domingo, 3 de dezembro de 2017

Vários trabalhos - Um resumo, para umas férias.



Olá pessoal.
Faz tempo que não escrevo aqui, né?
Aquela velha conversa de "depois escrevo, depois escrevo...".
E o tempo passou rápido, e não escrevi.
O trabalho que faço na FUNDAJ, onde passo das 8 da manhã até às 5 da tarde lá, sentado, editando os áudios, ajudou um pouco para esta demora em postar algo aqui, mas não posso dizer que foi a única razão deste atraso.
Foi vontade mesmo.
Quando a pessoa quer, nunca falta tempo, não é verdade?
Resolvi tirar umas férias aqui do Blog.
Ficar um tempo sem o compromisso de escrever. Nunca fiz isso.
Já pensei várias vezes, mas nunca fiz.
Vou fazer agora.
Mas antes disso, vou fazer um resumo (bem resumido) dos trabalhos que fiz neste tempo que não escrevi.
Vamos lá...

Depois do show de Alceu no Parque das Fontes, fiz vários outros trabalhos.
O Musical Aladdin foi o primeiro.
E me arrependo de ter aceitado o trabalho.
Fui para substituir um Amigo que não iria poder fazer.
Peguei o "bonde andando" e me dei mal.
A produção deve ter achado que era só colocar os microfones (30!!!) nos atores que estava tudo certo.
Tem muita coisa antes disso para ser resolvida.
E foi um caos.
Ainda tentei montar cena por cena em casa no editor da Venue, usando o "snapshot".
Para abrir e fechar os microfones de acordo com quem estava em cena.

Fui dormir perto das 3h da madrugada fazendo isso, mas não deu certo, pois a pessoa que colocaram ao meu lado para avisar quando as cenas mudavam, não conhecia a peça à fundo, e foi um desastre.
Fora isso, aconteceram vários outros problemas, que poderiam ter sido evitados se o pessoal da produção tivesse dado a importância necessária ao quesito "áudio"!
Um destes problemas foi eu que causei. Não tenho problemas em assumir erros.
Na intenção de melhorar o controle das vozes, no segundo dia tentei distribuir estas vozes nos DCAs, mas complicou mais do que ajudou, e o começo da peça neste dia foi uma "agonia".
Acabei voltando para como estava antes.
Não vou entrar nos detalhes dos outros problemas, pois seria assunto para uma postagem única, e a intenção hoje aqui é só resumir.
Caso alguém queira mais detalhes ou informações, use o espaço dos comentários para perguntar algo.
Para finalizar este trabalho, digo novamente: "Dificilmente aceito outro trabalho parecido nas mesmas circunstâncias".
Depois do musical, veio o show de Alceu em Arapiraca.

Lembro que o local era muito ruim de acústica, o que complicou um pouco.
O equipamento também não era muito bom, e ainda bem que levamos quatro monitores para garantir, pois usamos os quatro!
Não consegui conectar meu iPad com a mesa, o que aumentou a correria.
No soundcheck já notei que a inteligibilidade seria comprometida pelo ambiente, que parecia uma quadra de esportes.
E foi realmente isso que aconteceu no show. Tudo meio confuso.
Muitas reverberações, chegando perto de se chamar "ecos".

Cadeiras de plástico foram colocadas no espaço à frente do palco. 
Ficou meio estranho...
O show rolou, mas não foi confortável para quem estava no palco.
Vamos para o próximo.
Show acústico de Alceu Valença em Recife.
No geral foi tranquilo. Pra falar a verdade, bem tranquilo.
Uma mesa só para fazer o PA e monitor, uma LS9 da Yamaha.
Como sempre fazemos, duplicamos os canais, para eu poder mexer no que quiser para o monitor sem interferir no som do PA.
São poucos canais, o que facilita muito.
O show foi muito legal, muito intimista, com Alceu conversando com o público.
Parecia uma reunião na sala de estar do cantor.
Tive mais trabalho para afastar algumas pessoas que se debruçavam nos monitores de Alceu do que com o som.

Quando Paulo Rafael me viu na mesa de som, falou: 
--- Poderia trabalhar nu, bem naturista!
Foi assim o clima do show.
Massa.
Vamos para o próximo.
Show de Alceu Valença em Feira de Santana (BA).

