domingo, 11 de abril de 2010

Show de Ortinho em Caruaru – Sem imagens, só palavras!

Olá pessoal.

Já decidi! Tenho que comprar outra máquina fotográfica (Lumix da Panasonic, com certeza)!

Não tenho nenhuma foto deste trabalho que fiz em Caruaru. E os leitores antigos deste Blog devem saber a razão. Nem vou mais falar aqui porque já virou um assunto redundante.

Fui indicado por meu amigo Normando para substituí-lo num trabalho de monitor no show de Ortinho que aconteceria em Caruaru, terra natal do artista.

Estou em plena madrugada de domingo escrevendo isso aqui. O relógio do meu laptop marca 2:07h.

Vejo (escuto) Altas Horas na TV enquanto tento digitar. Fiz uma farrinha com André (sanfoneiro) e mais alguns amigos num barzinho que fica na Cidade Universitária, bairro onde morei por mais de 12 anos. Achei até que gastei mais do que deveria, mas...

Cheguei em casa perto das 19h, e como estava meio anestesiado, fui dormir. Acordei às 22h com o alarme do meu celular avisando a hora do meu colírio. Tive glaucoma, e estou fadado a usar este colírio pelo resto da minha vida. E o pior! 10 ml do produto custa mais de 70 reais!

Estou aqui parecendo um zumbi, sem vontade de dormir, mas não vou ficar escrevendo por toda madrugada. Quando der 3h vou deitar mesmo sem sono. André foi fazer um trabalho em Vitória de Santo Antão (se eu não me engano). A namorada dele (Tereza) ficou aqui ressacada. Já vomitou e foi dormir de novo. Ela não bebeu quase nada, deve ter sido alguma indisposição. Dei uma geral no banheiro e quase vomito também. (risos)

Tinha entrado em contato com Léo Dim, amigo meu e operador de PA de Ortinho (e de muitos outros) para saber como seria o show. Ele me passou tudo e vi que era muito simples, nem bateria tinha. Seriam dois violões, um baixo, uma guitarra e duas vozes. Ou seja, sete canais! Só perdi para o “voz e violão” de Lenine no carnaval, que torço todo ano para me chamarem pra fazer! Meu amigo Rogério, sócio de Normando, já fez muito este trabalho complicadíssimo!

Quando chegamos ao local do evento, o pessoal da banda 14 Bis estava fazendo o sound check. A banda não viria para passar o som. Passamos um bom tempinho esperando. Enquanto aguardava, ia passando minhas necessidades para o técnico da empresa de som. Ainda tentei colocar fones nos três músicos que iriam acompanhar Ortinho, mas não tive êxito. Todos queriam monitores normais de chão.

O bom foi que iríamos passar o som e tudo ficaria ligado, pois seria o primeiro show. Adoro quando acontece isso, mesmo não sendo muito confortável para o artista, porque o primeiro horário não tem ainda um público numeroso na maioria dos eventos.

Assim que o pessoal do 14 Bis acabou, posicionei os monitores e dei uma “alinhada” rápida nos monitores ao meu gosto. Usei para isso o sem fio que seria usado na voz de Ortinho. Dois monitores pra ele e um para cada um dos três músicos. Foi tudo muito rápido. Também pudera, não é?

Passei o som do palco sincronizado com Léo Dim que passava o som do PA. Para mim, é o método mais certo de um sound check num show. No meio do trabalho, o microfone sem fio da voz de Ortinho parou por causa de bateria descarregada. O técnico da empresa de som trocou as baterias e continuamos com a passada de som. A mesa de monitor era a M7CL. Uma das mesas mais práticas de se fazer monitor, se não for a mais prática.

Lembram que falei no texto do FITO que era comum encontrar defeitos nos faders desta mesa? Encontrei aqui. Só em um fader, mas encontrei. E o problema era só no fader mesmo. Os botões on/off e select estavam perfeitos.

