sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Operando o PA do show de Otto no RECn'Play - GO não!!! Vixe, me lasquei.

 
Olá pessoal.
O final de semana que passou foi bem "puxado" para o rapaz que está escrevendo esse texto para vocês.
Teve esse show de Otto na quinta (16/10) no REC'nPlay, O Teatro Mágico na sexta na Concha Acústica da UFPE, e no sábado finalizei com Academia da Berlinda e Cordel do Fogo Encantado, também no REC'nPlay, mas em outro palco.
Só no show de Otto operei o som do PA, nos outros três trabalhos operei o som do monitor.
Muita gente acha que o trabalho do operador de áudio (técnico de som, como queiram chamar) só acontece no dia do show, mas isso é um engano absurdo!
Normalmente, já estamos fazendo alguma coisa uma semana antes, ou até mais que isso.
Chamamos isso de "pré produção".
Essa função existe, e já é assumida por uma pessoa que não é o técnico que vai operar o som do show, tanto no PA como no monitor.
Existe um produtor (ou diretor) técnico, que recebe por isso, e é responsável por fazer o contato antecipadamente com a produção do evento e/ou com o responsável técnico do evento, para acertar todos os detalhes técnicos do show do seu artista.
Ele só faz isso, não opera o som do show.
Pode até operar, se for acertado antes, mas recebe dois cachês.
Aqui na região isso ainda é bem difícil de acontecer, onde a função do diretor técnico está "embutida" no cachê do operador.
Mas estamos tentando mudar isso.
E isso não é o assunto de hoje.
Uma semana antes, já fui atrás das informações técnicas dos 4 shows que eu iria fazer.
Nesse de Otto, seria a mesa Heritage-D 96HD da Midas no PA e a CL5 da Yamaha no monitor.
Só tive um breve contato com essa mesa da Midas, quando fui fazer uma visita ao meu amigo Monteiro no Teatro RioMar, aqui em Recife.
E nunca usei uma em algum show ou evento.
Acho que nem fui lá no teatro para ver a Heritage, mas tinha uma lá e Monteiro me mostrou os primeiros passos.
E o primeiro passo era baixar o programa, instalar no laptop e abrir uma conta no mCloud!
Pois é...
Tem que abrir essa conta.
Vou até pegar mais informações sobre isso com Monteiro, para não falar besteiras aqui, pois o contato foi tão breve que nem lembro dessa parte.
(Pausa para colher informações)
Falei com Jaksandro, Monteiro e Íkaro sobre o assunto.
Não precisa ter a conta no mCloud.
Boa notícia.
Mesmo o editor usando "Online Editor" na descrição, como mostra a foto abaixo, o usuário não precisa estar conectado na internet e nem é obrigado a ter que abrir conta no mCloud.


O editor também funciona no modo offline.
Ter essa conta, e montar a cena online, ajuda se der algum problema na entrada USB da mesa, ou se você perder o pendrive com suas cenas.
Montando ou editando suas cenas conectado à conta do mCloud, tudo fica guardado na "nuvem".
Se aparecer um desses problemas que eu falei acima, é só o usuário rotear seu sinal de internet do celular, conectar a mesa e entrar na sua conta do mCloud, baixando seu show diretamente para a mesa!
É uma boa ferramenta, né?
Mas vou mostrar como montar sua cena sem está online.
No primeiro contato com o editor, é só criar um novo usuário, seguindo os passos:
Select User > Local Users > Create a New User.


Ir na aba Local Users e clicar em Create a New User.
Coloque o nome que você quiser (com no máximo 12 caracteres) e digite uma senha (PIN) de 4 dígitos.
Foto abaixo.
Pronto. Você criou um usuário.

Clique na imagem para ampliar.
Agora você pode entrar no editor e montar suas cenas sem precisar de internet, mas sempre vai ter que fazer o "login" usando o usuário e senha que você criou.

