segunda-feira, 6 de março de 2023

Carnaval 2023 - Acho que nunca fiz "corre-corre" parecido.

 


Olá pessoal.
Desde que acabou na madrugada do dia 22 de fevereiro, que estou pensando em como resumir esse meu carnaval em apenas um texto.
Não vai ser fácil, mas vou tentar.
Antes dos quatro Dias de Momo, fiz dois shows, mas um deles eu já considerei como Carnaval.
O primeiro, mesmo sendo bem antes do carnaval (dia 10/02), foi um baile de carnaval, chamado Enquanto Isso na Sala da Justiça, onde operei o monitor da Banda Eddie.
Esse foi tranquilo.
Hora certinha para passar som, sem muitos atropelos.
E o mais legal... Até incomum de acontecer... Recebi o cachê dias antes do show!!!!!
Para ser sincero, nem gosto muito, pois no dia do evento parece que estou trabalhando de graça! (Risos)
Só me arrependi de ter ficado no local até a hora do show, que aconteceu perto das 3h da madrugada, e o soundcheck foi até o meio-dia.
Aí eu me arrependi.
Fui fazer as contas de gastos com Uber (99 ou InDrive), e decidi ficar por lá.
Tenho quase certeza que não faço mais isso, com um intervalo muito grande entre o soundcheck e a hora do show.
Não vale a economia.
Me arrependi "com força".
Não imaginava que iria sofrer mais ainda com os horários no carnaval...
Esse meu carnaval começou no dia 17, quando fui fazer o PA de Martins em Natal (RN).
Nada de anormal com esse trabalho também.
Deu tempo de passar o som, o sistema era bem legal, mesa Venue MixRack, que deu uma congelada no soundcheck, mas se recuperou e não deu mais problemas.
Show de Martins em Natal (RN).
Depois desse show, foi que começou a correria, mas para a banda, não para mim (ainda).
Os músicos da banda de Martins são os mesmos da banda de Almério, mudando só um músico do trombone por um de trompete. Bateria, baixo e guitarra são os mesmos.
E no outro dia, sábado de carnaval, Almério iria participar do Galo da Madrugada, e todos da banda deveriam estar bem cedo na concentração do evento.
Por causa disso, os músicos saíram do palco direto para o aeroporto, para pegar um voo para o Recife.
Recebi o convite antecipadamente para fazer também esse trabalho no Galo, mas falei para o produtor que tinha feito um pacto comigo mesmo (já que não faço promessas), onde decidi não trabalhar mais no Galo da Madrugada.
Pelo sofrimento do longo trajeto (acima de 5h) no sol escaldante, pela dificuldade de pegar um trio elétrico com um sistema legal etc, etc, etc...
Já tinha decidido isso década atrás, não foi recente essa opção de não fazer.
Por causa disso, eu fiquei em Natal para fazer o show de Almério no sábado à noite, em outro palco.
Era a mesma empresa de som, mas era outro sistema.
Isso mesmo... A banda de Martins voltaria para Natal logo após o Galo, agora para fazer o show de Almério!!!! O pessoal chegou "amassado" e bronzeado no hotel.
Resolvi marcar uma hora para passar no palco, para dar uma olhada no sistema, e combinar alguns detalhes com os colegas da empresa de som.
Logicamente, Almério e banda não iriam passar o som, e eu fui ver qual seria a melhor maneira para agilizarmos esse começo de show.
A mesa de PA era uma X32 da Behringer, e a do monitor era uma PM5D.
Combinei com os técnicos da empresa de som, que usaríamos os mesmo canais de alguma banda anterior na hora do show de Almério, evitando religar os canais, e o técnico de monitor já aproveitaria uma cena dele dessa banda que tocou antes, para iniciar o show de Almério.
Eu ainda consegui falar no microfone que seria usado na voz de Almério, e o resto eu levantaria na hora.
Combinei também com o técnico de monitor que o cantor usaria um in-ear sem fio, e deixamos já reservado esse equipamento.
Deu certo.
Não demoramos para começar depois de tudo no lugar.
A demora maior foi reposicionar os equipamentos no palco, de acordo com nosso Mapa de Palco.
Mas à medida que iam ligando os instrumentos no palco, eu ia levantando na frente fazendo os ajustes.
