sexta-feira, 5 de julho de 2024

Monitor de Jorge Du Peixe na Macuca - Foi com emoção. Muita emoção!!

 
Olá pessoal.
Hoje é quarta-feira, dia 03 de julho.
Ontem teve uma farrinha boa na casa do meu Amigo Renato Bandeira, para ver o joguinho da seleção brasileira de futebol masculino.
Para ser sincero, o jogo era só um pretexto para a gente se reunir, bebendo vinho acompanhado de moela de galinha ao molho.
Como estou com essa semana livre (infelizmente), com o próximo trabalho marcado só para o dia 11 em Garanhuns, resolvi dar uma adiantada nos textos sobre os trabalhos que fiz depois do show de Paulo Miklos em Caruaru.
Depois do show de Miklos, fiz 4 trabalhos, mais esse que vou falar hoje.
Por que vou falar só desse e pular os outros?
Porque acho que esse de Jorge Du Peixe tem assunto de sobra pra falar.
Quais foram os outros trabalhos que eu fiz antes desse?
Trabalhei nos shows da Banda Zé do Estado, Rogéria Dera e Almério, todos em Caruaru entre os dias 8 e 9 de junho.
E no dia 13 de junho operei o monitor do show Almério e Martins, que aconteceu no Teatro do Parque em Recife.
Quatro trabalhos bem legais, para não deixar de ser sincero...
Mas preferi falar sobre esse trabalho de Jorge Du Peixe no São João da Macuca, que aconteceu no dia 21 de junho na Fazenda Macuca, no município de Correntes, que fica a 45 minutos de Garanhuns, interior de Pernambuco.


Tenho certeza que vocês vão entender a razão de eu ter escolhido esse trabalho para falar...
Esse evento já é famoso.
Só é ruim o acesso.
Mesmo assim, muita gente de Recife se desloca até lá para ver os shows, mesmo sendo bem distante e com problemas para hospedagem.
Nosso hotel era em Garanhuns.
O ideal era a gente ter seguido para a Fazenda Macuca logo pela manhã, mas isso não foi possível por causa do horário que Jorge e a banda iriam chegar no aeroporto de Recife, vindos de São Paulo.
A van da técnica estava para sair do aeroporto às 12h40.