Clique na imagem para ampliar.
Lembrando que...
Nesse modo, nada do que você estiver montando ou editando está sendo salvo na nuvem do mCloud.
Isso só será possível criando uma conta no mCloud e criando um usuário para essa conta.
Aí você decide se vai querer usar o editor online ou offline.
Como eu já tinha criado a conta no mCloud lá no Teatro RioMar, e não sabia que era possível montar cenas sem acessar a internet, foi assim que comecei a montar a cena em casa do show de Otto.

Fui achando na intuição as coisas, colocando nomes, cores nos canais, ligando os compressores e gates onde era preciso, ligando o filtro de graves (HPF), ajustando pequenas coisas na equalização...
Fiz um pouco mais do que o básico, mas não demorou muito para chegar num ponto onde eu precisava de mais informações para seguir em frente.
Fui onde?
YouTube!!!
Não demorou muito e achei um vídeo onde Jaksandro Silva, Endorser Midas Pro/Brasil, falava sobre os primeiros passos para configurar e montar uma cena de um show na HD96 da Midas.
Coloquei esse vídeo na postagem anterior, na seção Dica dos Amigos 037.


Com esse vídeo de Jaksandro, consegui criar o show, criar a cena inicial para fazer o soundcheck, e ainda salvar a cena no final de tudo, que lá o termo usado para isso é "Overwrite" (sobrescrever, gravar por cima), como mostra o vídeo abaixo.
O GO que eu dou no vídeo foi só para chamar a minha cena inicial.
Depois das mudanças, só ir usando o overwrite.


Fiquei com algumas dúvidas ainda depois que montei a cena, porque não encontrei as respostas no vídeo de Jaksandro, mas eu iria tirar essas dúvidas na empresa Selva Nua, onde marquei com West para passar meu show para a mesa e ajustar as "coisinhas", antes do dia do evento.
Consegui tirar quase todas as dúvidas lá com West, e já deixei o show na mesa, onde dentro desse show estava a cena inicial para o soundcheck.
Também transferi esse show para meu pendrive, o que é bem simples.
Você não passa só a cena para dentro da mesa. Tem que passar o SHOW.
Dias depois, ainda vasculhando a internet, encontrei outro vídeo, onde meus amigos West e Íkaro falam durante duas horas sobre a mesa.
Clique AQUI para ter acesso a esse vídeo no YouTube.


O soundcheck seria corrido, porque o palco é montado no centro da cidade (Recife), e não podemos abrir o som do PA na maior parte do tempo, para não incomodar o comércio da região.
Acho muito chato isso.
Montam os eventos onde não podemos fazer normalmente o trabalho.
Das três atrações da noite, só Otto poderia passar o som...
E mesmo assim, eu só poderia abrir o som do PA às 13h.
De 12 às 13 era montagem, e de 13 às 14h era o tempo para passar o som com o PA aberto.
Enquanto West foi almoçar, começamos a checar as coisas, para ver se estava tudo certo nas ligações.
Mas a mesa de PA estava com alguma configuração errada, e não estava reconhecendo direito o stage que estava no palco.
Adriano, que estava no monitor, veio me ajudar e conseguiu achar o problema, e hoje eu tenho quase certeza que esse conflito na conexão deve ter acontecido quando chamei meu "show" na mesa.
Nessa hora, aparece uma janela onde o usuário escolhe o que vai ser mexido ou não na mesa quando esse show for "loadeado" (carregado), como mostra a foto abaixo.

Clique na imagem para ampliar.
Como não marquei nada, algumas configurações devem ter saído do lugar.
Ajustado isso, esperamos pela hora para começar nosso soundcheck.
Vocês não imaginam quantas vezes eu dei pausas aqui nesse texto.
Tá parecendo Jack (O Estripador), texto feito por partes...
E nessas pausas, só vejo as notícias ruins aumentando.
A coisa mais sensata que ouvi ultimamente foi: Enquanto os governos (municipal, estadual e federal) não tratarem a violência armada como uma questão de saúde pública, estamos ferrados.
Tratar como uma pandemia.
Concordo plenamente, mas...
Não sei se conseguimos mais reverter isso.
Se serve de consolo, já sabemos os resultados de uma pandemia, principalmente quando não é tratada como uma questão de saúde pública!
Fazia bastante calor quando o soundcheck começou.
Achei a Heritage-D HD96 bastante legal.
Tela "touch" enorme, mas várias funções também estão ao lado, com seus botões coloridos.
Achei massa!

