FITO em Belo Horizonte – Show de Tom Zé. Sanando um trauma.

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Olá pessoal.

Estou aqui sentado no sofá do estúdio 1 da Muzak, onde Silvério Pessoa dá uma escutada nos dois CDs que ele gravou recentemente, para fazer os ajustes finais.

Chegamos ontem de São Paulo. O avião da GOL parecia uma lata de sardinha, nada confortável.

Uma garota muito simpática passou na minha frente com um livro de título: Porque os homens se casam.

Fiquei muito curioso, e queria ser mais extrovertido (cara-de-pau?) para perguntar se ela já sabia a resposta, mas ainda bem que não perguntei, pois fui pesquisar aqui sobre o livro e o título é: Porque os homens se casam com as manipuladoras. Não tinha visto este final do título. (risos)

Quem quiser comprar o livro... http://www.americanas.com.br/AcomProd/1472/2537269

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Só não sei se presta, viu?

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Estou vendo como começo a falar sobre o FITO que aconteceu em BH. O que poderia falar? Sempre fico neste dilema. Mas este até tem assunto, pois teve o show de Tom Zé. Sem esta novidade, acredito que não teria muito do que falar. Foi a segunda vez que o FITO foi à Belo Horizonte. E tudo foi armado no mesmo local, na Serraria Souza Pinto.

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Palco no mesmo lugar, salas no mesmo lugar. Só a minha mesa de som que foi transferida da lateral esquerda para a lateral direita do palco. Pedi então para colocar a escada de acesso ao palco também para perto da minha mesa, mas me informaram que não poderiam mudar a escada de lugar porque a mesma deveria ficar em frente ao camarim do Tom Zé! Ah tá...

Quando me falaram que seria o show de Tom Zé neste FITO, pensei seriamente em não participar do trabalho. Não tenho boas recordações de Tom Zé. Não gosto do “jeito” como ele trata os operadores de áudio. Pelo que sei, ele não viaja com operador próprio e sempre solicita que os operadores (PA e monitor) do evento façam o serviço.
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Tem um vídeo famoso no Youtube que mostra uma confusão entre ele e o operador de monitor do Festival de Montreux na Suíça. Muitos acham que a atitude dele foi correta. Eu não acho. Nem se o operador fosse seu contratado eu acharia certa tal atitude. Quem quiser ver este famoso vídeo, o endereço é:

http://www.youtube.com/watch?v=W-NTPkRUzV4

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A outra confusão que conheço, eu estava no local. Trabalhava no palco 2 do Abril Pro Rock... Não lembro o ano. A confusão ocorreu no palco 1. E o operador de monitor que participava do “rolo” era um colega meu que trabalhava pela empresa de som. A coisa foi muito parecida com o caso de Montreux.

Por causa destes dois episódios, estava disposto a não fazer o FITO em Belo Horizonte. Medo? Não. Minha religião (que só tem 1 adepto, eu!) fala em um de seus mandamentos: Tente sofrer o menos possível nesta vida!

Tento sempre seguir este mandamento.
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Tenho até mudado meu jeito de ser ultimamente, mas acho que meu “trato as pessoas exatamente como elas me tratam” ainda está muito presente. Meu grande receio era este!

Ao mesmo tempo queria fazer o serviço para sanar este trauma. E foi isso que decidi.

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Falei para Ítalo (Bizasom) que iria levar meu roteador sem fio e que gostaria de usar ele para operar a mesa de som lá da frente usando meu laptop via wireless.

Sabendo disso, ele trocou a mesa M7CL que estava com problemas e não estava sincronizando com o laptop por uma LS9.

Já fiz tantas coisas entre a primeira frase deste texto até este ponto...

No detalhe, a mesa digital LS9 com meu roteador.
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Estou em casa, na sala. Ainda nem desfiz a mala. Tem roupa lá que foi para Belo Horizonte e voltou sem eu ter usado. Seguiu para São Paulo e também não usei.

Já fui almoçar com Silvério Pessoa, mas acabamos ficando só no tira-gosto. Caldinho de dobradinha, miudinho de galinha e galinha de cabidela. Tomei duas doses de vodka com Sprite e ele uma cerveja. Falamos de tudo um pouco. Sempre é legal estas nossas saídas.

