segunda-feira, 29 de julho de 2024

Siba e A Fuloresta no Alto do Cruzeiro - Melhoraram os equipamentos, mas...

Olá pessoal.
Vixe!
Fui ver a última postagem aqui e vi que foi sobre o trabalho de monitor no show de Jorge Du Peixe na Macuca, no dia 21 de junho!
De lá pra cá (29/07/2024), participei de mais 10 shows!!
Não devo escrever sobre todos eles, e pensei até em pular esse de Siba e A Fuloresta, que aconteceu no dia posterior ao do show na Macuca, mas tenho que deixar registrado aqui como foi no famoso palco do Alto do Cruzeiro em Arcoverde.
Falei para a produtora de Siba, que só aceitei o convite por causa da turma.
Se fosse uma banda que eu não tivesse afinidade, eu não aceitaria, pois fiquei traumatizado com esse palco em Arcoverde, e estava decidido a não voltar mais, pois acho um desrespeito o que acontece por lá.
Não vou falar novamente sobre o que passei antes, vou só comentar sobre essa minha volta com Siba e A Fuloresta.
E vou tentar não falar muito...
A aventura maior foi para chegar lá.
Mas fora essa aventura, teve o risco! Que vou explicar.
Dormimos quase nada após o show de Jorge Du Peixe, e marcamos com a produção de Siba para a gente esperar a van no meio da BR232.
Chegamos ao local marcado perto das 9h da manhã, e a previsão era para a gente embarcar na van de Siba por volta do meio-dia...
Falei no plural (dormimos, chegamos) porque era eu e Adriano Duprat para fazer o show de Siba e A Fuloresta em Arcoverde.
Sentamos numa lanchonete e aguardamos a van.
Não demorou muito para a gente receber o aviso que a van iria atrasar, principalmente por causa de mais um engarrafamento na BR232.
Sabendo disso, já passamos para o restaurante que ficava ao lado da lanchonete, que já sabíamos que teríamos que almoçar onde estávamos.
Para resumir... Quando a gente subiu na van com a turma de Siba, o relógio já passava das 15h!!!!
Ainda tentei cochilar na van durante a viagem para Arcoverde, mas foram poucos momentos.
Diferente de Adriano, que parecia uma pedra durante quase todo o trajeto.
Por causa desse atraso, a gente foi direto para o palco!
Foi decidido que a gente não iria passar o som.
Seria ligar tudo na hora, fazer um linecheck já levantando os canais nos monitores e no PA.
Com esse show é mais tranquilo, porque não tem bateria, baixo, guitarra, teclados, samplers, computadores...
São quatro metais (sax, trombone, trompete e tuba), uma caixa, um ganzá e três bombos.
A voz de Siba e mais dois vocais.
A monitoração é bem simples também.
Dois músicos e Siba usam fones.
Só preciso colocar uma via com dois monitores para os metais, uma via para a tuba com uma caixa, e outra via com uma caixa para o músico que toca os dois bombos (maracatu e ciranda).
O terceiro bombo fica com Siba, onde só entra em algumas músicas e não precisa enviar para nenhum monitor.

Quando cheguei no palco, fui ver a quantidade e qualidade dos monitores e do side.
Já sabia que era uma M7CL no monitor.
E vi que ela estava muito bem conservada, sem os famosos faders "loucos", o que já era um bom sinal.
De cara, já pude notar que os equipamentos eram bem melhores do que os do ano anterior.
Já fiquei animado!
Mas antes de ver esses detalhes dos equipamentos, já notamos que o palco estava MAIS UMA VEZ vazando corrente elétrica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O próprio técnico da empresa de som me mostrou, encostando a chave teste dele nas estruturas de ferro do palco.
Inacreditável!!!
O problema de vazamento de energia no palco continuava, mesmo depois de 365 dias de intervalo entre os dois eventos!!
Não tive problemas para posicionar e ligar tudo no palco na nossa hora.
A equipe da empresa de som foi muito importante para isso.
O que eu combinei com o técnico na hora que eu cheguei lá, foi feito sem problema algum.
Principalmente porque o que eu combinei era bem simples!
Tudo chegou no lugar certo, tanto input quanto output.
Eu ia passando os canais no palco e enviando para as vias, e Adriano ia fazendo o mesmo no PA.
Tudo massa!!
E o show foi massa!