E não tive problemas quanto ao manuseio.
Ok, me deparei com alguns detalhes que atrasaram um pouco a ação, mas podemos fazer vários atalhos para isso.
Só não tinha tempo para ficar criando atalhos.
Fiz alguns atalhos lá no galpão da Selva Nua, como colocar as páginas de faders nos botões com janelinhas que ficam no meio da mesa, usando a função POP.
As janelas com botões, é o User Define da Heritage.
Tem 24 POPs disponíveis para o usuário definir quais canais ele quer que apareçam nos 16 faders do lado esquerdo, quando esse POP é chamado.
Na foto abaixo, determinando os 16 canais para o POP 1.
Clique na imagem para ampliar.


Então eu defini assim: POP 1 (1-16), POP 2 (17-32), POP 3 (33-48) e POP 4 (49-56 Volta Efeitos).
E coloquei esses 4 POPs nos botões.
Acho indispensável essa configuração, e pode ser feita em casa usando o editor, como mostro na foto abaixo.

Clique na imagem para ampliar.

Inclusive, quando ajustei isso no galpão, apaguei uma janelinha que tinha o nome STORE, e isso ajudou para eu me lascar.
Fiquei sabendo (depois) que essa configuração com o STORE em um dos botões é o DEFAULT da mesa, já vem assim.
Você muda se quiser.
Ela serve para colocar a opção STORE TO > Current Scene.
E com um simples toque nesse botão, você salva a cena sem precisar ir lá na seção de cenas, e não precisa ficar segurando o botão para confirmar, como acontece quando você escolhe salvar usando a opção overwrite.
No dia eu não sabia disso.
O lance de clicar e segurar o botão para confirmar uma ação, está em várias (várias mesmo) partes da console, como por exemplo, para confirmar um link entre canais.
Outra coisa legal que achei, é  que o que você está vendo no editor é exatamente o que você vai encontrar na gigantesca tela da mesa.
É EXATAMENTE IGUAL!
Isso facilita muito no entendimento do funcionamento da console!
Dá para estudar em casa tranquilamente, e vendo vídeos explicando é melhor ainda.
Pois bem...
Mesmo na correria, o soundcheck aconteceu, e mesmo eu não achando ainda que estava ao meu gosto, resolvemos encerrar.
O som que a gente escutava na house mix era bem diferente do que o público iria ouvir, porque a mesa ficou de lado, na frente do PA R (direito), como é o normal nos eventos feitos naquele local, o Cais da Alfândega, em Recife.
É o normal, mas não é o certo! 
Que isso fique bem claro.
Nem tudo que é normalizado, está correto.
Lugar de house mix é no centro, mas em muitos casos (infelizmente) esse detalhe importante não é levado à sério pela produção dos eventos.
Ok, soundcheck encerrado, vou salvar a cena.
Foi nesse momento que o "cancão piou"...!!!


Na correria para passar o som, não fui salvando a cena durante o soundcheck.
Como eu não sabia da função STORE que vem como default num dos botões do user define, e que eu apaguei no galpão, tinha que ir sempre na janela das cenas para dar o overwrite, como mostro no vídeo abaixo, que fiz aqui no editor enquanto escrevia.


É exatamente assim que deve ser feito na mesa!
A outra opção, e que vai ser como vou usar agora, é o STORE direto, usando a opção Store To > Current Scene.
Esse GO que eu fiz no vídeo anterior no meio da postagem, foi só para simular como chamamos a cena no início do trabalho.
É o LOAD da Heritage-D, e só é para fazer isso quando você vai começar o soundcheck, chamando sua cena inicial.
Depois disso, vai salvando no modo overwrite ou current scene, como está no vídeo.
Achei que a marcação da cena é muito sutil, poderia ser mais agressiva a linha ao redor, para o usuário ter a certeza visual mais clara da cena que ele vai salvar por cima.
Se você não vai usar Snapshots durante seu show, só deve apertar esse GO quando for a hora de começar o show do seu artista.
Essa seção de cenas da Heritage-D tem mais jeito de Snapshot do que Cenas de shows.
Por isso o GO é instantâneo!
Eu já sabia disso com relação ao GO, mas mesmo assim me lasquei!
A Heritage-D HD96 tem um Auto Save, que eu jurava que estava salvando tudo, mas não está!!!!
O ícone está fixo na aba principal, como mostra a foto, e de tempo em tempo salva o SHOW.