Quando você tem faders (canais) sobrando na mesa, a coisa mais certa a fazer é usar outro fader para controlar a mesma entrada. Acho que já comentei isso em outro tópico aqui no Blog, mas não custa nada falar de novo para os leigos. Vou dar um exemplo:

Na entrada (input) 14 da mesa está entrando o sinal do baixo, e este sinal está sendo controlado pelo fader do canal 14 da mesa. O que podemos fazer em mesas digitais é: escolho um canal da mesa que não tem nada, ex: canal 20. Vou neste canal 20 da mesa e digo (escolho) que ele vai controlar também o que está entrando no input 14 da mesa. Vou ter então, dois faders (ou canais) da mesa controlando o mesmo sinal. É só esquecer agora o canal 14 da mesa que está com defeito no fader e fazer todos os ajustes pelo canal (fader) 20 da mesa! Deu para entender?

Foi isso que fiz lá? Não. (risos)

Como era só defeito no fader, achei que nem precisaria fazer isso, pois não iria ficar mudando muito as funções dos faders. Mas no meio do show pensei que poderia ter feito! Não comprometeu.

Ao final do sound check, fui recolher os microfones sem fio e notei que o da voz de Ortinho estava acusando novamente bateria fraca! Como? Se o técnico da empresa de som tinha feito a troca. A resposta: As baterias eram do tipo “recarregável”! Não funcionam para este tipo de trabalho! Podem até servir para coisas simples como controles remotos de televisão, lanternas, brinquedinhos dos filhos... Eu já tive muitas pilhas recarregáveis. Mas para um trabalho profissional como um microfone de voz principal não funciona! É querer correr um risco muito grande da voz sumir durante o show. E vai sumir, podem ter certeza. Eu não uso! Pedi para a produção de Ortinho providenciar quatro pilhas pequenas, duas para cada microfone sem fio que eu estava usando no show.

O show foi tranquilo, como era pra ter sido mesmo.

O único contratempo foi justamente no microfone sem fio principal que começou a dar sinais de fuga de frequência. Léo Dim foi quem me avisou. Como na tinha nenhum microfone reserva (standby), eu simplesmente peguei o sem fio que estava na voz do guitarrista e coloquei para Ortinho, levando o de Ortinho para o guitarrista que fazia apenas uns vocais e eram em poucas músicas. Tenho que acabar com esta mania feia de não deixar um microfone (mesmo que seja com fio) de reserva para emergências!

Como as regulagens e mandadas para as vias de monitores eram diferentes entre os microfones, copiei as regulagens do canal do microfone de Ortinho e “colei” no canal do microfone do guitarrista. Lembram do copy/paste que tem no seu programa de texto? É o mesmo conceito nas mesas digitais.

Teve um pouco de realimentação (microfonia) no palco porque o software da mesa copia tudo do canal menos o GANHO e a voz de Ortinho entrou mais alta do que estava antes. Baixei o ganho e seguimos com o show. Este foi meu único problema.

Ia até passar o final de semana em Caruaru, na casa de um amigo meu de infância. Tava louco para inaugurar meu colchão inflável! Fiz um teste rápido em casa antes e acho que ele funciona muito bem. Mas meu amigo me informou que iria viajar no feriadão da semana santa. A inauguração do colchão foi adiada!

Passei direto das 3 horas da manhã que eu havia prometido que iria deitar. Mas não passei tanto assim. São 3:50h. Deu para escrever tudo sobre o show e vou postar rápido, pois não tem fotos para eu montar no Blog. Sem foto é rapidinho a postagem.

Vou dormir!

Minha “amiga ex-desconhecida” disse que iria me acordar de madrugada quando chegasse da farrinha que iria fazer com o pessoal dela.

Espero que ela tenha esquecido da promessa!

Um abraço a todos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Curioso eu assisti este show foi bom e hoje tem outro aqui em Caruaru e ai já arrumou as pilhas? eheh (Bôsco-Caruaru-PE)

Titio disse...

Olá Bôsco.
Eu não falei em momento nenhum que o show não foi bom.
Mas também nem falei que ele foi bom, não é?
Só comentei que foi tudo tranquilo na hora do show.
O show foi bom mesmo. Devia ter comentado. Acabei só comentando os problemas que eu tive no palco.
Não trabalho fixo com Ortinho. São dois amigos meus que fazem o trabalho. E neste show que fiz em Caruaru, estava substituindo um deles.
Um abraço.