Só tivemos uns problemas com os sinais do in-ear e do microfone sem fio que falharam quando Almério foi muito na frente da passarela, que avançava para frente do palco.
Pelas circunstâncias de como aconteceu o show, achei dentro da normalidade.
O problema maior viria depois, e em especial, para mim.
Eu tinha soundcheck no outro dia às 9h da manhã no palco principal de Olinda com a Banda Eddie, onde eu iria fazer o monitor.
Fora esse com a Eddie, também fechei antecipadamente para fazer o monitor de Otto e do Cordel do Fogo Encantado, e para fazer o PA de Almério, que também iria se apresentar nesse dia, mas sem passar o som.
Foi quando a palavra "dormir" saiu do meu vocabulário.
Só deu tempo de dormir 2h em Natal depois do show, e saímos para o aeroporto.
Já estava nos meus planos seguir direto do aeroporto de Recife para o palco em Olinda, pois não daria tempo de ir em casa.
E foi isso que eu fiz. 
Assim que cheguei em Recife, por volta das 7h da manhã, peguei um táxi direto para Olinda, pois os táxis estavam autorizados a entrarem até o palco principal.
Uber ficava no primeiro bloqueio, muito longe desse palco.
Acabei chegando no palco um pouco antes das 8h, não tinha trânsito, foi bem rápido.
Não tinha chegado quase ninguém, e eu ainda tentei dar um cochilo num camarim, mas não consegui.
Depois de meia hora tentando, resolvi ir para o palco, querendo me organizar.
Eu fiz em casa uma cena inicial da PM5D para a Banda Eddie.
Já tinha feito isso antes de viajar para Natal.
Era em cima dessa cena que eu iria fazer os outros shows, mas de maneiras diferentes.
Passei o som da Banda Eddie, onde eu ajustei os monitores e o side, equalizando-os.
Salvei esses ajustes na biblioteca da mesa.
Marquei as vias e as caixas de monitores.
Ahhh.
Tivemos muitos problemas de quantidade/qualidade de equipamentos em vários palcos no Carnaval de Recife e Olinda. Interior deve ter sido pior ainda.
Não vou falar sobre isso hoje aqui, pois o assunto é longo. 
Pode ser que fale mais na frente em outra postagem.
Esses problemas não são recentes, mas esse ano foi "punk".
Só para terem uma ideia... Eu tinha disponível apenas 9 monitores de chão nesse palco em Olinda, onde 3 estavam com o drive das altas queimado.
Resumindo... Fiz todas as bandas com apenas 6 monitores de chão.
Um número bem aquém do necessário para um palco daquele, e para as bandas que iriam se apresentar lá!!!
Outro dia falo sobre isso.
Onde eu estava mesmo...?
Ahh, depois de finalizar o soundcheck da Eddie, salvei as equalizações que eu fiz dos monitores e do side na biblioteca da mesa.
Vamos montar Otto agora.
Passei uma cena de um show de Otto que eu já tinha comigo. Não lembro se foi uma cena que eu converti de outra mesa, ou era original da PM5D.
O mais importante era que já estava tudo direcionado para as vias de monitor.
O que eu fiz?
Só peguei a equalização das vias que salvei na biblioteca da mesa, e colei nas vias de Otto.
Não iria passar via por via novamente, né?
E quando sou chamado para fazer o monitor de alguma banda, coloco sempre as mesmas vias que eu estou acostumado a usar.
Via 1 (centro), 2 (baixo), 3 (guitarra), 4 (teclado ou guitarra 2), 5 (Percussão), 6 (bateria)...
E já aviso ao técnico do evento para posicionar sempre os monitores nessa ordem.
Passei o som de Otto.
Agora vem Cordel.
O diretor técnico da banda, Duda Lopes, tinha uma cena de PM5D de um show anterior.
Fiz a mesma coisa... Colei os ajustes dos monitores nas vias do Cordel.
Mas não usei as vias na minha ordem.
Cordel do Fogo Encantado - Showtime - Olinda (PE). *Foto by Duda Lopes*
Ia no palco olhar qual era a caixa destinada à via, e colava a equalização para a via.
Fizemos um "mini-soundcheck", onde checamos todos os canais e vias, ajustamos as peças das percussões nos monitores dos percussionistas... Não esqueçam que já estava tudo direcionado para as vias, ok? Era uma cena de um show anterior.
Checamos as duas vozes sem fio nos in-ears, e os violões...
O resto seria durante o show.
Pronto. Agora só esperar pelos shows.

