segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Dica dos Amigos 028 - Como criar uma cena offline para a mesa PreSonus 32R.

 
Olá pessoal.
Fiz uns trabalhos recentemente usando a mesa 32R da PreSonus.
Ela não tem um editor offline para PC ou Mac, como as mesas da Yamaha.
Tudo é feito no iPad.
E eu achava que poderia fazer uma cena diretamente no iPad, como faço para a mesa da Mackie DL32R.
Mas quando fui tentar fazer essa cena no iPad, não consegui.
Acabei montando a cena na hora do soundcheck.
Aproveitei o caso, e liguei para meu amigo Moisés, que usa muito a mesa PreSonus.
Ele me falou que não lembrava se isso era possível, mas disse que iria dar uma olhada para ver se encontrava um caminho.
Ele encontrou o caminho e fez o vídeo explicando.
E dentro desse vídeo tem uma outra dica muiiiiiiiito importante, que é a escolha de Pre1 e Pre2 para as vias de monitor, onde na opção Pre1 a equalização dos canais não vai para as vias!!!!!!
Só descobri isso no segundo show que fui fazer com a mesa!!!! :(
Segue abaixo o vídeo com a explicação de Moisés, que coloquei também no meu canal do YouTube.


Obrigado Moisés.
E sempre que tiver mais dicas da PreSonus, é só me mandar, que vou colocar aqui no Blog.
Segue o link do canal de Moisés no YouTube:
https://www.youtube.com/@Oprofetamusic
Um abraço a todos.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Mudança de Palco 128 - Gratidão. Respeito muito essa palavra.