Parecia que o cara que projetou o local de Arapiraca era o mesmo deste local em Feira.
Mesmo desenho, uma quadra de esportes.
Até as cadeiras de plástico no espaço à frente do palco foi igual!!!!
E tivemos os mesmos problemas causados por uma falta de tratamento acústico.
Som "emboloado".
O equipamento era legal, e ajudou a amenizar o problema da acústica.
Foto by Rissashi Honda (Roadie Alceu)
Já estava ficando "cabreiro" com o desconforto na monitoração.
Aí seguimos para o próximo show, em Salvador, na Concha Acústica Teatro Castro Alves.
Equipamento de primeira!
Local muito bonito! Aberto. Não era uma quadra de esportes!!!!

Tudo bem cuidado, cabos, monitores, mesas de som.
Atendimento de primeira.
Hoje vai ser 100% de satisfação, pensei.

Errei.
Oxe...
Como pode? Mas foi.
Aí já fica aquela dúvida... Será que o problema sou eu?
Tivemos muitos problemas com as baixas frequências, chegando ao ponto do baterista me solicitar o desligamento do sub da bateria.
Para completar, eu estava atrás das caixas de subgraves do som do PA, e tudo soava para mim bem mais grave.
Numa hora, no desespero pelo que eu estava ouvindo, corri para o lado do side, na intenção de ouvir como estava no palco o som, e no meio do caminho tropecei num carpete preto que cobria alguns cabos.
Voei... 

E quase caio ao lado dos pés do meu irmão tecladista.
Pela primeira vez caio num palco. (risos)
Nem era para eu rir aqui, pois não foi muito interessante o momento.
Mas agora dá pra rir. Passou.

O show foi espetacular! Muito bonito a interação do público.
Foi um dos melhores shows de Alceu dos quais participei.
Mas infelizmente, o resultado sonoro no palco não foi o que eu esperava.
Ficou bem aquém do normal.
Mesmo assim, ainda consegui rir do comentário de um dos técnicos da empresa de som que estava comigo no palco.
Com aquele sotaque arrastado da Bahia, ele falou para mim, enquanto desmontávamos os equipamentos:
--- Rapaz... Jurava que aquele seu voo no palco fazia parte do show!
Foi espetacular sua performance!
Ahahahahahahaahahahahaahahahahaha
Foi bonito mesmo o mergulho. Ele tem razão.
No intervalo entre este show e o próximo, que aconteceu em Porto Alegre, cheguei a conversar com o baterista Cássio pelo WhatsApp, onde comentei que eu não estava muito legal por causa dos últimos shows, onde tivemos tantos problemas.
Fico triste mesmo, quando as coisas não saem como eu gostaria que saíssem.
Ele deu aquela levantada no ânimo, falando que era assim mesmo, que existia esta variação, etc, etc, etc...
Que se fosse somar os resultados de todos os shows que fizemos, o saldo era positivo disparadamente, etc...
Me animou um pouco, mas não muito.
Vamos para o show em Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna.
Auditório Araújo Vianna.
Eu já conhecia o lugar, onde fui fazer o monitor do show acústico de Alceu anos atrás.
Muito legal o local.
Muito legal também o equipamento.
Soundcheck tranquilo.
Gostei do resultado sonoro já no soundcheck.
Tudo bem mais limpo, em comparação aos shows anteriores.
E o show foi espetacular! 

Como foi o de Salvador, só que aqui tudo estava tranquilo no palco.
Ambiente bem mais controlado...
Foi um tal de "levanta e senta" do público durante todo o show.
Levanta pra dançar, senta que a música é mais calma...
Lavei a minha alma (de ateu).
Logo após o show me encontro com Cássio atrás do palco.
E a primeira coisa que ele me falou com um sorriso no rosto foi:
--- Tá vendo? Eu não te falei naquele dia sobre isso?
Ele lembrou da nossa conversa pelo WhatsApp.
Aqui eu acabaria o resumo antes das férias.
Mas apareceu um trabalho de última hora para eu fazer.
Um show de Otto em São Cristóvão nesta sexta que passou, em Sergipe.
Ia encaixar aqui este trabalho, mas resolvi abrir mais uma postagem, que vou escrever agora também, e publico ainda hoje.
Pois este de Otto foi bem fora do normal, e era capaz do texto aqui ficar bem extenso.
Daqui a pouco publico o último texto de 2017.
Um abraço a todos.

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