Cordel do Fogo Encantado - Showtime - Olinda (PE). *Vídeo by Duda Lopes*

E Almério?
Conversei na correria com Vini, técnico oficial do artista.
Ele não iria poder fazer o som do PA, por causa dos atrasos ocorridos...
Jorge Aragão, que não passou o som,  levou mais de 1h para ajustar as coisas antes de começar o show dele. Fiquei angustiado vendo a angústia da equipe dele tentando organizar as coisas.
Vini queria que eu fosse fazer o PA, e deixasse o monitor para o pessoal da empresa de som.
Disse que o risco seria grande, e por eu estar ciente de como estavam as coisas no palco, dei a sugestão de eu ficar no monitor, e ele chamar Buguinha, nosso amigo que estava fazendo o PA de Otto.
E ligaríamos os instrumentos de Almério nos mesmos canais de Otto.
Tanto eu no monitor, como Buguinha no PA, já começaríamos com uma cena que a gente já tinha passado o som!!!
E Vini concordou com a sugestão.
Na hora do show de Almério, chamamos a cena de Otto, ligamos os instrumentos nos mesmos canais, e começamos o show. 
Só fiz ajustar na hora o in-ear do cantor, e uns detalhes nas vias dos músicos, principalmente na bateria, onde o baterista de Otto usou fone, mas em Almério seria caixa.
Mas deu certo.
Lá na frente deve ter sido mais relax ainda para Buguinha levantar os canais.
Sem problemas.
Só não almocei.
Comi um hambúrguer com um refrigerante no início da noite, que o diretor técnico do Cordel comprou pra mim.
Achei bastante positivo o saldo dos quatro trabalhos.
O método que eu usei com as cenas deu muito certo!!!
Como o primeiro show começou com um grande atraso, o último show que seria Otto, começou e acabou bem fora do horário estabelecido!!!
Eu já estava com a roupa colada no corpo de sujeira e suor, quando acabou o show de Otto.
Começava então meu novo sofrimento...
Eu tinha um voo marcado logo cedo para Fortaleza, onde eu iria fazer o PA de Almério.
Como sair de Olinda naquela hora, onde era impossível pegar um Uber ou táxi?
Sair na van de Otto era uma solução, mas não vi essa vontade da turma sair dali rapidamente.
Estavam comemorando o show massa que fizeram.
Quem tinha hora marcada era eu, não é verdade? Eles não. (Risos sem graça)
Quem me salvou foi o diretor do palco, Neno, que me deu uma carona, me deixando em casa!!!!
E só assim consegui dormir antes de ir para o aeroporto.
Mas só deu para dormir as mesmas 2h quando saí de Natal!!!!!
Deu vontade de chorar quando eu acordei depois das poucas horas de cochilo.
Poderia ter sido pior, pensei... Se Neno não me dá a carona, eu corria o risco de ir direto do palco para o aeroporto, completamente sujo!!!
Levantei com cara de choro, mas me arrumei e tomei minha vitamina de banana para forrar o estômago.
Em tempo de shows, é de lei a vitamina de banana com aveia e Toddy.
Rápido, prático, e funciona!!!
Ainda tentei dormir no avião, mas é quase impossível dormir naquela lata de sardinha!
E quando o voo é curto, e como levo tempo para arrumar uma posição, não consegui.
Mas aqui já é 1h28 do dia 03 de fevereiro. Vou dormir (sem agonia). Amanhã tento finalizar esse texto!
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Hoje já é dia 06 de fevereiro, vou tentar acabar o texto, mas nem sei se consigo, porque hoje é feriado em Pernambuco, e é capaz de aparecer algum amigo querendo fazer farra hoje!
Enquanto não aparece convite, vou escrevendo.
Cheguei em Fortaleza, completamente amassado!
E nem deu tempo para fazer muita coisa.
Deixamos as coisas no hotel e seguimos para passar o som na Praia de Iracema.

Almério - Soundcheck - Praia de Iracema - Fortaleza (CE).

