foi quem me convidou para o trabalho.
Fiquei bem impressionado com a desenvoltura da cantora/atriz no palco.
Para mim, ela é uma atriz também, pois cria vozes e trejeitos de vários personagens durante seus contos.

Neste espetáculo, como o nome já diz, ela conta estórias para a criançada como se estivessem todos na casa do casal, pois ela apresenta o tecladista como seu marido (o que não é mentira, né?), intercalando estes contos com músicas e brincadeiras, numa interação muito legal com o público. 
Obs: Na maioria das vezes aqui no Blog escrevi "história", independente se era um fato histórico ou um conto, uma ficção, mas resolvi mudar daqui por diante. Quando for um "causo, conto, ficção" vou colocar "estória".
Lembrando que, segundo o DICIO (Dicionário Online de Português): 
Significado de Estória. 
substantivo feminino 
Texto popular; narrativa tradicional: estória infantil. 
[Gramática] Palavra preferencialmente usada para designar uma narrativa de ficção: a estória da vovó. 
Ver também: história. 
Tudo é bem enxuto neste Conto de Casa. Cenários, iluminação, sonorização...


Para não dizer que não tive nenhum contratempo, o microfone de Carol parou uma vez na hora que ela estava fazendo as brincadeiras no meio da plateia, mas ela usou o microfone de bastão para continuar, e o som do microfone reapareceu durante as brincadeiras.
Deve ter sido algum mal contato no encaixe no bodypack dela ou no cabo que saía do receptor.
Fora isso, mas nenhum atropelo.
Só uma saia justa.

As estórias são tão bem contadas e musicadas, que na canção MEDO num dos espetáculos, teve algumas crianças perto da cabine de som gritando para os pais que queriam ir embora, pois estava realmente com medo.
Me diverti.
Trabalhar se divertindo é ótimo!
Mesmo com uma estrutura enxuta, o espetáculo é muito bem feito.
E falei para todos, que por mim, os meus dois amigos técnicos (Gera e Evangelista) não fariam mais o som do espetáculo.
Eu ficaria no lugar tranquilamente.

Um abraço a todos.

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