Fiz uma comprinha das coisas urgentes que estão faltando pra mim aqui: sabonete, pasta de dente, pão de caixa, queijo prato, presunto, ovo, manteiga, salgadinho, toalha de papel. Com isso, sobrevivo por mais uma semana! No detalhe, MEU roteador! (ehehehe)
-->Passei todas as fotos da máquina para o laptop. Tinha as fotos do FITO, da gravação do programa Ensaio em São Paulo, do show no SESC Santo André e da farrinha na casa dos meus amigos Jorge & Cláudia.

Baixei um programinha (grátis) na internet para diminuir o tamanho do arquivo das fotos, pois cada foto tirada na minha Lumix 10 mega pixels fica em torno de 3 a 4 MB. Muito grande para guardar. Deixo todos os arquivos de fotos com o tamanho variando entre 600 e 800 KB.

O programinha se chama Fotosizer, e quem quiser baixar é só ir neste endereço:

http://www.baixaki.com.br/download/fotosizer.htm

Estou aproveitando e vendo as fotos para direcionar o texto.

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A primeira coisa que fiz no local do evento foi testar o roteador. Já tinha feito um teste em Recife anteriormente, mas não custava nada conferir.

Tudo certo! Funcionando perfeitamente.

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Quem não é do ramo, pule esta explicação que vou dar agora sobre de como fiz para usar um roteador sem fio com uma mesa digital da Yamaha. Neste caso foi uma LS9, mas pode ser também a M7CL.

No meu caso, o roteador é meu. Ele vem com um CD para a configuração. Segui normalmente as instruções. Coloquei um nome (Titio D-Link), escolhi o modo criptografado para garantir a segurança e escolhi uma senha para acesso ao sinal wireless. Pronto. Agora é só colocar o IP e o MAC Address da mesa no DME-N Network. Coloque exatamente os mesmos números e letras que estão na mesa. Só lembrando que são sempre 0 (zeros) que compõe o MAC Address. Não coloque a letra O.

Depois disso, liguei a mesa no roteador, liguei meu laptop e acionei o wireless dele. Nas propriedades da conexão wireless (protocolo TCP/IP) está escolhido “Obter um endereço IP automaticamente”.

O sinal Titio D-Link estava lá nas opções de sinais. Cliquei no nome e apertei conectar. Foi solicitada a senha, eu digitei e a conexão foi feita. Estranhei que ficou uma exclamação no ícone de conexão wireless, mas era só informando que eu não estava conectado na internet. Abri o Studio Manager e configurei-o do mesmo jeito que faço quando ligo a mesa direto ao laptop via cabo de rede. Tudo perfeito! Deu até para ficar conectado à internet com minha internet móvel da Claro e com o sinal wireless controlando a mesa ao mesmo tempo sem problema algum.
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Acredito que quando se usa um roteador que não tenha uma senha para acessar o sinal, você vai ter que colocar o IP da mesa modificando o último número nas propriedades da conexão wireless (protocolo TCP/IP). Não tenho certeza disso. Entendo muito pouco desta área. Na realidade, entendo muito pouco de muita coisa. Sou curioso e adoro aprender.

Testem, como testei com meu roteador. Aconselho até comprar um para não depender das empresas de som. O meu é este aqui:

http://www.dlink.com.br/150/pdt_dir600.php

Comprei em Manaus por 94 reais.

Lembrando que nos documentos da Yamaha é aconselhável que o roteador seja de 108 mbps pra cima.

Este meu é de 150 mbps.

-->Outra coisa... O cabo para ligar a mesa ao roteador é um cabo normal de rede, ok? Diferente do cabo que ligamos a mesa direto ao laptop que é um cabo cross (invertido).

Neste show de Tom Zé, não tive nenhum problema!

Acaba aqui a explicação aos meus colegas do ramo. Espero que tenham entendido.

Na foto acima, o local de onde operei o som do show. Não deu para deixar no mesmo local onde fiz o sound check porque tinha muita gente na hora do show. Sound check Tom Zé.
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Amo a máquina de lavar roupas!

Não sei se conseguiria viver sem uma!

Acabei de estender parte das minhas roupas das viagens Recife-Belo Horizonte-Recife-São Paulo-Recife. Mais da metade ainda está suja e eu só vou poder lavar amanhã porque acabou o sabão em pó.