Que diferença para o palco de Olinda... Pensei na hora que cheguei!
Tudo muito bem cuidado, organizado e limpo.
Sistema impecável, tanto no palco como no PA.
Show!!!
Na frente uma S6L da Venue, e no monitor uma PM5D (sem racionamento de monitores!!!).
Equipe do palco muito prestativa, onde era difícil escutar um "não".
Já tinha conversado antecipadamente com Jones, diretor de palco, onde combinamos que o técnico de monitor do evento iria fazer o monitor do show.
Sem problema, disse Jones.
E realmente, foi problema ZERO no soundcheck e no show!!!!
Eu tinha uma certa aversão pela S6L, por causa de um trabalho anterior com uma versão mais simples da mesa, mas essa antipatia diminuiu bastante depois desse show em Fortaleza.
Encerramos o soundcheck.
Quer dizer... Eu encerrei na frente, estava perfeito.
Almério ainda passou algumas músicas lá no palco, mas sem o som do PA aberto.
Fomos para o hotel almoçar.
E depois do almoço, dei uma recuperada no sono atrasado, onde dormi quase 5 horas direto, antes de voltar para o palco.
Almério - Showtime 01 - Praia de Iracema - Fortaleza (CE).

O show foi espetacular, como o som.
Deu até tempo de filmar algumas partes desse show, o que não aconteceu nos trabalhos anteriores, por causa do "corre-corre".
Almério - Showtime 02 - Praia de Iracema - Fortaleza (CE).

Falando em correr...
Mais uma vez só deu tempo de dormir 2h antes de ir para o aeroporto.
Parece até que foi combinado essas 2h, oxe!!! 
Eu teria que estar mais uma vez cedinho em um palco, agora em Recife, na Praça do Arsenal.
E mais uma vez, segui direto do aeroporto para o palco, mas usando o Uber, pois não tinha bloqueio nessa hora pela manhã para os palcos no centro da cidade.
Iria fazer mais um show de Otto, e por causa desse show, fechei mais três trabalhos nesse palco, como fiz em Olinda.
E diferentemente do palco de Olinda, esse do Arsenal estava com os equipamentos em ordem.
Não precisei fazer contas para arruar os monitores... Fora outras coisinhas...
Fiz o monitor de Otto, Martins, Almério e Ave Sangria.
Usei o mesmo método que apliquei no palco de Olinda, mas...
Acho que não ficou tão "redondo" como os trabalhos do outro palco.
Acho não, tenho certeza.
Otto - Souncheck - Praça do Arsenal - Recife (PE).

