sábado, 11 de fevereiro de 2017

Digitalizando acervo de vinil - Quase um funcionário público!


Olá pessoal.
Recebi uma proposta (e aceitei) do Estúdio Onomatopéia, aqui de Recife, para participar de uma equipe de 4 técnicos para digitalizar todo o acervo de vinil (33 RPM) da FUNDAJ (Fundação Joaquim Nabuco).
Nem sei direito quantos discos são, ouvi algo em torno de dez mil...
Nem vou pensar muito nisso agora.
Horário puxado, de funcionalismo público mesmo!
De 8 às 12.
Uma hora para almoço.
E continua de 13 às 17.
De segunda à sexta.
Fazia tempo que não trabalhava com o horário fixo, começando bem cedo.
Lembro que no meu segundo emprego, no escritório de um posto de gasolina, que ficava bem perto da minha casa no bairro da Encruzilhada (ou Beberibe, ou Ponto de Parada), eu tinha um horário parecido.
Só fiquei neste emprego por três meses, e segui para trabalhar na Boite Over Point.
Isso foi no final do anos 80 (86... 87...).
Desde a Over Point, nunca mais trabalhei num horário "comercial".
Aceitei o convite por vários motivos.
Seria uma renda (quase) fixa por mês, que daria uma certa folga nesta atual situação de "aperto" que a maioria dos brasileiros está passando.
Seria um trabalho novo, que eu nunca tinha feito.
E  o ponto mais importante, foi a condição de poder ser substituído por um dos outros colegas caso apareça algum show ou evento para eu fazer, ou também para resolver problemas pessoais, como exames médicos, etc.
Esta condição vale para todos os técnicos. Eu, Bruno, Vinícius e Sammy.
Como aconteceu ontem, quando fui substituído, pois eu tinha fechado um show com Alceu Valença.
Sobre este show comento mais tarde.
Por causa disso falei que a renda era "quase" fixa, pois só recebo pelos dias trabalhados.
São sempre três técnicos por dia.
Dois passando o vinil para o digital, e outro editando e  nomeando cada faixa.
Podemos revezar nestas funções.
Cada faixa resulta em quatro arquivos distintos.
Um arquivo WAV normal, do jeito que foi gravado. Outro WAV normalizado. Um MP3 do arquivo normalizado e outro MP3 também do arquivo normalizado, só com apenas os 30 segundos iniciais da faixa.
Temos um grupo no WhatsApp onde vamos combinando a agenda.
Podemos fazer os dois turnos, ou apenas um.
Tudo é combinado antecipadamente.
Comecei este trabalho nesta semana, e já teve um dia que fui dormir antes das 22h!!
Como é um trabalho todo "dentro dos conformes", com licitação e tudo, o estúdio Onomatopéia ficou meio inibido em colocar o nome Titio no meu crachá.
Acabaram colocando o nome de funcionário público!!!!
Ildemar Oliveira.
Tou ou não com cara de funcionário público?
Sugestão para o crachá!!!
Um abraço a todos.

2 comentários:

Júlio Graef disse...

Mazááá Guri!
A vida regrada não é muito fácil, mas acostuma-se.
O ruim é adequar o horário do sono quando se faz show e tem de "bater o ponto" no outro dia cedo.

Podes explicar o porque de salvar as faixas assim?

AbrasSom!

P.S.: Funcionário público tem cara?

Titio disse...

Olá Júlio.
Realmente, quando tiver show no meio da semana, vou ter um certo desconforto para acordar às 7h, mas é raro shows durante a semana, pelo menos para mim.
Os quatro arquivos para cada faixa é o modo que a FUNDAJ escolheu. Um arquivo sem mexer em nada, do jeito que foi passado para o digital em WAV (44.1/16bit), e outro WAV apenas normalizado, que acho que seria para eles arquivarem lá.
Os outros dois são em MP3 para disponibilizar na internet para pesquisas e, acredito eu, para downloads. Por isso tem um MP3 com apenas 30s, que é para o "pesquisador" só ter uma ideia da música.
Olha minha cara no crachá!!!
Tem cara sim. Pelo menos no crachá.
E dificilmente colocam o apelido em vez do nome, né?
Um abraço.