Auto Save habilitado.

Se salva o show, e as cenas estão dentro do show, tá tudo salvo, né?
Tá não... (Tristeza total)
Fiquei sabendo disso um pouco depois que fiz a merda.
Mesmo sabendo o que eu deveria fazer, dando o overwrite na minha cena inicial, acabei clicando direto no GO, pensando na filosofia da maioria das outras mesas de som digitais, onde vamos no local das cenas e clicamos no botão SAVE.
E quando eu cliquei no GO, e eu não salvei nada durante o soundcheck, minha cena inicial, aquela que usei para começar o trabalho, foi carregada na mesa instantaneamente!
Quando eu vi todos os faders baixando rapidamente, já sabia que tinha feito besteira, e grande!!!
E gritei para mim só no pensamento: GO nãããããooo! Porra, me lasquei!!!
Olhei na hora para West e falei: --- Me lasquei West!!!!
E fui explicar o que tinha feito, já perguntando: A mesa tem UNDO???
Ou seja, voltar um passo atrás do que foi feito.
Ele respondeu que achava que não tinha, e ficou com a cara de desespero igual a minha.
Solidariedade.


Um outro técnico de áudio, vendo a situação, tem ideia do desespero.
West ligou para alguém para tentar achar uma solução, saber se realmente não teria um jeito para reverter a situação, se teria o UNDO em algum lugar...
Acho que ligou para Jaksandro, e a resposta foi não, não tem como voltar atrás.
Lembrei do Auto Save, chamei novamente meu SHOW (Otto), e fui novamente nas cenas e dei GO na Cena Inicial.
Mesma coisa, não mudou absolutamente nada na cena!
Foi nesse momento que tive a certeza que o SAVE SHOW não salva tudo.
Lascou. Não tem o que fazer, falei para West.
Vou ter que fazer os ajustes na hora do show.
Fiquei tão triste que nem para casa eu voltei.
Fiquei direto no local das 15 às 22h, que era o horário marcado para começar o show de Otto.
E fiquei pensando o que fazer durante esse tempo.
Só falei para os técnicos o que tinha acontecido, e resolvi não falar para o produtor de Otto e nem para os músicos.
Não ia adiantar nada eu falar, e poderia até complicar mais, causando uma insegurança na banda.
Mas dependendo da situação, eu falo para todos, caso eu ache que realmente vai ajudar na solução de um problema.
Conversando com Adriano na house mix depois do acontecido, resolvemos que eu baixaria muito o DCA que comandava o volume de todos da banda, deixando só o DCA da voz de Otto lá em cima.
Fiz isso, e dei overwrite na cena.
Começaria assim, e iria ajustando as coisas enquanto acontecia o show.
Mas não demorou muito para eu mudar de ideia.
Como ninguém poderia passar o som com o PA aberto, a mesa ficou lá paradinha, e eu aproveitei essa oportunidade para fazer alguns ajustes dos canais "no olho", colocando os faders dos canais em zero, ou perto dele, e fui ajustando as equalizações de acordo com o que eu lembrava.
E West me incentivando: --- Vai dar certo Titio, vai dar certo. Vai ficar melhor do que no soundcheck. Você vai ver.
Achei massa o incentivo dele, mesmo achando que não seria bem assim na hora... (Risos, mas só agora enquanto escrevo)