 
Foto by https://titividal.com.br

Olá pessoal.
Nem sei se consigo acabar esse texto hoje, quarta-feira (25/09).
Vou tentar finalizar, pra o texto ficar "fresquinho".
Já arrumei as cenas de 2 dos 3 shows desse fim de semana, e estou vendo um joguinho da Libertadores.
Logicamente... Com Vin Rouge.
Vou operar o monitor do show de Lula Queiroga amanhã em Recife, e faço mais dois trabalhos com Filipe Catto, sendo um em Olinda e o outro em João Pessoa, operando o som do PA e monitor.
Show intimista, voz e violão...
Qualquer dia desses faço um texto falando sobre esse assunto sobre operar PA e monitor ao mesmo tempo.
Hoje é sobre uma palavra que me apareceu aqui na mente, enquanto arrumava minha agenda de trabalhos.
Depois de passar por uma pandemia, onde perdi amigos, e como não podia trabalhar porque os eventos foram totalmente vetados, fui ajudar um amigo que estava inaugurando uma lanchonete.
Acabei me transformado no gerente, porque a mãe desse meu amigo estava internada com problemas graves de saúde.
Me tornei o Rei do caldo de cana e pastel.
E escrevi sobre isso aqui no Blog.
Só procurar.
A vida é um aprendizado.
E para mim que sou ateu, tem um fim.
Para quem não é ateu, tem várias fases.
Pois bem...
Como acho que tem um fim, não me canso em agradecer às pessoas que fizeram algo por mim, ou por outros.
Para não estender o texto, vou falar só sobre minha pessoa.
Gratidão é uma das palavras que mais idolatro, e pratico!
No final desse texto falo qual a palavra que eu acho que é a mais importante na minha vida.
Não vejo muito sentido nas outras palavras sem pensar nessa palavra que está no topo da minha lista.
Esse texto de hoje é para falar de Gratidão.
Não vou me cansar em agradecer a todos que, direta ou indiretamente, me ajudaram, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
Hoje vou ficar só com a parte profissional, mesmo eu falando sobre pessoas.
Não é fácil sobreviver de uma profissão, que ainda nem é considerada de verdade uma profissão.
Dificilmente encontramos as opções "operador de áudio ou técnico de som" quando vamos fazer um cadastro.
E não tem como eu não agradecer a várias pessoas que me ajudaram e ainda ajudam para eu trabalhar.
Começando com Yoran Júnior, meu sobrinho.
Meu apelido é por causa da turma dele do Colégio Nóbrega!
Nem lembro quantos anos eu tinha nessa época...
Ele foi o primeiro a me ajudar, quando aceitou minha proposta para eu ir ajudá-lo na Boate Over Point.
Rogério Amorim, o proprietário mais ativo da Boate é o segundo nome da minha lista.
Nunca vou me esquecer dele, onde fiz até postagem aqui no Blog só pra Ele.
Sempre me apoiou durante todo o tempo que fiquei na Boate, onde comecei e encerrei minha carreira de Discotecário (hoje DJ).
Depois apareceu Tovinho, meu irmão, que me levou para o Estúdio Estação do Som, onde tive os primeiros contatos com gravações de bandas, e com gravações digitais no computador, usando mouse!
Foi Ele que me colocou nos shows ao vivo, me forçando a fazer o monitor da Banda Versão Brasileira, sem eu ter muita noção do que seria fazer o monitor de uma banda num palco com equipamentos profissionais.
O básico eu já sabia por causa dos trabalhos com a música ao vivo na Over Point.
Mas a distância entre esses dois palcos era gigantesca!!!!
Segui em frente.
Mais na frente, meus Amigos Rogério, Normando e Mário Jorge, sócios da PA Áudio, começaram a me colocar no Abril Pro Rock, e logo depois fui substituir um deles num show de Silvério Pessoal num Carnaval em Olinda, na frente do Mercado Eufrásio Barbosa.
Nunca mais esqueci desse dia.
Era 2004.
Depois de fazer alguns shows de Silvério Pessoa, ele me convidou para seguir com ele numa turnê pela Europa em 2005.
Passamos 110 dias rodando por lá.
Ainda voltei lá com Silvério por vários anos, acho que mais quatro ou cinco anos, onde teve ano que a gente foi e voltou duas vezes!
Silvério é mais um nome dessa minha lista de gratidão.
Comecei a fazer o monitor de Alceu Valença, por causa de Rogério, Normando e Tovinho.
Mário Jorge me indicou várias vezes para fazer Elba Ramalho.
Normando me colocou para fazer Naná Vasconcelos, onde acabei sendo seu último técnico de áudio, mesmo tendo prometido que nunca iria trabalhar com o Percussionista, depois de um contato que eu tive com ele anteriormente num festival, em que eu era o técnico de monitor do evento.
Falei sobre esse caso aqui no Blog.
Viajei um ano para Europa com Naná e Lui Coimbra.
Fui para o enterro de Juvenal, nome original de Naná Vasconcelos.
Só gratidão a Naná e Patrícia pela confiança no meu trabalho.
Tou tentando fazer um caminho cronológico para não esquecer ninguém, mas não é fácil, e muito provavelmente vou falhar.
Já vou falar da nova geração de pessoas que me ajudaram (e ainda ajudam) nessa caminhada profissional.
Meu primeiro "Menudo", Ítalo da Bizasom, onde rodei o Brasil com o SESI Bonecos.
Inesquecível.
Chamo vários colegas de Menudo, mas Ítalo é o original.
Seu pai, Bizoga, me recebeu no galpão e me mostrou as funções de uma mesa de monitor profissional.
Obrigado Biza pela paciência.
Aí vem a turma mais atual, que sempre me indica para trabalhos...
Ricardo Cruz, que sempre me ajudou quando comecei com a Versão Brasileira (me ajuda até hoje), Marcílio Moura (eterno técnico do Palhaço Chocolate), Fumato, Vini, Júnior Evangelista, Carlinhos Borges e Gera do Estúdio Carranca, onde até hoje me chamam para fazer trabalhos com eles...
São tantos nomes, que fica muito difícil falar de todos.
Muitos dessa lista acreditam mais em mim do que eu mesmo!
Vários colegas e amigos me indicam para as produções das bandas quando não podem fazer o trabalho, ou quando precisam de outro técnico para fazer o serviço, mas tem um que tem um peso grande nessas indicações.
Adriano Duprat.
Muitos dos trabalhos que faço atualmente acontecem por causa da indicação dele.
Tou quase chamando ele de "Meu Empresário".
Lógico que faço minha parte, tentando acertar sempre, tenho meu mérito, pois sei que só a indicação não garante ser chamado novamente. Eu sei.
Mas ser indicado ajuda bastante!
Abrem-se portas. 
Ou dependendo dos resultados, fecham-se portas! (Risos)
Devo muita gratidão a essa turma, que me ajuda até hoje!
Nem vou falar dos produtores das bandas e artistas que aceitaram a indicação e continuam aceitando essas indicações.
Ou dos produtores que me chamam diretamente, sem indicação.
São vários produtores e produtoras que estão na lista de gratidão, mas o texto ficaria absurdamente grande.
E nem vou falar das pessoas mais próximas que sempre me incentivam, e que nem fazem parte da profissão, pois passaria a noite toda falando aqui.
Esse texto é mais para exaltar a importância da palavra GRATIDÃO.
Gosto muito dessa palavra, e gosto de usá-la, agradecendo sempre, mas não é a primeira palavra da minha lista de importância.
Não, não é!
HONESTIDADE é a minha primeira palavra da lista.
Amor, saudade, tolerância, amizade, cumplicidade, paixão etc etc etc etc...
Para mim, sem honestidade, com você mesmo ou com outras pessoas, nenhuma palavra se encaixa direito ou tem a importância que era para ter.
Vira FAKE, uma farsa.
A pessoa finge que sente ou fez, e a outra finge que acredita.
Tanto na vida pessoal quanto na profissional.
Já vi gente falando "eu te amo" com um mês de relacionamento.
Mesmo tendo algumas amantes por fora.
Já vi gerador reserva onde só tinha a "carcaça" para isolar o ruído.
Dentro não tinha nada!!!!!
Também não vou enumerar os absurdos que já presenciei de falta de honestidade.
Algumas são até engraçadas, de tão absurdas.
Perdão aos que não agradeci hoje aqui, mas sempre vou agradecer durante minha caminhada.
Gratidão sempre!
Honestidade mais ainda!!!!
Um abraço a todos.

