quinta-feira, 27 de maio de 2010

Show de Silvério Pessoa no SESC Santo André – Que falta faz um operador de monitor.

Olá pessoal.

Eita... Hoje eu acordei triste. Hoje é terça-feira, dia 25.

Passei o dia quase todo triste. Só alguns minutos com meu filho ao levá-lo ao colégio e alguns minutos na casa dos avós maternos dele para não sentir esta coisa chata.

De vez em quando me sinto assim.

Nem o convite para fazer mais um trabalho de monitor num show de Alceu Valença (coisa inimaginável pra mim anos atrás) me fez sair deste atoleiro.

Mas melhora, sempre melhora.

Nunca mais falei sobre o meu lado pessoal, não é mesmo?

Deu vontade de falar só um pouquinho porque meu irmão Tovinho me lembrou ontem disso. Ele falou que não gosta de ler sobre o meu lado pessoal no Blog. Foi só pra ser do contra mesmo que escrevi este começo! (risos)

Meu amigo André (sanfoneiro) está na sala pegando as introduções de duzentas músicas! Ele vai fazer shows com cinco artistas diferentes (ou mais) neste São João!

O São João está para o sanfoneiro assim como o Carnaval está para o pessoal dos metais (sax, trompete e trombone).

O espaço do SESC em Santo André era muito legal. Um teatro aconchegante, tudo novinho. Só achei que o sistema de som merecia ser um pouquinho melhor. Não precisava ser muito não, viu?

Vou ver as fotos aqui para ver se refresca a memória.

Tenho que ligar meu HD externo ao laptop, pois todas as minhas fotos e meus áudios ficam neste HD de 320 Giga. Comprei outro HD de 1 Tera (1000 Giga) para ter sempre um backup deste meu de 320 Giga. Como a tecnologia avança a passos largos, este meu novo HD é metade do tamanho do antigo, mas consegue armazenar quase quatro vezes mais!

Vou dar uma olhada nas fotos...

Minhas pernas começaram a doer. Estou na cama escrevendo com as pernas cruzadas. Posição nada confortável. Não dá para ir pra sala porque André continua nos seus estudos musicais. Nem sei mais se precisava melhorar um pouco o sistema de som. Sou muito exigente. Meu problema foi mais de acústica do que deficiência no sistema de som. Os sub-graves eram um pouco embolados no ambiente. Logo que cheguei, notei que a caixa de sub-grave (era uma de cada lado) estava quase um metro à frente em relação a outra caixa (uma de cada lado também) responsável pelo restante do espectro sonoro (grave, médio-grave, médio e agudo). Solicitei que a caixa de sub ficasse na mesma linha da outra caixa e o pessoal do som providenciou isso. Com esta caixa de sub na frente, implicaria que as frequências sub-graves chegariam primeiro aos ouvintes em relação às outras frequências que viriam da caixa de cima. Para resolver isso, ou eu colocava a caixa de sub-grave logo abaixo da outra caixa, ficando assim as duas caixas na mesma linha, ou poderia também atrasar o tempo da caixa de sub-grave, fazendo com que o sub-grave chegasse ao ouvinte ao mesmo tempo com as outras frequências. Como não tinha como atrasar este tempo da caixa de sub-grave (não quero me alongar mais neste assunto), a solução foi posicioná-la logo abaixo da outra caixa que estava pendurada. No detalhe na foto acima, a caixa de sub avançada em relação a outra caixa pendurada.

A mesa de som ficava lá no fundo do teatro, numa cabine onde estava o restante dos controles de som, luz e vídeo do teatro. A mesa era uma O2R96 da Yamaha, em perfeito estado de conservação.

No palco tinha uma mesa analógica que não recordo o modelo, mas tanto a de PA como a de monitor supriam as nossas necessidades de canais e vias de monitor.

Tivemos (infelizmente) que colocar monitores de chão para os metais e para o nosso guitarrista que não possuem monitores próprios como o resto da banda. Solicitei até pelo rider (documento que enviamos antecipadamente para o contratante indicando as nossas necessidades técnicas) este fones extras para o pessoal, mas a empresa não dispunha de tal equipamento.

Demorei um pouquinho a mais do que esperava para alinhar o som das caixas do PA, principalmente por causa dos sub-graves que teimavam em embolar. Não tem como você resolver com equalização um problema de acústica. Você pode até dá uma amenizadazinha, mas não resolve! Ninguém inventou ainda (e se inventar, vai ficar milionário!) um equipamento eletrônico que retire, por exemplo, a reverberação de um ambiente. Isso só se consegue com o tratamento acústico do ambiente!

Por isso, quando cheguei num resultado que achei “menos ruim”, seguimos com o sound check.

Foi aí que apareceu nosso único problema. Por questões de custos, não deu para levar nosso operador de monitor. Está muito caro viajar com toda nossa equipe e equipamentos. Tivemos até que pedir que providenciassem uma bateria completa para o nosso baterista. Se ele fosse levar a dele, implicaria num excesso de peso e não é baratinho este excesso.

Por coincidência, conversando ontem com Tovinho, além de ele falar que não gostava quando eu falava da minha vida pessoal no Blog, ele comentou que numa viagem com Alceu para a Europa, pagaram somente 800 euros de excesso de peso por causa dos teclados! O teclado que ele usava antigamente era muiiiiito pesado, tinha teclas de piano, e quando juntava o peso dele com o peso do seu case (caixa feita sob medida onde são transportados os equipamentos), a coisa complicava. Era muito peso!

Ele não leva mais este teclado nas viagens. Trocou por um teclado controlador levinho e um teclado analógico também levinho. Fora isso, ele só leva o laptop que é usado com o controlador.