Fiquei aguardando num posto de combustível que fica no trajeto do aeroporto para a BR 232, que é o caminho normal para chegar a Correntes ou Garanhuns.
Esse posto é um dos locais aonde eu aguardo os transportes que vão pegar a BR 232, pois moro bem perto do início dessa BR.
Dependendo de onde a van vai sair de Recife, tenho outros pontos para aguardar, bem próximos a minha residência.
Sempre chego no local meia hora antes da saída da van do ponto inicial.
Foi o que fiz nesse trabalho. Cheguei bem antes da van sair do aeroporto.
Parte dos instrumentos seguiriam na van da técnica, onde iríamos adiantar tudo no local para passar o som.
Ahhh. Nem era uma van da técnica.
Eu, Adriano Duprat (PA), e Chappa (Roadie) iríamos para Correntes numa Spin.
Como estávamos levando parte dos instrumentos, ficou um pouco apertadinho, mas deu pra ir legal.
Jorge e banda iriam direto para o hotel em Garanhuns, e chegariam depois no local.
Só que...
Teve um probleminha na restituição das bagagens do pessoal no aeroporto!
E isso causou um atraso de quase uma hora na nossa saída.
De Recife para Correntes, é aproximadamente 4h de viagem.
Nas nossas contas, iríamos chegar um pouco depois das 16h na Fazenda Macuca.
Como falei antes, o normal seria a gente sair pela manhã, mas não tinha como!
Não adianta chorar o vinho derramado, né?
Seguimos pela BR 232 para Correntes, já fazendo umas contas de horas, quando a coisa complicou de vez!
Um engarrafamento absurdo.
A gente achou que seria o velho engarrafamento que acontece sempre na época do São João, com o pessoal de Recife indo para Caruaru, Gravatá, Arcoverde, e outras cidades do interior onde tem excelentes festas juninas.
Mas o problema era maior!
E isso causou um problema muito maior no nosso horário de chegada no loca do show.
Aconteceu um acidente grave na BR, dificultando a passagem dos veículos, pois até carro capotado tinha na pista.
Logicamente, a gente só viu isso quando passou pelo ponto do acidente.
Foi tanto tempo nesse engarrafamento, que nem sei o tempo exato.
Para resumir... Era pra gente chegar na Fazenda Macuca perto das 16h30...
Só paramos na estrada para ir no banheiro e pegar umas coxinhas pra ir comendo no carro.
E quando a gente começou a descarregar os instrumentos no local, o relógio já passava das 19h30!
Complicou... E muito!
A produção do evento ainda cogitou da gente não passar o som, mas conseguimos reverter isso, explicando que era de suma importância esse soundcheck antes.
Segui direto para o palco levando alguns instrumentos, já para passar minha cena para dentro da mesa X32 da Behringer.
Montei essa cena em casa dias antes, quando recebemos o "contra rider" da produção do evento informando qual seria o material disponibilizado.
E no documento estava escrito que seriam duas X32 para fazer o som do evento.
Rider técnico... Ainda vou falar sobre esse assunto aqui no Blog... Já tenho até o título da postagem... Mas vou fazer uma postagem exclusiva para o assunto.
Vamos voltar para o palco.
Quando subi e olhei para a mesa de monitor coberta, já deu para notar que não era uma X32!
Muito grande pra ser, pensei na hora...
E não era mesmo.
Uma M7CL da Yamaha estava no lugar.
Ahhhh! Quando passei pela house mix, já tinha visto que não era uma X32.
Ou seja... As duas mesas de som eram diferentes do que estava no documento enviado pela produção do evento.
No PA colocaram uma Venue, só não lembro se era uma MixRack ou SC48.
Eram melhores?
Eram. As duas que estavam no local eram bem melhores que a X32, só que...
A cena que eu fiz em casa, adiantando várias coisas, como a pré-equalização dos canais, e o envio de vários sinais para várias vias, não iria mais servir para o trabalho.
Eu  tinha que fazer tudo do zero!
Mais uma vez, não iria adiantar chorar pelo vinho derramado!
Não tínhamos tempo para chorar.
Fui conectar meu iPad para ajudar no trabalho, e depois eu iria fazer os ajustes na mesa.
Quem disse que a conexão do iPad via rede funcionou???
Tentei duas vezes e nada!
Adriano ainda colocou o sistema dele (roteador e iPad), e aconteceu a mesma coisa.
Nada!
Algum problema na placa de rede da mesa.
Esquece! Falei para Adriano.
Vai sem iPad mesmo.
Showtime.
Coloquei a fita crepe na mesa, escrevi os nomes dos canais na fita, e fui fazer um ajuste prévio desses canais, enquanto o pessoal ligava as coisas no palco.
Como não iria usar o iPad, nem coloquei o nome desses canais na memória interna da mesa, usei só na fita crepe mesmo.
Todos na banda iriam usar monitores de chão, o que complicava mais a situação, porque eu teria que dar uma escutada em todas as caixas.
E tempo para isso? Já estávamos na correria, e a banda já estava vindo para o local.
Só Jorge Du Peixe iria usar in-ear, mas também usaria duas caixas.
Adriano, já sabendo que o monitor é bem mais "melindroso" do que o PA, me ajudou no palco na montagem, ligação e alinhamento dos monitores e side.
Combinamos para a banda sair do hotel em Garanhuns quando estávamos chegando no local do show.
Era o tempo para a gente ajustar as coisas no palco.
Quando procurei pelo sistema de in-ear no palco... Cadê???
Oxe. Agora lascou de vez.
Perguntei para o técnico da empresa de som pelo equipamento, e ele me falou que não tinha sistema de in-ear.
Passei a informação para Adriano, que foi ele quem fez essa produção técnica com a produção do evento, e descobrimos que o sistema estava com o diretor de palco!
Que alívio...
E a correria no palco continuava.
Quando o palco ficou mais ou menos estabilizado, Adriano correu para o PA, pra fazer seus ajustes.
Os músicos chegaram e começamos o soundcheck, também na correria.
Não tinha como ser de outro jeito.
Os ajustes que eu fiz na mesa logo que cheguei no palco, ajudaram bastante.
A guitarra que estava mono no nosso rider, virou estéreo...
Como não tinha como colocar o outro canal ao lado do canal da guitarra mono, liguei esses dois canais no final de tudo, e avisei Adriano.
E seguimos com o soundcheck...
Uma das percussionistas não estava se escutando bem, principalmente porque a única caixa de monitor ficou numa distância que não era a ideal, por falta de espaço no palco.
Mas resolvemos bem isso, colocando uma via com fio de fone para ela.
Ainda pensei em colocar outra via de fone para a outra percussionista, mas como ela não falou nada, segui em frente.
Mesmo na correria, chegamos num 
Hoje já é sexta-feira.
Já era para eu ter finalizado o texto.
Estava indo bem até parar para ver o jogo Alemanha e Espanha, para saber quem iria para a semifinal da Eurocopa.
Quase não consigo ir ao banheiro fazer xixi, de tão corrido que estava o jogo.
Uma verdadeira aula de como se joga futebol.
Acho que vamos passar por no mínimo duas Copas do Mundo sem conseguir ser campeão.
Essa é minha previsão, observando vários jogos da UEFA e agora a Eurocopa.
Está passando agora França e Portugal, mas não chega aos pés do jogo onde Toni Kroos se aposentou.
Ele participou daquele 7x1, onde fez dois gols no nosso Brasil.
Vou terminar essa postagem hoje de todo jeito, porque amanhã vou para Caruaru, socializar com os amigos num aniversário...
Continuando o texto, deixa ver onde parei.
Ahh, ok.
Mesmo na correria, chegamos num ponto mínimo de conforto para todos, sabendo que o resto a gente arrumaria durante o show.
Quando pegamos a van para ir ao hotel, já passava das 23h!!!!!!!!!!
O público que chegou cedinho no evento já estava curtindo o soundcheck, uma prévia do que seria o show Baião Granfino, onde Du Peixe canta músicas de Luiz Gonzaga, logicamente com arranjos atualizados e/ou pessoais.

