Paulo
Rafael, Tovinho, Nando (baixista) e Rogério fazem parte da equipe de Alceu e
estavam todos na cantata!
Eu
sou técnico substituto em Alceu. Mas fui chamado também para este show em São
Paulo.
Lascou.
Para
amenizar, Rogério decidiu ficar em Recife adiantando o que podia no som com
Ricardo Cruz e Rodrigo Nallin e pediu para o irmão dele, Mário Jorge, técnico
de Elba, fazer o som do PA deste show de Alceu.
Eu
segui para São Paulo com os outros.
Falei
deste show no texto anterior.
O
show de Alceu foi no dia 12 e voltamos na madrugada do dia 13 para Recife.
Ainda
deu tempo de dar um cochilo e almoçar.
Depois
segui para o Marco Zero, para fazer os ajustes necessários nos monitores.
Aí,
a correria foi quase igual ao ano passado! (risos)
Neste
ano colocaram uma Venue SC48, e não acho ela muito funcional para fazer
monitor.
Ano
passado trabalhei com uma PM5D.
Já
sabia que não poderia ser a PM porque estava na manutenção.
Por
isso pedi uma CL5 da Yamaha, mas não foi possível.
Fui
ajustando os monitores para a banda.
Apareceram
três problemas na correria.
Os
canais da guitarra e da voz de Paulo Rafael não estavam chegando.
Estes
dois canais ficavam na parte de cima do prédio, na janela principal, onde Paulo
Rafael e Guilherme Arantes iam se apresentar.
E
eu estava no palco armado no chão, na frente do prédio.
Perdemos
minutos preciosos para achar o defeito.
Mas
achamos.
Enquanto
tentava achar estes problemas, continuava ajustando os monitores para a banda.
E o tempo indo embora...
Passamos
o in-ear de Paulo Rafael tocando com a banda. Tudo certo.
Vamos
fazer agora Guilherme.
Foi
quando apareceu o terceiro problema.
E
logo onde????
Alguém
adivinha???
Lógico
que foi com Guilherme Arantes.
Ele
me solicitava algo no in-ear dele, eu fazia, mas ele falava que não mudava
nada!
Falava
que a voz de Tovinho estava muito alta e eu cortava a voz de Tovinho na via
dele, mas ele falava que ainda estava lá!
Impossível.
Eu cortei na mesa.
Inclusive
eu estava escutando as vias (estéreo) de Guilherme no meu fone.
Mandamos
um "ruído rosa" para a base do in-ear dele, e estava chegando certinho.
Mas
ele continuava a dizer que não estava mudando nada!
E
o tempo indo embora... E a banda pedindo alguns ajustes...
Foi
quando pedi para Rodrigo subir para ver o que estava acontecendo lá em cima.
O
problema tinha que ser lá.
E
era!!!
O
receptor sem fio de Guilherme Arantes estava recebendo o sinal do transmissor
de Tovinho!!!
O
"bodypack" dos fones do cantor não estava sincronizado com seu transmissor,
que recebia os sinais que eu estava escutando no meu fone!
Ufa!
Quando
Rodrigo fez a sincronia, foi uma festa!
Só
tive que fazer os ajustes novamente.
Tudo
ajustado para Guilherme e a banda? Tudo.
Podemos
encerrar o soundcheck?
Podemos
sim.
Já
tinha um "punhado" enorme de gente vendo a passada de som.
Quando
eu estava fechando os canais, Guilherme Arantes perguntou se poderia tocar
algumas músicas para o público que já estava no local.
A
produção disse OK, e ele começou a tocar e cantar as músicas dele que não
estavam no roteiro do espetáculo.
Piano
e voz. Somente. Não precisava mais de nada!
Muito
legal.
O
público foi ao delírio.
Ele
cantou umas duas músicas (ou foram três?), agradeceu ao público e foi para o
camarim aguardar pelo início do espetáculo, que já estava bem perto.
Escutei
muito Guilherme Arantes na minha juventude.
Até
hoje, quando escuto "Meu Mundo e Nada Mais", me sinto bem.
O
poder da música!
Infelizmente
ele não cantou esta, e nem estava no roteiro. Uma pena.
Não
conhece esta música? Clique AQUI para ouvir.
Fora
esta, várias outras músicas de Guilherme me fazem bem.
Várias!
E
algumas delas eu iria escutar durante a apresentação dele na Cantata.
Quando
o relógio marcou 18h em ponto, a Cantata Caixa de Natal começou.
E
quem estava lá pode ver um espetáculo perfeito!
Não
tenho outra palavra para denominar o que aconteceu naquela noite.
Perfeito
é a palavra certa.
2 comentários:
Titio, você está certíssimo. A cantata foi perfeita.
Discordo quando você diz que a parte técnica não tem valor. Já te falei disso, quando fizeste o som da Trombonada em Garanhuns. Já ví muito "técnico" derrubar artista. O que não foi o caso nem da Cantata nem Garanhuns. Sabe da história do valor agregado, é isso é algo quase imperceptível mas que dá o realce ao principal.
Parabéns pelo trabalho.
Como tua mesa ficou atras do palco, não pude falar contido.
Oi André.
Você entendeu errado o que eu falei.
Eu falei que a parte técnica tem valor sim, mas que deixaria em segundo plano aqui neste texto. Olha aqui:
"Sei que a parte técnica tem um valor muito alto no resultado final de um espetáculo como este, mas vou deixar isso em segundo plano hoje aqui".
Fiquei tão empolgado pelo resultado final, que decidi não falar muito da parte técnica.
Obrigado por participar do Blog.
Um abraço.
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