Falando em levinho... Ontem comi com André um fígado acebolado (tinha tomate também) espetacular no bar Dobradinha do Gordo que fica aqui perto de casa... Cacau vai me dá outro baile (sermão, esporro, regulagem) porque tomei duas doses de vodka... Já estou imaginando os comentários dela!

O telefone toca aqui em casa neste momento. André atende. Augusto? Quem? O que? Onde? Na casa de Renatinho? Tá todo mundo aí? Lascou?

Só escutei estas palavras do meu quarto. Chega André agora na porta do meu quarto e fala: --- Titio, tá a galera toda na casa de Renatinho. Aquele velho esquema de vídeo-game, futebol de botão, muita conversa mole, e... Lascou! Cerveja, vodka, vinho e tira-gostos variados.

Perdão Cacau... Esta minha vida de solteiro vai me matar! Tchau.

Continuo o texto de lá!

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Tentei até escrever daqui do Clube de Campo Renato Bandeira, mas a coisa é complicada. Não tive tempo para escrever.

O relógio marca 4h da madrugada...

Vou acabar este texto em casa mesmo!

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Por causa desta questão de custos, infelizmente não levamos nosso operador de monitor, meu amigo Normando.

E senti uma falta danada deste rubro-negro!

As coisas começaram a não dar certo no palco. Algumas vias não estavam funcionando. Não tinha como continuar o sound check. Fui lá no palco dar uma ajuda. Devo ter emagrecido meio quilo de tanto subir e descer as escadarias do teatro.

Não tem como eu exigir muito dos operadores de monitores “da casa” quando não levamos o nosso. É torcer mesmo para que tudo dê certo. O pessoal lá me perguntou o que eram aqueles dois canais de ambiência que tinha no input list. Expliquei que usamos estes dois microfones (um de cada lado apontado para a platéia) para captar o som do público e estes sinais são enviados somente para o fone de Silvério, e somente entre uma música e outra, para ele poder escutar a reação do público. Como ele usa fones dentro do ouvido, não consegue escutar o público, fica meio que ilhado. E este som do público é importante para ele saber como o pessoal está reagindo na platéia.

Não podia exigir que o técnico da empresas de som ficasse abrindo e fechando estes microfones para Silvério. Deixei o pessoal da empresa de som à vontade para decidir se colocariam ou não tais microfones e se iriam passar todo o show abrindo e fechando estes microfones entre as músicas.

Colocaram os microfones?

Não.

O cantor ficou sem escutar o público mesmo.

Depois de ver que o som do palco estava estabilizado, voltei para minha cabine no topo do teatro e continuei com o sound check.

Não tive mais nenhum contratempo. O sound check acabou e ficamos no camarim do teatro esperando pela hora do show.

No show também foi tudo tranquilo. O show foi muito bom, redondinho. Merecia mais público, mas não era uma Maria Gadú que estava lá, e sem a mídia para ajudar, a coisa é muito mais complicada.

Já estava pensando na farrinha na casa dos meus amigos Jorge & Cláudia no outro dia lá em São Paulo!

Os dois estavam na platéia, animadíssimos como sempre!

E ainda estavam acompanhados de mais um amigo nosso, Nelson. Que na minha lista de futuros sogros, ele está entre os cinco primeiros nomes!

Quem manda ter filha bonita, não é?

Um abraço a todos.

Só para ilustrar: Jorge no primeiro plano com a camisa vermelha do Náutico. Nelson (se dependesse de mim, seria meu sogro) ao centro com a camisa branca do Náutico. E ao fundo, Cláudia com a camisa do Sport. Na rede, o cantor muito preocupado com a vida!

4 comentários:

maria do carmo lyra disse...

Meu lindo é normal um dia acordarmos com uma baixo animo, isto não significa que estamos com depressão ou coisa parecida. Eu conheço muito bem isto. Mas quando me sinto assim e ultimante passei por um periodo de lascar, eu procuro logo um psiquiatra. Não perco tempo. Hoje, já me sinto super bem, tomando um remedio com um nome bem sugestivo SERENATA. Quanto a bebida, de vez em quando é sempre bom beber um pouco para animar apesar de que, eu não preciso de beber para me animar. Quando estou bem de animo, sou alegre por natureza. Só fico preocupada quando vc fala que bebeu muito. beijos te amo, Cacau

Amiga "não mais" desconhecida disse...

tiii, tenho uma amiga que chama de "dia da barata", esses dias que acordamos "esquisitos"... todos nós temos sim, concordo com sua amiga cacau. No entanto, o melhor remédio para isso é a companhia de um amigo ou de uma "amiga"...é falar, trocar idéias. Tentar fazer que esse dia passe mais rápido. Normalmente ficamos assim quando nos sentimos sós. É a danada da carência com uma pitadinha de solidão. Produzir nesses dias tb ajuda! Ainda bem que passa né? Sempre passa...Espero que já tenha passado desta vez..rsrsr. Se, não passou?? Coma queijo e beba um vinho...farei isso hoje pq estou no "meu dia de barata"...Viu como todo mundo tem? kkkkk Beijo no coração. Sucesso amanhã!

Eloquências disse...

Iiihh !!! Titio, tá vendo?
Seu blog não é só e unicamente profissional. Você acaba promovendo, com algumas poucas palavras pessoais, um encontro de várias pessoas que sofrem do mesmo mal que você. Eu ? É claro que também passo pelo mesmo. Suas amigas tem toda razão. Siga os conselhos delas se puder e quiser.
Seja bem vindo ao clube ! Mas, isso é normal !!!!!

Titio disse...

Isso aqui está parecendo um divã!!!!
eheheheheh
Obrigado as três por participarem.
Em vez do meu tracidional "um abraço", vou mandar beijos para as três.