PS: Com certeza deixei de falar os nomes de várias pessoas que sou muito grato, mas sempre vou agradecendo pelo caminho!

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Rider Técnico - Vai virar peça de museu?

Olá pessoal.
Faz é tempo que não falo aqui, e tenho tanta coisa boa pra contar...
Muitos shows legais, com artistas que nunca pensei em trabalhar, como é o caso de Paulo Miklos.
Muitas surpresas legais como Filipe Catto e Rachel Reis.
Nesses três exemplos, teve a indicação do meu nome feita por Adriano Duprat, que já está quase virando meu empresário! (Risos)
Passei por várias situações nos diversos shows que aconteceram depois do show de Siba e A Fuloresta em Arcoverde, que foi o último que comentei aqui, e que aconteceu no dia 22 de junho!
Vou falar sobre alguns desses trabalhos, eu acho.
E foi pensando exatamente nesses trabalhos, no que eu poderia falar sobre eles, que apareceu uma coisa "em comum" na maioria desses shows.
O Rider Técnico!!!!
Ou... Como o rider técnico está ficando obsoleto!
Como esse Blog foi criado pensando em leitores que não fazem parte dos shows e eventos, vou fazer uma pequena explicação.
Rider técnico é um documento onde estão todas as necessidades técnicas do artista e/ou banda para a realização de um show.
Esse documento é enviado para as produções dos eventos, ou para os contratantes.
Basicamente, esse documento é composto por 3 partes.
1- Relação dos equipamentos: Informamos as nossas necessidades e preferências, como mesas de som, amplificadores de instrumentos, monitores, sistemas de PA, in-ears etc.

2 - Relação dos canais de entrada e saída: Como deve ser ligado cada instrumento e voz, mostrando quais os microfones preferidos, e como deve ser ligado as vias de monitores, com caixas ou com in-ears.



3 - Mapa de palco: Basicamente, informamos o posicionamento de cada músico no palco com seus respectivos monitores.