Sabia que não tinha mexido muito nas equalizações dos canais, pois o som já chegou soando bem  quando eu levantei os faders.
Eu teria que ajustar os ganhos na hora, pois isso variou muito entre os canais.
Enquanto fazia isso, resolvi então mudar a estratégia, e coloquei o DCA da banda no mesmo nível do DCA da voz de Otto.
O show iria começar, e eu correria nos ajustes dos ganhos, ajustando também as equalizações.
Eu não tinha outra opção!!!!
Mudei de ideia novamente quando vi meus colegas técnicos das outras duas bandas fazendo o linecheck na hora dos shows, com o PA aberto.
Ahhhhhhh... Oxe! Vou fazer igual!!!!
Combinei então com West e com Adriano que eu iria fazer isso.
O público vai achar que eu não passei o som também! (Risos, mas só agora enquanto escrevo)
Fiz o linecheck junto com Adriano.
Enquanto ele conferia os canais no palco, tocando em cada peça dos instrumentos e falando nos microfones das vozes, eu ia abrindo na frente, ajustava o ganho e ajustava alguma coisa na EQ quando achei necessário.
Mas o foco principal era ajustar os ganhos.
Fui canal por canal, fazendo linecheck e ajustando os detalhes.
Tudo conferido e (mais ou menos) ajustado, o show começou.
Treino é treino, jogo é jogo, né?
Fazendo agora uma analogia da situação, veio na cabeça aquele cara que monta em touros em rodeio, que não acho a menor graça, mas veio na cabeça isso.
O portão abrindo (o show começando), e o touro saindo em disparada dando pulos, com o rapaz (Eu na mesa de som) tentando se equilibrar no lombo do animal.
No começo da primeira música eu já estava com um pressentimento que iria conseguir ficar o tempo todo montado, quer dizer, conseguiria controlar a coisa...
E quando Otto começou a cantar, vi que eu estava certo, e que a decisão tomada deu certo!
Acho que foi no final da primeira música ou no começo da segunda, que West olhou para mim com um sorriso e falou: --- Eu não disse? Não falei que iria ser melhor do que o soundcheck?
Rimos juntos, e eu dei uma dedada (tirando onda) pra ele, pensando: Será que o soundcheck foi tão ruim assim???!!!!
Nem cheguei mais perto da janela onde fica a palavra GO durante todo o show!
Jathyles, que estava operando a luz do show atrás de mim, e que viu todo o problema e agonia desde o começo, falava o tempo todo, mais entusiasmado do que eu: --- É nessas horas que a gente vê a diferença do menino para o homem.
E no meio do show, o iluminador das outras duas bandas (Aluísio), que também viu minha agonia mais cedo, subiu na house mix, e falou com o mesmo entusiasmo de Jathyles: --- Titio, eu estava ali no meio do público, e o som está muito bom! Falei até para um amigo que estava ao meu lado que você tinha apagado a cena do show e que estava fazendo toda a mixagem na hora, e ele não acreditou! 
Muito bom ouvir essas coisas depois de uma bronca grande.
Por isso quase não falei sobre o show. Notaram?
Quis mostrar esse meu caso, para que outros não passem pelo que passei.
O show foi muito bom!!!!!


Parecia até que eu não tinha apagado a cena do soundcheck!!!
Depois do show, fui lá atrás do palco falar com a turma e beber água, pois nunca mandam água para a house mix.
Contei o caso para algumas pessoas, como o produtor de Otto, e outras já sabiam do que tinha se passado lá na frente.
Não tenho ideia se alguém falou o que aconteceu na house mix para Otto ou para a banda depois do show.
Dei umas risadas no backstage e não demorei muito no local.
Fui logo atrás de um Uber (ou 99Pop) para voltar pra casa.
No outro dia eu tinha um trabalho no monitor com O Teatro Mágico na concha acústica da UFPE, aqui do lado de casa, onde estava marcado para chegar lá às 10h da manhã.
Mesmo assim ainda bebi duas taças de vinho em casa para comemorar o trabalho (tenso) no Cais da Alfândega.
Antes disso, tomei um banho morno, que se tivesse um banco de madeira no banheiro, eu sentava embaixo do chuveiro.
Degustei meu vinho com uma alegria imensa, sem saber que no outro dia eu levaria um outro susto grande!!!!!
Mas aí já é uma outra história...
E já escolhi até o título dessa próxima postagem.
Um abraço a todos.

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