Só fiquei ligado para não tocar na mesa de som e na estrutura do palco ao mesmo tempo, para não correr risco com choques elétricos.
Mas é muito difícil não fazer isso na correria de uma show.
Devo ter feito esse contato duplo, mas não levei choques.
Adriano não teve a mesma sorte lá na frente.
Me falou depois que levou vários choques durante o show, quando tocava nos faders e era tocado por pessoas que estavam ao redor da mesa de som.
Dos males, o menor... Foram choques leves! (Se serve de consolo, né?)
Um dia desses, um colega meu que fez direção de palco no FIG, me falou pelo WhatsApp que eu reclamava muito, e que nada estava bom para mim.
Isso porque eu estava querendo saber a relação dos equipamentos do palco dele, um dia antes dos dois shows que eu iria fazer nesse palco em Garanhuns.
UM DIA ANTES DO EVENTO!!!!!
Fui fazer os shows sem receber um documento oficial do FIG com a relação dos equipamentos!
Respondi que não tinha como eu não reclamar de uma dessa situação, e que minha reclamação era sempre pra tentar melhorar o evento.
Dificilmente ele falou a mesma coisa para o técnico de Roupa Nova, mas aí já é outro assunto...
Ainda falei que ele não iria ver eu reclamando dos trabalhos que faço (por exemplo) nos SESC de São Paulo, pois tudo é impecável!
Ou no Teatro do Parque... Que mesmo com limitações, a "coisa" funciona.
Nesse sábado que passou (27/07), fiz o monitor de Filipe Catto no Festival TendaLab em Vitória (ES).
Pergunta se eu vou reclamar de algo desse festival? Não tenho motivos para isso!
Ahhh, ok... Não tinha vinho tinto no camarim, só Rosé. (Risos)
"Me poupe, né?"
Show de bola! Me lembrei dos festivais na Europa com Silvério Pessoa.
Parabéns aos que fazem o TendaLab.
(Viram que não reclamo de tudo?)
A turma daqui tá pecando no básico!!!!!!!!
Não precisa ter vinho tinto no camarim. Só estou perguntando pelo básico!!!!!!
A turma do palco em Arcoverde fez o básico, e só esse básico ajudou muito no resultado final, que era o show.
Os equipamentos e mão de obra estavam melhores. Fato.
Mas a turma responsável pelo aterramento do palco, mais uma vez, não fez o básico!
E o que é pior... Esse básico que está faltando nesse palco, e que já dura um bom tempo, pode causar mortes!
Pode me chamar de chato, que reclamo de tudo sempre, mas não vou deixar de "mostrar" esses fatos, que podem até matar pessoas!
Pelo menos no palco do FIG não tinha vazamento de energia na estrutura.
Isso é básico!!!
E reclamar pela falta do básico chega a cansar...

Que bom, que mesmo com os atropelos, o show de Siba e A Fuloresta foi um sucesso, mesmo com Adriano levando choques para fazer o som do PA.
Meu medo é a turma não querer mais passar o som.
E isso já está acontecendo.
Sempre fui a favor de passar som, mas...
Nesse caso aqui, a gente só correu risco de choques uma vez, né?
Já estou começando a achar que os artistas e bandas tem razão em não passar som em determinados eventos.
Não usei a palavra "eletrocutado" pra não ficar pesado demais, mas ela caberia tranquilamente nesse  texto.
Um abraço a todos!

PS: Como foi correria, não tirei fotos desse show em Arcoverde. As que tem aqui na postagem foram retiradas do único vídeo que eu fiz, quando o show já estava estabilizado.

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