Ainda tem o Mapa de Luz, que vai só em alguns riders.
Pois bem...
Foram muitos shows legais depois do show de Siba em Arcoverde, com resultados muito legais (na grande maioria) na parte técnica.
Isadora Melo, Maestro Spok e Orquestra Forrobodó, Mestre Ambrósio, Otto, Almério, Lirinha, mais um Siba e A Fuloresta, Rachel Reis, Filipe Catto, Duo Repercuti, Academia da Berlinda, Del Rey, mais um show de Otto e mais dois de Filipe Catto, Almério & Martins, e para finalizar, um show de Paulo Miklos no dia 24/08.
Vários trabalhos, com vários estilos musicais.
Muito legal poder caminhar entre vários tipos de shows.
Estou ainda pensando o que comentar sobre alguns desses trabalhos.
E foi justamente enquanto estava pensando sobre isso que surgiu o problema do Rider Técnico.
Já se foi o tempo em que os contratantes seguiam à risca o rider técnico.
Isso acontece hoje em dia somente com grandes nomes da nossa música, como um Djavan, Ney Matogrosso, Marisa Monte, Maria Bethânia...
É que nem jogador de futebol ganhando milhões.
Tem. Mas a maioria dos jogadores (Séries A, B, C e D) ganham infinitamente menos!
O que está acontecendo hoje em dia com relação ao rider técnico?
Antigamente, principalmente em festivais, onde (por exemplo) seis bandas iriam tocar no mesmo palco, todos os riders eram observados.
Qual o maior número de canais entre as bandas? 48. Ok, então não pode ser uma mesa de 32, tem que ser uma com 48 canais, no mínimo.
Qual o maior número de monitores? 20. Ok, então não podemos colocar só 6, tem que ter no mínimo vinte.
Tem banda que solicita in-ears? Tem, várias. Qual o maior número? Seis.
Ok, no mínimo seis sistemas de in-ears... E por aí vai.
Ou ia!!!!
Não é mais assim, principalmente em shows e eventos feitos por prefeitura e governo.
Mas em shows privados também acontece isso, viu?
Hoje o documento mais utilizado nos eventos é o CONTRA RIDER.
Documento enviado pelo contratante ou pela produção do evento, depois que eles recebem nosso rider.
Esse documento informa quais os equipamentos que estarão disponíveis no evento.
Aí começa a negociação, que muitas vezes é muito mais desgastante do que o trabalho de passar o som e fazer o show!!!
Agora o artista ou banda tem que se adaptar ao que vai ter no evento, e não o contrário.
Precisa de 4 sistemas de in-ear? Não tem. Ou o artista leva ou faz com caixa de monitor.
Ok, faço com caixa de monitor. Preciso de 8. Não tem. Só tem 6. E por aí vai...
Tá assim.
E ainda está pior!!!
Preciso de 6 in-ears. Só temos 4. Ok, vou usar os seus e coloco monitores para os outros músicos.
Quando chegamos no local, dos quatro in-ears que ele falou, só tem dois funcionando.
Passei por várias situações de equipamentos com defeitos, e alguns com defeitos gravíssimos, que poderiam causar danos sérios e irreversíveis na audição do músico, que estava usando in-ear.
Foi mesa com graves problemas nos faders e que aparecia um ruído ensurdecedor na volta de dois efeitos, onde tive que sair eliminando essas voltas, mas fiquei desesperado para o mesmo problema não acontecer no único efeito que estava usando, que estava indo para os ouvidos da cantora.
Como não rezo, fiquei torcendo desesperadamente.
Peguei alguns microfones sem fio com problemas, onde um deles parou de funcionar antes da metade do show, e o microfone reserva falhava com o vento.
Quem me salvou nesse dia foi um amigo que estava com o material dele alugando in-ear para um artista, e tinha microfone sem fio.
Ele "emprestou" o sistema de microfone sem fio dele!!!!
Vi os técnicos de Lenine desesperados, tentando ajustar os in-ears no palco, e depois de muita luta, desistiram, e resolveram usar o que eles levaram para emergências.
Dos 8 sistemas disponibilizados pelo evento, nesse dia só 4 estavam "mais ou menos" estabilizados.
Eu só iria usar dois!!!!!!! Foi minha salvação.
Tem quantos monitores no palco? 6. Ok.
Só quando vou passar o som, vejo que 4 estão falando parecido. Um está falando completamente diferente, e o monitor 6 está com o drive (médio/agudo) queimado!
Aí meu colega do FIG fica arretado que eu reclamo muito.
Oxe. O básico não está sendo feito.
Além do rider técnico do artista não ter muita importância hoje em dia, o que é disponibilizado pelos contratantes não está funcionando direito.
Fiz um trabalho num teatro onde a mesa estava com problemas sérios (a que falei acima), o microfone sem fio estava com problema na cápsula, que parecia estar solta, o amplificador de baixo não aguentava o serviço, e um dos lados do PA parava o tempo todo!
Esse trabalho foi o mais desesperador.
Aconteceu o show? Aconteceu. E foi massa!
Já postei até vídeo!!!
Mas ninguém sabe o que aconteceu antes e na hora do show!!!!
Sabem agora.
Ahhh, o produtor da artista também sabe, pois ele estava perto do rapaz que desligava o lado do PA quando ele parava, pois quando reiniciava, ele voltava funcionando normalmente.
Não sei quanto ao microfone, mas o responsável pelo sistema de som tinha conhecimento dos problemas na mesa e no PA, mas não me falou nada.
Fui descobrindo durante o soundcheck!
Fiquei muito triste com a atitude dele.
A parte boa, se é que posso falar isso, é que fui pulando as fogueiras e os shows foram acontecendo.
Mas não deveria ser desse jeito!
Não só eu pulei a fogueira, os outros técnicos dos artistas que estavam comigo também pularam.
Não esqueçam de Adriano Duprat levando choque na House Mix em Arcoverde, viu?
Luciana Raposo operando a luz de um show, que só chegou AC para a luz, 1h depois da hora marcada para esse show começar!!!! Eu estava no monitor desse show de Otto no FIG, enquanto ela tentava na agonia operar a luz do show no palco, porque não conseguiram enviar o sinal para ela controlar tudo lá na House Mix!!!
Peguei mesa digital no PA que não podia tocar no fader do Máster (L/R) que cortava completamente o som!
Parecia mesa analógica.
E vários faders dos canais também estavam com "vontade própria", eu não podia mudar a página porque corria o risco de alguns subirem ou descerem abruptamente!
Do palco em Arcoverde dando choque eu já falei antes, nem vou repetir.
Microfones com defeitos ou falsificados?
Vixe! Tem muitos na estrada.
Já ando com o meu SM58 para mostrar ao técnico da empresa a diferença quando encontro um ruim no palco, ou para usar em alguma voz.
Já usei várias vezes meu microfone na voz principal!