Só faltam inventar uma máquina doméstica para passar a roupa automaticamente! (risos)

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Acredito que o uso do laptop via wireless operando o áudio do show de Tom Zé lá da frente foi muito importante para o resultado final. Ítalo me ajudou ficando no monitor. Duplicamos os canais, como eu já tinha feito num show de Silvério Pessoa em Caruaru. Quem não leu como foi isso, o endereço é este:

http://titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com/2009/03/quinta-feira-19-de-marco-show-portatil.html

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Ele ficou ao lado do palco com a mesa operando o monitor e eu fiquei lá na frente com meu laptop operando o PA. Eu usei os canais 1 ao 32 para mixar o som do PA, e Ítalo usou os canais 33 ao 64 para mixar os monitores.

-->A equalização que Ítalo fazia nos canais dele não interferia no som do PA, e isso é a grande vantagem de duplicar os canais. Equalizações drásticas foram feitas nos canais que iam para os monitores. Se fossem os mesmo canais para PA e monitor, seria impossível fazer o som do PA com aquelas equalizações nos canais. Quando ficou tudo certo para Tom Zé e seus músicos no palco, e a esposa dele disse que estava tudo certo com o som da frente, encerramos o sound check. -->

Não vou negar que foi prazeroso ouvir o artista perguntando à sua esposa pelo microfone: --- Está tudo certo aí na frente? Ela respondeu com os polegares levantados. E ele continuou: --- Então tá tudo certo. Vocês sabem fazer som mesmo. (risos aliviados).

Continuo não concordando com a atitude dele em Montreux e no Abril Pro Rock.
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Logo à tarde, o responsável pelo local do evento veio me informar que eu não poderia passar dos 85 dB de nível sonoro. Avisei que era impossível não ultrapassar este nível, pois só o som dos monitores somados ao ruído do público já ultrapassaria tal valor! Ficamos de ver na hora como faríamos.

Tinha muita gente na hora do show.

Acho que foi o maior público para ver o show do sábado em todas as edições do FITO.
-->O show começou e eu fui me ajustando... Um dos pontos negativos de se operar o som do PA pelo laptop é que eu não posso escutar um canal separadamente pelo fone de ouvido. Eu não tenho áudio no laptop. Ele simplesmente controla a mesa via wireless que está ao lado do palco. Eu posso até dar “solo” no canal, mas não tenho onde escutar, porque o áudio deste canal “solado” vai para a saída de fone que está na mesa! Mas... Conversando com Ítalo sobre isso, encontramos a solução. É só ligar esta saída de fone num transmissor de in-ear sem fio e eu levar o receptor lá para frente! Quando eu solar o canal, o sinal vai para este transmissor e eu escuto com meu fone ligado ao receptor! (uh uhhhhh) -->

Nem precisa testar isso. Funciona.

Uma garota veio me perguntar por que não estava escutando direito lá atrás e eu falei que tinha limite de volume. Como o gerente do local não aparecia, eu fui aumentando...

Dois colegas meus vieram na mesa depois me avisar que o som não estava chegando bem lá atrás. E eu fui aumentando...

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Até onde eu estava com meu laptop o volume estava legal, só que atrás de mim tinha quase o mesmo número de pessoas!

Aumentei tanto que começou a realimentar (microfonias), principalmente pelo microfone de Tom Zé, que não ajudava muito neste sentido por ser um headset (que se coloca na cabeça) e é fácil realimentar por ele. Fui até onde podia. Merecia uma torre de delay naquele espaço. Vou conversar com Ítalo (Bizasom) sobre esta possibilidade para outros locais que tenham as mesmas proporções do espaço em BH.

Achei também que o line array poderia ter ficado mais reto. Inclinamos muito. Nunca precisamos de som indo muito longe no FITO, mas nesse dia era preciso. Tinha muita gente!
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Vou conversar isso também com Ítalo. Se é que precisa, pois ele acompanha estas besteiras que escrevo aqui.

Este foi o FITO em Belo Horizonte (segunda vez).

Trauma sanado!

Operação via wireless aprovada (mais uma vez).

Lembrando que uso um mouse sem fio para fazer o serviço, ok? Pelo “mousepad” do laptop é quase impossível fazer!

Nota triste do evento:

NÃO TOMEI NENHUMA GARRAFA DE VINHO CHILENO NESTA SEMANA QUE PASSEI EM BELO HORIZONTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Ah!

Continuo não concordando com a atitude dele em Montreux e no Abril Pro Rock.

Aí me vem uma pergunta na cabeça: --- Ele não anda com operadores de áudio (PA e monitor) porque não quer, ou os operadores é que não querem tal serviço?

Um abraço a todos.