Como o primeiro soundcheck seria de Otto, passei a cena do show anterior em Olinda para a mesa, e fiz todas os outros trabalhos em cima dessa cena.
Fazendo a mesma coisa, salvando os ajustes dos monitores e side, colando nas cenas das outras bandas.
Mas acho que não comecei bem o alinhamento dos monitores, tinha algo estranho.
Trocamos a cápsula do microfone sem fio, pois o resultado sonoro da minha voz nos monitores estava absurdamente ruim, e aqueles monitores não "falavam" daquele jeito.
Perdi um tempo que não estava nos meus planos para entender o que estava acontecendo, mas nem tinha muito tempo para isso, e comecei o soundcheck de Otto mesmo sem achar que estava tudo certinho.
Mas o resultado em Otto foi bom, e terminamos com todos da banda satisfeitos.
O cantor não passa o som. Quem faz isso é o técnico de monitor com a ajuda de Boca, um dos guitarristas da banda, que inclusive gerencia o soundcheck.
Tudo ok.
Dupliquei essa cena, e coloquei os instrumentos da banda do outro show, que seria Martins.
Foi aí que começou a aparecer probleminhas que seguiriam pelos 3 soundchecks restantes.
Três não, dois.
Ave Sangria não passaria o som, seria na hora, mas deixamos organizado as coisas no palco, com um rápido linecheck num horário destinado para a banda no período que estávamos fazendo o soundcheck das outras bandas que se apresentariam no palco.
Mas os probleminhas que eu falei, iriam interferir também no Ave Sangria.
O problema maior foi em Martins, onde não teve jeito de eu colocar a voz dele num volume que ele queria, sem realimentar.
Apelei para o in-ear, como solução do problema, pois não tínhamos mais tempo para começar do zero.
Passamos para o próximo soundcheck mesmo sem acharmos que estava tudo ok.
Seria Almério passando o som.
Ou seja... Mesma banda, mudando só o trombone por um trompete.
Como a emissão de voz de Almério é bem maior que a de Martins, o problema foi menor (o sofrimento foi menor!).
Como era a mesma banda, terminamos rápido o soundcheck, um pouco mais satisfeitos do que o anterior.
Mas longe ainda do que queríamos.
Era só aguardar a hora dos shows.
Mas não saiu da minha cabeça o resultado nada satisfatório da passada de som de Martins e Almério.
Como tentar melhorar, mesmo sem ter outro soundcheck?
Pensei em várias coisas, até em usar a equalização do meu colega da empresa de som, colando nas vias dos meus shows, mas achei que seria mais arriscado do que continuar do jeito que passamos.
Eduardo, técnico de monitor da empresa de som, me ajudou bastante na tentativa de melhorar o resultado.
Tentando entender de como nem mandar um efeito para o in-ear estava dando certo.
Nem achamos onde estava o erro.
Falando com ele, contei que tinha mudado a opção de saída do receptor do microfone sem fio, que estava em MIC e passei para LINE.
Acho que fiz isso por causa do primeiro microfone que peguei e tive que abrir muito o ganho para chegar num nível legal... Pode ter sido por causa da cápsula...
Só que deixei em LINE.
Combinei com Eduardo para testar o som do microfone em MIC na cena de Martins, para ver se ficaria melhor o resultado.
Isso se a gente conseguisse um tempo na programação para fazer isso.
Mas Eduardo conseguiu essa brecha na programação.
Chamei a cena de Martins, mudei a saída do receptor para MIC, e fui falar lá na frente dos monitores.
Não sei se foi pelo trauma que tive antes, mas achei o resultado bem melhor.
Agradeci a Eduardo pela ajuda, e decidi usar o microfone em MIC, não só em Martins, mas em todos que eu passei o som, inclusive em Otto, mesmo não tendo aparecido problemas no soundcheck dele.
Ahhh... Em Ave Sangria também usaria a opção MIC no receptor.
Em todo início de montagem do palco para o show, eu ia lá na frente com o microfone e falava nos monitores, com Eduardo ainda me ajudando com os ajustes, que ainda cheguei a solicitar.
Queria amenizar as "coisas", pois sempre achei que uma coisa que começa errada, dificilmente vai se transformar numa coisa boa.
Pode até chegar a ser menos ruim... Mas booooooa, acho pouco provável. (Risos amarelos)
E para mim, foi o que aconteceu. 
Acho que ficou menos ruim.
E os shows rolaram na raça dos músicos.
Só em Otto, que foi o último show da noite, falaram pra mim no camarim que estava perfeito o som no palco!
Realmente não tive nenhuma agonia no show dele, mesmo mudando a opção do microfone.
Vai entender...!!!
Nem tive tempo de perguntar para Martins, Almério e Ave Sangria se o monitor ficou "melhorzinho" durante o show.
Pelo menos encerrei os trabalhos no carnaval com um grande elogio! (Riso amarelo)
Mas achei o saldo geral do carnaval bastante positivo, mesmo perdendo alguns pontos nesse palco da Praça do Arsenal no último dia.
Fiquei tão satisfeito, que ao chegar em casa perto das 3h da manhã, bebi o resto da garrafa de vinho que eu tinha começado a beber um dia antes de viajar para Natal com Martins no dia 17.
Cortei uns pedaços de queijo coalho e palmito, juntei com azeitonas, e usei essa "tauba" de frios para acompanhar o vinho.
Comemorei.
Fui dormir às 4h da madrugada. Coloquei o despertador para meio-dia.
Dormi direto até às 14h, e pela primeira vez, não lembro de ter passado direto sem o despertador me acordar.
Não me lembro também de ter feito um corre-corre como esse antes.
Assim foi meu carnaval 2023.
Cordel do Fogo Encantado - Showtime - Olinda (PE). *Foto by Duda Lopes*

E mesmo com tantos trabalhos, peguei um empréstimo no banco no começo desse mês, para ajustar as contas atrasadas, enquanto aguardo pelos cachês.
Dos 12 trabalhos, só recebi aquele primeiro do dia 10 de fevereiro, que foi uma festa particular.
Quando tem prefeitura e/ou governo no meio do evento, a coisa complica bastante.
A grande maioria dos artistas não consegue(m) pagar a equipe (técnicos e músicos) antes de receber(em) do contratante.
E quase sempre (sem o quase) esses pagamentos da prefeitura e governo levam um tempo absurdo para serem feitos.
Problema antigo... (Sem risos)
Um dia isso deve mudar, né?
Todos que vivem de shows e eventos aguardam por esse dia!!!
Ansiosamente.
Um abraço a todos.

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