Kit Emergencial para fazer monitor. (Tem mais ainda!)
Estou até marcando os microfones depois do soundcheck, para ter a certeza que vai ser o mesmo na hora do show.
Normalmente, esses microfones são usados para outras bandas, sem nenhum tipo de marcação, e não voltam para o mesmo lugar na hora do meu show.
Por isso estou fazendo ultimamente essas marcações nos microfones, como faço em todos as caixas de monitor.
Você passa o som com um SM58 original, e volta um falsificado ou de outra marca e modelo na hora do show!
A mesma coisa acontece na maioria das vezes com as caixas de monitor. Marco todas também.
Mais um detalhe...
Por causa dos preços das viagens aéreas, cada dia fica mais difícil ($$) para as bandas levarem seus instrumentos, principalmente os instrumentos percussivos, onde as ferragens são muito pesadas.
Essas ferragens são solicitadas nos riders, incluindo até uma bateria completa, e se torna mais um detalhe não tão simples para ser ajustado com as produções dos eventos.
Tudo está no rider, mas isso não quer dizer mais muita coisa hoje em dia, pelo o que estou notando.
Tudo bem... Existem exageros em alguns riders, isso eu também sei.
Mas estou usando como referência pedidos básicos.
Eu já não acho básico solicitar bateria e percussão completa, só falei que em muitos riders isso é solicitado, e mostrei a razão principal, que seria o preço das viagens aéreas.
Hoje em dia, muitas vezes montam as estruturas primeiro, e depois contratam os artistas.
Só que a estrutura montada foi feita para apresentações simples, e não para uma banda complexa, com quase 40 canais de instrumentos e vozes, e que fora os 4 in-ears, usam 10 monitores de chão!
Montam para um trio pé de serra, e colocam Nação Zumbi para tocar!!
Tem uma frase ótima que gosto de usar: "Não me venha com orçamento de Jaspion, para fazer um filme de Spielberg."