Seguimos para o hotel, mas só deu tempo de tomar um banho e esticar as pernas por alguns minutos.
Acho que não chegamos a passar uma hora e meia no hotel.
Voltamos para a Fazenda Macuca.
Não esqueçam que do hotel que ficava em Garanhuns até a fazenda, era no mínimo 45 minutos de viagem.
Já chegamos no local indo direto para o palco ligar nossas coisas, pois o show anterior já tinha acabado.
Depois de tudo ligado e checado, que foi bem rápido, o show começou.

E a gente teve a certeza que foi muito importante fazer o soundcheck, porque não passamos por agonias durante todo o show.
Tudo estava bem estabilizado, e o show fluiu muito bem.
Pedidos normais nos monitores, comum na maioria dos shows.
Merecia até uma comemoração depois do show, mas quando chegamos de volta ao hotel, já era bem tarde, e alguns músicos só iriam tomar banho e seguiriam para o aeroporto em Recife.
Se não me falha a memória, essa primeira turma voltou no carro que trouxe a equipe técnica.
A van sairia um pouco mais tarde, logo depois do café da manhã.
Mesmo assim, só conseguimos dar um pequeno cochilo, que não chegou perto de uma hora e trinta minutos!
Eu e Adriano iríamos trabalhar nesse dia no show de Siba e A Fuloresta em Arcoverde, e combinamos com a produção de Siba que a gente iria esperar essa van no meio do caminho.
Descemos no ponto combinado perto das 9h da manhã, que era um restaurante em Gravatá, e aguardamos.
O combinado era essa van passar por lá um pouco depois do meio-dia.
Aguardamos bem!
Estava me sentindo um "jovem" técnico. Naquelas correrias da juventude... Onde dormir não era tão importante
A van de Siba também pegou engarrafamento na BR 232, e só conseguiu chegar no restaurante um pouco depois das 15h!!!
Aí...
Aí é uma outra história, né?
Que provavelmente vou falar aqui no Blog.
Hoje a postagem foi para mostrar como o show de Jorge Du Peixe na Macuca foi com emoção.
Muita emoção!
Tou mentindo?
Um abraço a todos.

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