Com certeza, não vai dar certo!
Acho que não está dando, e o que é pior... Está piorando.
Depois da pandemia, a "coisa desandou".
E pelo que vejo, vai demorar um pouco para a turma deixar de colocar a culpa da falta de manutenção dos equipamentos ou das estruturas precárias na COVID.
Espero estar errado.
Como falei lá no começo do texto, mesmo com os obstáculos que apareceram numa boa parte dos trabalhos que eu fiz nesses três meses, a equipe técnica do artista conseguiu amenizar os danos, e os shows aconteceram.
Encontrei várias equipes técnicas dos eventos querendo fazer todo o possível para que tudo saísse perfeito no show.
Mas com a falta de equipamentos e/ou com equipamentos com defeito, ou com estruturas precárias, não tem boa vontade que resolva.
Não acham?
Aí, mais uma vez eu pergunto: --- O rider técnico vai mesmo virar uma peça de museu?
Pelo menos aqui na nossa região?
Espero, de coração, que isso não aconteça.
Um abraço a todos.

domingo, 1 de setembro de 2024

Mudança de Palco 127 - Eu acho que é impossível!

 
Olá pessoal.
Cinquenta e oito anos...
É tempo, viu?
Mas cheguei.
E estou lembrando de Tereza aqui... (Explico depois)
Cada ano que passava na minha vida, quando eu realmente tinha noção das coisas, sempre percebi uma coisa.
Dificilmente, um vereador, deputado estadual e/ou federal, prefeito, senador, governador ou presidente, vai assumir que não tem competência para resolver um problema sério, seja ele causado por ação climática, ação do homem ou ação criminosa.
Ou seja... Quase todos, né?
É impossível!!!!
Sempre tem uma desculpa, como percentuais (números que eles falam quase sem respirar), que já melhoraram algo, ou que os problemas não podem ser resolvidos porque são provocados pelo clima ou por homens criminosos, ou quando não tem mais como explicar ou justificar, falam que é simplesmente "perseguição política"!!!!
Escuto essas desculpas, de todos os políticos, de todos os partidos, desde que me entendo de gente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tenho, repito, 58 anos!!!!
Enquanto a paixão estiver em primeiro plano na política, futebol e religião, vai ser isso mesmo que estamos vendo aí (pelo mundo!), e vai piorar, sempre!
Infelizmente.
Nem sei se Tereza iria falar isso, principalmente porque sempre foi religiosa.
Futebol eu acho que ela nem ligava! Política? Convivia com vários, mas não acho que ela levava à sério a "turma".
Décadas atrás, eu estava gravando uma locução (longa) de um político na Estação do Som para divulgação em carro de som.
Ao final da gravação, o tal político me perguntou: --- E aí? O que achou?
Respondi que estava tudo certo com a gravação, que não iria precisar editar nada, que nem teve "pufs" durante a fala dele.
(Pufs = Efeitos indesejáveis numa gravação por causa da aproximação do locutor no microfone, causadas pelo ar expelido pela voz batendo no microfone.)
Ele insistiu, e perguntou o que eu tinha achado do que ele falou, e não da parte técnica.
Depois que ele insistiu muito por uma opinião pessoal, falei:
--- O que você falou, eu escuto desde que sou criança! Entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
Vocês falam as mesmas coisas!!!!
Ele ainda insistiu, e perguntou por que eu achava isso.
Depois de enumerar vários escândalos políticos, ele disse: --- Ok, entendo.
Foi quase um orgasmo.
Pra mim, não para o tal político, que nunca está acostumado a ouvir verdades.
Te amo Tereza.
Acho que aprendi isso com você!
Um abraço a todos.

PS: Essa dificuldade em assumir erros ou defeitos está em todas as classes profissionais, mas na classe política é ABSURDA!